Our Little Girl escrita por LionQuinn, MsTigerOwl


Capítulo 2
Capítulo 01




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/484921/chapter/2

Estava nevando lá fora, tipo, muito. Charlotte Fabray dormia profundamente em sua cama quando a porta fora aberta e uma garotinha entrou no quarto, silenciosamente subindo na cama com um pouco de dificuldade, olhou para a loira deitada na cama que virou para o outro lado enquanto sua boca abria levemente e o cabelo ficava sobre o rosto.

A Garotinha lentamente fora subindo sobre o corpo da loira e ficou em pé, um sorriso travesso surgiu e logo ela começou a pular na cama várias vezes.

–Mamãe, mamãe, mamãe, esta nevando! – disse animadamente enquanto pulava na cama e ria ao ver a expressão atordoada da mãe ao acordar.

– Kara! Você sabe o que a mamãe vira quando acordam ela tão cedo? - perguntou a loura, com um sorriso preguiçoso no rosto.

– Não, mamãe, não! - Charlie apenas agarrou a menina pela cintura e a derrubou na cama, fazendo cócegas na sua barriga.

– Não! Mamãe! Não! Aaaaaah! Não! Para, mamãe! - a menina gritava, sem fôlego, entre gargalhadas, os cachos escuros bagunçando no travesseiro.

Charlie riu e parou com as cócegas.

–Okay, Bebê, por que me acordou tão cedo? – Perguntou enquanto dava um beijo na bochecha da garota que sorriu levemente.

–Esta nevando! – Respondeu como se fosse óbvio – Eu quero fazer um boneco de neve! – exclamou animadamente enquanto erguia os bracinhos, fazendo a loira rir enquanto saia da cama e via a menina ficar em pé na cama e estender os braços.

– Primeiro nós vamos comer, depois vamos brincar na neve – Respondeu enquanto a pegava no colo e Kara a abraçava automaticamente.

–Podemos tomar chocolate quente também? – a garotinha perguntou enquanto olhava para a mãe que sorriu e lhe deu beijo no nariz.

–Claro, bebê.

–Não sou um bebê, sou uma mocinha – Retrucou enquanto cruzava os braços e fazia beicinho.

– Você me diz isso desde que aprendeu a falar, Karrie, e eu discordo todas elas, é meu bebê sim. - Charlie falou, beijando a bochecha da menina, elas iam em direção á cozinha da casa, que tinha artigos de gibis e videogames em todo lugar, até mesmo o pijama da pequena Kara era do Star Wars.

– Podemos chamar a Betty também? - perguntou a menina, enquanto a mãe a colocava no banco da cozinha.

– Claro que sim, amorzinho, ela e o Colin, vocês podem pegar o trenó. - falou a loira, tirando bacon da geladeira e derretendo manteiga na frigideira para fritá-lo.

Kara ficou olhando a mãe ir de um lado para o outro preparando o café da manhã, olhou pela janela e sorriu animadamente para a neve.

–Mamãe, podemos ter um cachorro? – perguntou sorrindo abertamente enquanto balançava as pernas, o olhar ansioso sobre Charlie que a olhou com o cenho franzido.

– Um cachorro?

– É! Um cachorro bem grande! E marrom! - a pequena disse, animada.

– Querida, você ainda é muito nova para ter um cachorro e a mamãe não tem tempo. - Charlie explicou, colocando o bacon frito em um prato, Kara ficou cabisbaixa e puxou o notebook que estava em um canto.

– Quer uma música, mamãe? A B me mostrou quando tava aqui, é de uma cantora nova. - disse a pequena, ligando o computador, ela tinha uma verdadeira fissura pela prima um ano mais velha, Beth, que era filha da irmã gêmea de Charlie. - o nome é Landslide, quem canta ela é Santana Lopez. - afirmou a menina, apertando o botão no youtube para colocar o vídeo, elas sempre ouviam músicas no café da manhã, e Kara as escolhia desde que aprendera a mexer no computador. - ela é tão bonita, mamãe, olha!

Charlie parou ao lado da filha e olhou para o vídeo, olhando para a mulher morena cantar lindamente.

–Ela não é bonita mamãe? – Perguntou Kara enquanto olhava para Charlie que piscou algumas vezes e olhou para a garota.

–Sim, muito. – Respondeu com um leve sorriso e deu um beijo nos cabelos escuros de Kara – agora é hora de comer – disse em seguida, pegando um prato para Kara.

Enquanto isso, do outro lado da cidade, o enorme cachorro pulou em cima da cama, cavando os lençóis para descobrir a dona, que teve seu rosto inteiro lambido e babado.

– Hagrid! - gritou de irritação, afastando a enorme boca do animal e tirando o cabelo molhado da cara antes de perceber a campainha e olhar o relógio. - merda! Merda! Tô indo! - saltou da cama e correu descalça pelo corredor, sendo seguida por Hagrid, destrancou a porta o mais rápido possível e revirou os olhos ao perceber que era apenas sua melhor amiga. - merda, anã, que susto, achei que fosse a Melinda.

