Capítulo 19

Parte 2

Chamei Anne, Mary e Lucy que logo me ajudaram a me arrumar. Na hora marcada eu estava pronta, eu estava com um vestido rosa, rendado. Minha maquiagem era uma sombra rosa, nos meus lábios estavam com um batom nude.

Desci as escadas, e fui em direção ao jardim. Quando cheguei lá Maxon estava a minha espera, com uma rosa vermelha.

– Minha princesa.- ele disse e me estendeu o botão-

– Obrigada meu príncipe. – Eu disse-

– Vamos? – ele disse e me estendeu seu braço.-

– Sim, a proposito para onde vamos?- eu perguntei.

– Isto é segredo, minha querida. – ele disse e me beijou.

– Hah, não é justo! – eu disse, fazendo beicinho –

– Você anda a cavalo? – ele me perguntou.-

– Sim, mas nunca andei de vestido, e saltos. – eu disse, e ele riu-

– Imaginava- ele disse-

E de repente apareceu uma carruagem, puxada por dois cavalos pretos. Ele me estendeu a mão, e eu subi. Depois ele subiu, e a carruagem começou a andar.

Parece que estávamos fora do castelo, mas eu não tinha certeza. Ele desceu e me ajudou a descer, e depois começamos andar.

– Para onde vamos Max....? – eu disse antes de ser interrompida por um beijo.

– Okay...- eu disse.- Continuamos andando até que chegamos, em nosso destino, onde havia uma mesa para dois.

– Prontinho, chegamos. – Ele disse, me conduzindo ao meu lugar e me sentando, em minha cadeira.-

– Onde estamos Max? Estamos fora do Castelo?- eu perguntei-

– Não, ainda estamos dentro do palácio, aqui é meio que nosso “Quintal”. Ele disse e sorriu. Nos comemos, conversamos, dançamos e nos divertimos. Não queria que aquele momento tivesse fim, será que ele fazia isto com as outras? Será que Kriss, Celeste e Elise já vieram aqui?

– Não, ninguém além de você, eu e meus pais conhecem este lugar. – ele me disse, parecendo que lia meus pensamentos.

– Como, você...- perguntei-

– Simplesmente sabendo Meri, eu te conheço. – ele disse

– Mas... você não acha que já esta tempo demais comigo?- eu disse-

– Não minha querida, nunca será tempo suficiente. – ele disse-

– Okay, só não me acostume mal, em? – eu disse e sorri-

– Vou tentar – ele me disse-

– Hoh, Max preciso te contar algo, muito importante. – eu disse-

– Pode falar meu amor- ele disse-

– Promete, não fazer nada de cabeça cheia, nem me encher de perguntas, só me ouvir e depois tomar providencias, sem me perguntar como eu sei?- eu disse-

– Meri...o que você...- ele disse

– Promete?- eu perguntei-

– Sim, prometo- ele disse-

–Então Max...eu acho...ou melhor tenho certeza de que na próxima semana haverá um ataque rebelde, e acho que alguém vai sair ferido. Pois eles estão em busca de algo que por enquanto você não pode dar-lhes.- eu disse-

– America, como você....- ele disse

–Não Max, eu não posso dizer como sei, e quem me falou. Eu disse-

– Okay... e como tem convicção disso? Ouviu algo? – Ele perguntou

– Não posso dizer... Max. Só posso te falar que tenho certeza aja rápido. E guarde bem os livros, pois eu acho que além das castas, eles querem um livro. Qual eu não sei, mas tem algo haver com Gregory Illéa. – eu disse-

– Tudo bem Meri. Falarei para reforçarem a guarda, e colocarei dois guardas nas portas dos seus quartos.- ele disse-

–O que???????????????- eu perguntei-

–Isso mesmo, dona America. – você precisa se proteger, ele me disse-

– Aí que ódio Max, se soubesse nem falava....!- eu disse-

O tempo passou rápido, e logo voltamos para o castelo. Chegando lá, eu fui para o salão das mulheres, e passei minha tarde lá tocando piano. Quando estava perto da hora do jornal oficial, e subi para me arrumar.

