Baby May Cry escrita por CupcakeChoco


Capítulo 5
Unforeseen!




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Encarei fixamente Dante.

Ele estava com Beatrice que chorava copiosamente e se agitava em seus braços. Pelo visto, Dante tentava descobrir o motivo da bebê estar tão inquieta. E como não conseguiu, ele fazia o máximo que podia para acalma-la. A expressão dele já era de desespero.

Começando pelo verdadeiro principio; Acordei mais cedo que o costumeiro, o que era muito estranho. Normalmente não levantaria tão cedo, só com os choros de Beatrice, que tinha um apetite monstruoso e que não tinha horário para atacar. Preocupada, procurei por todo quarto e pude ouvir os resmungos de Dante e os choros do pobre bebê no andar de baixo. Assim que desci, me deparei com Dante tentando ninar Beatrice. A cena seria fofa, se não fosse um detalhe: Ela não queria ser ninada e esperneava.

Percebendo minha presença, Dante me olhou em um apelo mudo por ajuda. Quem diria que o famoso e arrogante — que se achava a ultima bolacha (ou biscoito, tanto faz) do pacote — Devil Hunter fosse pedir ajuda. Eu deveria gravar para usar em situações futuras (Como tirar dinheiro dele).

— O que houve? — indaguei, pegando Beatrice.

— Ela começou a berrar, tentei te acordar para cuidar dela — revirei os olhos — como você não acordou, tive que eu mesmo dar um jeito.

— Onde Lady e Trish estão?

— Elas devem estar fazendo algo que melhor sabem fazer; me encher de dividas.

Isso explica muita coisa, principalmente de Dante estar com Beatrice. Tinha que estar sem saída para ele fazer isso.

— Que foi bebê? O homem preguiçoso fez algo errado?

Beatrice me olhou, seus lábios tremiam e o rostinho estava vermelho.

— Acho que ela esta com gases, e pelo que vejo nem se arrotar melhora. Acho preciso de ajuda.

— Como vai ser?

— Deita ela e faça uma leve massagem na barriga dela. — Dante seguiu minha recomendação um pouco relutante. Ele a deitou do sofá e começou a massagea-la. Fiquei olhando atentamente. Beatrice parou de chorar e balançou os braços, então ela deu um arroto. Dante continuou até que ele percebeu algo — e pela reação dele não era nada agradável.

— O natal chegou mais cedo e o Papai Noel te trouxe um presente, doçura.

— Ah, não! Se for o que estou pensando, nem vem!

— Eu não vou trocar

— Para de ser preguiçoso, sua mão não vai cair se você fizer.

— Eu não vejo um motivo para fazer com você aqui

Travamos uma guerra de olhares. Enquanto eu o fulminava, ele me encarava despreocupado e indiferente. O choro de Beatrice deu impasse à batalha.

Dante soltou um suspiro designado.

— O que tenho que fazer?

— Bem, primeiro abre a fralda para ver o estrago.

Dante tateou a fralda até encontrar a aba. Respirando fundo, ele abriu e fez uma careta com a visão. Beatrice começou a rir, batendo palminhas.

— Ah, você é mesmo um doce, né?

— Huh, doce? Presta que isso aqui não é chocolate não, tá — Dante apontou para a fralda cheia.

— Não liga para ele, que você é ainda é um doce Bia! — o ajudei a tirar a fralda e limpar Beatrice. Tive todo o trabalho de explicar a Dante como ele devia fazer quando trocasse à pequena. Beatrice estava muito inquieta. Ela até tentava chutar Dante, e em meio a bagunça percebi que ela tinha enfiado a mãozinha dentro do pacote sujo. Um lembrete para mim mesma: Nunca deixa uma fralda suja perto de um bebê agitado. Torci para que ela não tivesse tocado no "chocolate". No entanto, para minha tristeza quando tirou a mão estava toda suja e para piorar a situação, a bebê esfregou inocentemente a mão suja no rosto.

— Oh, não! — gememos em uníssono.

oOo

Estava chovendo muito.

