O melhor Hunter escrita por Nepheling


Capítulo 2
Caça e caçador




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Dois dias haviam passado, dois alvos haviam morrido e ele havia falhado duas vezes. A frustração já enchia o seu coração, a vontade de chegar na hora certa, no momento certo, de finalmente pegar aquele assassino e acabar com isso de uma vez por todas. O rapaz não se importava nem um pouco com os alvos ou as vítimas, mas para se tornar um Hunter completo e aprovado pela associação precisava da aprovação de seu mestre, e essa havia sido a sua ultima missão dada.

Dessa vez não havia brecha para errar, o primeiro alvo morreu antes mesmo do jovem chegar a encontrá-lo, o segundo em um momento de distração, quando um chefe da máfia havia entrado no banheiro sozinho para não sair mais de lá.

Mas não o último. Dessa vez não podia falhar. Usava GYO em conjunto com ZETSU tempo todo, seus olhos ardiam e ficavam marejados pelo uso excessivo de NEM. Seu corpo doía de cãibras, jamais havia ficado tanto tempo de prontidão e o uso do NEM o cansava.

Estava no alto de um prédio, no topo do último andar, olhando de frente para o prédio adiante, 2 andares abaixo estava aquele que devia ser protegido, ou usado como isca, como gostava de pensar. Um arquiteto famoso da cidade de York Shin, junto dele estava sua filha pequena, algo de uns 4 ou 5 anos.

Olhar aquela menina rindo e brincando pelo quarto o fazia lembrar de sua irmã, que havia ficado para trás no momento que havia decidido se tornar um hunter. Adicionado ao fato de aquela criança não saber o perigo que corria o deixava mais em alerta e o incentivava a continuar sua vigília. Após 3 horas de observação uma leve chuva começou a cair, não chegava a dificultar a visão, mas sem saber o por que, aquilo o deixava alerta, seus instintos se aguçaram. Sabia que o assassino estava ali. Era o momento de atacar.

Ele calculou a distância entre um prédio e outro, procurou um ponto de apoio no andar acima do andar do alvo, acalmou sua aura, disse baixinho – IN – e saltou.

Seu corpo subiu com rapidez e silêncio cortando a chuva, era uma sensação deliciosa enquanto os pingos batiam em seu rosto, quando seu corpo começou a desacelerar o jovem olhou para baixo, contorceu o corpo e desceu em queda livre para a batente da janela do andar superior.

Três segundos de queda que pareceram intermináveis, seus sentidos, ao máximo, expandiam sua sensação de tempo, dando-lhe calma e precisão o suficiente para se agarrar na base da janela, logo acima de onde o arquiteto estava, logo acima de onde viria o ataque. Tinha certeza.

Levantou-se e se colocou de pé, de costas para a parede do prédio. Respirou, escutou seu coração bater, os pingos de chuva, as pessoas atrás da parede, o pai e a filha no andar de baixo. Era o momento perfeito para praticar uma técnica que detestava, mas extremamente útil. Naquele momento o garoto ainda se permitiu fazer uma cara de frustração antes de se concentrar e dizer a si mesmo: EN. Uma das coisas que ele odiava em seu EN era que seu mestre sempre caçoava dele quando viu o alcance de sua aura pela primeira vez, 15 metros de raio, um círculo pequeno (como enfatizado com muito vigor pelo o seu mestre), mas que naquela situação alcançava exatamente a porta e a janela do andar de baixo.

Era uma jogada desesperada, ele usou seus instintos para acreditar que aquele era o momento do ataque e o EN consumia muito de sua aura, estava apostando tudo naquela situação, inclusive a vida dos 2 abaixo. Foi então que ele percebeu. Alguém havia entrado em seu círculo de aura, já estava no quarto, escondido em algum lugar, avançava com calma e devagar na direção do alvo que estava de frente para a janela, para o assassino seria uma morte fácil, primeiro ele, depois a garota, pelo jeito ele deveria aparecer quando atacava, por isso matava todos que estavam próximos ao seus alvos.

O hunter continuava a se esforçar para manter o seu EN o mais firme possível, esperou até o último momento. O assassino estava a um metro de distância de seu alvo. O garoto sacou um objeto que estava preso as suas costas e pulou para frente. Enquanto voava em direção ao vazio novamente ele se virou de frente para o prédio e com o objeto que havia pego arremessou uma linha em uma das gárgulas que ficavam nas quinas dos andares. A linha foi forte o suficiente para aguentar o peso dele, que se balançou em direção ao vidro do andar de baixo, enquanto descia pode ver claramente o arquiteto, a criança brincando com suas bonecas perto da porta, e logo atrás do alvo o assassino, visível, e pronto para atacar!

Não havia tempo para pensar, ele impulsionou as pernas para frente e deixou elas baterem com força no vidro, estilhaçando-o e causando um estrondo que espantou a todos dentro do quarto, ainda no ar usou a velocidade da queda para dar um chute forte no peito do arquiteto, o arremessando para trás com tanta força que o assassino não teve tempo de desviar. Ambos foram jogados para trás e se chocaram contra a parede com violência, porém havia sido o corpo do assassino que havia sofrido a maior quantidade de dano, enquanto que o alvo teva o impacto amortecido pelo corpo de seu algoz.

Antes mesmo que ambos pudessem levantar, o jovem hunter já estava junto deles, olhando de cima para baixo para o seu teste final, em sua mão, uma vara de pescar, o objeto usado para fazer sua manobra arriscada, apontava direto para o rosto do assassino.

– Peguei!

Disse com um sorriso no rosto.


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