Mas me surpreendi quando vi Lucy e Aspen juntos.

– America! – Disse Lucy vindo até a mim sorridente-

– Olá America, queria te pedir desculpas, por nossa discursão daquele dia. -disse Aspen-

– Hoh tudo bem... Aspen eu que te peço desculpa. E parabéns pelo namoro, de vocês dois espero que sejam felizes juntos- eu disse-

–Obrigada- eles disseram em uníssono-

– Bem...acho que já vou indo...- disse Aspen-

– Er...e vou com você...posso Meri? – disse Lucy-

– Claro, divirtam-se crianças mas com moderação- eu disse, fazendo Aspen rir, e Lucy enrubescer.-

Eles se foram, minutos depois apareceram Anne e Mary. Que me ajudaram com o banho, e me arrumaram.

Anne fez minha maquiagem(meu batom era vinho bem escuro, e minha sombra era bem clara, dando destaque aos lábios) enquanto Mary arrumava meus cabelos, em uma trança embutida.

Logo Lucy voltou, com meu vestido. Que era vermelho vinho bem cheio. Calcei meus sapatos e desci as escadas. Quando cheguei já estavam finalizando os ajeites, do jornal. Quando terminou tudo, as meninas chegaram. A família real, e as princesas da França e Itália, junto com o Rei da França chegaram. O rei Clarkson começou seu pronunciamento falando sobre rebeldes, castas...e etc...

Depois Gavril veio até nós, chamou uma por uma fazendo uma pequena entrevista.

Kriss foi a primeira.

– Então senhorita Kriss Ambress, o que você acha que é deve ser feito para melhor a situação dos cidadãos de Illéa?

–Hoh, eu acho que nada no momento, pois todos estamos muito bem, com nossas condições. O rei foi muito bondoso com as famílias mais necessitadas, das selecionadas. Todas as selecionadas, com condições ruins receberam um “salário” mensal, para seu sustento. Acho que isto é muito gratificante.- Ela disse olhando para mim. Aquela baranga, da Kriss estava tentando me rebaixar.-

– Sim, sim. E o que você acha sobre as castas? Devem continuar ou devem se extinguir?- ele disse-

– Er...acho que nem sim nem não. Sobe este assunto não tenho uma opinião certa. – ela disse olhando para a família real.

– Hah, pois bem... e seus sentimentos sobre o príncipe Maxon? Tem uma opinião formada sobre isto? – ele perguntou-

Kriss corou, e encarou Maxon. Que sorriu amavelmente para ela, assentindo. Aí que ódio, eu me corroí de ciúmes quando vi isto.

– Sim, Gavril eu tenho sentimentos muito fortes pelo príncipe. Eu o amo verdadeiramente, independente de sua escolha.- ela disse, com seus olhos focados no Max.-

– Okay, Okay...obrigada por ceder alguns minutos para nos senhorita Kriss. – Ele disse e se levantou, quando ela saiu.-

–Senhorita Elise- Gavril chamou-

–Olá, boa noite – ela disse timidamente-

– Olá querida Elise. Sabemos que seu país quer muito firmar um aliança com Illéa, seus sentimentos pelo príncipe vão além disto? – Gavril perguntou, indo direto ao ponto-

– Er...hoh, você me pegou de surpresa! – Disse Elise, sorrindo nervosamente- Sim Gavril, nesta experiência que tive com o príncipe pude notar o quanto bom, justo e honesto ele é. Meus sentimentos por ele, vão bem além disto. -

– Sabias palavras senhorita, Elise. E como é lidar com outras meninas que estão competindo pelo mesmo que você? Quem é sua melhor amiga aqui? E sua maior inimiga? Conte-nos tudo!- Gavril disse, parecendo um daqueles fofoqueiros de plantão. –

– É um pouco assustador, mas eu não vejo como uma competição. Eu sei que nunca tive chances o príncipe, já fez sua escolha só ainda não tem consciência disto. Minha maior afinidade, dentre as selecionadas aqui presentes seria America. Na verdade não tenho uma inimiga, só tenho pessoas com quem não compartilho os mesmos interesses. – Elise disse, olhando de Gavril, para Maxon e de Maxon para mim.

