O Chato e a Emo escrita por tormentor


Capítulo 6
A conversa.




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Isso foi no dia nove de dezembro daquele ano, uma sexta feira, no dia seguinte eu tinha curso de inglês, e após o mesmo, 

estava combinado de que eu ia na casa dela, tentar dominar a fera, ou minha sogra, como preferir.

 

Eu sempre fui descontraído, irreverente, serelepre, pimpão, tagarela até, mas não dessa vez, nããão, Max Amorim estava com o cu na mão, 

desorientado, parecendo cego em tiroteio no morro do alemão com direito ao caveirão do bope e companhia, havia ensaiado umas palavras, 

frases de efeito sabe? Algo que desse uma impressão.

 

Maaaaaaaaaaaaaaaaaaaas...

 

A velha já me conhecia, então, só me restou ouvir os sermões:

 

- Vocês sabem que são muito novos - Disse ela, virada para mim, com seus olhos a ponto de soltarem lasers, 

com suas feições transformando-se em um terrível monstro mitológico de cabelo pixain que parece a Medusa... (Mamonas Assassinas Rocks!), 

ou era isso que eu via.

- Sim mas... - Eu tentei intervir com uma de minhas "frases de efeito" que eu nem lembrava mais.

- E sabem também - Minha tentativa foi completamente falha - que um namoro exige responsabilidade, e acima de tudo respeito.

 

O que me deixava encafivado das idéias, era que Lílian havia sumido, deixado o recinto, evaporado, fez "puf" e sumiu.

 

Depois de mais ou menos uma hora e meia desse aparentemente interminável diálogo, e a inevitável pergunta "Quais são suas intenções com minha filha" 

e a resposta de prache "As melhores possível", e a réplica "De Boas intenções o inferno está cheio", tentei quebrar o gelo, ao menos o meu gelo, 

por que eu suava gelado, eu realmente estava nervoso que eu não lembro mais que piada era, mas era uma boa, eu ri por dentro, 

mas foi bruscamente interrompido pela fera:

 

- Isso aqui é momento sério, brincadeira tem hora e lugar - Nesse momento eu passo de branco, para estúpidamente pálido - E não é nem aqui e nem agora, 

estamos falando sobre algo definitivamente sério que envolve o futuro de vocês dois.

 

- Porra qual é? A gente não tá casando, muito menos ela tá grávida, não vou levar ela para uma missão de paz no Afeganistão, 

nem vou montar com ela na garupa do meu cavalo e fugir - Pensei.

 

- Sim senhora - Abaixei a cabeça e fiquei na minha, como um bom ouvinte deve fazer.

- E eu não vou aguentar briga de vocês dois, se tu magoar minha filha, tu vai se ver comigo, mas eu sei que tu é um rapaz bom, e se ela fazer alguma contigo,

ELA é quem vai se ver comigo.

- Eu acho que...

- Maaaaaas, em todo caso, eu deixo que vocês namorem.

 

Tá certo que se ela não deixasse, a gente namoraria escondido, mas assim foi melhor.

 

E assim inicia-se uma saga de amor, paixão, sentimento, luta e coragem... Nem tanto, mas é mais ou menos assim.


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