A Filha das Trevas (LIVRO 1 - COMPLETO) escrita por Ally Faro


Capítulo 6
Capitulo Seis


Notas iniciais do capítulo

Desculpem a demora, estava muito oculpada e sem internet também. :(
Mas aqui está o sexto capitulo ^^
Espero que gostem



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/483398/chapter/6

Na manhã seguinte Belinda acordou passando mal, ela levantou-se e correu para o banheiro, o quarto já estava vazio, como era de praxe Lestrange era a ultima a acordar no dormitório. Depois de um banho demorado a menina saiu do banheiro dentro de seu uniforme, se olhou no espelho e notou o quão pálida estava, mais que o normal.

Belinda puxou a mochila para o ombro e começou a descer as escadas, entretanto tudo começou a girar e ela se segurou no corrimão, nada estava em seu devido lugar.

Draco viu Belinda entrar no Grande Salão, que já estava quase vazio porque a maioria dos alunos já haviam ido para suas aulas, ela não parecia nada bem, mas Malfoy a ignorou e saiu do lugar, indo para sua aula, Belinda provavelmente pegaria um bolinho e logo iria atrás.

Draco foi para a sala, não muito tempo depois o professor entrou e começou a aula, mas Belinda não aparecera, entretanto Malfoy imaginou que ela simplesmente estivesse matando aula em algum canto de Hogwarts.

–Com licença professora McGonagall. –Um menino mais velho da Lufa-Lufa aparecera na sala e a mulher mais velha fora até ele.

Minerva conversou com o rapaz por cerca de um minuto, logo entrou na sala e chamou Draco, todos imaginaram que ele estivesse envolvido em alguma confusão, inicialmente até ele mesmo achou isso.

–Pois não professora? –Perguntou ele sem vontade.

–Belinda está na Ala Hospitalar e eu gostaria que você avisasse sua família. –Draco absorveu por um instante o que lhe foi dito e assentiu lentamente.

–O que ela tem?

–Desmaiou no meio do Grande Salão e foi levada até a Ala Hospitalar, não sei lhe informar ao certo o que aconteceu a sua prima, mas se quiser pode ir vê-la...

–Eu vou avisar a minha mãe antes, se a senhora não se importa.

–Tudo bem, vá.

Draco pegou sua mochila e saiu da sala, todos ficaram encarando-o, mas Minerva voltou a aula como se nada tivesse acontecido.

Belinda acordou e sentiu um gosto amargo na boca, ela olhou para o teto claro e depois para as camas com lençóis brancos ao lado de onde estava, ela olhou para o outro lado e encarou um menino alto, de rosto pálido e cinzento, mas muito bonito, os cabelos escuros e lisos e os olhos acinzentados, não como os de Draco, mas um cinza acalentador e convidativo, quentes.

–Oi. –Ele sorriu para a menina, que o encarou de cenho franzido.

–Quem é você?

–Eu te trouxe pra cá quando você desmaiou no Grande Salão.

–Então você é o meu salvador? –Zombou ela e ele riu.

–Você tá com uma aparência péssima. –Ela riu um pouco, mas logo parou e respirou fundo.

–Obrigada.

–Precisando. –Ela sorriu para o menino.

–Quem é você?

–Já disse, sou seu salvador. –Ela riu.

–É serio.

–Sou Cedrico Diggory e você é?

–Belinda Lestrange.

–Muito prazer. –Ele lhe estendeu a mão e ela riu, mas ainda assim a segurou.

–Obrigada pela ajuda.

–Não foi nada. –Ela bufou.

–Claro, não foi nada me arrastar e me jogar na cama da Ala Hospitalar e provavelmente me ajudar a ficar bem. –Ela debochou. –Realmente, não foi nada.

–Tanto drama. –Disse ele.

–Por que ficou aqui?

–Eu ao fiquei. –Disse ele dando de ombros e ela bufou. –É sério, eu assisti todas minhas aulas e voltei ainda a pouco, pra ver se estava melhor, ai você acordou.

–Então eu to aqui há quanto tempo?

–Bastante, já está quase na hora do jantar.

–Como é? –Disse ela tentando se levantar rapidamente, mas tudo girou e ela se jogou novamente.

–Acho melhor não tentar se levantar assim de novo.

–Jura? –Ele riu, era uma risada tranquila e divertida.