– Mas ainda é terça-feira, sua marrenta, ela só vem amanhã. - informou Rachel, entrando no apartamento e colocando uma bandeja com dois cafés do Starbucks. - trouxe café, tem que tomar um banho e trocar de roupa, César quer ter ver ás duas horas, esqueceu?

Santana passou as mãos pelo rosto tentando tirar vestígios do sono, ignorou completamente o que Rachel disse e pegou as bandejas com café e seguiu para a cozinha enquanto ouvia a garota resmungar algo sobre ela ser mais responsável e outras coisas que Santana não se esforçou pra ouvir.

– Desculpe Rachel, parei de escutar assim que você abriu a boca – provocou enquanto tomava um gole de café enquanto um sorriso atrevido surgia no rosto ao ver a expressão emburrada de Rachel.

– César, Santana, seu gerente, você quer perder o contrato? - a judia tentou novamente, fazendo a latina tomar um gole de seu café com leite e seguir para o quarto, sendo seguida pela mais baixa e o cachorro, começou a tirar suas roupas para tomar um banho. - me pergunto porque ainda não larguei a Broadway pra virar sua assistente definitiva já que é só o que faço. - Rachel afirmou, sentando na cama e acariciando a enorme cabeça de Hagrid.

– Porque você me ama demais pra me enlouquecer, Frodo. - afirmou a latina, entrando no banheiro e fechando a porta, assim que estava debaixo do chuveiro, deixou que seus olhos vagassem para aquelas duas marquinhas nas laterais de sua barriga, pequenas e escuras pelo tempo, poderiam já não estar mais ali, mas Santana não queria que sumissem, eram sua única lembrança de que aquilo realmente aconteceu, que ela realmente carregou um bebê quatro anos atrás.

Ela passou as mãos por sua barriga e fechou os olhos enquanto lembrava-se de todos os momentos de sua gravidez, desde o momento que descobriu até a hora do parto, se alguém lhe perguntasse que ela pensava naquilo ela diria não, mesmo que fosse a primeira coisa que ela pensasse antes de dormir, quando via uma garotinha no parque brincando com a mãe ou mesmo os comerciais de fraudas na TV, tudo aquilo só lhe dava um grande e doloroso flashback.

– Santana? – Rachel chamou mais uma vez, o que a fez abrir os olhos novamente, voltando para a realidade. – Tudo bem? Eu estive falando o tempo todo e você ficou em silêncio ai e nem resmungou – disse e Santana riu levemente com a preocupação de Rachel.

– To saindo, Frodo! - avisou, pegando a toalha e começando a se secar, foi para o quarto e começou a caçar em seu armário algo para vestir, há alguns meses, ela tinha acabado sua faculdade de música e interpretação e começado a trabalhar em um PUB onde cantava todas as noites, até que César a achou, ele era dono de uma gravadora e quis lançá-la no mercado, nunca imaginou que fosse ter tantas visualizações no youtube quanto teve, e agora ele pretendia gravar um álbum. Rachel estava falando sem parar sobre um cara que tinha conhecido no karaokê com Kurt enquanto Santana enfiava suas calças jeans quando ouviram a campainha. - quem será que pode ser á essa hora, abre lá, anã!

– Até pra pedir um favor você é grosseira, Santana. - a judia resmungou, levantando da cama e indo atender, porém, na hora que abriu a porta, travou no lugar ao ver dois homens de terno ali parados com expressões sérias.

– Você é Santana Lopez? - um deles perguntou, mostrando o distintivo, era do FBI.

Rachel estava com os olhos arregalados e sem saber o que dizer, ouviu passos e logo Santana havia entrado na sala, olhando para os homens confusamente.

–S-Santana, eles querem falar com você – Rachel disse enquanto olhava para a latina por cima do ombro, Santana engoliu em seco e caminhou até eles, ficando ao lado de Rachel.

– Boa tarde, eu sou o agente Mark Harrison, e esse é meu parceiro, Lucas Bonham, viemos aqui falar com a Srta. Lopez. - falou o homem louro de terno, enquanto Santana abria caminho para que os dois entrassem.

– Desculpe pela bagunça, mas é que ela nunca limpa nada. - pediu Rachel, tentando deixar o clima mais leve, sem conseguir, pois Santana a olhou, irritada enquanto levava os dois oficiais até a sala.

–Então, o que os senhores desejam? – Santana perguntou enquanto via os dois sentarem nas poltronas, sentou no sofá ao lado de Rachel que também parecia preocupada, não era todo dia que o FBI aparecia na porta de casa.

–Santana não faz nada, não é? – Rachel perguntou e ignorou o olhar incrédulo de Santana sobre ela.

