Amor de Pai - RxHr escrita por Verônica Souza


Capítulo 6
Capítulo 6




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A luz do dia entrou na sala onde Rony e Hermione dormiram. Eles haviam pegado um colchão, mas se esqueceram de fechar as cortinas. Hermione olhou para o lado, e ele estava dormindo tranquilamente. Ela sorriu, sentiu saudade de acordar ao lado dele, apesar de que foram apenas algumas vezes.

– Bom dia. – Ele disse sem abrir os olhos. Hermione se perguntou como ele sabia que ela estava olhando para ele. – Não é só porque não sou um auror que não conheço as táticas. – Ele sorriu e abriu os olhos. – Durante a guerra aprendi a vigiar até de olhos fechados.

– Isso é muito útil para um pai preocupado. – Ela riu e ele a puxou para mais perto.

– Quanto tempo não acordava com esse rostinho ao meu lado. – Ele sorriu.

– É... Da última vez que acordamos assim, Mia foi concebida. – Ela riu.

– Ainda bem por isso. – Ele riu.

– Bom dia. – Mia engatinhou até eles com a carinha sapeca.

– Amélia! Você estava aí há quanto tempo? – Hermione se sentou.

– Eu estava ali atrás desenhando mamãe, mas não fiz barulho. Eu juro.

– Hum, acho que isso merece um castigo. – Rony olhou divertido para Hermione.

– Também acho.

– Não papai, por favor... Eu juro que não fiz por mal. Eu só tava desenhando. – Ela estava prestes a chorar quando Rony a puxou para o colchão e começou a fazer cócegas nela. Hermione ria enquanto Mia se debatia divertida no colchão. Rony parou as cócegas e encheu Mia de beijos.

– Poderíamos ter mais castigos assim papai? – Mia riu.

– Depende da gravidade da situação. – Rony sorriu.

– Odeio estragar momentos assim, mas eu preciso ir... – Hermione se levantou decepcionada.

– Ahh mamãe, mas já?

– Sim meu amor... Temos uma reunião logo mais.

– E como está indo? – Rony perguntou se levantando também.

– Pelo jeito Kingsley está gostando das minhas participações... Mas ainda não decidi se vou ou não ajudá-los.

– Pensei que estava decidida.

– É, mas ainda estou pensando na ideia. – Ela sorriu. – Vou tomar meu banho. – Ela beijou o rosto de Rony e foi para o banheiro.

– Papai, você e a mamãe vão morar juntos? – Os olhos da garota brilhavam.

– Ainda não princesa. Estamos nos entendendo ainda.

– Ia ser tão legal vocês morando juntos... Eu não precisaria ser dividida ao meio.

– Ah, mas isso é fácil. É só a gente pegar uma serra elétrica e resolvemos isso rapidinho. – Ela o olhou assustada. – Brincadeira bonequinha. – Ele riu e a pegou no colo.

Enquanto Hermione se arrumava eles ficaram conversando e brincando na sala. Depois que Hermione estava pronta, ela saiu apressada, pois já estava atrasada para a reunião. Despediu dos dois e os deixou sozinhos em seu apartamento.

– Então, o que vamos fazer hoje? – Rony perguntou.

– Que tal se a gente preparasse um jantar bem legal para a mamãe?

– Ótima ideia! Podemos comprar os ingredientes então, e depois arrumamos a casa pra ela ficar bem feliz.

– Isso!

Os dois se arrumaram e saíram imediatamente para comprar as coisas. Eles andaram pelas ruas de Londres comprando coisas diferentes para o jantar. Rony a cada dez minutos era barrado por um monte de fãs, pedindo autógrafos. Todos eles ficaram encantados com Mia, e isso atraiu alguns jornalistas. Rony não se envergonhou em dizer que ela era sua filha.

Eles continuaram caminhando quando uma mulher bem aparentada parou na frente dos dois, sorrindo para Rony.

– Posso ajudar? – Rony perguntou educadamente.

– Estou abismada que não se lembra de mim Rony Weasley. – Ela colocou as mãos na cintura sensualmente.

– Desculpe... Não me recordo de você.

– Engraçado... Sua namoradinha deve lembrar de mim então, mas você costumava me olhar muito quando estudávamos em Hogwarts. – Ela sorriu e Rony pensou um pouco.

