Laços Temporais escrita por Kunimitsu


Capítulo 1
Flaps...


Notas iniciais do capítulo

Olá!O/É a minha primeira história desse tipo, viagem no tempo, então me deêm um crédito, OK?Então, só para esclarecer, a história será dividida em arcos, e eu pretendo fazer uma longfic.Bem, como é só o começo, eu posso demorar um pouco para fazer a viagem no tempo, apenas quero deixar alguns fatos esclarecidos, um suspense, Ok?Bem, no momento é só isso, então...Boa Leitura!



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Arco: A Noite dos Rossos

Retalhos...

Era tão escuro naquele lugar, mau se distinguia as duas figuras que ali se encontravam. Uma única luz vinha de uma vela já no fim, mas estava em um canto longe, e o pouco que se via do cômodo era a cadeira de madeira gasta onde a vela estava. As figuras estavam escondidas nas sombras, vozes baixas e cautelosas, atentos a qualquer movimento tanto no exterior como no interior do local.

– Você não cumpriu sua parte no acordo! – vociferou o mais baixo, mexendo inquietamente o pé. O mais alto apenas soltou uma risadinha de escárnio. Isso irritou o outro, e com voz fria disse: - Não é uma brincadeira o que pretendemos fazer. Tem que ser levado a sério! Sabe os riscos de falhar, e pior, suas conseqüências são...

– ...são horríveis. Eu já sei. Você não se cansa de dizer isso. – pronunciou-se o outro pela primeira vez que chegara lá. Desinteresse presente na sua voz, e antes do outro reclamar, continuou – Não se preocupe, tudo estará resolvido antes mesmo de você precisar agir. Sua parte no acordo será entregue logo, logo.

Um momento de silêncio se instalou no cômodo, se prestasse atenção conseguiria escutar as calmas respirações deles. Mas um ruído lá fora chamou suas atenções, eram passos que se aproximavam com pressa. A porta de aço foi quase praticamente escancarada, e antes que o intruso pudesse fazer algo, uma arma negra já estava apontada para seu pescoço. A luz pequena iluminou parcialmente o homem de terno, alto e musculoso, cabelos ralos, que paralisado, procurava com os olhos miúdos seu chefe.

– O que faz aqui, idiota? – o mais baixo de todos disse, ao reconhecer seu subordinado.

– Emergência, senhor. Descobriram nossa localização, temos que sair daqui o mais rápido possível. – informou, olhando seu chefe, apesar de não vê-lo muito por causa da pouca iluminação. Silêncio por alguns segundos, até o que ainda segurava a arma pronunciar-se:

– Bem, parece que não poderemos continuar com nossa agradável conversa. Despeço-me agora. Mando um aviso para nossa reunião, e espero que seja com todos dessa vez. – disse guardando despreocupadamente a arma, mas sua voz imitia um sinal de aviso e censura.

– Cumpra a sua parte. – apenas disse com irritação o outro, saindo do local a passos largos e rápidos. Seu subordinado logo atrás.

O outro ainda se manteve no cômodo alguns segundos a mais, apenas para não verem saindo quase juntos daquele local, no mínimo, suspeito para um homem como ele.

~*O*~

Milhas de distância daquele lugar, em uma mansão protegida por uma floresta em volta de si, estavam todos agitados naquele começo de manhã. Os empregados quase que corriam de um lado para o outro, atarefados para que conseguissem cumprir seus afazeres especiais daquele dia. Alguns enfeites nas mãos de empregadas que andavam apressadas para um cômodo onde parecia que todos estavam indo. O salão de festas era raramente usado fora do tempo, como naquele outono não tinha nada a comemorar, todos foram pegos de surpresa quando os donos do lugar anunciaram uma festa que aconteceria daqui a três dias. Desde então (dois dias atrás), todos se empenhavam em deixar muito bem organizados. O salão amplo e requintado tinha um ilustre grande no meio, as janelas eram vidraças com cortinados vermelhos, que estavam abertos no momento. Havia apenas duas sacadas, ambas davam vista para o jardim atrás da mansão, com uma fonte e árvores pertos de bancos de mármore. No interior do salão, os últimos retoques eram preparados, flores das mais belas estavam o decorando, colocadas em pontos estratégicos. Uma mesa longa com toalha bordada estava a um canto, ao seu redor cadeiras de tabaco e estufadas. Em outro canto, o oposto da porta, um pequeno palco para uma orquestra, que tocaria naquela noite toda.

