Corporação "O.O.N." escrita por Paladinum


Capítulo 1
Bem-vindo


Notas iniciais do capítulo

Bem, já tenho essa ideia na cabeça há algum tempo, mas não sabia como redigi-la. Conto com o feedback de todos para melhorar a escrita e desenvolvimento da história.



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“Corp. O.O.N.” era o que dizia aquela mensagem. Tratava-se do nome de um grupo. Só mais um grupo entre todas as centenas de redes sociais. Mas algo lhe chamou atenção. Na descrição do mesmo constava: “Este grupo é perfeito para você que não se sente normal. Um grupo que fala de política, religião, jogos, literatura, cultura geral... Entre e sinta-se em casa, na normalidade (fuja enquanto pode cara!)”. Djow nunca fora normal, e sempre teve uma intuição apurada, não que isso seja sempre uma coisa boa, e também possuía habilidades especiais. Algo dentro de si fez com que se interessasse pelo tal grupo, então enviou um pedido de aceitação. Djow não sabia que a partir dai, sua vida mudaria para sempre.

– Agora é só esperar – desabafa Djow. Não sabia por que estava tão estressado, mas realizar o pedido tirou um peso de suas costas. Resolveu sair da frente do computador e se dirigir à cozinha, para tomar uma água, afinal, estava quente demais. Finalmente voltando ao seu quarto, sente sua atenção atraída por seu espelho, e se olha. Usava um short simples, vermelho, e uma camisa de manga curta branca. Não era magro, mas também não era gordo. Com seus 180 cm, se sentia grande perto de muitos. Seus olhos cinzas chamavam a atenção, já seu cabelo curto e castanho, não. Quando estava quente, sempre cortava o cabelo para deixá-lo bem pequeno, a fim de não esquentar tanto sua nuca, mas já chegou a usar até mesmo rabo de cavalo.

Finalmente o jovem volta a se sentar de frente para o computador, e percebe uma nova notificação: “Elias te aceitou no grupo Corp. O.O.N.”. Finalmente uma segunda notificação aparece: “Antony marcou você em um comentário”. Djow engole em seco, e clica na notificação, para ser redirecionado. Logo ele leu:

– “Sejam bem-vindos, Hebert, Felix e Djow. Agora que vocês entraram aqui, não há volta, nem espaço para arrependimentos. Coisas que vocês não acreditam acontecem aqui. Mas se acalmem, ninguém aqui é normal e sabemos que vocês também não são.” - era o que dizia a pessoa que utilizava a foto de um gato de terno.

Djow estava parado, focando a tela do computador. Pensava o tempo todo se foi uma decisão errada ter entrado naquele grupo. Quem era Antony, e como sabia que ele possuía poderes? Mas logo sua preocupação diminuiu, ao pensar que não tem como alguém descobrir sobre suas habilidades, afinal, ninguém mais a conhecia. Novas notificações começavam a aparecer:

–“Não confiem nesse metamorfo”- era o comentário digitado por uma jovem e bela garota, com o nome de Natália. Não confiar no “Metamorfo”? Quem seria o Metamorfo? O Antony?

– “Sua russa assassina, pare de tentar confundir os novatos, eles acreditarão em você” - surgia um novo comentário de Antony. Afinal, era para confiar ou não nesse Antony? Djow ficava cada vez mais confuso com sua situação.

– “Agradeço, cuidem bem de mim, principalmente as garotas” - dizia Hebert. Ele não aparentava ser uma má pessoa, mas tinha uma cara de mau, com sua barba rala e cabelo baixo. Vendo isso, Djow achou apropriado agradecer por ser bem recebido também.

– “Agradeço também por ter sido adicionado aqui, espero que possamos nos dar bem” - parecia o suficiente, e assim foi enviado.

– “Djow? Sério que teu nome é Djow? AHAHAHA, nossa cara, que loucura. Seu pai deve ser muito zueiro” - “Raphael G.” era a assinatura de que quem havia comentado tal frase. Djow não sabia se gostava de Raphael G., nem como responder.