– Emília. – Ele disse com desprezo.

– Mas que tristeza é essa em dizer meu nome? No passado você adorava repeti-lo várias e várias vezes. – Ela colocou a mão em seu ombro.

– Passado é passado Emília.

– Bom, aposto que Hermione deve ter raiva de mim até hoje por eu ter derrotado ela no duelo.

– Hermione é madura o suficiente para saber que estávamos na escola, e faz muito tempo. Com certeza ela não guarda raiva de você.

– Nem se ela descobrir o que fazíamos pelo corredor durante o sexto ano?

– Moça com licença, estamos tentando comprar coisas para o jantar, e você está atrapalhando. – Mia disse mal humorada.

– Nossa, que garotinha mais educada. Com certeza é filha de Hermione. – Ela sorriu. – E julgando pelos cabelos ruivos, deve ser sua também.

– Certo. – Rony falou friamente. – E como ela disse você está atrapalhando.

– Bom, de qualquer jeito teremos muito tempo para conversar agora que eu irei fazer parte dos Chudley Cannons. – Ela sorriu maliciosa e Rony perdeu a cor. – Até mais. – Ela saiu rebolando e jogando os cabelos para o lado. Os homens que passavam todos olhavam para ela. Ela realmente era uma mulher que despertava desejos na maioria dos homens, e Rony foi fisgado por esse desejo no sexto ano. Mas depois que descobriu a personalidade de Emília, ele se arrependeu.

– Quem era ela papai? – Mia perguntou enquanto eles andavam.

– Uma... Velha amiga.

Mia não perguntou mais nada, Rony a subestimava, ela sabia muito mais do que ele imaginava.







– Tem certeza que isso é seguro Harry? – Hermione perguntava enquanto eles seguiam para a sala de treinamentos.

– Claro Hermione, é apenas um treinamento. Ninguém usa feitiços fortes o suficiente para causar algo grave, e além do mais, eu e os outros aurores iremos vigiar tudo.

– Tudo bem.

Ela estava nervosa porque ia passar por um treinamento antes de ir para a missão. Como Harry disse, o treinamento era seguro, mas como seria um contra um, ninguém poderia garantir nada.

– Ok, vamos fazer em duplas. – Harry falou. – Pietro, você vai com Augusto. – Os dois concordaram e entraram para a sala.

Hermione observou pelo grande espelho como seria o treinamento, eles pareciam seguir as normas direito, porque nenhum usava um feitiço forte o bastante para agredir gravemente o colega. Depois de alguns minutos, Harry os chamou de volta e Kingsley sorriu orgulhoso.

– Muito bom. – Harry disse. – Agora, Hermione, você vai com Nicholas. – Um rapaz alto e forte, de aparência mais arrogante do que dos Malfoy apareceu ao lado dela. Os dois entraram para a sala, e Harry olhou atento pelo espelho.

Os dois sacaram suas varinhas e apontaram um para o outro.

– Então você é a famosa Hermione Granger, a nascida trouxa que encantou a todos. – Ele riu sarcástico.

– Com muito orgulho. – Ela sorriu.

– Veremos se você é realmente tudo isso que dizem.

Hermione o encarou furiosa, não gostava das atitudes dele. Lembrou-se de quando deu um soco em Draco no terceiro ano, e desejou que isso acontecesse com Nicholas. A luz vermelha na sala acendeu, significando que o duelo poderia começar. Antes que Hermione pensasse em um feitiço, uma luz saiu da varinha de Nicholas, jogando-a para trás.

– Manera um pouco Vincent. – Harry gritou do outro lado da sala, mas ele não parecia ouvir. Antes de Hermione levantar, sentindo uma dor tremenda na cabeça, ele já estava com a varinha apontada para ela.

– Pensei que saberia bloquear feitiços. – Ele sorriu. Hermione não quis argumentar, apenas apontou a varinha para ele, e com um feitiço silencioso, o fez rodar no ar, antes de cair sentado no chão. Eles nem imaginavam que do outro lado da sala, Harry sorria orgulhoso.

– Pensei que você também saberia bloquear. – Ela sorriu vitoriosa.

