A Filha das Trevas (LIVRO 1 - COMPLETO) escrita por Ally Faro


Capítulo 50
Capítulo Cinquenta


Notas iniciais do capítulo

AVISO IMPORTANTE SOBRE A TEMPORADA!

     Meus amores, pensei muito e decidi que esse é o penúltimo capítulo da Primeira Temporada!
     Por quê? Porque a temporada está imensa e agora que chegamos ao fim do 4° ano de Hogwarts e ainda teremos muito o que viver com A Belinda, Draco e todos os demais personagens.
      A Segunda Temporada virá para podermos desenvolver melhor os relacionamentos complicados dessa turma, para podermos tratar com menos pressão sobre todo o enredo. Espero que compreendam e continuem a acompanhar A Filha das Trevas.

    Espero que gostem do penúltimo capítulo. Divirtam-se!



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Draco suspirou e rolou na cama, ainda estava morrendo de sono e sem disposição pra fazer qualquer coisa, mas já ouvia os barulhos no jardim, o que dizia que Belinda já estava acordada. Ele respirou fundo e sentou na cama, sentindo um calafrio subir por seu corpo quando seus pés descalços tocaram o piso frio.
–Merda. —Xingou, mas se pôs de pé de qualquer jeito e seguiu para o banheiro, somente um banho de água fria o faria despertar.

Belinda estava com um corte longo na bochecha e sua boca sangrava, assim como o braço esquerdo da menina, Draco suspirou diante daquela visão e a viu balançar a Varinha e atingir o adversário.
As duas primeiras semanas de férias chegavam ao fim e desde que pisaram na mansão, Mark começara a treina-la, de forma que no fim dos dias Belinda estivesse sempre ferida e cansada a ponto de mal conseguir comer e se limpar. Todos os dias era o mesmo, acordar às seis da manhã e treinar pelo resto do dia, mal parando para as refeições e necessidades, somente parando os treinos às sete da noite ou em alguns momentos que os Malfoy batiam de frente com o homem, até Lucius parecia se preocupar com a menina nos últimos dias.
–Presta atenção! —Mark mandou e ela bufou.
–Não precisa muito, você bate tão fraco quanto uma criancinha. —Provocou ela e Draco suspirou.
–Ela vai sair bem ferida hoje. —Ele alertou a mãe, que estava parada ao seu lado, observando a cena de modo triste.
–Não entendo porque ela tem que provoca-lo. —Narcisa comentou. —Ela sabe que o Mark é...
–Um lunático? —Draco questionou.
–Draco. —Repreendeu a mulher.
–É verdade. —Resmungou. —Que pessoa normal faria isso com uma garota na idade da Bell? —Ele estava furioso. —Com qualquer um. Belinda nem tem tempo para respirar direito sem que esse idiota apareça e comece a infernizar.
Draco estava constantemente irritado desde a chegada de Hogwarts, primeiro tivera o desprazer de encontrar Mark na sala de espera, bebendo um dos melhores whiskys da casa, sem falar da infelicidade e desespero que surgiu nos olhos de Belinda quando o viu.
–Eu também não gosto disso, meu filho.
–Eu sei. —Murmurou. —Mas mãe, a senhora bem que podia tentar fazer ele largar do pé dela.
Narcisa não respondeu, somente olhou pra frente, vendo Belinda ser atingida e ir de encontro com a árvore, só parando quando bateu a cabeça.
–Belinda. —Draco desparou até onde ela caíra.
–Deixe-a! —Mark berrou quando Draco se colocou de joelhos ao lado da menina.
–Ela desmaiou! —Berrou de volta.
–Chega Mark! —Narcisa mandou. —A garota não faz nada além de treinar desde que chegou aqui e acabou de desmaiar, então você não vai trocar uma palavra com ela até amanhã. —Draco ficou surpreso, mas não disse nada, estava tentando parar o sangramento na cabeça da menina. —Nem se atreva a isso, Mark, eu não estou brincando e você está na minha casa.
–Defendendo os filhotes, Narcisa?
–E se for? O que você tem com isso? —Rebateu sem se abalar. —Você não sabe fazer nada além de provoca-la, então suma daqui por hoje, pelo menos.
Mark sorriu abertamente e se aproximou da mulher, Narcisa sentiu um arrepio subir por sua coluna quando ele parou bem a sua frente.
–Irei dar uma volta sim, mas se meta mais uma vez e não vai gostar do resultado, fui claro? —A ameaça era evidente em todo o sujeito, não somente no que dissera, mas do jeito de falar aos movimentos do corpo. —Até mais, Narcisa. —Ele sorriu. —Preciso ir ver o Mestre, de qualquer forma.
–Mãe, a Belinda quebrou a cabeça. —Draco chamou.

