Too Late escrita por gui


Capítulo 4
Capitulo 04


Notas iniciais do capítulo

demorou mas saiu....



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Após seu treinamento acabar, Nick foi até a sala dela, mas ele viu pelo vidro que estava vazia então se aproximou do balcão onde estava Jean o assistente de Catherine, como ela o apresentara a ele mais cedo quando chegaram.

– Catherine saiu? – ele perguntou e o homem olhou para ele com seus olhos grandes por causa da lente de alto grau que ele usava. Ele era meio estranho, parecia esquizofrênico.

– ela está em uma reunião. – típica resposta para não dizer que ele não sabia onde ela havia se metido. Nick balançou a cabeça.

– gosta de trabalhar com ela? – ele puxou assunto, já que não tinha nada para fazer alem de esperar.

– ela é uma boa chefe! – ele respondeu dando de ombros, digitando coisas no computador.

– mas...?

– quer saber? Ela me intimida, como uma mulher pode ser tão mandona? – ele confessou e Nick deu uma rápida gargalhada. Ele sabia como ela podia ser mandona quando queria alguma coisa.

– você se acostuma! – ele disse e se desencostou do balcão quando ela apareceu no corredor. Ela sorriu para ele e entrou na sua sala como ele entrou atrás dela, seguindo o rastro do seu perfume que o perturbava já que estava em todos os lugares que ele ia, mesmo que ela não estivesse por perto.

– o que há com o seu assistente? – ele perguntou enquanto fechava a porta. Ela não se sentou, ela parecia ansiosa.

– excesso de insegurança, ele nunca sabe onde colocou as coisas.- ela respondeu parada em frente a sua mesa olhando pelas janelas de vidro.

– acho que ele tem uma queda por você

– não seja ridículo ele é assim o tempo todo não só quando eu estou por perto. – agora ela se virou para ele, mas seu olhar se concentrou em seu assistente tentando segurar algumas folhas de papel que voavam. Nick se aproximou, o bastante para ela sentir sua presença com uma queimação em sua pele. Mas não o bastante para tirarem conclusões precipitadas. Ela olhou levemente para cima, já que ele era alguns centímetros mais alto, e encontrou seus olhos.

– tem alguma coisa errada. – ele afirmou e não perguntou, o que a deixou desconfortável. Ela percebeu que estava com respirações mais curtas e desregulares, sua presença estava confundindo sua cabeça.

– não é nada de...

– para de mentir para mim. – ele disse firme o que a fez dar um passo para trás. – você nunca fez isso antes, por que vai começar agora? – ela se sentiu encurralada com essa pergunta. Por que ela estava mentindo para ele? Ela não tinha por que fazer isso.

– eu e mais meia dúzia de pessoas da minha equipe recebemos ameaças de morte. – ela quase sussurrou, só não o fez por que ele não estava perto o bastante para ouvir. Ele continuou a olhá-la esperando que ela lhe desse mais alguma informação.

– foram emails. – ela agora sussurrou e instintivamente ele deu um passo mais próximo, voltando a posição intimamente segura de antes. – eles têm controle sobre nosso sistema e então não podemos fazer nada que deixe nossas vidas na mão da tecnologia. Eu não sei o que ele quer, até agora ele não passa de ameaças baratas.

– como um lugar tão vigiado pôde ser infiltrado?

– não sabemos ainda, mas ele deu um jeito de tirar todo o controle das nossas mãos. Ele... – Catherine parou de falar quando ouviu um grito estridente de uma mulher. Eles olharam na direção do barulho, mas não viram nada. Catherine deu um passo a frente para ir ver o que houve, mas Nick segurou seu cotovelo e a empurrou apressadamente para uma porta dentro da sala que ele não sabia para onde dava.

– o que você está fazendo? – ela pergunto, mas ele a ignorou enquanto fechava a porta e deixava tudo na maior escuridão. Ele trancou a porta, tudo sem largar o seu braço.

– Nick mais que diabos...

– shii... – ele sussurrou e ela ficou quieta. A única coisa que ela podia ouvir era sua respiração pesada. Ela estava apavorada e confusa, não sabia se ele tinha a intenção de esconde-la de algum perigo ou de agarrá-la, e as duas opções eram desconcertantes. Logo sua suspeita se confirmou e ela ouviu vozes de homens gritando, pelo menos dois.

A escuridão dava uma grande impressão de vulnerabilidade, ela não conseguia ver absolutamente nada. Ela só conseguia sentir Nick e apenas saber que ele estava com ela dava um misero sentimento de alivio. Eles estavam mais próximos do que no elevador, mas a cena parecia ser reproduzida com riqueza de detalhes. Seu corpo estava de frente para ela, o mais próximo que alguém poderia estar sem se tocar.

