Apaixonada por um Brasileiro Idiota escrita por Ella


Capítulo 20
Finally - Part 2


Notas iniciais do capítulo

Oiie, olha quem brotou? A Ella! Wee!
Bem, os detalhes da 2ª temporada já estão acertadinhos. Esse é basicamente o penúltimo capítulo de um Pov da Annie. Vai ter mais, é claro, mas será dividido. Os próximos capítulos serão um pouco maiores e sim, ainda vai rolar algumas confusõezinhas. Hehe
Vejam o blog da fic quem não viu. :3
http://apaixonadaporumbrasileiroidiota.blogspot.com.br/2014/05/apbi-esta-chegando-ao-fim.html
Boa leitura amors. ♥



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ANNIE

Eu deixei Jhony me beijar.

Eu nunca beijei ninguém, exceto Nick. Quer dizer, Jhony tinha me beijado no nosso primeiro dia na faculdade justamente quando Hanna e Pitter tiveram a primeira discussão de relacionamento, mas esse beijo não conta já que praticamente tive um colapso devido ao mesmo. Portanto hoje não, eu tinha beijado Jhony porquê quis. Eu deixei ele me beijar. Eu deixei ele me beijar!
E ainda lhe roubei um quando ele foi embora.

Cristo, a que ponto cheguei?

Ok, Annie. Você tem duas escolhas. Posso fingir que ainda estou bêbada e que nada aconteceu ou levar essa porcaria adiante e encarar as coisas como uma garota de quase vinte anos. Precisava falar sobre isso com alguém. E esse alguém aparentemente será Hanna.

Parei de encarar a porta e corri até minha mala para trocar de roupa. Tirei minha regata de botões, coloquei meu biquíni azul escuro e vesti o mesmo shorts. Nem fodendo eu iria ficar só de biquíni na frente do Jhony pervertido; Nós tínhamos nos beijado, mas isso não significa nada.

Oh, significa sim. Confesse...

Balancei a cabeça e sai do quarto caminhando até para a sala, onde meus amigos se encontravam com suas devidas roupas de praia. Hanna com um vestidinho por cima do biquíni e os garotos de bermuda, é claro.

– Você vai nadar de shorts? - Jhony me perguntou um pouco decepcionado. Revirei os olhos nem um pouco vergonhada com sua pergunta. Eu já tinha me acostumado com o jeito franco e perverso do meu ér... amigo?

– Vou. - Confirmei, ajeitando a barra de meu shorts desfiado.

– Ah... - Ele suspirou. - Que pena. - Jhony abaixou a cabeça e mesmo assim consegui ver seu sorriso tarado.

– Toma vergonha na cara, Jhonatan! - Exclamei divertida. Pitter me lançou um sorriso de dizia "missão cumprida". Esse idiota sabia.

Deixamos à casa da tia Carla (Pitter só a chama assim e isso acabou pegando) e seguimos em direção ao mar. Eu já tinha ido à uma praia antes, mas sempre ouvi dizer que as praias do Brasil eram espetaculares e é a mais pura verdade. O lugar era descendo um pequeno morro em frente à casa, então não precisaríamos passar a estradinha de terra e eu agradeci à Deus por isso já que estava de havaianas. Tenho certeza que Hanna pensou a mesma coisa porque eu vi um olhar de alivio em sua face.

Descemos uma escada de pedra exageradamente larga. Quase pedi para Jhony me pegar no colo de novo, mas quando vi aquela água azul interminável desci correndo.

– Annie, me espera! - Jhony também correu e é claro que não esperei por ele.

Quando cheguei no ultimo degrau estava sem folego. Corri até a ponta do mar e me sentei deixando à água bater em meus pés e voltar. Jhony se sentou ao meu lado milagrosamente em silêncio.

– É maravilhoso, né? - Suspirei.

– Eu? É claro.

– Você realmente sabe como estragar um momento, hein?

– E você realmente pode ser sensível às vezes, não é?

– Idiota. - O empurrei.

– Idiota, mas você adora. - Jhony me empurrou de volta.

– Convencido.

– Convencido, mas você adora.

Ficamos ali por mais um tempo olhando o horizonte e eu já estava com as costas doendo, então acabei me encostando nos ombros de Jhony. Ele estava certo, eu adorava seu jeito idiota, seu jeito convencido, seu lado sarcástico, suas piadas perversas, sua inteligência nas aulas de calculo, sua risada, sua cara de cachorrinho abandonado... Enfim, adorava Jhony por inteiro do jeito que ele era, portanto estava com medo desse "adorar" se tornar um pouco mais.