– Você me pegou desprevenido. – Ele lançou outro feitiço, mas dessa vez Hermione bloqueou.

Durante longos minutos eles ficaram nessa de lançar feitiços e bloquear. Nicholas estava visivelmente nervoso, louco para atingir Hermione em cheio.

– Muito bem, podem sair. – Harry falou, mas nenhum deles se mexeu. Apenas se encaravam prontos para lançar mais feitiços. - Eu disse que podem sair. – Harry falou mais uma vez ficando nervoso.

– Não sairei enquanto não vê-la no chão. – Ele falou.

– Digo o mesmo. – Ela soltava faísca pelos olhos.

Eles continuaram lançando feitiços e bloqueando. Nem Kingsley mandando-os sair os fez pararem com os feitiços.

– Desista Granger. – Ele disse.

– Não sou assim. Não desisto facilmente.

– Ah é? Tudo bem então. Desista por mal. – Ele tinha tanta fúria nos olhos, que nem o bloqueio de Hermione foi capaz de parar o feitiço que ele lançou, jogando-a para trás e fazendo-a bater as costas na parede. Ela sentiu uma dor enorme, e não conseguia se mexer. Nicholas parecia querer mais e apontou a varinha para ela novamente, quando foi interrompido por Harry escancarando a porta e o desarmando.

– QUAL É O SEU PROBLEMA VINCENT? – Harry perguntou furioso indo até a amiga. – Você está bem Hermione?
– Estou... Só me ajude a... Levantar.

Harry a ajudou a levantar, e viu que ela estava com dificuldades de ficar em pé sozinha. Ele olhou furioso para Nicholas, que não demonstrava nenhum tipo de arrependimento.

– Você vai ser suspenso Vincent. – Ele disse friamente enquanto saía da sala com Hermione.

– Vincent, minha sala. Agora. – Kingsley falou e ele obedeceu. – Você vai ficar bem Hermione?

– Sim Senhor. – Ela sorriu. – Não se preocupe.

– Eu vou levá-la para casa Senhor. – Harry falou.

– Sim, faça isso Harry. Melhoras Hermione. Não se preocupe, ele vai ser punido. – Ele disse saindo da sala.









– Que cheirinho bom papai. – Mia disse sentando-se no balcão da cozinha.

– É que eu passo tanto tempo sozinho, que às vezes invento as coisas. - Ele riu.

– A casa está tão arrumadinha. Mamãe vai ficar orgulhosa. – Ela sorriu.

– Vai sim. – Rony terminava de picar as cenouras quando a lareira acendeu, e Harry entrou na sala ajudando Hermione a andar, e ela estava visivelmente machucada.

– MAMÃE! – Mia se assustou com a cena e correu para perto da mãe. Rony largou a faca em cima da mesa, e correu para ajudá-la a se sentar.

– Por Mérlin o que aconteceu? – Rony perguntou preocupado olhando para o rosto de Hermione.

– Treinamento. O inútil do Nicholas Vincent achou que estava em uma batalha de verdade. – Harry falou ajudando-a a se sentar. – Rony, pega alguma coisa para limpar os machucados. – Rony correu até o armário onde estava o quite de primeiro socorros.

– Harry, não precisa puni-lo. Conhecemos muito bem pessoas desse tipo.

– Por isso mesmo vou puni-lo Hermione. Sempre aceitamos provocações de pessoas como ele e Malfoy, e dessa vez vai ser diferente.

– Concordo. – Rony voltou o quite. – Eu o deixaria em uma sala com vários bichos papões.

– Ele não sentiria medo. – Harry falou decepcionado. – Ele é muito arrogante.

– Então eu vou até o Ministério mostrar que ele tem que ter medo. – Rony falou nervoso.

– Rony... Calma... Deixa isso pra lá. – Hermione falava sem se esforçar muito.

– Deixa pra lá? Olha o que aquele idiota fez com você! – Rony andava de um lado para o outro.

– Bom... Vou voltar para o ministério. Se precisar de alguma coisa me avise está bem? – Harry beijou o rosto de Hermione, e entrou na lareira, desaparecendo.

– Rony para de ficar andando de um lado para o outro. Tá me deixando zonza. – Hermione deitou a cabeça no sofá.

