Bem mais perto escrita por Mai


Capítulo 1
Capitulo 1


Notas iniciais do capítulo

Glee não me pertence. O foco dela é a História de uma mãe em busca da filha perdida. O casal principal sendo Faberry.



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02 de Fevereiro de 2000


A úłтimα vez que α viu foi тão de repenтe, que quαndo ełα se deu conтα, o ługαr esтαvα vαzio. Senтiu suαs pernαs тremerem, o corαção bαтiα αcełerαdαmenтe, ołнou em vołтα e não conseguiα enconтrá-łα.
Correu αтé onde α deixαrα, e mαis umα vez não α viu αłi por perтo. As łágrimαs que αтé enтão erαm conтidαs começαrαm α correr sobre α suα fαce.
Andαvα de um łαdo pαrα o ouтro, pediα informαção às pessoαs que por αłi pαssαvαm, mαs ninguém тinнα visтo nαdα.
Como αłguém podiα sumir dαquełe jeiтo em αpenαs umα frαção de segundos?
Não podiα αcrediтαr no que esтαvα αconтecendo.
As pessoαs αgorα se αgłomerαvαm em vołтα dełα, fαziαm pergunтαs, mαs erα ełα que queriα resposтαs.
A тαrde iα cαindo, o soł iα se pondo e łevαvα com ełe тodo o seu briłнo. Um briłнo que α pαrтir dαquełe diα, ełα jαmαis тornαriα α ver.

27 de Outubro de 2008

O dia amanhecera nublado como todos os dias daqueles últimos anos. Para ela, por mais que o sol aparecesse, o dia sempre estaria nublado. Pois seu coração se encontrava assim.
Há oito anos atrás, sua vida perdera a cor, e a partir desse dia, tudo ficara cinza. Tentava resgatar o colorido novamente, mas o fiozinho de esperança a cada dia enfraquecia mais. Tentava ser forte, lutava por isso. Mas tinha dias que ela amanhecia pior, não tinha vontade de nada, parecia que suas forças estavam se esvaindo... E este era um dia desses.
Olhou para a mulher que dormia ao seu lado. O que acontecera com o casamento delas? Elas que eram tão felizes... Acreditaram que iriam construir uma família linda. Fizeram planos, sonharam juntas... Mas desde aquele fatídico dia todos os seus sonhos desmoronaram.
Como tudo poderia desmoronar assim? Como todos os planos que elas haviam construído poderiam ser desfeitos?
Ela lutava para ter o que perdera. Lutava para que pudesse ter tudo aquilo de volta, mas o tempo passava e nada acontecia, tudo parecia estar tão distante, inalcançável.

Olhou novamente para a mulher. Ela dormia tranquilamente. Como conseguia isso? Há muito tempo que ela não conseguia ter um sono tranqüilo, quando não era a insônia, eram os pesadelos que a atormentavam. A imagem dela chorando, a imagem dela desprotegida não saia da sua mente. O que mais lhe doía era não saber como ela estava. Não sabia sequer se ela estava viva ou morta.
Não queria pensar naquilo. Só lhe fazia deixar mais deprimida. Colocou o edredom de lado saiu da cama. Foi para o banheiro, fez sua higiene matinal e depois voltou para o quarto. Estava em seu closet procurando uma roupa, quando foi abraçada por trás pela mulher

– Bom dia, Rach- a mulher disse dando-lhe um beijo no pescoço.
– Bom dia!
–O dia está lindo hoje, não? - abrindo as cortinas e deixando os raios do sol invadir mais o quarto - Vamos passear com a Kat?
–Não posso! Tenho muita coisa pra resolver hoje.
– Ah Rach - voltando a abraçá-la - Você pode deixar isso pra depois. Faz muito tempo que não saímos as três juntas. Nossa filha sente falta.
– Vai você com ela. Divirtam-se! - soltando-se do abraço dela.
– Rach... Não faz assim. Vamos!
– Eu não posso, Quinn. Tenho que passar no teatro, e depois tenho uma reunião com um grupo de mães. Nós estamos pensando em como divulgar mais o nosso trabalho. Vamos ver se conseguimos ajuda da imprensa. Precisamos da mídia. Precisamos que todos saibam.
– Tudo bem! Eu vou levar a Kat pra passear. Seria ótimo se você fosse com a gente. Ela sente sua falta, Rach. Eu sinto a sua falta.
– Desculpa! - dando um beijo na loira - Mas isso é mais importante. Se a gente conseguir, tudo ficará mais fácil de ser resolvido. Nós teremos mais chance.
–Por quanto tempo mais você vai ficar com essa idéia? Já fizemos de tudo, Rach! E nada! Foram-se oito anos das nossas vidas, e não conseguimos nada. Você não acha que já está mais do que na hora de viver o presente e esquecer o passado, não?