– Está ficando magnífico. - comentou um homem de fraque muito bem alinhado.

Enquanto andava no salão examinando cada canto com seus olhos castanhos claros atrás dos óculos meia-lua, dando instruções aqui e ali para alguns. O homem era já um senhor de barba e cabelos bem comportados cinzas como chumbo, o rosto bondoso com marcas de expressão que davam impressão de ser muito mais velho do que realmente era.

– Onde quer que eu coloque esse vaso de flores, senhor? – perguntou uma empregada morena. – Não há mais lugar.

– Coloque... – ele olhou em volta do salão, - ali, perto da orquestra.

– Não atrapalhará os músicos, senhor? – perguntou apreensiva enquanto colocava o vaso onde fora mandado.

– Não, não atrapalhará.

A empregada pediu licença e voltou aos seus afazeres, e o senhor voltava para a porta dupla de carvalho, enquanto examinava novamente o lugar. Quando seus olhos se direcionaram novamente para a porta, foi com surpresa que viu um de seus Mestres passar pela mesma, olhar para os lados até localizá-lo. O homem era jovem, mas que já sustentava uma carranca no belo rosto levemente bronzeado, com cabelos na altura do queixo em uma estranha, ainda bela, mistura de vermelho escuro e claro, com seus olhos ferozes em mesmo tom. O habitual cigarro no canto esquerdo dos lábios, mesmo lado onde uma singular tatuagem de crispas de chamas estava.

– Mestre, não pode fumar aqui dentro. – repreendeu o mais velho, quando o outro parara em sua frente, o mesmo o ignorou.

– Você viu o idiota do seu chefe? – perguntou sem rodeios de uma forma um tanto rude, mas que o mais velho já estava acostumado.

– A última vez que o vi, foi no café-da-manhã. – respondeu levantando uma sobrancelha grossa, em curiosidade. – Há algo de errado? – acrescentou quando viu o outro esbravejar em fúria.

Aquele idiota, eu não o acho em lugar nenhum. Procurei em todos os lugares.

– Procurou em seu lugar nem tão secreto? Talvez esteja apreciando algum doce. – indagou, já pensando nas furtivas escapadas de seu mestre até lá.

– Não, não está lá, novamente. – enquanto falava, andava para fora do salão, seguido de perto pelo mordomo-chefe. Era óbvio que o jovem estava irritado, e muito, e o senhor tinha a absoluta certeza que o seu outro Mestre estava encrencado, novamente.

– Os outros não sabem onde ele possa estar?

– Já perguntei, não sabem. O maníaco da espada disse para não me preocupar, mas é impossível não se preocupar, quando se têm uma festa acontecendo daqui a algumas horas. Aquele idiota vai se vê comigo quando eu o encontrar.

– Devo concordar com Mestre Asari, não há porque se preocupar. Logo, logo ele aparece. Você sabe tão bem quanto eu como ele é, então não se preocupe. – disse sabiamente, parando de andar. Fez uma leve reverência, e deu meia volta indo, dessa vez, até a cozinha para saber como estavam indo o preparo das comidas para a noite.

– Por conhecê-lo tão bem, é que eu estou preocupado. – mesmo já afastado uma boa distância, ainda pode ouvir o jovem resmungar.

O senhor maneou a cabeça, pensando que logo mais tardar teria que separar um jovem furioso de outro. Seu chefe nunca iria aprender...

~*O*~

Em milhas temporais do tempo e também em outro lugar do globo terrestre, um jovem de 16 anos corria mais que depressa por entre o mar de pessoas com suas sombrias. Já o jovem, desprotegido, corria (e escorregava) até chegar a sua aconchegante casa. Entrou depressa, tirando seus encharcados tênis e os deixando na entrada.