–Srtª. Lestrange, sente-se melhor? –Belinda olhou para Madame Ponfrey e sorriu.

–Um pouco.

–Que bom. –Disse a mulher lhe dando um copo. –Agora beba isto. –Belinda olhou para o liquido esverdeado e fez careta pelo odor.

–O que é isso?

–Uma poção para seu enjoou. –Belinda fez careta e virou o liquido de uma vez, quase botando-o para fora em seguida.

Belinda fez uma careta engraçada pelo gosto e percebeu que Cedrico segurava o riso, ela o encarou e ele riu descaradamente.

–O que faz aqui senhor Diggory? –Perguntou Madame Ponfrey.

–Vim ver como Belinda está Madame Ponfrey.

–Vocês são amigos?

–Sim senhora. –Respondeu ele descaradamente.

–Madame Ponfrey, quando serei liberada?

–Assim que a poção fizer efeito.

–E quanto tempo isso leva?

–Alguns minutos, agora fique quieta, tenho outros alunos para atender, qualquer emergência me chame. –Disse ela se retirando.

–Acho que o dia está sendo difícil. –Bell comentou rindo e Cedrico concordou. –E eu sou sua amiga desde quando Diggory?

–Eu te ajudei.

–E? –Ele riu.

–Ingrata.

–Não, não, não. Já te agradeci.

Cedrico realmente esperou Belinda ser liberada, eles foram caminhando para o Grande Salão juntos, conversando tranquilamente, mas ele andava ao seu lado como se esperasse que ela fosse cair a qualquer momento.

–Eu to bem Cedrico, não vou desmaiar novamente.

–Não tenho certeza disso. –Ela riu e bufou.

–Fala sério.

–Eu to falando.

–Que seja.

–A gente se fala por ai Lestrange.

–Até mais Diggory. –Disse ela rindo e seguindo para seu lugar.

Todos seus amigos a trataram com um cuidado exagerado quando ela chegou, querendo saber o que tinha acontecido, dizendo que foram até a Ala Hospitalar, mas não puderam ficar muito porque Madame Ponfrey os mandou ir embora que ela precisava descansar. Após o jantar o grupo foi para o jardim, Belinda sentou-se no meio de Marcos e Murilo, mas logo Daniel se aproximou e ela ficou deitada na perna do Sonserino.

–Tá melhor? –Ele quis saber.

–Estou. –Sorriu ela.

–Está mesmo ou só fingindo? –Tayner quis saber e ela bufou.

–Cala a boca.

O grupo ficou conversando no jardim por um bom tempo e Belinda viu Diggory ali perto, ele a encarou e sorriu, recebendo um sorriso de volto.

–Você conhece aquele cara de onde? –Daniel quis saber.

–Não é da sua conta Henri.

–Se não me falar, vou lá agora e pergunto pra ele.

–Ele que me levou para a Ala Hospitalar. –Respondeu ela. –Cedrico Diggory, é da Lufa-Lufa, é dois anos mais velho que eu, é do time de Quadribol e é engraçado pra caramba.

–Apaixonou foi? –Douglas zombou.

–Não, mas você parece ter ficado enciumado. –Retrucou ela rindo.

–Vai sonhando baixinha.

Belinda estava caminhando entre os amigos em direção das escadas Vai-e-vem, Draco estava no pé da escada e a encarou.

–Que foi Malfoy? –Perguntou ela.

Malfoy a encarou e viu que ela estava bem melhor, a pele estava no tom pálido normal e não naquele tom cinza que ele vira quando foi até a Ala Hospitalar mais cedo, os lábios estavam rosados e não pálidos.

–Mamãe mandou isso pra você. –Disse ele entregando um envelope verde pra ela.

–O que é isso? –Perguntou ela confusa.

–McGonagall mandou avisar que você tinha passado mal e mamãe mandou essa carta.

–Sabe o que tem aqui?

–Olha Lestrange, já fiz minha parte, agora te vira. –Disse ele seco e se virou, indo embora, Belinda prendeu o riso e assentiu.

Lestrange notara o olhar de Draco, era o mesmo olhar que ele lhe lançava quando ela se machucava quando ainda eram amigos, preocupado e avaliando cada dano que a queda lhe causara, Malfoy podia até não ter notado, mas havia acabado de fazer aquilo, era tão natural dele que a fez sorrir.

–Nos falamos mais tarde, tenho que ver o que Narcisa quer comigo, tá bom?