Não, estava acontecendo o segundo dilúvio bíblico. O dia estava lindo quando acordei, não dava para entender a variação repentina de clima. Isso seria preocupante se não tivesse totalmente relaxada. Beatrice brincava comportadinha com um ursinho todo surrado, pobrezinho. Ela não parecia se importar com isso. Dante comia o ultimo pedaço da pizza que havia encomendado horas antes. Lady e Trish tinham ido para nem sei onde, e nem me lembro. Eu estava na mais completa paz para me importar. Agora a única coisa que tinha que me ocupar era o chocolate que me esperava na cozinha — mas como estava muito quente, não tive outra escolha a não ser esperar.

Acho que nada poderia estragar aquele momento.

A porta foi abruptamente aberta. No susto peguei Beatrice e me posicionei alerta. A figura que irrompera pela agencia era um homem todo de preto segurando firmemente um guarda chuva. Ele estava bastante molhado para alguém que tinha como se proteger do aguaceiro.

— Merda! Que susto! — coloquei a mão sob o peito, tentando acalmar meu coração que batia tão rápido que pensei que fosse saltar pela boca, perguntei quase instintivamente: — De onde você veio?

— De onde vim? Essa é uma das perguntas fundamentais do universo; — o encarei assustada pela súbita mudança de humor, e me afastei com Beatrice para perto de Dante. O cara parecia um rei do drama de quinta. — De onde viemos para onde nós vamos...? Por que tudo junto é separado, enquanto separado é tudo junto...? E golfinho? É diminutivo de quê? De golfo?

Nunca pensei nisso...

— Não criatura, eu quero saber o que faz aqui! Obviamente, você é um cliente, não é?

— Ah, sim!

— Dante o negocio é com você — Não houve resposta, e voltei minha atenção para o dito cujo que parecia estar inerte em pensamentos — Dante?

— Ele tem razão... Golfinho parece ser diminutivo de golfo...

Com tantas coisas significativas para pensar, ele estava ponderando sobre justamente isso?

— Dante! — gritei impaciente.

Deixei os dois conversarem sossegados, afinal não me interessava o que tinham para conversar. Aproveitei para fazer a mamadeira de Beatrice e a alimentar. Tomei um pouco do chocolate e voltei para sala. Dante estava se aprontando para sair.

— Aonde vai?

— Tenho que trazer dinheiro para casa. — dava para perceber que estava encenando o papel de chefe da casa, super responsável — Tenho uma boca a mais para alimentar — ele olhou para Bia que babava e mordia a própria mão. — Como o homem da casa, esse é meu dever!

— Vai me deixar sozinha cuidando da Beatrice?

— Você tira isso de letra, doçura.

— Mas...

— Eu sei que sem mim as coisas vão a baixo — Dante depositou um beijo na minha testa e na da bebê. — Mas o papai aqui tem que cuidar do sustento da família

— Ah, corta esse papo! Isso é uma desculpa para me deixar fazer todo trabalho!

— Sua desconfiança me magoa — fingiu estar ofendido, em um gesto tão dramático quanto cômico.

— Você esta aproveitando a primeira oportunidade para vazar!

— Que isso! Eu tenho trabalho para fazer, você sabe... Alguém tem que fazer

— Dante!

— Adios! — Dante fez um gesto de despedida e saiu calmamente me deixando totalmente sozinha e irritada.

Maldito!

— Agora será só eu e você, Beatrice!

oOo

Acordei com um estranho barulho.

Era o telefone que insistentemente tocava. Verifiquei se o barulho não acordara Beatrice, para meu alivio ela continuava dormindo tranquilamente. E eu impaciente e praticamente dormindo em pé — parecendo um zumbi —, desci as escadas. Meus olhos mal se mantinham abertos e acabava tropeçando no processo de atender ao telefone. Não tinha como não ficar irritada com isso. Algum maldito gênio que aparentemente não sabe que é tarde o suficiente para ligar para casa de alguém. Se for o Dante o mandarei para o inferno.

— Devil May Cry! — disse sonolenta.

— Dante? — a voz familiar perguntou. Parei para analisar, eu conhecia a voz, mas de onde?

— O Dante esta?

Um clique soou em minha mente. A resposta veio imediatamente.

— Nero?


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Notas finais do capítulo

Finalmente saiu um novo capitulo, mas só tive coragem para continuar pelos apelos dos meus leitores cutes...
Sim, a Cherry aqui ouve atentamente cada pedido do meus amados leitores u___u (Ok, estava com um pouco de preguiça de continuar xD)
Como essa historia carece de personagens convidados, decidi trazer o Nero xD
Até a próxima!



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