Isso não tem nada Cancerígeno! escrita por Docinho Malvado


Capítulo 4
Okay?


Notas iniciais do capítulo

Nesse capítulo tem uma surpresinha pra vocês, espero que gostem! ;)
*Essa na foto é Hazel Grace com os olhinhos lacrimejando do jeito que eu imaginei! :')



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Voltando ao papo das amizades...

Eu fiz uma amiga no hospital em que eu estava me tratando. Uma menina com câncer de pulmão chamada Hazel Grace Lancaster. Bem, nós não éramos necessariamente amigas, Hazel Grace ficava distante sempre lendo o seu livro “Uma aflição imperial”.

Uma vez não me aguentei de curiosidade e tive que perguntar para uma enfermeira sobre Hazel. Segundo a enfermeira, Hazel Grace tinha vindo de Indiana, ela estava deprimida por conta da morte do namorado Gus, que também morreu de câncer, os pais acharam melhor tira-la de lá.

Nós conversávamos pouco até o dia em que ela ficou sabendo que eu pretendia largar o tratamento. Ela bateu no meu quarto enquanto eu arrumava as coisas para ir embora.

– Oi! – Ela disse sorrindo fraco quando eu disse para entrar.

– Oi! – Eu disse também sorrindo fraco.

– Eu fiquei sabendo que você vai embora hoje... – Ela começou a puxar conversa um pouco acanhada. – Você vai descer de elevador? – Eu sabia o que “descer de elevador” queria dizer.

– É... Eu cansei de ser envenenada aqui! – Eu disse rindo um pouco e ela também. – E hoje eu desço de escada!

– Eu só vim para te dar um presente! – Ela disse tentando esconder um quê de empolgação na voz.

– O que é? – Eu perguntei curiosa e só então vi que ela estava com as mãos para trás segurando algo.

Então ela me estendeu um livro... Mas não qualquer livro. Era seu exemplar surrado de “Uma aflição imperial”.

– Hazel... Eu não posso aceitar... Esse é o SEU livro! – Eu disse recuando do presente.

– Tudo bem... Eu já tenho todas as partes decoradas mesmo! – Ela disse sorrindo mais.

– Oh, Hazel... – Eu estava sem palavras. De repente parecia que nós duas éramos amigas de longa data. – Muito obrigada! – Eu disse a abraçando.

– Eu é que te agradeço! – Ela disse e eu fiquei confusa. – Você deve estar se perguntando por que eu vim aqui do nada puxar assunto com você e tal... – Eu assenti. – Caramba, Polly... Pode parecer loucura, mas você me parece tão familiar... Parece alguém que eu conheci bem! – Ela disse sorrindo melancolicamente para mim. – Eu te dei esse livro porque cansei de ficar corroendo uma lembrança, decidi seguir em frente e começar minha vida de novo.

– Hazel Grace! – Eu disse seus dois nomes e uma lagrima de boa lembrança brilhou na sua bochecha não sei por quê. – Nós duas vamos começar nossas vidas de novo, que tal? – Eu perguntei rindo.

– Ótimo! – Ela disse empolgada. – Eu também já estou cheia desse hospital. Estou cheia dessas “coisas do câncer”. Eu quero viver minha vida sem ser um efeito colateral!

– Porque não vem comigo? – Eu perguntei sorrindo e ela ficou triste de repente.

– As coisas não são assim... – Ela disse olhando para o cilindro de oxigênio.

– É complicado... Eu sei. Sinto muito!

– Eu não posso simplesmente largar tudo como você! – Ela disse ainda mais triste. – Te invejo pelo que está fazendo! – Ela disse chorando um pouco. – Quero que você seja muito feliz, Polly Frances... Muito feliz mesmo!

– Não chora Hazel! – Eu disse a abraçando e chorando um pouco também. – Relaxa, você vai me ver de novo, juro que quando eu morrer volto pra te assombrar! – Disse de brincadeira e ela riu.

– Pode voltar... Eu não me importo! – Ela disse sorrindo.

– Tudo Okay? – Nem sei por que perguntei isso.

– Okay! – Ela respondeu sorrindo como nunca a vi sorrir antes.

Depois disso adquiri um grande apreço por Hazel Grace.

Nós não dissemos adeus, mesmo porque eu jurei que nos veríamos de novo.

Saí do hospital e fui pra casa de carona com Charlie. Aquela maluca nem tinha habilitação, não tinha nem idade para dirigir, mas dirigia mesmo assim... Não dirigia necessariamente bem, mas dirigia regularmente.

Meu pai até se ofereceu para ir me buscar, mas eu não quis que ele fosse... Não aguentaria vê-lo sofrer em silêncio dentro do carro. Eu iria me sentir claustrofóbica demais.

Naquela tarde eu e Charlie ficamos conversando sobre a minha lista de coisas lá no meu quarto.

Foi um dia de conversa fora... Mas logo no dia seguinte iriamos começar com as missões da minha lista... E aquela maluca ainda adicionou uma coisa a mais que chamou até de prioridade!

– Perder a virgindade.


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Notas finais do capítulo

E aí? Gostaram da aparição de Hazel Grace na Fic?
*Se não entenderam esse capítulo sugiro que pesquisem o livro de onde Hazel saiu: A Culpa é das Estrelas!
Reviews? :3
XoXo