–Vai lá. –Disse Tayner sorrindo e a menina começou a correr escada a cima.

Belinda deitou na cama e abriu o envelope, Narcisa só estava preocupada e querendo saber o que tinha ocorrido, também dizia que era para ela mandar logo uma coruja dizendo como estava.

Não se preocupa Ciça, estou bem. E pra ser honesta nem lembro como fui parar na Ala Hospitalar, só lembro que estava tudo girando e quando acordei estava em uma cama e havia um garoto ao meu lado, o mesmo que me ajudou me levando para a Ala Hospitalar quando desmaiei.

Estou bem, de verdade, foi só um mal estar, a Madame Ponfrey disse que não foi nada demais. Agora tenho que ir.

Belinda. B. Lestrange J

Belinda colocou a carta em um envelope, mas não havia nenhuma coruja ali aquele horário e ela não estava disposta a ir ao corujal, então guardou a carta na cômoda ao lado de sua cama e foi tomar banho.

Lestrange acordara cedo na manhã seguinte, se arrumou e foi até o corujal, amarrou com cuidado a carta em uma das pernas da coruja e colocou cinco Nuques na bolsinha que a coruja tinha na outra perna. Acariciou a cabeça da coruja com calma e pediu a Merlin que a carta fosse entregue diretamente a Narcisa, logo começou a caminhar para o Grande Salão.

–Está distraída Belinda. –Ela encarou Cedrico e sorriu.

–Ainda estou com sono. –Ele riu.

–Tome um chá forte que passa. –Ela assentiu. –Você está bem mesmo?

–Sim, acho que... Confusa, só isso. –Ele a encarou um pouco e assentiu.

–Entendo.

Belinda fez algumas perguntas sobre Quadribol para Cedrico enquanto eles iam até o Grande Salão, ele as respondeu e se surpreendeu, não eram todas as meninas que gostavam de Quadribol.

–Tchau Diggory.

–Tchau.

Belinda sentou ao lado de George e Freddie, enquanto comiam eles planejavam mais uma de suas pegadinhas e a menina somente ria ou dava uma dica aqui e ali.

–Por que a Parkinson não gosta de você mesmo? –Freddie quis saber quando a viu a Sonserina encarando Belinda.

–Sei lá, acho que ela é louca.

–Loucos todos somos. –Disse George brincando.

–Loucos, mas felizes. –Freddie completou.

–Sei que ela gosta do Draco, mas não entendo o porque de não gostar de mim já que eu e ele vivemos tentando matar um ao outro.

–Ciúmes de você ter mais atenção que ela, quem sabe? –Kathy zombou e ela riu.

–Bela atenção, não é?

Bell encarou Simas que ainda lutava para fazer uma dose de Rum, entretanto novamente a coisa saiu do controle e explodiu, Belinda gargalhou e todos viraram pra ele, alguns rindo, outros irritados e até uns chocados.

–Merlin. –Hermione soltou rindo.

Draco observou Belinda varias vezes no decorrer do dia, ela estava bem e animada, ria com os Grifinórios e em determinados momentos até se aproximou de um Lufano, Malfoy o conhecia, era Cedrico Diggory, jogador do Time de Quadribol.

Era inicio de noite e estava frio, Belinda enfiou as mãos nos bolsos do casaco da Grifinória e foi até o jardim, onde o loiro estava com um grupo de amigos.

–Malfoy? –Belinda chamou impaciente e ele somente a encarou, os olhos cinzas maliciosos. –Preciso falar com você.

–Ora Lestrange, o que você quer com o Draquinho que precisa tirar ele daqui?

–Parkinson, não se meta onde não é chamada.

–Olha aqui sua...

–Abaixa a porra do tom de voz antes que perca a língua. –Belinda a encarou com ferocidade.

Draco riu e se colocou de pé, a menina lhe deu as costas e andou alguns passos para longe do grupo de Sonserinos, sabendo que estava sendo seguida pelo loiro, Belinda virou-se e o encarou. Malfoy percebeu que havia algo estranho nos olhos dela.

–O que você quer?

–Narcisa mandou isso pra você. –Disse ela estendendo um envelope de tamanho médio, Draco encarou por um tempo. –Olha, sei que está querendo se vingar, não me importo, mas pega logo isso que eu estou congelando e quero voltar para o conforto do meu quarto. –Ele pegou o envelope.

