O Toque do Vampiro escrita por Elizabeth Maiba


Capítulo 2
Capitulo 2




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Capitulo 2

– Larga–me!

Acordei gritando, respirando profundamente. Fechei olhos e abriu-os novamente, para minha surpresa, o cenário continuava o mesmo.

Escuridão. Porquê essa escuridão imensa? Meu apartamento nunca foi tão escuro. Senti uma corrente fria percorrer minha espinha, sentei-me na cama, respirei fundo e olhei ao redor, minha super visão fez-me ver tudo claramente, apesar da escuridão.

Não estava em meu apartamento, mas sim num quarto gloriosamente escuro mas simpático, os móveis eram de estilo vitoriano antigo, do tipo que a Rainha Elizabeth possuiria no seu palácio, mas a diferença era que o mobiliário da Rainha Elizabeth deveria ser suave, leve. Enquanto estes transmitiam uma energia pesada. Gótica.

Aí percebi onde estava. Uma voz fria veio das sombras, imediatamente me pôs em atenção.

– Sim! Acertaste, estás no meu domínio agora, minha terra, meu covil se preferires, onde eu sou o Alfa, Ómega, até mesmo Deus, e tudo mais que é superior neste mundo.

Reconheci sua voz no segundo que ele começou a falar, era o vampiro com quem havia travado a luta, o vampiro que...

Não, basta! Saí dessa. Ele não é nada para você e tu sabes disso, deve ser estes estúpidos hormônios.

Não respondi, não queria dar um passo em falso. Talvez ele tivesse o poder de ler mentes. Fechei os olhos e tentei manter a calma, senti um movimento rápido e imediatamente abri os olhos. Ele estava olhando para mim, mas seu olhar não era de ódio ou desprezo, ele estava olhando-me com… curiosidade. Meu coração aumentou a taxa de batimentos cardíacos por causa de sua proximidade. Malditos hormônios.

– Não tenhas medo, não te machucarei, por enquanto. É curioso, mas por alguma razão eu quero mantê-la viva.

Céus, homens! Superficiais como sempre, ele achou que o aceleramento do meu coração devia-se ao medo, mas não! Foi por causa de um outro motivo que prefiro esquecer. E se ele tivesse Marcado? Hum… absurdo, vampiros não tinham esta coisa de Marcar como lobisomens. Mas se lhe Marquei, talvez ele também tivesse sentido algo, então deveria estar confuso também sobre seus sentimentos.

Apesar da aparência calma, aposto que seu coração e mente estavam em guerra. Sei que estas criaturas possuem coração, fiquei ali parada olhando-lhe tentando ver alguma coisa através de seus olhos verdes, mas não pude atravessar a barreira invisível que ele colocou entre nós.

Por alguns minutos ficamos na mesma posição, um enorme buraco abria-se entre nós, quando senti que ele estava tentando atravessar a barreira imposta por ele levantando sua mão, ele abanou a cabeça em sinal negativo, como um gesto de “acorda” e baixou a cabeça. Na velocidade da luz saiu do quarto antes que eu pudesse dizer alguma coisa, deixando-me sozinha nas trevas.

Óptimo! Gritei comigo mesma.

“Primeiro, Marco um vampiro;”

“Segundo, sou raptada pelo mesmo vampiro;”

“Terceiro, já não tenho controle dos meus próprios sentimentos;”

Perfeito!

Não faltava nada, se houvesse qualquer possibilidade deste romance florescer, seria um romance mau, mau.

Por dois dias, 2 dias! Ele me deixou presa neste quarto escuro, sem comida, roupas ou luz. Por sorte tinha uma garrafa de água, graças ao céu era uma lobisomem ou estaria morta agora. A única coisa que me dava noção de tempo era o sol. Ele deve ter tomado todas as minhas coisas quando eu estava inconsciente.

Nesses últimos dias, não me mexia muito, somente quando era necessário. O quarto estava bem equipado, apesar da aparência assustadora, tinha um banheiro, uma porta anexa, que levava a um super quarto de vestir ornamentado com muitos espelhos, a cama era confortável, estava ao lado da mega e única janela do quarto coberta com pesadas cortinas escuras. Claro que a janela estava gradeada. Ele não era louco. Dah!

Era cedo, os primeiros raios de sol brilhavam e davam alguma luz ao quarto escuro. De repente a porta abriu-se. Ele gritou, - FECHA A DROGA DA CORTINAS, AGORA!

Não sei porquê, mas obedeci. Rapidamente fechei as cortinas.

– Afinal, QUAL É O SEU PROBLEMA? Baseado no que sei, os vampiros não temem mais o sol, ou está de volta a moda: oh sol, ele vai-me queimar”. – Zombei, cheia de sarcasmo. Ele veio até mim com um ar zangado.

Ah! Para mim chega, me levantei da cama para confrontá-lo, mas mal pôs os pés no chão, senti uma forte tontura, ele me abraçou com seus braços fortes impedindo-me de cair e perguntou preocupado.

– Você está bem?

O quê? Isso só poderia ser uma piada. Estar bem? Como poderia estar bem? Não sei o que aconteceu, talvez foi a união de todos os factos recentes dos últimos dias. Mas perdi o controlo. Nesses últimos dias experimentei todos sentimentos possíveis. Mas ainda não havia deixado cair uma única lágrima.

Comecei a chorar nos seus braços e para minha surpresa, ele abraçou-me mais ainda. Levantou–me e carregou–me nos seus braços. Sentou-se na cama e fez com que a minha cabeça repousasse no seu ombro e começou a sussurrar baixinho ao meu ouvido com uma voz doce.

– Calma, minha pequena loba, tudo vai ficar bem. Eu prometo.

Por algum motivo acreditei nele e fiz-me confortável no seu peito como um bebé nos braços da sua mãe. Ele me fez sentir segura. Quando me acalmei, ele disse.

– Eu sei que você me odeia, mas por favor ouve isto, o que eu disse ainda está de pé, eu não te machucarei. Por algum motivo que não sei e não posso explicar, não quero-te machucar. Na verdade, eu não sou tão tolerável ou amigável, principalmente com meu inimigo. - Disse ele com um tom divertido na última parte o que me fez gargalhar.

Percebi que ainda estava sentada no seu colo, mas agora não tinha nenhuma desculpa para permanecer ali, assim saí. Apesar da temperatura fria ― que juntada ao meu corpo quente criava um choque térmico delicioso ― que seu corpo radiava ele era muito, muito confortável.

– És tao quente!

 - O quê? - Meus olhos arregalaram pasmos. Esses tipos de comentários, por vezes, vinham com duplo sentido.

– Nossa… Calma! Vocês, jovens da actualidade, levam tudo para o lado malicioso ou mau, eu estava falando da sua temperatura corporal, não que você não seja quente...

– Também. Vamos parar por aqui, por favor. Mudando de assunto: me deixaste presa, sem comida, ou roupas. Como esperavas que eu sobrevivesse? Estás ciente do facto de que poderias ter-me morto sim? Não achas que neste preciso momento, alguém lá fora pode estar procurando por mim? Cedo ou tarde eles irão descobrir que um vampiro lunático raptou a filha do chefe do clã Lucan.


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