Loucamente apaixonados. escrita por Ana Mel Castro


Capítulo 4
Um pequeno desastre.


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura.



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POV: Maggie.

– Detenção... -Ele colocou outro pirulito em minha boca. - Detenção pirralha.

– Desculpe. - Funguei, limpando o meu nariz novamente.

– Volte para a sua mesa. - Falou em tom ríspido. - Estou cansado de bancar o paizinho com você Senhorita Adams. -Ele praticamente cochichava apenas para que eu ouvisse.

– Mas... Eu não quero...

– Volte. Para. A. Sua. Mesa. - Falou em um tom seco e pausadamente. Fiquei um pouco assustada.

– Tá bom. - Saí bufando e batendo os pés, irritada.

Andei com certa pressa, as pessoas do salão finalmente haviam parado de olhar para mim. Assim que cheguei na mesa da Grifinória, sentei-me entre Lily e Bonnie. Bonnie comia um pudim de limão, e Lily conversava animadoramente com um garoto da Corvinal que nem sentiu a minha presença.

– Ele machucou você? -Bonnie abraçou-me fortemente. Quase que fiquei sufocada.

– Hum... Não... Ele me deu esses dois pirulitos de gosto interessante. - Mostrei os dois pirulitos para ela.

– Joga isso fora! - Bonnie deu um tapa na minha mão fazendo com que os dois pirulitos caíssem e conseqüentemente, se quebrassem em pedacinhos.

Comecei a chorar, novamente.

– Por que fez isso? - Cruzei os braços fazendo bico.

– Poderia estar envenenado. - Ela colocou uma das mãos no peito, controlando seus batimentos. - O professor Snape sempre diz que irá dar um jeito de se livrar de você. E se ele tivesse colocado algo nos pirulitos? - Eu podia ver o quanto Bonnie estava preocupada.

– Mas... Tinha um gosto tão bom. - Falei com a voz chorosa.

– Por isso mesmo. - Ela falou como se fosse a coisa mais óbvia do mundo. - Você não deve confiar nele Maggie. Ele te odeia. - Bonnie colocou as duas mãos na boca como se tivesse falado algo errado.

– V-v-você acha que ele me odeia? - Mordi o lábio inferior, um pouco frustrada.

– N-n-não é isso Maggie... - Tentou se desculpar.

– Eu... Eu preciso descansar. - Levantei-me sem ânimo. - Tenho que ajudar o Snape mais tarde.

– Espera Maggie! Não era isso que eu queria dizer. - Impediu-me de sair.

– Tá tudo bem. - Maneei a cabeça positivamente voltando a andar para fora do salão.

Achei que os pirulitos me deixariam mais animada, porém continuo triste. Triste porque o meu Severo quebrou minha vassoura sem nenhum arrependimento, e triste porque a Bonnie disse aquilo. Eu sei que o Severo não me trata bem, e que ele sempre tenta me despachar, mas eu sei que ele gosta de mim nem que seja um pouquinho. Pelo menos é o que eu quero acreditar.

Hoje eu nem se quer escrevi nada no meu diário de observações do Snape. Preciso atualizá-lo. Falando em diário, preciso descobrir como abrir aquele maldito diário.

Fui para o salão comunal da Grifinória, não estava tão cheio e nem tão vazio, porém as pessoas praticamente gritavam. Cumprimentei alguns alunos conhecidos, e logo, subi para o meu dormitório.

Eu divido o dormitório com Bonnie, Lily e uma tal de Lessa. Lessa é uma guria muito chata; ela tem cabelos ruivos, estatura baixa e é uma puro sangue metida. Ela não gosta de mim porque minha mãe e meu pai são trouxas. Meu pai fugiu com o irmão da minha mãe - sim, ele é gay - quando eu tinha três anos, desde então eu nunca o vi.

Eu guardo o meu diário de baixo do colchão da minha cama, um lugar muito óbvio, mas bastante útil.

Levantei o colchão e tirei o meu precioso diário. O que eu vou escrever? Que o Snape apenas quebrou a minha vassoura? Tá, eu posso colocar que ele foi gentil e me deu dois pirulitos, nada de coisas ruins.

Acabei escrevendo mais do que devia, coloquei até algumas coisas da minha cabeça. Eu sei que me iludo muito fácil, mas pelo menos sou feliz.

Assim que terminei peguei o diário do Snape e o abri novamente... Estranho, dessa vez nenhuma frase idiota apareceu. Por que será? Ah, tanto faz, só o que me importa é o conteúdo.