Cedrigo gargalhou e lhe bagunçou o cabelo, recebendo um leve tapa e empurrão da menina, o que provocou mais risos no Lufano.
–Podia ser pior, Bell. —Argumentou.
–Realmente podia, por exemplo, eu podia enfiar você somente de roupas íntimas no Lago Negro ou deixa-lo seminu e pendurado em um dos mastros da Escola.
–Você é irritante.
–Eu tento de tudo pra você me deixar, mas parece que quanto mais irritante eu sou, mais você gosta de mim. —Ela ria.
–É pra isso que você serve na minha vida, tirar a monotonia diária, nem que seja somente me irritando e ameaçando.
–Merlin, eu podia estar na Biblioteca ou lendo em frente à lareira do meu Salão Comunal, mas não, deixei você me convencer a assistir um maldito treino da Lufa-Lufa em pleno inverno!
–Eu não perturbei tanto.
–Você ficou quase meia hora me infernizando, Diggory.
Cedrico gargalhou divertidamente e ela o acompanhou, era tão acostumada a essas mini discussões com o rapaz que já quase fazia parte de sua rotina.
Lestrange olhou para o lado, notando que Cedrico não estava mais ali, somente seu corpo jazia a sua frente, pálido e flácido. Belinda sentiu o desespero crescente, se atirando sobre o corpo do amigo, sua risada de outrora transformada em um grito doloroso.

Belinda sufocou um grito, o que a fez se engasgar levemente.
–Bell?
Belinda suspirou, a cabeça latejava irritantemente e o corpo estava dolorido de modo que parecia ter levado uma surra, o que não deixava de ser real. Lestrange rolou na cama e viu Draco sentado na poltrona ali perto, ele segurava um de seus livros de Feitiço, mas a encarava preocupado.
–Isso é meu, Malfoy. —Disse ela, sentindo o quão a garganta estava seca e tentando não preocupa-lo mais.
–Ninguém perguntou. —Falou o loiro, enquanto se colocava de pé e ia para o lado da cama. —Além do mais você não parecia que estava disposta a acordar tão cedo, então decidi ler.
Belinda forçou um sorriso quando ele lhe entregou um copo com água, mas se arrependeu, pois os lábios estavam secos ao ponto de rasgarem quando o fez e logo sentiu o gosto de sangue. A menina bebeu a água como se estivesse a dias no deserto sem nem uma gota da bebida.
–O que você tá fazendo no meu  quarto, Draco? —Entregou o copo.
–Lendo, não viu? —Ele zombou e ela rolou os olhos, enquanto enchia o copo com água novamente e lhe entregava.
Draco sabia que ela vinha tendo pesadelos nas últimas noites, era normal que ela acordasse gritando ou se debatesse na cama, porém nunca contava sobre o que era, mas Draco desconfiava, contudo não confrontava, sabia que seria pior.
–Que seja. E onde está aquele desgraçado? —Questionou irritada e viu os olhos cinza escurecerem.
–Mamãe brigou com ele quando você desmaiou, ele só volta amanhã.
–Então desmaiar teve alguma vantagem. —Deu um gole na água.
–Você quebrou a cabeça. —Indignou-se.
–Isso explica porque ela parece que está querendo explodir. —Resmungou.
Draco poderia berrar e passar o maior sermão da vida de Belinda, mas naquele momento ela parecia disposta a ignorar qualquer coisa que lhe fosse minimamente irritante, então ele decidira mudar de estratégia.
–Você recebeu uma coruja mais cedo. —Diss ele indo até a escrivaninha da menina e pegando um envelope marrom de tamanho médio.
–E de quem é?
–Seu namorado nerd. —Belinda rolou os olhos e pegou o envelope.
Draco sentou na ponta da cama e a observou pegar a carta cuidadosamente e começar a ler, enquanto a mantinha distante dos olhos do menino.