Tadaima! – gritou suavemente, já tirando o casaco e colocando (jogando!) sua mochila ao pé da escada.

Caminhou até a cozinha de onde vinha um cheiro agradável. Sua linda e jovem mãe fazia a janta, enquanto conversava com três crianças já sentadas na mesa. A mais velha das crianças, tinha os cabelos e os olhos castanho-mel, Fuuta acabara de completar 9 anos a três dias atrás. Ao seu lado outro garoto, mais novo, de cabelos cacheados e negros, seus olhos verdes brilhavam com a história que Fuuta contava. Em frente a Lambo, uma garota chinesa, de cabelos compridos e negros presos em uma trança. I-pin tinha seus olhos escuros presos na forma da pessoa que adotara como mãe, Nana, que prepara habilmente a comida.

Okaeri, Tsuna-nii! – a voz de Fuuta fez com que todos olhassem para a porta da cozinha. I-pin e Lambo logo vieram cumprimentar Tsuna com um abraço, ou tentaram, pois Tsuna os afastou para que eles não se molhassem.

Ora, Tsu-kun, por que não vai tomar um banho? O jantar ainda vai demorar mais um pouco. – sugeriu bondosamente Nana.

Tsuna assentiu e voltou pela mesma direção que viera, agora subindo as escadas até o segundo patamar, onde ficavam o banheiro e seu quarto. Ao entrar em seu quarto se deparou com a bagunça que estava do jeito como ficava quando Reborn não estava em casa. “Ele ainda vai demorar a voltar”, pensou Tsuna escolhendo sua roupa e indo para o banheiro que ficava no fim do corredor. Enquanto banhava-se lembrou do dia quando Reborn avisou de sua viagem de volta a Itália. Admitia para si mesmo, que por um momento havia pensado que Reborn estava o deixando.

Quase duas semanas atrás...

Tsuna estava embaixo de uma sombra fresca de uma árvore grande, sentado no chão e esperando o seu tutor espartano chegar. O mesmo lhe mandara um bilhete durante a sua aula anterior avisando que era para encontrá-lo ali, e havia deixado claro que era urgente. O que deixou o jovem Vongola Decimo apreensivo, nervoso e ansioso. Esperava que não tivesse nada haver com a insistente dor de cabeça que estava sentido á alguns dias, culpa da sua Hiper Intuição. Ele não contara isso a Reborn, mas ele sabia que o ex-bebê possa já ter descoberto.

– Quanto mais vou ter que esperar?! Estou morrendo de fome. – choramingou, puxando suavemente os indomáveis cabelos castanhos de frente ao rosto, uma mania que não conseguira parar.

– Pare de ficar reclamando, Tsuna. Isso não é postura para um futuro chefe da máfia. – disse uma voz grave e um tanto maliciosa atrás de si.

Ao virar-se não ficou surpreso ao encontrar um adulto de frios e maliciosos olhos negros, de terno impecável e um camaleão grande e verde nos seus ombros. Tsuna levantou-se e olhou para Reborn em sua forma adulta que ainda não acostumara a ver. Para ele, Reborn ainda era o mesmo bebê espartano que o vira a primeira vez em sua casa, mas bem que o hitman fazia questão de lembrar ao seu Dame–aluno que ele era um adulto agora, principalmente em seus treinos ou como Tsuna chamava: seu mini-inferno particular.

, para que você me chamou até aqui? Você escreveu que era urgente. – disse por fim Tsuna, e logo percebendo que qualquer que seja o que Reborn ia dizer era sério. Ele viveu com o hitman tempo demais para poder reconhecer algumas expressões do homem. Reborn tinha desmanchado o sorriso malicioso, os ombros antes relaxados estavam um pouco tensos e a aba do seu chapéu encobria seus olhos com sua sombra. Instintivamente Tsuna ficou em alerta. – Reborn?

– Tenho que ir. – disse apenas, já com menção de se retirar, mas Tsuna foi rápido e o segurou pelo braço.

– C-como assim ‘tenho que ir’?! I-ir para onde? Reborn!? – podia se notar um fio de desespero na voz do estudante, o que secretamente deixou o adulto um tanto que feliz.