– Não, a Srta. Não fez nada, na verdade nós viemos falar da sua filha. - o homem falou, tirando uma caneta e uma prancheta de dentro do paletó enquanto Santana o olhava, incrédula.

– M-minha filha? - ela perguntou, sua voz tremendo. - n-não, isso só pode ser engano, minha f-filha morreu, há... Quatro anos, moço.

–Viemos investigando isso há um tempo Srta. Lopez, foi descoberto uma rede trafico de crianças, Elas eram roubadas no parto e dadas para outra família como adotadas, O Mesmo aconteceu com a sua filha – disse sério enquanto Santana sentiu como se estivesse ficando cada vez mais difícil de respirar, Ela sentiu Rachel segurando sua mão, ela parecia tão atordoada quanto Santana.

–Eu me sinto um pouco tonta – fora tudo o que Santana conseguiu dizer enquanto fechava os olhos com força, seu bebê estava vivo, com outra família, mas estava vivo, ela sentiu seu coração acelerar em saber que não tinha perdido seu bebê para sempre.

– Quando descobrimos o tráfico, já haviam sido traficadas mais de dezesseis crianças, havia uma suposta agência de adoção falsa envolvida, onde uma família se dirigia e iniciava o processo, durante alguns meses, pediam valores exorbitantes dizendo que eram despesas da mãe com a gravidez, então roubavam um bebê, dizendo que havia morrido, investigamos todos os casos e tem uma menina que nasceu na época em que a sua morreu e foi atendida por Hillary Jensen. - o homem explicou, tirando uma pasta de detrás da prancheta e estendendo para a latina, que a pegou com seus dedos trêmulos.

– Hi-Hillary? Foi Hillary quem fez isso? - Santana perguntou, mal conseguindo segurar as lágrimas.

– Seu nome é Kara Harley Fabray. - a latina abriu a pasta e sentiu uma enxurrada de lágrimas descerem suas bochechas, uma pequena garotinha sorria em uma foto, ela tinha a pele cor de caramelo igual á sua, cachinhos negros e o mais lindo sorriso em sua boca, covinhas adoráveis em suas bochechas, ela era tão linda... - ela... Foi criada por Charlotte Julie Fabray, é programadora de videogames e trabalha com a Eletronic Arts.

Santana apenas olhou para a foto da sua filha enquanto sentia uma felicidade invadir o seu corpo, ela estava bem, pelo menos, Ela queria vê-la, queria abraçá-la.

–Existe algo que eu possa fazer pra vê-la? – Perguntou olhando para os dois homens ansiosamente.

– Bem... É seu direito perante a lei que tenha acesso á criança, viemos vê-la primeiro para depois lidar com a mãe adotiva da criança, infelizmente, não há nada que possamos fazer para lhe dar a guarda da menina, apenas talvez pedir a guarda compartilhada, já que a menor está em idade avançada e estaríamos expondo-a ao sofrimento da ruptura da única família que ela conhece. - explicou o outro agente, que até agora tinha ficado calado, Rachel apertou sua mão mais forte e espiou a foto.

– N-não, eu... Não quero que tentem tirá-la da sua família eu só quero... Ter a chance de conhecê-la. - Santana disse, ainda trêmula.

– Nós poderíamos pedir que nos acompanhe até a casa da Srta. Fabray, ela vive no subúrbio de Nova York, poderíamos ter uma conversa com ela para explicar a situação e só depois expor a criança a tudo isso. Parece bom? - o primeiro agente perguntou.

Santana olhou para Rachel que assentiu, respirou fundo e olhou para o agente enquanto assentia levemente.

–Sim – Fora tudo o que respondeu antes de olhar para a foto novamente, passando o polegar pelo rosto da menina sorridente, sorrindo aliviada em seguida, ela só queria ter a chance de ver seu bebê e se possível abraçá-la forte, pensou na mãe adotiva da garota e em como ela reagiria, se a deixaria ver Kara ou não.

– Mas ela... Quer dizer... Essa mulher que a criou, ela pode me impedir de vê-la? - perguntou a latina, quando os dois já iam se levantar, eles se entreolharam.

– Apenas por um tempo, se ela não quiser colocar a justiça no meio e prolongar ainda mais o processo, porque segundo a lei, você tem direito á menina tanto quanto ela, se Srta. Fabray se recusar a te deixar vê-la, um juiz deixará e vocês terão que entrar em acordo para não fazer a menor sofrer. - explicou o homem e Santana respirou, aliviada, ela tentava não colocar pensamentos ruins na cabeça, é obvio que essa Charlotte ia deixá-la ver Kara, claro que ia.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Olá :3
O Que acharam do capítulo? Bom, ruim, mais ou menos? e-e
Tentaremos postar toda sexta-feira, Então não se preocupem :B
É Isso, não deixem de comentar, Bye! :D