Impossible escrita por Bebê Panda


Capítulo 27
Capítulo 26


Notas iniciais do capítulo

Heeeeey!
Eu sei que demorei, kay? Mas, o problema é que vocês não comentais (com a excepção de algumas pessoas) e eu fico chateada por isso!
Enfim, boa leitura!



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POV Jade West

Eu não entendia o real motivo pelo que Beck me obrigou ir embora do parque. Ele parecia nervoso e agoniado por alguma coisa, só que eu não sei o que é e ele não parece de ter a intenção de me contar o que se passa e qual é o problema do parque idiota.
Agora estamos indo em caminho de nossa casa. Eu estou a comer o meu algodão doce enquanto Beck olha de um jeito muito concentrado para a estrada. Eu tenho a certeza de que ele não está bem.

– Beck? - Sussurrei, olhando para ele.

– Algum problema, Jade? - Murmurou e eu bufei. Como se ele não soubesse do que eu estava a falar.

– Porquê reagiste assim!? - Perguntei, irritada.

– Isso não importa agora. - Respondeu duramente e eu revirei os olhos.

– Importa sim, Beck! - Resmunguei. - Tu disseste que é perigoso. Mas, eu não entendo o que queres dizer com isso. - Murmurei confusa.

Ele suspirou pesadamente. - Eu... Eu não te posso contar o que se passa, Jade. - Respondeu.

Eu respirei fundo e virei o rosto para o lado oposto de beck, olhando pela janela. Se Beck não me quer contar o que se passa é provavelmente porque ele não confia em mim, certo?

Claro que ele não confia em mim! Ele nem sequer me deixa mexer no seu celular sem estar ele por perto... Ele nem mesmo assim me deixa mexer no seu celular. E agora ele não me quer contar o que é perigoso. Ele não confia em mim. Nunca confiou e talvez nunca confie. Mas, porquê eu me surpreendo por isso?

Ele decidiu casar comigo sem nenhum motivo aparente, mas eu tenho toda a certeza de que ele não estava apaixonado por mim quando tudo isto aconteceu... Mas eu tampouco gostava dele no inicio e durante este mês... Este mês foi a melhor coisa que aconteceu na minha vida.

Durante este mês eu percebi que eu posso amar e que eu posso ser amada. Eu percebi que eu posso ser feliz, e que essa felicidade pode depender de uma única pessoa que no inicio de tudo não era nada e agora é tudo para mim.
Estar com Beck me fez entender que o passado não importa. O que sim importa é o presente e o futuro pelo qual nos devemos preocupar. E, neste caso, eu me tenho que preocupar com o meu futuro com Beck e com o nosso casamento que é em três dias...

– Jade, Jade... - Ouvi Beck falar, enquanto tocava o meu ombro levemente.

– O quê? - Murmurei confusa e Beck riu.

– Já chegamos, anjo. - Eu sorri e saí do carro, andando rapidamente para a sala onde Angela tinha que estar.

– Angela, meu amor! - Falei, pegando a pequena gatinha ao colo e beijando a ponta do seu nariz.

Me sentei no sofá, ainda com Angela no meu colo, e liguei a televisão em um canal qualquer. Eu não queria realmente ver televisão, mas isso seria um bom jeito de fazer com que Beck não me incomodasse.

Ele entrou na sala e se sentou ao meu lado, sem dizer uma palavra. Fingi que não o tinha visto e continuei vendo a televisão, até que ele decidiu começar a conversa.

– Eu sinto muito por termos que sair do parque. - Falou e eu dei de ombros.

– Claro que sentes. - Murmurei. - Tu arruinaste o meu dia hoje, mas não te preocupes por isso. O karma devolve tudo. - Falei e ele riu.

– Acreditas mesmo no karma? - Perguntou e eu o encarei.

– Em realidade não muito, mas de vez em quando parece que ele realmente existe e faz as pessoas que me fazem sofrer, sofrer também. - Respondi.

– Interessante. - Sussurrou.

– Sabes, obrigada por me teres tirado daquele parque idiota. - Falei. - Eu nem sei porque eu quis ir para lá. - Murmurei e ele riu.

– De nada. - Ele sorriu.

– Agora, por favor, não me incomodes porque eu quero passar o resto do dia vendo televisão. - Falei e ele riu.

– Tudo bem, podes ficar vendo televisão quanto quiseres. - Eu sorri. - Eu vou tratar de umas coisas da empresa do meu pai. - Falou e eu assenti.

Ele se aproximou de mim e deu um leve beijo na minha testa e saiu. Suspirei e voltei a minha atenção novamente para a televisão, continuando a ver a série idiota que estava passando.

[…]

Acordei com um trovão forte. Abri os olhos e olhei para a janela. Estava chovendo torrencialmente na rua. Olhei para Beck e vi que ele não estava bem. Ele estava um pouco afastado de mim na cama e se mexia nervosamente. Eu acho que ele está tendo algum pesadelo, ou algo do tipo.
Sentei-me na cama e me movi para mais perto dele, tocando o seu ombro com suficiente força para acordá-lo.

