Quarteto escrita por Dricka Macedo


Capítulo 15
Capítulo 15


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura!!



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Finalmente, para Shirah e seus pais, chegara o grande dia do seu casamento com Dalai. Ohko, que estava cada dia mais indiferente, nesse dia resolvera passar à tarde na cachoeira com Paradox. Nos dias antecedentes trabalhava horas a mais no hospital e na sua folga fazia questão de ajudar Shunrei com trabalhos escolares, uma vez que já estava terminando o colegial para ingressar na faculdade e também gostava de brincar com Paradox na cachoeira e ouvir os sonhos da garota em se tornar uma modelo famosa.

– Ohko, você deveria estar se aprontando para o casamento da sua irmã. – Comentou Paradox enquanto subia numa árvore para fazê-la de trampolim e saltar na água do rio.

– Eu não preciso perder o dia todo com essa bobagem, garota.

– Mas você deve estar impecável ao lado de sua irmã e seu cunhado! – Falou para logo depois se jogar na água.

Ohko nada dissera, apenas torceu o nariz ao imaginar que tipo de cunhado teria.

– Oi! – Saudou Shunrei.

– Shunrei, diz aí para esse cabeça dura do Ohko que dia é hoje.

– Não preciso dizer Paradox. – Virando-se para o amigo – Ohko, eu entendo muito bem o que se passa com você. Tentei várias vezes falar com a Shirah, mas ela parece estar cega por esse casamento e não ouve mais ninguém...

– Shirah é uma garota boba que vai aprender, da maneira mais difícil, que a vida pode não ser tão fácil como pensamos.

– E para você, Ohko? Ela é fácil ou difícil? – Perguntou Paradox sentando ao lado do rapaz

– Isso não é da sua conta, garota mimada.

O rapaz se levantou e foi embora sob o olhar penalizado das garotas com a situação.

– E não me olhem assim! – Gritou sem se virar.

Shunrei apenas sorriu, enquanto sua irmã gritava de volta que não tinha estava sentindo pena de ninguém.

O casamento ocorreu conforme a tradição do lugar. Os pais de Shirah, assim como os do noivo, fizeram questão de uma grande festa, apesar de terem convidado apenas alguns amigos próximos. Ao se recolherem para dormir, Dalai estava tão bêbado que precisou do pai e do sogro para colocá-lo na cama. Ohko não viu a situação, pois, quando o noivo já estava ficando um pouco mais alegre, por conta da bebida, ele havia deixado o lugar. Os pais da noiva se despediram dela e foram para casa. Shirah olhou para a porta do quarto com um pouco de decepção.

–Não se preocupe filha – Alentava a sogra– Os homens são assim mesmo. Amanhã terá atenção só para você.

Shirah sorria esperançosa, estava muito feliz e esperançosa de sua vida de casada. Foi dormir abraçada ao marido desmaiado de bêbado. No dia seguinte, os recém casados embarcaram num trem para a cidade de Harbin, onde passariam a lua-de-mel. Hospedaram-se num hotel próximo a universidade que Dalay freqüentou. A suíte era simples, mas aconchegante, tinha uma linda vista para as montanhas ao leste.

– Eu estou tão feliz Dalay! – Shirah comentou olhando a paisagem.

O homem, sim porque Dalay estava com trinta e dois anos, sentou-se na cama e observou sua esposa. Era bonita, seus cabelos negros e compridos a deixavam com um ar de garotinha, apesar de ainda ser muito jovem, acabara de completar dezoito anos. Shirah virou-se e encontrou o olhar do marido. Devagar se aproximou dele e sentou-se ao seu lado.

– Sinto muito por ter exagerado na bebida ontem. – Ele falou.

– Não tem do quê se desculpar. Se bebeu era porque estava contente.

Aproximaram-se os rostos e Shirah conheceu o sabor de um beijo pela primeira vez. Dalay foi paciente e muito delicado com sua jovem esposa. Passaram toda a manhã se amando.

Em Rozan, Dohko chegara de mais uma viagem. Ele esperava Kokoro na recepção do hospital para irem juntos para casa. Na escola, Shunrei passara com êxito nas suas provas, bastava agora escolher qual universidade iria se matricular. Isso a deixava um pouco preocupada, pois pensava muito em seu pai, o quanto ele poderia precisar dela.

– Shunrei! – Chamou sua irmã.

– Oi Paradox. Como foi nos exames?

– Me dei bem. Afinal, vou ser uma modelo famosa e tenho que ter boas notas agora para depois alcançar o sucesso e a fama!

Shunrei ria do modo como a irmã falava.

– Não ria, Shunrei.

– Desculpe mana, mas você falando assim é muito engraçado. E você sabe que mama não vai deixar você seguir uma carreira dessas e viajar pelo mundo...

– Shunrei, esse é o meu sonho. Não é o sonho dela. Vou correr atrás e vou alcançar meu objetivo.

– Então corra Paradox! Corra a trás do seu sonho, mas lembre-se que tudo começa com um bom desempenho na escola.

– Se você fosse estudar em Xangai, eu poderia ir morar com você e estudar lá também. Estaria mais próxima do meu sonho, não é?

– As coisas não são tão fáceis assim, minha irmã. Se eu fosse estudar lá, teria que conseguir um trabalho...

– Mas o papai poderia muito bem mandar dinheiro pra gente!

– Paradox, eu iria me sentir uma inútil se tivesse que depender cem por cento do dinheiro dos nossos pais estando longe.

– Você é uma boba, sabia? Por isso que não tem namorado...

– Ei! Que história é essa?

– E por acaso você tem?

– Não!

– É o que eu digo. Você se preocupa com suas notas, com despesas, com isso e aquilo, mas se esquece de você. E a verdade é que se você vai fazer faculdade a noite ou de dia, então, você teria outro tempo para se divertir, sair, conhecer gente... Mas não, você quer ocupar trabalhando!

– Você é uma boba, sabia?! Vamos logo para casa.

– Não vamos esperar a mamãe?

– Ela ficou de esperar o papai e deixou as chaves do seu carro comigo.

No caminho para casa, Kokoro e Dohko conversaram sobre a faculdade de Shunrei, sobre a responsabilidade que ela tem sobre os negócios quando ele não está...

– Shunrei amadureceu muito depressa Dohko. Apesar de ser uma mocinha ainda, tem planejamentos, idéias, comportamento de uma mulher madura, pelo menos nesse aspecto socioeconômico. Ela precisa aproveitar a juventude dela!

– Shunrei se parece muito com a mãe dela. Shun-Li também era assim, sempre preocupada com os outros, com os negócios, sacrificava seu divertimento para o trabalho. Acredito que os únicos momentos de divertimento que ela teve foram no curto período que passamos casados. Eu não quero que aconteça o mesmo com a Shunrei. Não estou falando sobre morte, isso é uma coisa inevitável quando acontece, mas quero que ela aproveite ao máximo sua vida.

Kokoro pôs sua mão sobre a do esposo que respondeu apertando-a.

– Estou com você querido.

– Eu sei. – Respondeu levando a mão da esposa até os lábios.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham curtido o capítulo.
Dalay parece que vai tomar jeito, será? Hum, sei não
Shirah, como sempre digo, é uma tola!
Shunrei, que menina boazinha, dá até raiva às vezes! #sqn
Um big kissus e Feliz Natal!!!!



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