Mas será que já não era tarde demais para pensar nisto? Eu adoro passar meu tempo com Jhony, lhe bate e xingar. Eu conseguiria conviver sem ele depois da nossa platônica amizade? Eu não sei. Foi ele quem me libertou de Nick, sem Jhony eu seria a mesma Annie de sempre. Desgostosa com à vida, faculdade, Brasil, enfim, tudo.

Mas eu estava com medo. Com medo de estar apaixonada por Jhony, o brasileiro idiota.

– Tudo bem? - Jhony cutucou meus braços.

– Sim. - Assenti. Estava tudo bem?

– Você está calada e isso é muito estranho. - Ele zombou.

– Deve ser a cerveja, eu estou um pouco tonta.

– Sem cerveja por hoje, então.

– Desde quando você virou o "super protetor"? - Levantei minha cabeça indignada.

– Eu disse sem cerveja. - Um sorriso brotou em seus lábios.

– Idiota. - Sibilei. - E se você dizer mas você me adora eu juro que te afogo.

– Ok, - ele subiu as mãos em sinal de rendição e se levantou. - mas você me adora! - E saiu correndo.

– Jhonatan, eu vou te esfolar seu filho da puta! - Gritei ameaçadoramente. Eu odiava ser duvidada, mas eu não estava com raiva. Isso iria ser divertido.

– Estava demorando... - Pitter gritou de onde estava sentado. Hanna em seu colo.

– Vão para um quarto vocês dois! - Gritei de volta.

– No ar livre é melhor!

Pitter! - Hanna o censurou horrorizada e eu gargalhei. O relacionamento de meus amigos era tão clichê que meu pai, dava ânsia de vomito. Coloquei um dedo da boca simulando um.

– Vai caçar o que fazer se não quiser ficar de vela! - Pitter respondeu ao ver meus gestos e voltou a sua sessão de amassos com Hanna. O mundo agradeceria se eles fizessem isso em um local privado.

Bufei e me lembrei de que tinha algo para caçar mesmo: Jhony.

Me pus de pé e olhei ao redor da praia procurando aquele bolo de cabelo escuro desarrumado e achei segundos depois em uma barraca de açaí.

Numa barraca de açaí conversando com uma garota.

Meu queixo caiu. Estava horrorizada. Como ele tinha coragem?!

Dobrei minhas mãos em punhos e me esforcei, me esforcei de verdade para não gritar de ódio. Hoje mesmo ele tinha me beijado! Ah, caralho, quem eu penso que sou? Eu não sou nada de Jhony, pelo amor de Deus! Então por quê esse sentimento de querer matar a loira ao lado dele não passava?

Controle-se, Annie! Cacete.

Levantei minha cabeça com determinação, endireitei as costas e sacudi as mãos confiante. Eu não estou com ciumes, não estou. Segui em direção à barraca e fiquei repetindo meu novo mantra até lá. Pedi um copo de açai com banana, paguei com algumas moedas que estavam em meu bolso e me aproximei de Jhony.

– É, de noite eles sempre dão festas aqui. - A loira alta e bronzeada conversava com Jhony animadamente com uma voz completamente melosa. Preferiria ver Hanna e Pitter aos amassos por cinco horas do que ter que ouvir a voz dessa oxigenada.

– Olha, eu já estive aqui diversas vezes e eu não sabia disso, é muito bom saber... - Ele coçou o queixo. - Ah, oi, Annie. Você me achou. - Ele sorriu completamente presunçoso.

Por quê ele estava com um sorriso presunçoso?!

– Ah, oi, Jhony. - Forcei um sorriso, ignorando propositalmente a garota na minha frente. - Sim, eu te achei, mas não quero atrapalhar sua conversa. Por favor, continue. - Disse com minha melhor voz adorável.

– É, Jhony, vamos voltar à conversa. - A loira pigarreou, brincando com seu açai. - Você é mais do que bem-vindo em minha festinha.

– Ahn... - Jhony segurava uma risada por algum motivo.

– Desculpe atrapalhar a conversa de vocês dois, mas já atrapalhando, eu realmente preciso ir afogar meu amigo aqui. - Interrompi Jhony, batendo em seu braço um pouco fortemente.

– Desculpe, ér... Marisa? Eu realmente preciso ser afogado por minha amiga aqui. - Jhony me empurrou bruscamente. Fiz o mesmo com ele.

– É Mariana. - A loira corrigiu ainda mantendo seu sorriso. - Você vai então?

– Eu vou ver com meus amigos, tem algum problema se eles forem? - Jhony se concentrava em falar com a loira e me empurrar de volta.

– É claro que não! - Ela respondeu alegre, mas seu olhar dizia que é claro que tinha algum problema. - Foi um prazer, Jhony.