A sala era extremamente pequena e empanturrada com caixas e prateleiras encostadas a parede o que diminui ainda mais seu tamanho, os obrigando a ficar tão perto. Catherine começou a tremer enquanto os homens continuavam a gritar, coisas que ela não conseguia distinguir, provavelmente por causa do medo. Ela ouviu um tiro e seu corpo se enrijeceu. Grito de uma mulher novamente.

Sua mão tateou seu braço até que ele conseguiu agarrar a mão dela que estava gelada.

– vai ficar tudo bem. – ele sussurrou. Os barulhos se tornaram mais altos e ela sentiu o medo tomar conta de si. Ela estava em desespero, ela queria sair dali e saber o que estava acontecendo queria tentar ajudar aquelas pessoas, mas sabia que se o fizesse terminaria mal. Nick pensava da mesma maneira e jamais deixaria Catherine sair sem ter a certeza de que estava tudo bem. E alem de tudo nenhum deles tinha nenhuma arma, geralmente não era preciso andar com uma pendurada na cintura em um lugar tão seguro quanto esse.

De repente um barulho alto de alguma coisa se chocando contra o chão ecoou tão perto que ela tinha certeza de que eles estavam em sua sala. Seu primeiro impulso foi se agarrar a Nick , como no elevador, mas dessa vez ela envolveu seus braços ao redor de sua cintura e o apertou. Ele envolveu os braços em volta dos seus ombros e encostou seu rosto contra o cabelo dela.

Seu coração batia tão forte em seu peito que Nick pode sentir facilmente as batidas desordenadas. Ele respirou fundo levantando a cabeça dela junto com seu peito. O barulho se afastou e depois de alguns intensos segundos tudo ficou silencioso. Catherine se afastou, ela estava lutando para respirar o ar pesado que os rodeava. Ela estava suando frio e suas veias pareciam queimar por dentro. Uma combinação perfeita de medo e excitação.

Ela fechou os olhos e puxou o ar profundamente o segurando dentro do pulmão por um segundo e o soltando. O silencio se prolongou e Catherine aos poucos conseguia diminuir seu medo.

– você está bem? – ele sussurrou, sua voz saindo estrangulada denunciando que ele estava com tanto medo como ela. Sua voz a trouxe de volta e ela abriu seus olhos, mesmo que não mudasse nada.

– acho que sim. – ela sussurrou também. Mais segundos silenciosos se seguiram. – será que eles já foram?

– melhor esperarmos alguém chegar. – ele disse e mais uma vez sua mão foi para seu braço. Subindo e descendo, acariciando enquanto ela tremia. Seu toque a fazia arrepiar.

– o que tem aqui? – ele perguntou, imaginando por que diabos alguém teria uma sala dentro de outra.

– é uma espécie de armário onde arquivamos provas importantes nas quais estamos trabalhando. – ela conseguiu responder. Mas ele estava tão próximo sem encostar seu corpo ao dela que ela sentia uma força sobrenatural puxando-a para ele, como se seu corpo precisasse do dele. Sua mão subiu até seu ombro, e antes que ela pudesse perceber seus dedos estavam no meio dos seus cabelos e sua boca próxima ao seu ouvido.

– acho que temos uma predisposição a ficarmos presos em lugares fechados e escuros.- ele disse baixo, mas já não sussurrando mais, o que a tranquilizou um pouco.

– poderia ser pior.

– não pense que eu estou reclamando. Deus sabe o quanto eu gosto de ficar trancado com você onde somos obrigados a ficar tão próximos. – ele voltou a sussurrar, mas ao invés de medo ela sentiu uma onde de desejo invadir seu corpo. Deus também sabia o quanto ela queria tocar seu peito agora. Ela mordeu o lábio quando sua mão acariciou sua nuca e ela deu um passo a frente eliminando de vez a distancia entre eles. As mãos dela foram para seu peito, sentindo os músculos dele se enrijecerem. Ele segurou em sua cintura.

caramba, o que você está fazendo comigo? – ele ainda sussurrava, ele não podia vê-la, mas imaginava que ela estava com um sorriso de satisfação no rosto. Ele encostou seu nariz ao dela, disposto a fazer diferente dessa vez ele aproximou lentamente sua boca da dela e seus lábios roçaram levemente quando eles abriram a boca.

– Catherine, você está ai? – alguém bateu forte na porta e os dois se afastaram, Nick não escondendo sua decepção com um suspiro frustrado quando eles abriram a porta para Davi.


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Notas finais do capítulo

sei que sou boa em torturas. kk'