Amor de Pai - RxHr escrita por Verônica Souza


Capítulo 37
Capítulo 37




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– Quem é? – A mulher perguntou enquanto batiam freneticamente em sua porta.

– Abra. É o Ministro.

A porta se abriu, e Stella olhou assustada para ele. Cobrindo-se com seu roupão.

– Olá Senhor.

– Bem... Desculpe-me vir até aqui há essa hora... Mas preciso averiguar. Pierre está aqui?

– Pierre? Quem é Pierre?

– Bom o nome dele não é Pierre... O verdadeiro nome dele é... – Kingsley parou e olhou para ela um instante. Parecia que estava realmente dormindo. A pequena casa estava totalmente fechada. – Você realmente não o conhece?

– Desculpe Senhor... Não sei do que está falando... Mas se precisar da minha ajuda...

– Não... Não, desculpe. É que é um caso sigiloso.

– Está envolvido com Bellatrix? Porque se tiver alguma coisa a ver com essa megera pode contar com a minha ajuda! Essa mulher quase estragou a minha vida!
– Bom... Pode ser que tenha...

– Então eu quero ajudar!

– Olha... Acho melhor não...

– Por favor, Senhor... Não me julgue só porque errei uma vez na minha vida. Estou arrependida pelo que fiz, e quero provar ajudando vocês a acabar com qualquer um que esteja envolvido com ela. Afinal não posso fazer nada, estou sem a minha varinha.

Kingsley olhou para ela um instante. Não tinha tempo a perder.

– Está bem. Vamos.

**

– Então estávamos ali ao lado da mesa deles. Chegou um cara conversando com ela, daí só ouvimos a menina loirinha chorando e pedindo ajuda. Mas ninguém viu para onde o cara foi.

– Como ninguém pode ter visto? – Rony perguntou exaltado.

O garoto de cabelos arrepiados olhou assustado para ele. Harry respirou fundo e bateu no ombro do garoto.

– Obrigado. Foi de grande ajuda.

– Olha, o cara não deve ter ido muito longe, não tem como ninguém não ter visto ele sair daqui com a garota. – O menino completou.

– É... Muito obrigado.

O garoto voltou para junto dos seus amigos e se afastou.

– Com certeza ele aparatou com ela. – Harry disse a Rony.

– Aí está um problema maior ainda! Como vamos saber pra onde ele aparatou com ela? – Rony passou as mãos no cabelo. – Eu sabia que não devia ter deixado eles virem para cá sozinhos.

– RONY! RONY! – Hermione correu na direção dos dois.

– Hermione! Eu disse pra você ficar em casa! – Rony se virou nervoso para ela.

– Mas Rony...

– Mas nada Hermione! Eu disse para ficar em casa! Você não pode ficar nervosa.

– Meio tarde pra isso, agora me escuta!
– Não, não vou escutar. Volta pra casa da Gina e fique lá até eu voltar.

– RONALD! ME ESCUTE! – Ela gritou e as pessoas que passavam em volta olharam assustados para eles. Rony olhou envergonhado e voltou sua atenção para Hermione. – Eu fiz um feitiço de proteção nas crianças, antes de tudo acontecer.

– Você o que?

– Quando um deles estivesse em perigo, nós íamos saber!

– Como assim? – Harry se aproximou.

– Vem, não posso mostrar aqui!

Os três saíram rapidamente do shopping, e foram para o estacionamento, que por sorte estava vazio. Hermione garantiu que tinha apenas os três ali, e pegou sua varinha. Uma luz azul saiu da sua varinha, se transformando em uma bola, no meio dos três. Uma fumaça foi aparecendo no meio da bola, e se transformando em um lugar, como em um filme.

– Por favor... Me deixe ir embora. – Mia chorava.

– Silencio! Eu já disse que não vou sossegar até sua mãe vir te buscar.

– E se vier o meu pai ao invés dela?

– Então eu irei esperar até que ela venha. – Ele apontou a varinha para ela.

– Eles nunca irão me encontrar aqui!

– Para o seu bem é melhor que encontrem...

– Por que a sua casa? Porque justo aqui? Quero dizer... Não é um lugar muito afastado sabe, perto de uma fábrica de brinquedos abandonada. – Ela olhou pela janela.

– Ela está dando pistas! – Hermione disse sacudindo o braço de Rony.

– Essa é minha garota! – Rony pegou sua varinha. – Vamos!

**

– Não... Por favor... Eu tenho o que você quer!

– Como assim tem o que eu quero?

– Ela está aqui... – Ela tirou o saquinho que Minerva tinha lhe dado.

– Está me fazendo de idiota? O que eu quero não está nesse saco ridículo!
– Está sim... Eu juro! Olhe! – Ela tirou a pedra de dentro do saquinho.

– Essa... Essa é...

– É disso que você precisa não é? Pode ficar! Eu não sei a utilidade dela. Mas por favor, me deixe ir!

– Calada! – Ele gritou quando ela voltava a chorar. – Me de a pedra.