    Belinda Lestrange, deixa de ser irritante!
Eu estou bem, não sei porque todo esse drama, Leoazinha. Eu é quem tenho todo o direito de me preocupar, até onde sei o imbecil do seu padrinho foi te visitar, não é?
E não se preocupe, as coisas em casa estão melhorando, espero que na mansão Malfoy também.
O que me diz de nos encontrarmos em algum lugar? É férias, precisamos nos divertir!
    Esperando sua resposta.

Taylor

Belinda suspirou, mas sorriu levemente.
–É só chegar uma carta do nerd que ela sorri. —Draco provocou e ela rolou os olhos.
–Fico feliz quando recebo notícias de qualquer um dos meus amigos.
–Não mente, vai me dizer que não tem diferença nenhuma?!
–Você realmente quer falar de relacionamento? Eu posso começar a tagarelar sem parar sobre a Granger e como você pode conquis...
–Calada! —Ordenou e ela riu. —Vai responder?
–Não agora. —Suspirou. —Nem tem o que dizer de verdade. —Deu de ombros e  sentiu uma dor incomoda no ombro esquerdo. —Ele me chamou pra sair, o que eu posso dizer? Desculpa, mas meu padrinho psicótico e controlador não vai me permitir, porque está me treinando exaustivamente e provavelmente tentaria matar você se descobrisse? —Bufou. —Acho melhor não.
–Pensando por esse lado e de forma tão positiva, realmente é melhor não responder ainda.
–Obrigada pela compreensão.
–Sabe que estou aqui pra apoiar suas decisões horríveis. —Zombou e ela sorriu.
–Idiota.
–Imbecil. —Devolveu ele.
Belinda encarou o amigo e sorriu novamente, era bom ter Draco ao seu lado daquele modo. Draco abriu a boca para falar algo, porém fora interrompido pela leve batida na porta e logo Narcisa entrava.
–O que houve, Ciça? —Bell questiou.
–Vim ver como você está, querida.
–Ainda estou viva.
–Eu sinto tanto...
–Narcisa, deixa pra lá. —Belinda suspirou, estava cansada de ouvir a mulher se desculpando. —Você não é o Mark, então deixa pra lá.
Narcisa respirou fundo e assentiu por fim, ainda parecendo nervosa e culpada.
–Vou mandar trazer algo pra você comer.
–Não precisa, estou enjoada.
–Mande sim, mãe. —Draco interrompeu, parecendo em choque. —Ela vai comer.
–Claro querido.
–Draco! —Repreendeu quando estavam sozinhos.
–Belinda, você nunca, nunca mesmo, dispensa comida. —Disse ele e ela bufou.
–Eu estou enjoada.
–Mas não come nada a horas, vai acabar se matando se continuar assim.
–Claro mamãe. —Debochou.
–Muito engraçado, Lestrange.
–Obrigada, é um dom.
–Qual? Irritar todo mundo?
–Esse também. —Disse seriamente e Draco riu, logo a expressão séria dela se desfez e ela sorriu


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Notas finais do capítulo

    Obrigada pela atenção e nós vemos no último capítulo.
     Beijos



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