E logo na primeira pagina estava escrito "Eu sou o príncipe mestiço". Nossa, além de incrível meu Snape é um príncipe? Essa eu não sabia. Havia algo relacionado à "Comensal da morte", eu já ouvi falar sobre isso em algum lugar, porém não me lembro aonde. Já sei! Eu posso perguntar para ele. Não... Assim ele ficará sabendo que eu estou com o seu diário. Mas eu posso simplesmente não devolver. Pior! Agora que eu estou pensando, eu posso ameaçá-lo... Eu sei que isso é baixo, mas é por uma boa causa. O amor.

– Obrigada Merlin. - Saí saltitante do dormitório. Passei correndo pelo salão comunal deixando alguns olhares curiosos sobre mim. Só preciso ir até as masmorras e encontrar o meu Severo. Será que ele está pensando em mim? Eu sei que ele pensa em mim, ele só não admite.

Desci os rolos de escadas em dois em dois degraus. Caí assim que cheguei no térreo ralando os meu joelhos, porém não me importei e levantei-me rapidamente. Voltei a correr com dificuldades e finalmente cheguei à porta da sala. Respirei e inspirei umas dez vezes, até que tive coragem para bater na porta.

– Meu Snape... -O chamei, mas ninguém respondeu. - Abra a porta, sou eu, a Maggie.

Estranho... A porta estava aberta. Não faz mal entrar, né?

Abri a porta vagarosamente e entrei com passos pequenos. Droga! Estava vazia, pelo menos achei que ele estaria aqui. Porém a janela da sala é quebrada de repente. Quase urinei nas calças de tanto medo. Mas do medo veio a surpresa e da surpresa veio a preocupação.

Severo estava estirado no chão da sala, sangrando, gemendo de dor, machucado.

– S-s-severo? - Corri desengonçadamente ao seu alcance.

– Saia daqui pirralha! - Grunhiu com dificuldades. O corte em seu braço parecia estar doendo muito. - Agora! -Gritou.

– Não! - Retorqui. - Você tá machucado. - Abaixei-me tendo cuidado para triscar em seu corpo.

– Será que a sua mente pequena não entende o significado da palavra saí? - Olhou-me fulminantemente.

– Fica calmo, eu vou te ajudar. - Tentei tocá-lo, mas ele se afastava mais ainda.

– Garota estúpida! - Falou entre dentes. - Eu disse para ir embora, não trisque em mim. - Mas o que diabos deu nele? Ele está machucado e ainda nega ajuda?

– Eu vou te levar daqui. - Andei até ele, e nem se quer me importei com os resmungos que ele dava.

Dessa vez ele não conseguiu se desviar, e eu finalmente o toquei. Ele fez uma expressão desagradável que eu tratei de ignorar.

Senti algo estranho. Algo amargo e doce. Algo bom e ruim. E senti os meus ossos se apertando rapidamente.

– O que está acontecendo comigo? - Sério, em apenas alguns segundos eu percebi que estava diminuindo. Ficando menor e menor, minhas roupas estava ficando tão folgadas que pareciam um grande saco. - O que foi? - Surpreendi-me com o tom da minha voz. Saiu tão fino, tão fraco e mais inocente.

– Droga! Eu disse pra não triscar em mim. - Snape levantou-se com dificuldade, quase que caindo novamente. E por que ele cresceu tanto de repente? Ele estava enorme. Seu olhar maldoso pousou em mim, que me sentia menor do que o comum. - Você só me da problemas. - Abaixou-se até ficar no meu tamanho. E ele surpreendentemente pegou-me no colo. Por que eu estou tão pequena?

– O-o qle a-a-aclonteceu? - Por que eu não estou conseguindo formar uma frase direito? Por que minha língua está enrolada?

– Espero que seja expulsa! - Ele estava mais irritado do que o comum. E andava vagarosamente, pois sua perna estava machucada.

Olhei fixamente para os seus olhos, e pude ver em sua íris a minha imagem... Não podia ser eu aquela pessoa... Eu estava com os cabelos castanhos menores e com as bochechas mais rosadas do o comum. E agora eu entendi tudo.

Como diabos eu virei um bebê?


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Notas finais do capítulo

A Maggie virou bebê, coitada, claro que não por muito tempo, pois o Snape não aguentaria ficar sem a sua insuportável por muito tempo.... Mas em breve terá o grande beijo entre os dois.



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