– Igualmente, Mari... uh... Ana. - Ele se aproximou para se despedir, mas antes que ele fizesse eu o empurrei de novo. Mariana me lançou um olhar de Oh, como você é criança!

Mostrando o lado verdadeiro, né cachorra? Sou criança mesmo!

– Tchauzinho, Marisa! - Acenei para ela adoravelmente, errando seu nome de propósito.

– Tchauzinho, garota que não sei o nome. - Ela acenou de volta.

– Me chame de 'Não é da sua conta'. - Sorri amavelmente. Ela abriu a boca para dizer algo, mas foi sábia o suficiente para fechar de volta. Jhony parou de me empurrar e me olhou incrédulo.

Ainda com meu sorriso Hanna no rosto, puxei Jhony para longe da barraca e ele derrubou seu açaí no caminho me olhando mais incrédulo ainda.

– Você derrubou meu açaí. - Ele comentou, dividindo o olhar entre eu e o copo jogado na areia.

– Bem feito. - Dei de ombros comendo meu próprio açaí enfaticamente.

– Não faz isso. - Ele me censurou.

– O que?

– Não coma desse jeito. Além de jogar na minha cara que você tem um açai você está super sexy.

Parei de lamber minha colher na hora. Um sorriso bobo se formou em minha boca, mas olhei para a loira na barraca do açai e sem pensar lancei meu copo em seu peito nu.

– Melannie! - Jhony me repreendeu novamente.

– Você disso isso para sua nova amiguinha também?!

– Você está com um ciumes. - Ele não perguntou, ele afirmou.

Never! Nuquinha no mundo! - Exclamei chocada.

– Está sim. - Ele abriu um sorriso.

– Dessa loira sem sal?

– Uhum.

– Jamais. - Neguei novamente.

– Ok, - Ele se aproximou mais, colando nossos corpos e obviamente me deixando toda lambuzada. Uma onda de nervosismo e calafrios percorreram por meu corpo, minha frente completamente suja de açaí. - então vamos à festa.

– Nem pensar. - Juntei meus braços para empurra-lo e ele foi mais rápido e enlaçou os seus em minha cintura. Estávamos muito próximos e isso não era bom, quer dizer, era maravilhoso, mas não era bom para nós, afinal, amigos não fazem isso, né?

– Precisamos de um banho. - Ele ainda sorria. Ele tinha que parar de sorrir.

– Graças à você. - Consegui dizer. Minhas mãos ainda estavam em seu peito lambuzado.

– Graças à você. Foi você quem me sujou! - Ele apertou minha cintura brincalhão. O que ele acha que está fazendo, meu Senhor?

– Porque você mereceu.

– Só porque eu estava conversando com uma garota? - Ele tentou parecer indignado, mas eu conheço Jhony o suficiente para saber que ele queria sorrir.

Revirei os olhos. Estava nos braços de Jhony. É claro que não queria sair, mas o que diabos estamos fazendo? O que essa coisa significa?

– Quer saber, Jhony? Foi por causa da Marisa sim! - Explodi. - Você me beija e logo depois já está conversando com outras garotas. Olha, eu não faço ideia do que está acontecendo entre nós, mas eu achei muito petulante da sua parte! - Respirei fundo totalmente corada.

Jhony olhou para mim por um bom tempo. Eu nunca fui uma pessoa negativa, quer dizer, eu era, mas nesse momento esperei pelo pior. Ele arqueou uma sobrancelha, franziu a testa, pensou mais um pouco e por fim abriu um sorriso. O sorriso mais bonito que eu já tinha visto.

– O nome dela não é Marisa, é Marina.

– Seu... Seu... - E novamente sem pensar dei um tapa em sua cara e ele nem sequer reagiu, apenas me beijou. Na frente de todo mundo, na frente da loira e na frente de Hanna e Pitter.

Jhony interrompeu nosso beijo e me levou (sem nenhum traço de romantismo, para que fique bem claro) para a ponta do mar. Dei à ele meu olhar de morte, mas ele apenas ignorou e me empurrou para à água.

– Filho da puta! - Gritei. Ele pulou também e se aproximou de minha molhada pessoa.

– Eu estou na sua desde o dia que te conheci, Annie.

E foi ali que percebi que não importa o que nós sejamos, nós sempre vamos ser os mesmos. Seja lá o que a gente for eu sempre vou trata-lo assim. afinal, é por isso que gosto desde idiota.

Sorri e lhe dei um selinho apaixonado. Eu não sei o que estava sentindo por Jhony, só sei que é bom e aterrorizante ao mesmo tempo.

É, eu estava magicamente fodida.


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Notas finais do capítulo

E ai? Sentiram o finalzinho chegando...? ^-^



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