A Filha das Trevas (LIVRO 1 - COMPLETO) escrita por Ally Faro


Capítulo 4
Capitulo Quatro


Notas iniciais do capítulo

Desculpem-me a demora, a faculdade está tomando muito meu tempo, mas postarei sempre que possível.
Espero que gostem.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/483398/chapter/4

Há primeira semana chegou ao fim de modo divertido, cheio de risos e brincadeiras, mas Belinda ainda não havia efetuado sua vingança de Draco, mas já começaria a fazer. Era sábado e a menina havia decidido dormir até tarde.

–Belinda.

–Ela parece estar morta. –Katia brincou.

–Belinda. –Ela acordou parcialmente, mas continuou de olhos fechados. –Vamos Bell, acorda.

–O que você quer Hermione? –Disse ela abrindo os olhos e encarando a garota mais inteligente da sua casa. Belinda perguntava-se por que diabos ela não fora colocada na Corvinal. Mas isso provavelmente devia-se a suas outras características.

–Murilo pediu que eu a acordasse porque ele não pode entrar aqui.

–Diga a ele que eu acordei.

–E?

–Que eu quero voltar a dormir. –Ela riu.

–Bell.

–Tá, diz que vou tomar banho e encontro vocês no Grande Salão. –Disse preguiçosamente.

–Promete?

–Por Merlin, pra que eu preciso prometer? –Exasperou-se.

–Porque todas as vezes que você não promete, eu tenho que voltar aqui pra te acordar.

–Mentira.

–Katia?

–É verdade.

–Mas...

–Nem vem Lestrange, todo mundo sabe que você é muito preguiçosa.

–Calunia.

–Não mesmo.

–Tudo bem. –Disse sentando-se. –To indo tomar banho.

–Ótimo, vamos te esperar lá no Grande Salão.

–Tá.

–Vai logo para o banheiro.

–Tá bom.

Belinda disse colocando-se de pé e indo tomar banho. Assim que saiu do banho percebeu que não havia ninguém mais no quarto, ela correu para seu armário e puxou uma calça jeans, vestiu uma camiseta, colocou a capa da Grifinória e calçou sua bota de esquiador. Entrou no Grande Salão e sentou-se próximo aos amigos.

–Acorda. –Marcos disse sacolejando-a levemente.

–Por quê?

–Ia dormir o dia todo?

–Pretendia pra falar a verdade.

Eles riram e após o café-da-manhã foram para o jardim, Hermione estava em algum lugar com Harry Rony.

–Lestrange! –Disseram os gêmeos Weasley chegando por trás da garota que virou-se com a varinha em punho. –Mas que...

–Merda é essa? –Fred completou a fala do irmão.

–Achei que fosse algum idiota da Sonserina. –Explicou a garota guardando a varinha.

–E ai, o que você quer com a gente?

–Estou bolando uma pegadinha para o Malfoy. –Disse ela sorrindo.

Os gêmeos sorriram e seus olhos brilharam perversamente, os amigos de Belinda já estavam jogados na grama.

–O que temos que fazer?

–Eu os chamei pra isso. –Ela mordeu o lábio inferior. –Ainda não sei bem o que fazer, achei que os gênios das pegadinhas me ajudariam.

–Tá vendo Freddie, eu disse que ela era inteligente.

–Eu sei George, mas ela continua sendo louca.

–Por isso que gostamos dela. –Disseram juntos e a garota riu.

–Certo, certo. –Ela ainda ria. –Mas planejem algo e depois me avisem.

–Deixa com a gente. –Freddie concordou.

–O que ele aprontou pra você querer vingança? –George perguntou e ela gargalhou.

–Na ultima semana de férias ele me perseguiu, me deixou azul, escondeu meu material de desenho, roubou meu gato, deixou meu cabelo todo laranja... –Ela bufou. –Mas eu até gostei dessa ultima parte. –Eles riram.

–E você quer nos usar para se vingar?

–Não finja surpresa Freddie.

–Eu sou o George.

–Continuam sendo praticamente a mesma pessoa pra mim, então que se dane. –Os dois riram. –Nos encontramos no Salão Comunal da Grifinória assim que todos forem para seus quartos e trocamos ideias. Beleza?

–Deixa com a gente Lestrange. –Disseram e beijaram suas bochechas, cada um de um lado.

–Mas eu sou o George, o mais bonito. –A menina gargalhou.

Belinda já estava acostumada com os gêmeos, eram excelentes, os mais divertidos e que mais aprontavam na escola, sem falar que estavam no terceiro ano, então sabiam de magias mais que ela ou que Malfoy.

Um Sonserino que andava com Draco esbarrou levemente em Belinda, os olhos da garota o fuzilaram e ele ergueu as mãos.

–Calma Lestrange, foi sem querer.

–A idiotice é uma marca das Serpentes eu sei, mas agora vaza.

–Por que a raiva?

–Porque você anda com Draco Malfoy.

