Our Little Girl escrita por LionQuinn, MsTigerOwl


Capítulo 1
Prológo




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- Só mais alguns segundos, querida. - a médica avisou, por detrás da máscara verde menta, a latina apenas assentiu, grogue, podia sentir a anestesia e ansiedade correndo em suas veias, ela mal podia esperar, depois de nove meses, para ver seu filho. Mais um puxão e o choro estridente explodiu no quarto, ela podia sentir lágrimas em seus olhos enquanto Rachel soltava um gritinho do seu lado ao ver o bebê ser erguido pela mulher. - é uma menina!

- Ela é linda, San! - exclamou sua melhor amiga, com um sorriso emocionado no rosto, a latina apenas sorriu, ela ainda estava muito drogada para reagir, mas sentia uma felicidade muito grande ao ouvir aquele som e ver o corpinho pequeno nos braços da médica.

- Oh não! - Dra. Jensen exclamou, levando o bebê para uma mesa no canto da sala.

- Tá tudo bem, Rach? - perguntou Santana, arregalando um pouco os olhos. - ela tá bem?

- E-eu... - a judia gaguejou, olhando enquanto a médica sussurrava com algumas enfermeiras.

- Fala! Ela tá bem?! - a médica se aproximou.

- Temos um problema não previsto, precisamos levá-la para cirurgia agora. - avisou a mulher, fazendo Santana entrar em pânico.

-Rachel! O que ta acontecendo? – a latina perguntou enquanto olhava para Rachel que tentava acalmá-la – o que aconteceu com o meu bebê? – perguntou enquanto sentia as lágrimas começarem a molharem suas bochechas.

-San... Calma...

- Eu não quero ter calma, eu quero o meu bebê! – Santana gritou em meio às lágrimas.

- Santi! Calma! Vai ficar tudo bem! - Rachel tentou acalmá-la. - ela vai ficar bem.

Enquanto isso, a médica pegou o bebê de uma das enfermeiras e correu pelo corredor vazio, eram quase 5 horas da manhã e aquela ala estava deserta, tudo iria acontecer exatamente como tinha planejado, entrou em um quarto no fim do corredor e encontrou com um homem com outro corpo no colo, mas esse bebê estava quieto e não parecia respirar.

- Essa foi difícil, Lincoln, era uma adolescente, acho... - a mulher disse, entregando o bebê nas mãos do homem e pegando a criança morta.

- Tudo acontecerá como planejado, Wendy vai me dar o dinheiro essa tarde e levá-la para Nova York, a mãe adotiva já está esperando. - o homem falou, colocando a menina em uma cadeirinha de bebê, colocando uma bolsa em volta do ombro. - se livra dela e eu te vejo em quarenta e cinco minutos.

- Vê se descobre logo para que lugar nós vamos depois daqui, não quero levantar suspeitas. - Lincoln assentiu e saiu da sala pela porta de trás, que dava para os fundos do hospital, andou até o fim do beco e prendeu a cadeirinha no banco de trás de um carro preto, dando a volta e começando a dirigir.

Não demorou muito para que chegasse até o destino final, olhou para o bando de trás onde estava o bebê que já havia adormecido e em seguida para a casa a frente, saiu do carro em silêncio, dando a volta e parando para abrir a porta e tirar a cadeirinha do banco de trás.

-Boa sorte, bebê, espero que goste da nova família – zombou enquanto caminhava em direção a casa, olhando ao redor algumas vezes.

Rapidamente, ele bateu na porta e uma mulher alta e ruiva a abriu, apressadamente pegou a cadeirinha e a bolsa.

- Nossa, Lincoln! Achei que nunca ia chegar! Tenho que pegar o avião em dez minutos! - Wendy falou, levando a menina para a sala e colocando-a no sofá com cuidado para colocar uma roupinha, desenrolou-a do pano e colocou um pijaminha e uma touca na pequena.

Lincoln pegou uma grande quantidade de dinheiro em cima da mesa e virou-se para a mulher, que estava colocando a menina na cadeirinha.

- Para onde nós vamos? Hillary está ansiosa. - perguntou o homem, enfiando o bolo de dinheiro na jaqueta.

- Você vai pra Columbus, fala com o Dallas e vê qual a próxima localidade, tenho que pegar o avião, a mulher vai buscá-la no aeroporto em duas horas. - avisou a mulher, pegando a bolsa e correndo, seguida por Lincoln para fora.

De volta no hospital, Santana segurava a mão de Rachel fortemente enquanto tentava evitar as lágrimas, ambas estavam preocupadas sem saber o que havia acontecido com o bebê e todo aquele silêncio das enfermeiras e médicos não ajudavam a situação.

-Ei, fica calma... Tenho certeza que vai ficar tudo bem – Rachel disse, tentando acalmá-la ambas ofegaram quando uma enfermeira apareceu -... O bebê, o que aconteceu? – a judia perguntou, preocupada.

- Temo que não tenha boas notícias, querida. - a mulher disse, com uma car angustiada, Santana simplesmente a olhou enquanto Rachel apertava sua mão, ela não sabia o que era, mas algo dentro dela tinha conectado com aquele bebê desde o momento que ela soube que estava grávida, e aquele laço não havia, quebrado, ela podia senti-lo, firme e forte, de alguma forma, ela sentia que sua filha estava bem, o que não a impediu de ficar cada vez mais nervosa, porém, não podia deixar de sentir seu coração se rasgar. - sua filha... Ela morreu de uma complicação respiratória durante a cirurgia.

E com apenas aquela frase, Santana sentiu todo o seu mundo explodir como uma supernova, tudo dentro de si foi completamente dizimado, a única coisa que a impedia de enlouquecer completamente, foi aquele minúsculo filete de luz, aquela sensação mais real do que qualquer uma das pessoas á sua volta, aquela sensação de que voltaria a ver aquele bebê.


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Notas finais do capítulo

Opniões? hm? Digam o que acham da história, Please. u.u