– Beck, Beck... - Chamei-o e em um ato muito rápido, ele abriu os olhos e se sentou na cama.

– Meu Deus, Jade... - Murmurou, respirando com dificuldade. - Está tudo bem contigo... - Sussurrou, abraçando-me com força.

– Beck! - Resmunguei. - Estás a esmagar-me! - Reclamei e ele me soltou.

– Eu... Deculpa. - Murmurou.

– Foi um pesadelo, não foi? - Perguntei olhando para ele.

– Sim... - Ele suspirou. - Um pesadelo horrível, Jade. Eles... Tu... Eles te matavam... Eles... - Ele bufou frustrado, passando as mãos pelo cabelo nervosamente.

– Ei, aquilo foi só um sonho. - Falei, segurando o seu rosto entre as minhas mãos e fazendo com que ele olhasse para mim.

– Eu sei, mas só que tudo parecia ser tão real e... Eu acho que em algum momento eu confundi o sonho com a realidade. - Falou.

– Não te preocupes, Beck. - Falei. - Foi só um sonho e... Nunca ninguém me irá matar. Eu irei morrer por morte natural, depois de viver décadas de anos feliz contigo.

Ele sorriu e me deu um selinho, se deitando e me puxando para perto dele.

Fechei os olhos e senti que estava voltando a adormecer e, um tempo depois, adormeci profundamente.

[…]


– Nem acredito que faltam dois dias para o teu casamento! - Falou minha mãe, muito emocionado com isso.

– É, eu sempre pensei que Logan se fosse casar antes de mim. - Suspirei.

– Não, ele nunca se casaria antes de ti. Do jeito que ele é, eu me surpreendo muito que ele alguma vez se case. - Falou.

– Com o tempo, veremos se ele muda em alguma coisa ou apenas fica com a herança toda que papai lhe deu e se torne gay. - Falei.

– Jade! - Resmungou. - Não sejas tão cruel com o teu irmão! - Pediu e eu ri.

– Amanhã tu não irás ficar aqui, com Beck. - Falou.

– Posso saber porquê? - Perguntei confusa.

– Porque amanhã é um dia antes do teu casamento, e é necessário que descanses bem, para acordar cedo no dia do teu casamento. - Respondeu.

– Isso é estúpido! - Falei e ela riu.

– Talvez um pouco, mas é necessário, Jade. - Murmurou e eu suspirei.

– Se é tão necessário assim, tudo bem. - Falei.

– Certo. - Sussurrou. - Amanhã passo por aqui, okay? Espero que estes totalmente pronta. - Falou.

– Foi só para isto que vieste aqui? - Perguntei.

– Basicamente sim. Oh, também queria saber se ainda continuais vivos. - Falou.

– Ah, sobre isso... - Murmurei. - Nós não nos odiamos mais. - Falei e ela sorriu largamente.

– Oh, eu fico muito feliz por vocês dois. - Falou, se levantando do sofá.

– Bom, mais alguma coisa? - Perguntei e ela negou.

– Não, não... Eu já vou indo. Ainda tenho que ir visitar o teu irmão. - Respondeu.

– Visitar a onde? - Perguntei confusa.

– Ele não te contou? - Perguntou.

– Em realidade, ele meio que me odeia. E felizmente esse sentimento é recíproco. - Falei.

– Ele decidiu viver sozinho quando tu te mudas-te e agora eu tenho que ir todas as semanas visitá-lo. - Falou.

– Porquê? - Perguntei.

– Ele vive sozinho e... Ele não sabe cuidar de si mesmo. - Respondeu.

– Tudo bem, até amanhã. - Falei.

Acompanhei a minha mãe até á porta de casa e depois de me despedir dela, ela entrou dentro do carro e se foi embora.

Eu estava sozinha em casa. Beck tinha saido, sem me dizer onde tinha ido. Quer dizer, quando eu acordei, Beck já não estava. Ele me tinha deixado uma notinha dizendo que tinha saido. Apenas isso. Beck tampouco respondia aos meus mensagens e eu não podia fazer a respeito.

Suspirei e decidi que era o momento perfeito para arrumar as minhas malas para a lua-de-mel, porque eu tinha a certeza de que minha mãe iria aparecer amanhã de manhã cedo e depois eu não teria tempo para fazer nenhuma das malas.

Dentro do quarto, tirei as malas de dentro do armário e comecei a colocar dentro delas as roupas que eu pensava usar durante a lua-de-mel.

[…]

POV Beck Oliver

Tinha acabado de chegar a casa. De manhã, eu tive que acordar mais cedo e tratar sobre uns assuntos. Esses assuntos eram sobre a segurança de Jade. Eu nunca iria deixar a sua vida em perigo e portanto eu contratei pessoas que a estivesses vigiando 24 horas ao dia, dispostos a dar a sua vida por ela.