– Okay, Okay, obrigada por ceder seu tempo senhorita Elise- Gavril disse.

–Senhorita Celeste- Gavril chamou-

Celeste rapidamente se levantou, com sua mania de pavão. Andou em direção a Gavril deu um beijo, em cada lado do seu rosto e se sentou.

– Boa noite querido povo de Illéa. Boa noite Gavril querido. – Ela disse sorrindo e acenando, como um pavão. –

– Boa noite senhorita Celeste Newsome. Vou bem e você? Vejo que você não se sente nada incomodada, com o fato de estar em público. – Ele disse, enquanto ela flertava com a câmera-

– Sim, vou bem Gavril. Obrigada por se preocupar. Eu naturalmente, como sou uma modelo, já nasci para este cargo. Eu fui feita para princesa, sem duvidas sou a mais indicada aqui.- Ela disse sorrindo-

– Sim, sim...vejo isto. Mas esta decisão cabe estritamente ao príncipe. – Ele disse cortando-a- E então senhorita, o que acha melhor no cargo de princesa? – ele perguntou a ela, que ainda flertava com a câmera.-

– Há, além da fama, das roupas incríveis. Da vida de princesa? Há acho que nada! Nem mesmo o príncipe!- Ela disse, sem notar o que falara.- Todas nós a encaramos, atônitas com a informação. Kriss estava chocada, com os olhos arregalados. Elise estava indiferente, acho que ela já esperava por isto. E eu, eu nem sabia, o que fazer...se sorria aliviada, ou me espantava com tanta sinceridade. Então Gavril me tirou dos meus devaneios.

– Então quer dizer que o príncipe não conseguiu conquistar seu coração, tanto quanto a coroa senhorita Celeste?- Gavril perguntou-

– Hoh, não Gavril. O príncipe é com toda certeza muito atraente, e qualquer garota se apaixonaria por ele. Por que eu não me apaixonaria? Mas é claro que gosto dele. – Ela disse fitando o Max, e fazendo-o corar. Aí que raiva, eu não a aguentava mais!

– Okay, Okay, esta totalmente certa senhorita. Agradeço por ceder um tempo para nós. Obrigada senhorita Celeste Newsome.

Ele disse, ela se despediu com dois beijinhos e saiu.

Quando chegou minha vez, eu gelei.

– Senhorita America Singer – Ele disse- Maxon, a rainha Ambrely e Nicolleta, sorriram para mim me encorajando. O rei me fitou com um olhar de : “Olha bem o que você vai fazer”.

Me sentei, cumprimentei Gavril, o publico e sorri para ele esperando suas perguntas.

– Então, senhorita America o que você acha do príncipe? Soube que você e ele são muito próximos, sendo você a favorita dele.– ele disse, me fazendo corar. Olhei para Maxon que sorriu. Depois para Nicolleta que estava com um mega sorriso, parecido com o do gato da Alice. E Daphne me fitava esperando minha resposta. A rainha assentia, e sorria. E o rei como sempre queria me engolir viva. Respire fundo olhei para Gavril e disse:

– Sim, Gavril somos próximos. Eu entrei aqui a procura de comida e de cura para um coração partido. Eu não queria competir, eu achava o príncipe irritante, chato, sem carisma e sem o mínimo de voz ativa. – Dei uma pausa. E quando olhei todos me olhavam atônitos, como se eu tivesse feito algo errado. E Maxon...ele me fitava com um olhar incrédulo, cheio de dor. Mas então eu continuei-

– Como eu disse eu achava, as primeiras impressões nem sempre são as certas. Eu com o tempo decidi virar amiga do Maxon. Eu era irritante, resmungona e grossa. Nem sei como ele não me mandou para fora. Nem sei por que ele ainda me sustentou nesta competição. Mas eu realmente sou grata por sua paciência. No começo eu ainda estava confusa sem saber se sentia amizade, ou amor por ele. Mas com o tempo eu vi que o que eu sentia por ele...era um sentimento puro e que eu nunca havia experimentado. EU O AMO, EU AMO MAXON CALIX SCREAVE, e hoje não tenho medo, vergonha ou receio de dizer que eu o AMO.