– Mamãe... Você vai ficar bem? – Mia perguntou chorosa.

– Vou sim meu amor. – Hermione sorriu.

Rony limpou os machucados de Hermione, e a obrigou a ficar quieta no sofá, até que sua coluna parasse de doer.

– Está melhor mamãe?
– Estou sim... Logo logo passa.

– Mãe, fizemos o jantar pra você, e arrumamos a casa!

– Mérlin, eu nem reparei... Desculpem-me. – Ela olhou em volta. – Está tudo perfeito! – Ela disse alegre.

– Podemos jantar agora papai?

– Claro... – Rony ajudou Hermione a se levantar e os três foram até a mesa.

Rony magicamente fez todo o jantar sair da cozinha e ser colocado na mesa.

– Que cheiro bom! – Hermione sorriu. – Não sabia que você sabia cozinhar Ron.

– É... Quem mora sozinho tem que se virar. – Ele sorriu.

– E vocês compraram tudo isso à tarde?
– Sim, teria sido mais rápido se uma amiga do papai não tivesse atrapalhado a gente. – Mia falou e Rony ficou vermelho.

– Amiga? Que amiga? – Hermione tentou não demonstrar a preocupação.

– Não lembro o nome dela...

– Emília. – Rony falou um pouco corado.

– Você encontrou com Emília Bulstrode?

– É, e ela vai jogar no time do papai. Mas eu não gostei muito dela... Parecia que ela tava dando em cima dele. – Mia começou a comer, não notando a troca de olhares de Hermione e Rony.

Ninguém tocou no assunto de Emília durante o jantar. Mia falava sem parar sobre Quadribol, mas Rony e Hermione quase não falavam, cada um magoado do seu jeito. Depois que terminaram o jantar, Mia foi brincar em seu quarto, e Rony estava indo embora.

– Tem certeza que não quer ficar mais? – Hermione o acompanhava até a porta.

– Sim, tenho treino bem cedo amanhã. Mas se precisar de alguma coisa, pode me chamar. Tem certeza de que está melhor?

– Estou, não se preocupe.

– Olha, eu sei que você ficou diferente porque a Mia contou que encontrei com a Emília...

– Diferente? Por que ficaria diferente?
– Hermione eu sei que desde aquela vez no segundo ano você não gosta da Emília.

– Não é só porque uma garota qualquer me humilhou na frente de todos me chamando de sangue ruim que não sabe duelar que eu vou ter raiva dela Ronald.

– E o fato dela ter gostado de mim no sexto ano?

– Muito menos o fato de vocês dois ficarem se pegando no corredor da escola, quase se comendo. Não dou a mínima.

– Tem certeza? – Ele sorriu.

– Tenho Ronald. Era só isso?

– Você mal consegue disfarçar que sempre teve ciúmes dela. – Ele a puxou pela cintura.

– Nada a ver Ronald. Não ligo.

– Nem mesmo que ela vá jogar no mesmo time que eu? – Ele provocou.

– N... Não. – Ela virou para o lado.

– Então fala isso olhando nos meus olhos.

– Não. Pra que?

– Pra eu saber se você realmente não tem ciúmes.

– Não vou fazer isso.

– Está bem... Então você tem certeza que não tem ciúmes.

– Sim.

– Tem certeza que não liga que vamos passar a maior parte do dia juntos.

– Sim.

– Tem certeza também que me ama e que não esqueceu nada do que passamos juntos.

– Sim. – Ela arregalou os olhos pra ele, e ele começou a rir. – NÃO! RONALD!

– Boa noite, linda. – Ele lhe deu um beijo e saiu andando.

Hermione encostou-se à porta e viu o ruivo entrar no elevador. Não tinha mais como esconder que tudo isso que ela falou era verdade. Ela sorriu quando teve certeza que ainda o amava como antes. Ela pensava tanto em Rony, que nem ao menos prestou atenção que Mia conversava com alguém no quarto...




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Notas finais do capítulo

Amores, pra vocês não ficarem muito perdidos, queria esclarecer que nessa fic, ao invés de Rony ter tido um "caso" com Lilá no sexto ano, foi com a Emília ok? Espero que não fique muito confuso, rs

Beijinhos.



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