A encontrei no nosso quarto, cantarolando alguma canção enquanto arrumava as suas malas. Provavelmente para a nossa lua-de-mel.

– Bom dia, Jade. - Falei e ela olhou para mim.

–Depende para quem. - Falou. - Onde estavas? - Perguntou, continuando a mexer em suas roupas.

– Ah, isso é uma história muito longa. - Respondi. Eu não tinha pensado em nenhuma desculpa.

– Podes contar-me, eu não tenho pressa. - Falou, encarando-me. - E, sempre que dizem “história longa”, ela acaba por ser muito curta. - Sussurrou.

– Uh, é uma surpresa. - Menti.

– Eu odeio surpresas! - Resmungou.

– Eu tenho a certeza de que irás gostar dessa, basta esperares uns diazinhos. - Falei.

– Mas eu não quero esperar uns diazinhos! - Resmungou.

– Não tens outra escolha, Jay. - Falei e ela suspirou, visivelmente frustrada.

– É, eu sei. - Murmurou. - Mas, eu acho que poderei esperar até aí...

[…]

– Já é amanhã. - Falou Jade, sentando-se ao meu lado no sofá.

– Eu sei. - Suspirei. - O tempo passou muito rápido, não? - Perguntei e ela riu.

– Talvez... Mas também, nós só tinhamos um mês para organizar tudo. - Falou.

– Tudo foi muito rápido. - Murmurei.

– Meses atrás eu não poderia acreditar em algo assim. - Falou rindo e eu a acompanhei no riso. - Mas agora, eu... Eu não sei o que eu estive fazendo estes anos todos longe de ti...

– Eu também não sei como pudeste viver todos estes anos sem mim. - Falei e ela riu.

– Deixa de ser convencido, okay? - Pediu rindo. - Ambos sabemos que eu vivia muito bem sem ti!

– Eu tenho a certeza que sim. - Murmurei e Jade revirou os olhos.

– Uh, eu realmente vivia bem... Não fazia nada e passava maior parte do meu tempo com meus amigos, dormindo ou em festas. - Explicou.

– As coisas não mudaram muito desde aquela época, então. - Falei e ela arregalou ou olhos.

– Mudaram sim! Eu não saio tanto com meus amigos e já fazem anos que eu não vou a nenhuma festa! - Resmungou. - E isso me lembra que eu preciso de uma festa, urgentemente!

– Tu mesma não quiseste fazer uma despedida de solteira. - Murmurei.

– É, eu sei o que eu fiz, não é necesário que me lembres! - Reclamou e eu sorri.

– A que horas vêem a tua mãe? - Perguntei.

– Até parece que queres ver-te livre de mim, Beck. - Respondeu.

– O quê? Não! Eu só quero saber a hora, nada mais. - Falei e ela deu de ombros.

– Não sei, ela disse que vinha, mas não disse a hora certa para isso. - Falou.

– Enquanto esperamos que a minha mãe vem, me poderias contar qual é a surpresa, né? - Perguntou sorrindo. Eu pensava que ela se tinha esquecido disso, mas pelo que parece ela nunca se irá esquecer disso.

– Eu poderia, mas assim quando a surpresa chegar, não será a mesma emoção. - Falei e ela bufou.

– Ah, eu desisto! - Resmungou. - Cat disse que vinha por Angela pela tarde. - Murmurou.

– Ela aceitou ficar com Angela? - Perguntei e ela assentiu.

– Sim, eu já disse que ela gosta de coisas peludas. - Respondeu e eu suspirei.

Ficamos em silêncio, olhando para diferentes pontos na sala. Não sei quanto tempo depois, ouvimos o toque da campainha. Jade me encarou e sorriu de canto.

– Eu acho que tenho que ir. - Ela suspirou. - Eu vou sentir saudades. - Falou.

– Só não nos vamos ver o resto do dia de hoje e amanhã pela manhã. - Falei e ela deu de ombros.

– Irei sentir saudades igual, Beck. - Falou, abraçando-me com força.

– Eu também. - Falei, abraçando-a e beijando o topo da sua cabeça.

A campainha tocou novamente e Jade bufou.

– Eu tenho que ir, ela nunca me irá deixar em paz. - Murmurou e eu ri.

– Nos vemos amanhã. - Falei e ela se levantou. - E não te atrases, okay? - Pedi e ela riu.

– Irei pensar nisso, Oliver. - Falou rindo e saindo da sala.

Suspirei. O casamento já era amanhã e isso quere dizer que a vida de Jade está cada vez mais e mais em perigo. Eu gostaria poder desfrutar de esta coisa do casamento, mas é impossível sabendo que Jade corre perigo.

Só espero que amanhã tudo esteja bem e que Jade e eu possamos ser felizes, pelo menos amanhã.


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Notas finais do capítulo

Beeijoooos!