–E qual o problema? –Ela gargalhou contra gosto e logo quatro sombras surgiram ao lado da menina e do Sonserino.

–Qual o problema?

–Relaxa Tayner, ele já tá indo, não é?

–Já. –Ele sorriu. –E pode deixar, passarei o recado a Draco.

–Qual? Que eu desejo azara-lo? Ele já sabe.

Sempre que Belinda encontrava-se com Sonserinos ocorria algo do gênero, mas ela não lhe dava muita moral se eles não a importunassem.

–A gente se fala depois. –Falou para os amigos quando o Sonserino se foi.

–Vai pra onde?

–Dar uma volta. –Deu de ombros. –Estou com dor de cabeça.

Belinda caminhava de cabeça baixa, estava com uma sensação estranha, um sentimento irritante. Não era só raiva de Malfoy, era saudades, saudades de seu amigo, entretanto Bell conseguira pessoas maravilhosas em sua vida, pessoas que jamais imaginara que teria por perto, que se preocupavam e que a ajudavam, a faziam rir e estavam ao seu lado.

Belinda encostou-se em uma árvore e fechou os olhos, tentando concentrar-se em não chorar, tinha que manter-se forte.

–Bell? –Ela escutou a voz de Hermione e abriu os olhos, a sua frente Hermione estava acompanhada por Rony e Harry.

–Oi. Que foi? –Perguntou confusa.

–Nada, é que você está... –Belinda tocou o rosto abaixo dos olhos e secou rapidamente.

–Merda.

–Tudo bem chorar às vezes Belinda. –Harry disse ela sorriu.

–Pode ser.

–Você não é a pedra que todos dizem ser, é bom saber. –Ronald falou sorrindo e Belinda o encarou.

–Muito gentil Ronald. –Repreendeu Hermione.

–É bom que alguém não fique medindo as palavras. –Belinda sorriu para o ruivo.

–Por que você vive brigando comigo? –Ron perguntou para Hermione.

–Por isso ela se dá tão bem com Freddie e com George. –Potter disse sorrindo.

–Qual é Harry, os gêmeos são incríveis.

–É verdade. –Disse ele rindo. Os olhos verdes por trás da lente eram cheios de verdade.

–Lestrange. –Draco surgiu em frente à menina, como se alguém tivesse conjurado seu nome e encarou o grupo. –O Grande Harry Potter andando com ela?

–O que você quer?

–Ora, não posso mais chegar perto?

–Não. –A voz da garota foi extremamente fria, o que surpreendeu Draco.

–Acho que papai não vai gostar de saber que você está andando com as escorias de nosso mundo.

–Ora Draco, temos opiniões diferentes quanto a isso.

–O que quer dizer?

–Ele é leal aos amigos e é divertido. –Bell sorriu debochada. –Você sabe o que essas coisas significam?

–Sua sujeitinha...

–Olha a boca, depois que tento lavar sua boca com sabão Ciça briga comigo.

Draco a fuzilou, mas de repente lhe sorriu e encarou, os olhos cinza fizeram a garota sentir calafrios.

–Me pergunto o que tia Bella queria com você, seus pais deviam ser de grande utilidade. –Belinda irritou-se, não gostava quando Draco falava assim, principalmente por ela não fazer ideia de nada sobre sua vida ou família, muito menos porque Bellatrix que fora parar em Azkaban poupara sua vida.

–Cai fora Draco. –Harry falou, as mãos da garota tremiam de raiva, Potter colocou-se em frente a garota, o que ela achou estranho, eles nunca foram amigos, eram da mesma casa e brincavam de vez em outra, mas não a ponto de um defender o outro.

–Não to falando com você Potter e por que defender uma Lestrange?

–Eu não sou uma Lestrange! –Sua voz se elevou, irritada e quase assustadora.

–Então quem você é? –Ele disse rindo. –Ninguém tem culpa se seus pais a abandonaram e tia Bella foi legal o suficiente para te poupar...

–Depulso! –Malfoy voou para longe da garota, que havia saído das costas de Harry e estava ao seu lado, com a varinha ainda estendida a sua frente. –Nunca mais toca no nome de meus pais. –Ela sabia que Harry e os outros a encaravam, mas não fazia diferença.

–Você não os conheceu para saber! –Draco não é o cara mais corajoso que ela conhecia, mas quando o assunto é atormentar a vida de Belinda, ele o fazia maravilhosamente bem, a conhecia o suficiente para saber seus pontos fracos.

–Poção da verdade tem um grande efeito, Lucius sabe bem o que tomou naquele dia, e a loucura dele só fez aumentar. –Ela disse virando-se para o loiro que estava erguendo-se do chão, mais pálido que o comum. –Por que acha que seu pai me deixa longe de todas as bebidas que ele gosta?

–Você deveria ter morrido, ela não deveria tê-la poupado! –Belinda virou-se e correu para longe, as lágrimas banhavam seu rosto, não era tristeza, nem saudade, era raiva e magoa.