–Você não muda. –Soltou ele sem querer e se arrependeu no mesmo instante.

–Infelizmente você mudou e muito. –Disse virando-se e voltando correndo para o castelo.

–Merda. –Soltou irritado.

–E ai cara, qual foi? –Blaise perguntou se aproximando.

–Nada. –Disse Malfoy enfiando o envelope no bolso. –Vou entrar, não to legal.

–Devia ir ver Madame Ponfrey.

–Não, só vou pro quarto, relaxa cara.

–Malfoy, tá legal mesmo?

–To.

Belinda deu de encontro com Tayner, ele a segurou pelos ombros e a equilibrou, Douglas a encarou rindo.

–Tá fugindo da guilhotina?

–Um pouco. –Disse ela rindo. –Só voltando para o aconchego da minha cama, lá tava quentinho e confortável.

–Então por que saiu?

–Precisava entregar uma correspondência da Ciça para o Malfoy.

–Por que ela não mandou diretamente pra ele?

–Narcisa tem esperança que eu e o Draco voltemos a nos entender, mas cada vez que nos aproximamos só da mais confusão.

–Por que não fala com ela?

–Digam que os Malfoy não são bons em receber recusas. –Disse ela bufando. –Nem os Black. –Ela riu. –É muito simples, sou teimosa e a Ciça também, eu posso dizer que eu e Draco nunca mais sermos amigos, mas ela continuará tentando.

–E não tem mais esperança que vocês sejam amigos? –Ela se encostou na parede e ele fez o mesmo, ficando ao lado dela. Belinda encostou a cabeça no ombro do amigo.

–Draco e eu não conseguimos mais nos entender. –Malfoy escutou a voz arrastada e havia um ressentimento no tom da voz da menina. –Não conseguimos mais nem nos cumprimentar sem agressões.

–Então não restou mais nada?

–Eu e ele aprendemos a nos odiar. –O tom ficou irritado de repente. –Draco é só mais um filhinho de papai que se acha melhor que todo o mundo... É uma copia terrível de Lucius, é o garotinho da mamãe e virou o que eu tenho certo nojo desde a infância, algo que ele prometeu que não iria virar, um típico Malfoy orgulhoso.

Draco se irritou profundamente ao escutar aquilo, mas não deixaria que ela soubesse. A Belinda Black Lestrange que ele conheceu estava morta, não tinha mais o porque se preocupar ou mesmo dar a mínima importância a ela, a partir daquele momento Belinda se arrependeria de falar tudo o que falou para Douglas Tayner, Draco a faria se arrepender de ter falado para qualquer um sobre ele e começaria com a vingança. Já havia pensando em deixar passar em branco ou fazer alguma coisa leve, mas Belinda não era mais quem ele considerou amiga um dia, ele mostraria que realmente era um típico Malfoy orgulhoso e com prazer, mas deixaria ela quieta por hora, o que lhe ocorria fazer com a menina necessitava de tempo.

–Mas eu gostaria que acontecesse um milagre e eu voltasse a ver o Draco que eu conhecia. –Disse ela para Tayner, logo depois que Malfoy se foi. –Gostaria que a amizade que eu e ele tivemos retornasse.

–Você sente muita falta dele, não é?

–Finjo que não, mas sim. –Bufou ela. –Passei minha vida toda sendo amiga dele, ai viemos para Hogwarts e tudo se perdeu.

–Quem sabe não se encontre?!

–Gostaria que ocorresse. –Ela respirou fundo e se afastou um pouco. –Mas chega desse papo.

–Tudo bem.

–Vou voltar para o aconchego de minha cama.

–Vai lá. –Ela começou a subir as escadas, mas parou de repente e se virou para ele, que ainda estava no mesmo lugar.

–E Tayner, eu mato você se alguém souber o que falamos aqui, entendeu?

–Deixa comigo Lestrange, papo totalmente nosso. –Ela sorriu e voltou a subir as escadas.

Belinda se jogou na sua cama e se cobriu dos pés a cabeça, sua mente pregando peças e fazendo ela voltar no tempo, um tempo onde Draco fazia parte de sua vida e de uma forma boa, mas pela primeira vez aquilo não a fez chorar, somente sentir uma dor estranha no peito e muita saudade.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

O que acharam?
Beijoooos



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "A Filha das Trevas (LIVRO 1 - COMPLETO)" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.