Mia esticou a mão para ele. Ele tomou a pedra de sua mão, e sorriu olhando para ela.

– Inacreditável... Isso é muito melhor do que o que eu queria!

– O que? Não... Não era isso que você queria?

– Claro que não, sua estúpida! Ninguém sabia da existência dessa pedra há muito tempo! Eu até pensei que ela tinha sido destruída.

Mia se sentiu pior do que já estava. Com certeza aquela pedra era mais importante do que ela imaginava, e ela falhou com sua promessa. Disse a Dumbledore que não deixaria que ninguém soubesse dela, e agora ela estava nas mãos de alguém perigoso.

**

– Aqui! Essa é a única fabrica de brinquedos abandonada que existe aqui perto! – Hermione apontou para o mapa. – Tive uma denúncia na semana passada. Alguém prendia os elfos ali dentro e os obrigava a limpar a fábrica. O motivo eles não sabiam, mas não conseguiram prender ninguém. Os elfos ainda não disseram quem fazia isso com eles.

– E nunca irão dizer. Elfos não costumam trair seus mestres. – Harry comentou. – Muito bem, então já sabemos onde está a fábrica. Agora precisamos saber qual das casas eles estão.

– Vamos aparatar em frente à fábrica e procuramos por alguma pista. – Rony disse.

Os três olharam em volta, do lado de fora do shopping, mas em um lugar afastado. Nenhum trouxa passava no momento. Eles seguraram nas mãos um do outro, e em poucos segundos estavam parados em frente à fábrica abandonada.

A rua estava deserta. Mesmo tão tarde, as ruas de Londres não costumavam ficar tão vazias daquele jeito. Havia várias casas ao lado da fábrica, mas uma se destacava. Era escura, e parecia totalmente sem vida. Mas era uma casa bem grande, uma mansão. Os três se viraram e olharam para a casa.

– Acho que não temos dúvida de que é essa casa. – Rony disse. Hermione e Harry concordaram. – Harry, mande um recado para o Ministro. Diga para ele que estamos esperando ele lá dentro. Não podemos subestimar esse cara. Pelo visto ele esconde muito mais coisas do que imaginamos.

– Certo... – Harry pegou sua varinha.

– Hermione, deixa que daqui eu cuido. Vá pra casa de Gina e fique lá com ela e as crianças...

– Não Rony! Eu vou com vocês.

– Hermione, por favor, não discuta comigo. Você está grávida, e eu não vou deixar que se arrisque assim. Não pense só em você, mas no nosso bebê também.

– Rony, eu me esqueci dos meus próprios filhos. Não tenho quase nenhuma lembrança deles, mas pode ter certeza que eu nunca deixaria de salvá-los.

– Eu sei Hermione, mas eu vou salvá-la...

– E eu quero ajudar! Rony... Da ultima vez Bellatrix quis a mim! Aposto que dessa vez não será diferente. Não sei como, mas meus poderes são forte suficientes para eles. Com certeza ele soube que Bellatrix se fortaleceu com os meus poderes, e quer fazer o mesmo. E se for preciso...

– Hermione, não!
– Rony! Você sabe muito bem como eu me sinto. Se precisassem de você ao invés das crianças, quem você escolheria?

– Claro que eu Hermione, mas esse não é o caso... Você... Você não pode...

– Meu amor... – Hermione tocou o rosto dele. – Ninguém conseguirá destruir nossa família. Lembra? – Ela sorriu para ele. Rony estava com os olhos brilhando em lágrimas.

– Mandei o recado para Kingsley. Vamos entrar! Esperamos ele lá dentro.

– Certo... – Hermione disse segurando as mãos de Rony. – Juntos. – Ela sorriu.

Rony balançou a cabeça afirmando, e os três foram em direção a casa.

**

– Maravilhoso. – O homem andava de um lado para o outro.

Mia continuava sentada no chão, chorando.

– Isso vai ser muito mais útil para mim do que os poderes da sua mãe. – Ele disse virando-se para Mia.

– Então... Então me deixe ir...

– Para você contar a todos? Não... Acho que não... Posso dar um fim em você, e ainda fingir que não sou culpado de nada. – Ele sorriu. – Ou então... Posso continuar com a pedra, e com os poderes da sua mãe... Oh sim... Assim seria melhor! Poderoso e imortal. Perfeito.

– Você... Você vai... Vai me matar? – Ela perguntou soluçando. Ela se arrastou no chão, até ficar perto o suficiente do saquinho que estava a pedra.

– Hum, ainda não sei. – Ele sorriu e voltou sua atenção para a pedra.

Mia colocou a mão dentro do seu saquinho, tirando de lá sua varinha. Ela a colocou atrás do seu corpo, e continuou olhando para ele.

– Mas e se... Você também tiver herdado os poderes da sua mãe? – Ele olhou para ela. – Ah sim... Então eu poderia... Oh... – Ele sorriu e andou até ela. – Claro... – Ele apontou sua varinha para ela. – Por que não pensei nisso antes?