Eu moveria céus e mares, para poder acordar todos os dias ao seu lado, para todo dia ver seu lindo sorriso. Hoje eu sei o que é o amor. Eu arriscaria minha vida por ele. Pois hoje eu sei, que ele é a pessoa que eu sempre esperei por toda minha vida. E mesmo que eu não seja escolhida, eu quero que ele seja feliz. Mesmo que isto signifique nunca mais o ver na minha vida. Você nem pode imaginar Gavril o quanto eu o amo. – Eu disse, sem notar já estava chorando, Gavril estendeu um lenço para mim. E eu enxuguei minhas lagrimas. Todos estavam olhando para mim chocados. Maxon me olhava com um sorriso doce, mas seus olhos estavam inexpressivos. –

– Er... isto foi com toda certeza a coisa mais linda que já ouvi. Príncipe Maxon, vossa alteza tem com certeza muita sorte. – Gavril disse, virando se para mim novamente.- Então senhorita America, sente-se a vontade para prosseguir? – ele me perguntou, eu assenti e depois falei.-

– Mas é claro...podemos continuar se você quiser. – eu disse-

– OKay, Okay. Você se sente ameaçada por suas concorrentes? Por que?- ele me perguntou-

– Na verdade, não. Porque o amor, nos dá asas. Ele faz com que tenhamos confiança e acreditemos que tudo dará certo. E é nisso que eu foco.- eu disse-

– Então você não sente ciúmes? – ele me perguntou-

– Sim, sinto. Até demais...Gavril mas aprendi com alguém muito sábio, que se você ama alguém você deve dar razões para que seja correspondido. Ao invés de tentar derrubar meus oponentes, eu tento derrubar meus próprios medos. Eu me supero a cada dia, pois eu quero merece-lo.- eu disse-

– Obrigada pelo seu tempo America.- antes de eu sair, ele me abraçou e sussurrou no meu ouvido: Você sempre foi minha favorita, e o príncipe será um completo idiota se não escolhe-la.- ele disse e sorriu. Sorri de voltei gradeci e voltei para meu lugar.

Quando cheguei sentei-me entre Kriss e Celeste. Kriss ainda estava chocada de mais para me dizer algo. Já Celeste não...ela se levantou de sua cadeira. E desferiu um tapa em meu rosto, na frente de todos. Eu me levantei, e fui em direção a porta. Não suportava mais isto. A câmera não filmou o momento. Ela teve muita sorte, mas logo o rei tentou contornar a situação dando noticias de ultima hora. Enquanto Nicolleta veio junto a Maxon e Daphne até a mim.

– America! – Nicolleta gritou, eu olhei para ela. Mas logo vi Maxon o que me irritou. Pois ele já deveria ter mandado essa coisa da Celeste embora. Ele dizia que me amava, mas não terminava a seleção, nem mandava ela embora. –

– America, espere! – ele começou a andar até a mim, mas eu corri, e fui em direção as escadas. Subi rapidamente, e fechei a porta do meu quarto desabando no choro.

Nicolleta e Daphne vieram querendo falar comigo, mas eu não abri a porta.

Depois de alguns minutos, Maxon apareceu. Bateu na minha porta até que ele cansou. E saiu. Eu peguei no sono.

Sonhei que estava no castelo com Maxon, e ele me pegava no colo e me rodopiava no ar feliz.

– Vamos ser papais. Meri eu te amo! Te amo! Te amo! Nunca,nunca,nunca me deixe!