– “Pois é, fazer o que, meu nome é estranho” - era melhor começar com bom humor, acreditava. Talvez assim, não se tornasse alvo de piadas. Pobre Djow, nunca esteve tão enganado.

– “Esse grupo parece bem feliz” - dizia o outro novato, Felix. Sua imagem estampava um desenho de um rapaz negro, com um enorme sorriso. Tão enorme que chegava a ser incomodo.

– “Felix é um nome diferente também, bem apropriado para uma pessoa tão feliz como você. Djow, teu pai deve ter memória ruim, dai colocou seu nome assim para nunca correr o risco de esquecer, no ruim de tudo, é só chamar 'Djow' que está tranquilo” - dizia Raphael G.

– “Teremos uma conferência hoje. Entrem todos!” - respondia um Elias, quando Djow se preparava para responder. Foi a pessoa que adicionou Djow no grupo. Ele possuía um desenho como perfil.

– “Quero ouvir sua voz, Elias” - dizia Antony de repente.

– “Isso, queremos ouvir sua voz!” - concordava Natália.

– “Com que programa faremos isso?” - digita Djow que, depois de uma pausa, envia-a.

– “Ah, claro, vou mandar o arquivo para você” - afirmava Elias.

Logo uma mensagem direta e pessoal chegou. “OON Corp Chat Room” com uma extensão de arquivo estranha. Como Djow não percebeu nenhum vírus no arquivo, apenas tentou instalá-lo. Parecia um arquivo simples, foi instalado rapidamente. Ele possuía a opção de atender a chamada, que estava apagada, e a de realizar chamada, apenas. Djow sempre foi muito curioso, isso inclusive já lhe causou problemas na vida pessoal e escolar, como na vez em que entrou no banheiro feminino perguntando como as garotas não conseguiam urinar em pé, se era tão fácil, portanto, ele clicou em realizar chamada. Alguns segundos se passaram e ele começou a ouvir vozes.

– Oi, quem chamou? - perguntava uma voz. Ao mesmo tempo, a visão de Djow estava estranha: ela embaçava, e enquanto alguns momentos via sua tela de computador, também via rapidamente uma sala com uma pessoa sentada.

– Acho que foi um novato – dizia uma segunda voz – concentre-se, para ver direito essa sala, você precisa entrar em um estado tranquilo, como se estivesse meditando – dizer com certeza parecia fácil, mas o choque de uma situação dessas para Djow não permitia que ele simplesmente se concentrasse. Rapidamente o rapaz se levanta para lavar o rosto, mas as vozes continuavam com ele, e ele estranhamente sente que está em ambos os lugares ao mesmo tempo, o que era ruim, o seu “eu” em seu quarto tentava dar um passo, mas nos milésimos de segundo em que aparecia na sala, estava com os pés no chão, então tentava levantá-los, e voltava ao seu quarto tentando levantar mais o pé do que devia, quase caindo. - Se afastar do computador não vai te desconectar – ele percebia que uma imagem de uma pessoa na sala se aproximava – enquanto você estiver no campo de wi-fi pelo qual se conectou, continuará aqui – tudo era ouvido de forma picotada, apenas durante o tempo em que Djow estava naquela sala.

Djow percebe não ter outra saída, a não ser tentar relaxar. Logo senta no chão e se concentra, tentando focar na sala, e rapidamente consegue, o que para ele é estranho. Um rapaz de cabelo encaracolado, castanho escuro, assim como seus olhos estava em pé perto dele. O rapaz aparentava estar um pouco acima do peso, mas nem tão gordo. Ele usava uma bermuda até os joelhos, uma camisa polo, e chinelo, além de óculos.

– Prazer, sou o Raphael – dizia sorrindo, estendendo a mão – Raphael G., pois temos outro Raphael no grupo.
– O-o que é este lugar? - pergunta intrigado, apertando a mão de G.