Belinda corria para a Torre do Relógio quando encontrou alguém que a agarrou pelos ombros, ela sentiu o toque conhecido e uma voz preocupada perguntando o que ocorrera, mas ela somente agarrou sua cintura.

–O que foi Bell? –Daniel perguntava desesperado. –O que aconteceu pra você ficar assim?

–Não pergunta, só fica aqui comigo, tá? –Ele assentiu e a abraçou um pouco mais forte, beijando topo da cabeça da amiga.

–Está melhor? –Perguntou ele quando ela parou de chorar.

–Acho que sim. –Sorriu fracamente enquanto secava as lágrimas.

–Quer falar sobre o que aconteceu?

–Não, na verdade não. –Deu de ombros.

–Então vamos esquecer. –Ele sorriu. –Mas sabe que se precisar...

–Você é meu amigo e está aqui sempre. Eu sei Henri, relaxa.

–Belinda, finalmente te achamos. –Era Hermione, Harry e Ron.

–Desculpa, é que...

–Nós sabemos. –Hermione lhe sorriu e baixou a seu lado.

–Trouxe isso pra você. –Ron disse lhe entregando um bolinho de creme.

–Você só pensa em comida Ronald. –Hermione ralhou.

–Você acertou em cheio. –Disse Bell pegando o bolinho. –To morrendo de fome.

–Tá vendo! –Ele se defendeu para Hermione enquanto Belinda dava uma grande mordida no bolinho.

–Tá tão bom.

–Por que Malfoy disse aquelas coisas? –Hermione quis saber.

–Quais?

–Disse que tinham salvado sua vida? –Belinda encarou a menina e deu um sorrisinho.

–Por que não deixamos isso pra lá?

–É tão ruim assim? –Ron quis saber.

–É que... Bem, os Malfoy, os pais de Draco, tem minha tutela como vocês sabem. –Disse ela nada feliz. –Mas eu e Draco não somos grandes amigos como podem ver... Não mais pelo menos, então sempre que ele quer me provocar fala de meus pais, pais esses que não conheci e não sei nada sobre.

–Eu...

–Tudo bem, não importa mais. –Disse ela respirando fundo. –E ai, como está o Quadribol Potter?

–Tirando o Malfoy ter entrado no time da Sonserina tá tudo bem. –Disse ele a fazendo rir.

–Relaxa Potter, ele fez Lucius comprar a entrada dele para o time, só Tayner e Henri não aceitaram o suborno e isso porque eles já tinham comprado as Nimbus deles, na Grifinória todos entraram porque são bons. –Ela sorriu. –E eu serei a próxima.

–Tanta certeza. –Daniel zombou.

–Ora, você e o Tayner conseguiram entrar na Sonserina, eu consigo entrar no time da Grifinória.

–Vai sonhando baixinha. Nós somos bons.

–Você faz os testes, entra e a gente tira isso em campo. –Harry disse sorrindo tranquilamente.

–Adorei a ideia. Sempre quis derrubar as Serpentes das vassouras mesmo e lá eu posso.

–Entra primeiro e depois canta vitória.

O grupo engatou no assunto sobre o Quadribol, assunto qual Hermione não compreendia muito bem, logo a conversa transformou-se em algo divertido e tranquilo.

–A gente tem que ir jantar. –Hermione disse e todos colocaram-se de pé.

–Vamos, minha barriga tá roncando.

–Você e o Ronald dão certo, só pensam em comer. –Disse a castanha, fazendo Belinda gargalhar.

–Não é bem isso, mas comer é legal... Só não mais que dormir.

–Cala a boca. –Daniel falou passando o braço pelos ombros da menina.

Belinda notou que todos estavam dormindo em seu quarto, então puxou sua jaqueta e saiu sorrateiramente do dormitório, assim que chegou a Sala Comunal da Grifinória os gêmeos estavam sentados no canto com uma pequena mala entre eles, da ponta da varinha de Freddie saia faíscas douradas e George cochichava algo.

–Oi. –Belinda disse sentando-se no chão com os dois.

–E ai Lestrange? –Cumprimentaram, fazendo-a sorrir.

–Já sabem o que fazer com o Malfoy?

–Temos uma ideia. –George sorriu para o irmão.

–Merlin, o que vocês vão fazer? Só pra lembra, ele tem que sobreviver, Narcisa me mata se algo acontecer a ele.

–Matar, ainda não. –Disseram e a menina bufou. Era hilário vê-los falar tudo junto.

Os três começaram a planejar tudo, Belinda estava entre gargalhadas quando eles acabaram de contar. Logo que combinaram tudo a menina voltou para o dormitório, ainda rindo do que havia combinado com os ruivos.

–Merlin, ele vai me matar. –Disse deitando-se e imaginando o que ocorreria na manhã seguinte.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Digam o que acharam.
Beijos.



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "A Filha das Trevas (LIVRO 1 - COMPLETO)" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.