Quarteto escrita por Dricka Macedo


Capítulo 10
Capítulo 10


Notas iniciais do capítulo

Olá, caros leitores!!!
Nesse capítulo, alguns anos se passaram. Espero que curtam a leitura.



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Dohko estava feliz com sua esposa e suas duas filhas. Shunrei também adorava a irmã e a madrasta. No hospital, Kokoro estava bem, desempenhava seu trabalho com responsabilidade e dedicação em paz, sem pressão.

No ano seguinte, os pais da doutora vieram visitá-los, encantaram-se com a beleza do lugar, assim como também a união entre a pequena Shunrei e Paradox. Era impressionante o quanto aquelas garotinhas se gostavam. Eram verdadeiras irmãs.

O tempo passou e Shunrei agora com seus dezesseis anos, se tornara uma moça de altura mediana, sua pele clarinha contrastava com seus negros cabelos, era uma bela jovem. Sua amiga Shirah, com quinze anos, também era muito bonita, sua pele um pouco mais corada e seus cabelos num tom achocolatado fazia jus.

– Shunrei, olha essa foto do meu noivo - A garota mostrara uma foto do rapaz sem a camisa, ele estava de costas para um rio, pela imagem, subtendia-se que a foto foi tirada às escondidas.

– Você quem tirou essa foto, Shirah?

– Sim!

– Você é louca, sabia?

– Mas diga Shu... Não são as costas mais lindas que você já viu?

Shunrei riu da cara de boba da amiga.

– Shirah, eu não ando por aí comparando beleza masculina, não. E se o seu irmão descobre que você anda tirando essas fotografias... Não quero nem pensar o que ele poderá fazer!

– Não vejo nenhum mal, afinal estamos falando do meu futuro marido!

– Eu não concordo com essa coisa de casamento arranjado e fico impressionada como você aceita isso numa boa.

– E por que não ficaria? Dalai é um homem lindo, experiente...

– Mas não te ama amiga!

– Isso não é verdade!

– E como você sabe?

– Bem, ele aceitou se casar comigo, ele está me esperando desde quando eu era criança, quer prova maior?

Shunrei balançou a cabeça em desistência. A amiga estava cega de amor por uma pessoa que ela mal conhecia e ninguém poderia fazer nada. O sinal tocou para entrarem na aula e como sempre, Ohko chegara atrasado. Mas ele não estava nem aí para estudar, só ia às aulas para não ter que trabalhar no campo e nem ficar ouvindo as reclamações da mãe. Ele se tornara um adolescente preguiçoso e sem estímulo para a vida, mas era boa pessoa.

No final da aula, Kokoro esperava as meninas para irem para casa. Dohko estava numa conferencia agrícola que estava acontecendo em Xangai e só voltaria dentro de três ou quatro dias. - Mama – Nome carinhoso que Shunrei trata sua madrasta, uma vez que nunca conseguira chamá-la de mamãe ou mãe.

– Estou preocupada com plantação...

– Por que, filha? Seu pai deve retornar logo.

– Mas os vegetais só durarão por no máximo dois dias, depois disso, não estarão em boas condições de comercialização.

– Nossa, querida, você sabe mesmo sobre essas coisas, não é? Infelizmente eu não faço a menor idéia de como agir. Mas de uma coisa eu sei... Pensar com barriguinha cheia é bem melhor!

Após o jantar, Paradox estudava no quarto enquanto, na biblioteca, Shunrei desatava suas idéias.

– Mama, poderíamos fazer a colheita amanhã a tarde e abrir o estabelecimento pela manhã.

–Querida, amanhã vou estar de plantão o dia todo e os ajudantes de seu pai estão viajando, uma vez que ele deu a folga para eles também.

– Tem razão.

– Também não poderíamos sozinhas colher e depois arrumar tudo para vender. É muito trabalho e um trabalho pesado. Infelizmente não há nada que possamos fazer. Seu pai não se preveniu quanto a isso. Se pelo menos os ajudantes estivessem aqui...

– Mais uma vez a senhora tem razão. Vou sair um pouco.

– Shunrei, sabe que eu faria tudo para ajudar, mas...

– Tudo bem – A garota respondeu com um sorriso melancólico.

Shunrei caminhou alguns minutos parando em uma grande pedra que ficava de frente para cachoeira. Ainda martelava uma idéia para não deixar o trabalho de seu pai ir por água abaixo.

– O senhor tinha que dar folga a todos de uma só vez, não é papai?- A menina falava para si até que ouviu umas vozes conhecidas.

– Ei, o que pensa que está fazendo? Você não é o meu pai!

– Cale a boca, pirralha.

–Ohko, Paradox?! – Shunrei falou ao ver a quem eram.

– Shunrei! – Exclamou Paradox.

– Você deveria estar no seu quarto estudando, mocinha. O que faz aqui com Ohko?

– Ei, Shunrei – começou o rapaz – Não tire falsas conclusões. Eu estava passando aqui por caso quando vi essa fedelha de bicos com um garoto.

Shunrei arregalou os olhos de surpresa.

– O quê? Vai dizer que você nunca beijou na vida? – Paradox falou.

– Quando a mama ficar sabendo você vai ficar um mês de castigo e se o papai souber aí serão três anos

– Ameaçou a irmã, tentando mudar o assunto do beijo, pois na realidade nunca havia beijado na boca.

– Shunreizinha, não fala nada, por favor! Eu prometo me comportar de agora em diante.

Shunrei respirou fundo, aqueles olhinhos de cachorrinho pidão eram irresistíveis.

– Está bem. Não conto nada desta vez, mas se houver uma próxima... - Não haverá, prometo.- Paradox saiu correndo para casa.

– Vocês são muito moles para essa garota.

– Ohko, ela é só um garotinha descobrindo as coisas

– Sei. Descobrindo coisas... Mas, mudando de assunto, o que faz por aqui?

– Estou com um problemão.

– Se me contar, talvez eu possa te ajudar.

A chinesa contou sobre as hortaliças e sobre colheita ao amigo, tal como as dificuldades.

– Eu tenho uma ótima ideia, Shunrei. Vou falar com meu pai para liberar dois de seus trabalhadores.

– Você faria isso mesmo, Ohko?!

– Claro! Afinal, somos amigos, ou não? Mas eles vão querer pagamento no final do trabalho.

– Posso dar um jeito. Quanto você acha que eles vão cobrar?

Shunrei concordou com o valor dito pelo amigo. Ohko foi falar com seus pais e Shunrei contar a novidade para a doutora.


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Notas finais do capítulo

Eitxa, que essa Paradox é danadinha, hein?
Shunrei já mostrando seu lado administrativo tão cedo :3
Espero que tenham curtido. Até o próximo, prometo não demorar para postar XD
Kissus



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