– Itália. Nono está me chamando. – respondeu soltando-se do agarre de Tsuna, o mesmo que corava ao notar o que tinha feito inconscientemente.

– Você, você vai voltar, não é? Digo, quando terminar com o Nono. – Tsuna foi incapaz de se controlar, e acabou por soltar a pergunta, e se arrependendo logo que o outro falou.

– Vai sentir tanto a minha falta assim? Estou emocionado. – sua voz era sarcástica e seus lábios se projetaram em um sorriso malicioso. Tsuna só pode corar mais, virando as costas para o mais velho, para que não visse seu constrangimento.

– É-é cl-claro que não... – a sua voz estava tão baixa que duvidava que o outro houvesse escutado. Um silêncio pairou no local, uma brisa soprava e levava as folhas, ao longe as vozes dos adolescentes. Tsuna pensou que Reborn já havia ido, mas para sua surpresa uma mão grande se pôs em sua cabeça, desalinhando mais os picos de cabelos macios. Um gesto de carinho.

– Eu volto. Ciao.

A voz de Reborn era suave, e Tsuna teve a impressão de ter escutado um tom de gentileza. Quando se virou para falar, o outro já caminhava para longe. Tsuna o observou ir até não vê-lo mais. Ficou alguns instantes ali, apenas pensando no que acontecera e ficando curioso para saber o que Nono queria com o seu tutor. Depois de alguns longos minutos, andou até o terraço, onde sabia que os amigos estavam, os mesmos lhe questionaram o que o hitman queria, mas ele disse que não era importante. Enquanto voltava para casa com seus amigos, Gokudera e Yamamoto, contou o que Reborn lhe disse, ocultando algumas coisas, claro. Tanto Gokudera e Yamamoto lhe disseram para não se preocupar, e que se fosse realmente alguma coisa importante e séria, eles seriam informados. Com isso em mente e um pouco aliviado, Tsuna chegou a sua casa, apenas para se deparar com a informação que Bianchi havia ido também com Reborn. Novamente a preocupação e um pouco da desconfiança assolaram Tsuna, mas Fuuta informou que era para pegar novos ingredientes para a sua ‘culinária’, o que deu a Gokudera uma dose de calafrios. Isso acabou por desviar a sua atenção, e acabou esquecendo-se do assunto por um tempo.

Agora...

Tsuna saiu do banheiro já vestido um conjunto quentinho de moletom em cores cinza e laranja. Com uma toalha branca secava os fios castanhos, agora com seus picos um pouco escorridos para baixo. Deixou a toalha em cima da cama, e desceu as escadas deparando-se com Lambo que ia subindo para chamá-lo para o jantar. Os dois foram para a cozinha com o pequeno Bovino de 6 anos contando como fora seu dia, tirando algumas risadas de Tsuna. O jantar foi um pouco calmo, como só estava os cinco a mesa, mas isso não impediu de Lambo implicar com I-pin roubando um pedaço de carne de seu prato, o que rendeu uma discussão entre os dois. Eles conseguiram acalmar as crianças, e depois do jantar Fuuta os colocou para dormir e depois foi se deitar também. Tsuna ainda ficou para ajudar a mãe com a louça e quando tudo já estava arrumado e guardado, os dois subiram as escadas e foram para seus respectivos quartos. Nana dormiu rapidamente, mas Tsuna ainda ficou mais um tempo acordado, pois sua cabeça latejava um pouco e sua Intuição estava gritando, alertando-o de algo que não sabia. Bem, a única coisa que sabia, talvez, era que o perigo estava vindo, estava distante, mas estava chegando perto. Pensou em chamar seus amigos para uma conversa a respeito disso, amanhã era sábado e todos estariam em casa. Com esse pensamento, Tsunayoshi dormiu.


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Notas finais do capítulo

Então, como fui, como primeiro capítulo??Não exijo comentários, mas gostaria de saber como está indo a história, e como posso melhorar.Os mistérios começam já aqui, e ainda há muitos pela frente...Não sei quando vou postar o próximo capítulo...vou tentar fazer um dia sim outro não, mas não prometo nada...Bem, até logo,Kunimitsu.