– Incrível não é? Até nós não entendemos completamente bem, inclusive, foi você que iniciou essa chamada, correto? - pergunta outra pessoa. Sendo mais preciso, era um gato. Um gato preto usando um terno e gravata.

– Sim, fui eu mesmo... Mas você é um gato falante?!

– Não, ele é um humano com poderes. No caso ele é um metamorfo, mas não sabe controlar o próprio poder. Mês passado ele entrou nesse modo e não consegue sair – dizia Raphael enquanto ria.

– Metamorfo...? - indaga, lembrando-se da conversa mais cedo no tópico em que recebeu boas-vindas.

– Não que seu poder seja melhor, não é G.? Incrível já realizar uma conferência material de primeira, a maioria só consegue conferência de voz. EdB está usando sua energia para mantê-la fluindo, você sabe disso né? Ah, inclusive, sou o Antony – responde o mesmo.

– EdB?

– Eles pronunciam “Édêbê”, já eu uso “Édibê” - argumenta G.

– Basicamente ele sou eu, o Raphael aqui – diz indicando a direção do rapaz referido com o fucinho - você, todos, mas também, uma entidade superior. Ele só quer controlar o mundo, e nos usa para isso – responde o outro.

– Controlar o mundo? - pergunta assustado.

–Você vai assustar o iniciante, embora seja tudo verdade – dizia uma voz muito fofa, a qual Djow procurou rapidamente. Era a garota da postagem, que acabara de aparecer na sala – Olá Djow, bem-vindo à conferência! – A jovem usava óculos, uma camisa no estilo chinês, e uma calça colada ao corpo, típica para se fazer exercícios, preta com listras brancas verticais nas laterais.

– Ah, você é o Djow então – dizia G.

– G. tem dificuldades para gravar rostos, nomes e vozes, não liga não – afirmava o gato – e o que você faz aqui, sua russa maníaca?

– Tsc, sorte sua por estar nesse estado fofo que impossibilita que eu te acerte – reclama a mulher.

– Eu que sou fofo mesmo – afirmava.

– Quando você sair dessa forma... - começou a moça, mas logo foi interrompida por um ser projetado no meio da sala, entre todas as cadeiras, bem no centro. Uma pequena ovelha preta. Parecia sair de um jogo, pelos seus gráficos.

– Vocês vão para a missããããão de hoje – disse a ovelha.

– Outro metamorfo? - pergunta o novato.

– Não, é nossa mascote. É por ele que conhecemos as vontades de EdB – responde G., retornando para seu lugar.

– Não ache que eu ajudarei o EdB a conquistar o mundo – afirmava o gato.

– Você sempre diz isso, mas sempre vai às missões – diz G.

– É claro, para impedí-lo tenho que saber o que ele planeja.

– Mas você cumpre as missões – insistia o rapaz.

– Missão, como assim? - pergunta Djow.

– EdB vai nos materializar em algum lugar para cumprir alguma ordem – responde G. - inclusive será uma boa oportunidade de conhecermos seus poderes, novato.

– A missão de vocês é conseguir imaaaaagens que comprove os negócios ilegais de uma organização – dizia a ovelha – será no Rio de Janeeeeiro.

– Isso! - comemorava G.

– Organização? Rio? É minha cidade, mas como ass... – é interrompido Djow, que logo se vê numa calçada, ao lado de Natália, Raphael e o gato Antony. Ele olha em volta, mas parecia não ter ninguém. Logo ele percebe estar usando uma capa, de tecido leve, com algo que se assemelhava a lã preta na gola, na extremidade da capa envolta de seu pescoço. Ele percebe que todos os outros, incluindo Antony, possuíam uma também. E em letras bem legíveis e brancas, dava-se para ler nas capas “Corporação das Orgulhosas Ovelhas Negras”.


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Notas finais do capítulo

O que acharam deste primeiro capítulo? Como está a narrativa? Críticas e sugestões de todos os tipos são bem-vindas.



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