Bots Mystery escrita por LKN


Capítulo 10
Capítulo 10




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Tommy chega ao Bots e se senta em um dos lugares. A robô Bungle o atende e ele pede apenas sopa, já que ele precisava de algo mais saudável. Ele se lembra das coisas que ele descobriu sobre o Barão Samedi, mas conhecido como o loa dos mortos e uma entidade vodu do Haiti.

Tommy (pensando): Será que o meu tio conheceu o próprio Barão Samedi, ou será que foi alguém que teve contato com ele?

No mesmo local, Cat estava jantando com Robbie.

Robbie: É muito bom estar aqui com você, meu docinho de coco. Se fosse a luz de velas, seria melhor.

Cat: Awn, Robbie. Só você mesmo pra fazer esses elogios criativos.

Robbie: Você ainda não viu nada, anjinho. Eu te prometi que nós iríamos ter uma noite romântica e cá estamos.

Cat: Mas eu não posso demorar muito. Sam está muito preocupada comigo. Eu acabei nem indo pro Elderly Acres falar com a Nona. Vou ver se amanhã eu faço isso.

Robbie: Por falar nisso, amanhã você começa a ensaiar a peça da Jade, não é?

Cat: Sim. Mas soube que você não vai participar.

Robbie: Eu mesmo pedi pra Jade não me colocar na peça. Iria interpretar o Dunga, mas houve um imprevisto e decidi desistir.

Cat: Por quê? O que houve?

Robbie: Não é o momento adequado para falar sobre isso. Não quero estragar a nossa grande noite.

Cat: Tudo bem. Eu só acho que você deveria ser o príncipe que salva a Branca de Neve.

Robbie: Príncipe? Eu to mais pra sapo!

Cat: Mas você sabe o que acontece com o sapo quando ele é beijado pela princesa, não é?

Robbie: Ah, como eu sei.

Os dois aproveitam o clima romântico e dão um beijo calmo e inocente, mas ao mesmo tempo apaixonado. Eles nem perceberam que Tommy estava ali perto deles tomando a sua sopa. Aliás, o mesmo estava apenas concentrado na sua refeição, e preocupado com o seu tio, que ainda não tinha dado noticias.

– Nossa! Isso foi muito bom! – diz Robbie, após beijar Cat. A mesma não diz nada, mas estava aproveitando aquele momento, que para ela também estava sendo bom. Ela de alguma forma, sentia muito afeto e carinho pelo nerd. Não queria perdê-lo, de jeito nenhum.

Naquele instante, um forte barulho de trovão surge, assustando ambos, e também outras pessoas que estavam por lá.

Robbie: Parece que vai chover, amorzinho.

Cat: Sim, é melhor eu ir pra casa.

Ao mesmo tempo, Tommy já estava terminando de tomar a sua sopa, mas resolve ligar para Doheny. O mesmo não atende e ele começa a ficar preocupado.

Mudando de cena, Sam estava em sua casa à espera de Cat. Dice e Jerismar ainda estavam lá, assistindo TV.

Dice: Droga, comercial de novo!

Jerismar: Não entendo esse canal. A gente vendo o filme na boa, mas o bloco dura só dois minutos para depois vir um intervalo de 5 minutos.

Dice: Esses caras não tem padrão de exibição.

De repente o canal fica fora do ar.

Jeirismar: Só faltava essa!

Dice olha para Sam, que ainda parecia angustiada.

– E aí, a Cat já está vindo?

Sam: Sim, ela ligou há uns 5 minutos. Mas agora há pouco, escutei sons de trovoadas. Espero que ela chegue antes que comece a chover.

Jerismar: Talvez seja por isso que todos os canais ficaram fora do ar.

Então Cat chega.

Cat: Oi, pessoal. Todos a olham, inclisive Sam que faz uma expressão séria.

– Enfim você chegou, mocinha. Poderia me explicar o motivo do seu sumiço? – Diz Sam, repreendendo Cat.

– Ah. Não foi nada demais. – Cat diz descontraída.

Sam: Nada demais! Eu fiquei muito preocupada com você! Pode ver que o seu celular deve ter várias chamadas perdidas. Agora eu quero que você desembuche.

Cat: Tá bem. Eu encontrei o Tandy hoje de manhã, na praça que fica aqui perto.

Jerismar: O robô?

Cat: Sim. Parece que ele estava fazendo umas caminhadas matinais.

Dice (pensando): Eu não sabia que robôs faziam isso. Ou será que é só o Tandy?

Sam: E aí?

Cat: Eu e ele começamos a conversar. Ele me pediu para ajudá-lo em algumas coisinhas no Bots, por isso que eu fui pra lá.