Mia apertou sua varinha em sua mão, e se preparava para apontá-la para ele, mesmo não sabendo muitos feitiços. Apenas os básicos.

– NÃO TOQUE NELA! – Rony entrou com sua varinha apontada para ele.

Hermione e Harry estavam logo atrás, também com suas varinhas em mãos.

– Solte a sua varinha. – Rony disse ficando vermelho.

– E por que eu faria isso? – Ele sorriu olhando para Rony.

– Porque nós estamos em vantagem. – Kingsley apareceu atrás dos outros, junto com Stella.

– O que ela está fazendo aqui? – Hermione perguntou.

– Tudo bem... Ela veio ajudar.

– Ajudar? – “Pierre” riu. – Até parece. Ela ajudou Bellatrix. Não é uma boa pessoa.

– Qualquer um pode mudar. – Ela respondeu com raiva.

– Ah sim... Claro. – Ele riu. – Mas de qualquer forma, não podem fazer nada comigo. – Ele mostrou sua mão com a pedra. – Essa é a pedra filosofal.

Todos olharam assustados para ele. Harry rapidamente reconheceu a pedra.

– Como ela foi parar aí? – Hermione perguntou.

– Ela tinha sido destruída. – Rony disse.

– Muito interessante a observação... Mas graças à filhinha de vocês, eu a tenho.

– Então essa é a pedra filosofal? – Mia perguntou confusa. – Eu... Pai... Eu não sabia.

– Como você conseguiu ela Mia? – Harry perguntou.

– Nós... Fomos até a sala proibida durante as aulas. Eu pensei que era um jogo de xadrez inofensivo, mas então... Eu ganhei e... A pedra caiu... Teddy me deu. Mas eu não sabia. Dumbledore não me falou.

– Dumbledore? – Kingsley a interrompeu.

– Sim... O quadro dele está na sala do diretor... Ele conversou comigo. Disse que era para esconder a pedra, disse que era importante, mas não disse o que era.

– Agora você sabe. – Pierre disse apontando a varinha para os outros. – E vocês não podem fazer nada comigo enquanto eu estiver com ela.

Mia se levantou devagar. Ele estava de costas para ela. Rapidamente ela apontou sua varinha para ele. Todos desviaram o olhar para ela, mas antes que ele se virasse, Mia foi mais rápida:

– Estupefaça!

Pierre voou para o outro lado do cômodo, deixando a pedra rolar pelo chão. Rony, Harry e Kingsley rapidamente foram até ele, com a varinha apontada. Hermione e Stella correram até Mia.

– Você está bem meu amor? – Hermione perguntou abraçando ela.

– Estou mãe. Estou bem. – Mia limpou as lágrimas.

– Não se preocupe, nós vamos sair daqui está bem? – Hermione segurou as mãos dela que estavam trêmulas.

– Afinal quem é você? – Kingsley perguntou com a varinha no rosto dele.

– Max Clifford. Minha família vêm de uma geração de bruxos com sangue puro. Um dia já fomos muito melhores do que a família Black, mas então... Eles enganaram meus avós... Tiraram toda a fortuna... Até que restou apenas a fábrica de brinquedos. Mas depois que meus avós morreram... Ninguém da família quis continuar... Então a fábrica ficou abandonada... E minha família só ficou com a casa.

– Mas você ficou do lado de Bellatrix. Você sequestrou Hermione e levou Mia e Gina para aquele lugar! – Harry disse.

– Eu estava fingindo estar do lado dela. Aos poucos eu ia roubar os poderes dela, e finalmente eu ia ter a fortuna da minha família de volta. Mas então aconteceu o inesperado. Por sorte consegui convencer vocês que eu era louco, e me soltaram. Quando eu soube que Bellatrix não estava mais aqui, eu me animei ainda mais. Resolvi voltar, e colocar os elfos para trabalharem na fábrica.

– Então foi você! – Hermione disse nervosa. – Você obrigou os pobres elfos a trabalharem!

– Mas agora você não vai sair de Azkaban tão cedo. – Kingsley disse. – Você está preso.

– Acho que não. – Ele sorriu e se virou para a porta. Seu mordomo estava parado com a varinha apontada para eles, e antes que pudessem fazer algo, os três foram lançados para o outro lado da sala. Pierre correu até sua varinha e a apanhou, apontando-a para eles. Chutou a varinha de cada um para bem longe, enquanto o Mordomo apontava a varinha para as outras.

– Eu não vou voltar para aquele lugar. – Ele disse rapidamente. – Nunca mais. Traga essa do meio até aqui! – Ele gritou para o mordomo. Ele pegou Hermione pelo braço, e a levou até o meio da sala.

– Não, espera... Você não pode! – Rony se levantou nervoso mas o Mordomo apontou a varinha para ele. – NÃO! ELA ESTÁ...

– AVADA KEDAVRA!

– NÃAAAAAO! – O grito de Rony foi agonizante. Hermione caiu no chão, imóvel.


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