– Não posso esquecer o passado. Não posso esquecer-me dela. Para viver o presente, eu preciso estar bem com o meu passado. - A morena disse começando a se irritar.
– Já tentamos de tudo. Contratamos detetives, a polícia já investigou, mas não encontramos nada. Nenhuma pista.
– Não sei como você pode desistir assim tão fácil.
– Desistir tão fácil? Eu passei oito anos da minha vida atrás de uma pista. Mas não conseguimos, Rachel. Só que eu não sou como você que se anulou para o mundo, deixou de viver pra sua família com essa obsessão.
– Não é obsessão! Ela é minha! E eu a quero de volta.
– Eu também gostaria de tê-la de volta. Mas a polícia não nos dá mais esperança. Você sabe o que eles pensam.
– Eu só acredito que ela esteja morta quando eu vir o corpo dela. Ela está viva! Viva! Por que você me desanima assim? Por que você tem o prazer de me deixar pior?
– Eu só quero que você veja a realidade, e não se iluda esperando algo que pode nunca vir a acontecer.
– Pois essa ilusão, como você diz, é a única coisa que me faz levantar todas as manhãs. Você não me entende Quinn. Você não entende a minha dor.
– Entendo, Rachel. Ela era minha também.
– Mas não parece. Você nem se lembra mais dela.
– Isso não é verdade. A diferença entre nós duas é que você resolveu viver só pra isso, esquecendo as pessoas que estão ao seu lado. Você vive em busca de um fantasma. Eu quero viver, quero dar atenção maior a quem está ao meu lado a quem eu vejo que realmente precisa de mim. Você se esqueceu da sua família, você se esqueceu da sua filha, esqueceu-se da Katherine . Você não dá atenção pra ela. Ela precisa de você, Rachel. A sua filha precisa de você.

Rachel ficou calada. Sabia que estava sendo omissa em relação à filha. Mas era mais forte do que ela. Por mais que quisesse, não conseguia.

– Tenho que ir. - vestindo um casaco - Já estou atrasada.
– Não vai tomar café conosco?

– Não posso! Já disse! Preciso ir.

Quinn não falou mais nada. Foi para o banheiro a fim de tomar um banho.
Rachel pegou a sua bolsa e saiu. Tinha um dia cheio, e não poderia se atrasar. Saiu com o seu carro em direção ao local de trabalho. Ela e a família moravam na cidade de Nova York. Acostumara-se com a agitação da cidade grande, com a correria do dia a dia.
Depois de tomar seu banho, Quinn vestiu a sua roupa e foi até o quarto da filha acordá-la.

– Acorda, pequena! – dando um beijo no rosto da filha – O dia está lindo! Vamos dar uma volta.
– Eu tô com sono. – cobrindo-se com o lençol.
–Levanta filha!
Quinn vai até a janela e abre as cortinas para que os raios do sol da manhã entrassem no quarto da filha.

– Mami..
– Levanta! – tirando o lençol dela. – Vamos dar uma volta.

Katherine encolheu-se toda na cama e agarrou-se ao travesseiro.

–Levanta preguiçosa! Vamos tomar café. – dando outro beijo no rosto da filha – vamos dar uma volta e depois vamos à casa dos seus avós.
– A mamãe vai? – tirando o travesseiro do rosto.
– Não! Sua mãe saiu pra trabalhar.
– Como sempre! – levantando-se – Ela nunca sai com a gente.
– É importante para ela.
– Tudo para ela é mais importante que a gente. – indo para o banheiro.

Katherine é filha de Rachel e Quinn. A garota tem 12 anos. Tem os cabelos loiros, um pouco ondulados. Lembrava a Quinn, mas tinha o genio forte de Rachel. Amava Quinn incondicionalmente. Tinha paixão por ela. Sempre foi mais ligada a ele do que à Rachel. Os duas tinham uma relação muito bonita. Ela tinha a ''mami'' como uma heroina. Ela sempre esteve ao seu lado para apoiá-la. Ao contrário de Rahel. Esta estava sempre distante. Desde aquele dia que ela não era a mesma.

– Não fala assim.
–Tô mentindo?-Quinn ficou calada. Kat tirou a roupa e entrou no box para tomar banho.
– Tô te esperando lá embaixo!- Quinn desceu. Sentia-se incomodado com os sentimentos da filha em relação à mãe. Mas não podia fazer nada. A única que poderia mudar isso era Rachel, mas ela nos últimos anos não estava se importando muito com isso.
Kat terminou de tomar banho, vestiu uma roupa e desceu para onde estava Quinn. Sentou-se à mesa com ela para tomarem o café da manhã.

– Bom dia minha menina!
– Bom dia Nana! - Kat disse sorrindo para a senhora de meia idade. Rose, carinhosamente chamada de Nana, trabalhava com a família há muitos anos. Ela cuidou de Kat desde pequena. Sempre teve um carinho muito especial pela menina. Amava-a como uma filha.
– Fiz um suco de acerola pra você.- Disse a senhora servindo o suco. Kat e Quinn se serviram e tomaram o café da manhã juntas. Depois Quinn saiu com a filha para o clube. Avisou a Nana que elas iriam almoçar na casa dos Berry, então que não as esperassem.


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Notas finais do capítulo

É a primeira vez que posto nesse site, queria saber a opinião de vocês. E claro, saber se querem que eu continue. Obrigada.



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