Sam: Que coisinhas são essas?

Cat não sabia como dizer isso. Ela havia prometido a Tandy que não iria abrir a boca sobre esse assunto. Mas por algum milagre, ela tem uma ideia para contornar a situação.

– Bungle, o robô feminino, que trabalha junto com o Tandy, ficou com defeito. Alguns funcionários de lá estavam consertando-a. Ela não esteve em condições de trabalhar hoje, por isso Tandy me chamou para que eu pudesse fazer a função dela – diz a ruiva, tentando dar uma desculpa convincente.

Jerismar: Agora estou entendendo. Você trabalhou de garçonete hoje.

Cat: Sim, é isso mesmo.

Sam: E eles te pagaram por isso?

Cat: Não. Nem me dei conta disso. Eu só estava disposta a ajudar.

Sam: Que boba.

Cat: E também encontrei o Robbie lá por acaso. Aproveitei isso para termos um encontro romântico. Sabe, ele havia me prometido, depois que aconteceu aquele incidente.

Sam: Sim, eu sei.

Depois de Cat se explicar, os sons de trovoadas começam a vir com excesso. Dice e Jerismar, que estavam fazendo companhia para Sam durante a ausência da ruiva, resolvem se despedir delas.

Jerismar: Bom, eu tenho que ir. Tenho que estar cedo na Hollywood Arts, para começar o ensaio da peça onde você será a protagonista.

Dice: E eu irei de manhã ao hospital, para visitar o Goomer. Quero saber se ele já teve melhoras.

Após Jerismar e Dice irem embora, passam-se uns quinze minutos e a chuva cai de vez. Mesmo assim, Sam e Cat estavam assistindo TV tranquilamente, os canais já haviam dado sinal novamente. Cat estava se divertindo muito com o que estava assistindo. Tratava-se do filme de paródia Top Gang – Ases Muito Loucos, com Charlie Sheen. Sam olha para ela e toma a iniciativa para uma conversa.

Sam: Desculpe. Eu não queria repreender você. É que eu estava muito preocupada.

Cat: Não precisa se desculpar. Eu é que não devia ter feito isso dessa maneira.

Sam: Não acreditei nada nessa sua desculpa esfarrapada.

Ao ouvir isso, Cat fica aflita. Ela achava que tinha enganado todos com sua explicação.

Sam: Relaxa. Não precisa ficar assim.

Cat: Me perdoe Sam. Mas o Tandy me disse para guardar segredo.

Sam: Que segredo é esse?

Cat: Não posso falar. Por favor, não me pressione!

Sam: Tudo bem. Não vou te cobrar nada.

Depois disso, ela se aproxima de Cat e a abraça. A ruiva meio que estranha essa ação da loira, pois ela não era muito de fazer isso.

Cat: Realmente, você mentiu ao dizer que não gosta de abraços.

Sam: Sim. Eu precisava fazer isso pra ter certeza de que você está bem.

Cat: Não aconteceu nada comigo. O Tandy só me mostrou uma coisa que está guardada no Bots.

Sam: Mas que coisa é essa?

Cat (pensando): Droga, será que eu digo?

No Bots, A porta de uma sala secreta do restaurante abre e de lá dentro, saem Tandy e Bungle.

Tandy: Parece que ele se apegou muito a Cat, e ela deve ter sentido a mesma coisa por ele. Vou pedir para ela vir mais vezes.

Bungle: Sim, os mogway são fofinhos e peludinhos. Não é a toa que ela iria amar esse animal. Mas não sei por que você se preocupa tanto com ele

Tandy: O problema não é ele, mas sim os outros mogway.

Bungle: Existem outros?

Tandy: Sim. Na verdade só existia ele, mas alguém deixou ele se molhar. A água fez com que ele se multiplicasse, e nasceram outros parecidos. Só que esses são verdadeiros diabinhos.

Bungle: Onde eles estão?

Tandy: Eles fugiram. Devem estar em algum lugar por aí. E agora que está chovendo muito, eu estou ficando muito preocupado.

No apartamento de Doheny, Tommy via a chuva caindo pela janela do seu quarto. Ele estava pensando muito no seu tio, pois o mesmo não dava notícias e nem atendia as suas ligações.

Tommy (pensando): Droga, Tio! Onde é que o senhor está?

A chuva, que havia começado a noite, continua por toda a madrugada. Ao amanhecer, a mesma cessa.

Jerismar chega ao colégio Hollywood Arts, e se senta em um dos lugares da mesa onde sempre fica a conhecida turma.

Jerismar: Puxa, ninguém chegou. Acho que devo ter vindo cedo demais.

Ele fica ali esperando os seus amigos, até que um deles chega. Era o André.


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