Gêmeas Em Chamas. escrita por giovanacanedo


Capítulo 3
HateLance.




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POV Katniss Everdeen:

Eu estava revoltada com minha mãe.

Fiz de tudo: Chorei, berrei, ameacei, gritei. Nada. Minha mãe era uma bela filha da puta quando queria algo, e por alguma razão desconhecida ela decidiu que seria muito melhor para nós se nos afastarmos da Capital, da nossa família - Em especial meu lindo papai, Caeser Flickerman. - e de nossas amigas, Lene, Durn, e Caren. Nunca vou perdoa-la por isso!

Admito, eu e Clovs fizemos por merecer. Explodimos a sala do diretor para ele aprender a não dizer não a uma Everdeen, às vezes temos esses surtos de possessividade por tudo, mas eu não acho que seja um problema manipular as coisas ao seu favor, não acho que seja chato ou irritante, ou até mesmo... Cansativo. Eu adoro ver todos na palma de minhas mãos, sempre amei e de certa forma, desde muito novas eu e Clove aprendemos como fazer todos se curvarem diante de nós.

Na escola, eramos adoradas e temidas. Como eu amava aquilo. Aquilo é aquela sensação deliciosa que você tem quando você manda e todos obedecem. Eles tinham medo de nós, mas nos invejavam por nós termos coragem de quebrar a máscara de boa moça que todas as meninas burras da nossa escola usavam. Eu não me senti triste ou culpada por nada que eu tenha feito. não ligo de ser malvada.

Minha mãe se chama Effie, e é idêntica a gente - Manipuladora, maldosa, linda, perfeita, deslumbrante, irritada... É genética. - Mas ela consegue se controlar e ser mais sútil sobre sua parte controladora, eu e minha gêmea não.

Simplesmente não dá.

Papai e mamãe brigavam muito, viviam discutindo e eu odiava ver aquilo... Jurei que meu casamento nunca seria assim, eu jurei com todas as minhas forças que eu conheceria o amor da minha vida e que nunca brigaríamos, e eu acreditei nessa promessa até o ano passado, quando eu o conheci.

Eu conheci Gloss Mellark e me apaixonei para depois me desiludir.

Foi uma droga.

Mas tudo bem, ele ainda vai pagar caro quando eu achá-lo. E eu tenho certeza que não vai ser no meio desses caipiras.

– Kat, chegamos. - Falou minha mãe, me tirando de meus devaneios. Bufei junto a Clove, nos entreolhamos e lembramos " Fazer um inferno nesse novo colégio". Aparentemente as aulas nessa roça já tinha começado.

E não que seja uma roça, é como uma cidade normal, mas eu estou com raiva desse lugar e vou xinga-lo até não poder mais.

– Não querem sair? - Mamãe estava preocupada, e estava jogando sua beleza e charme de Everdeen pra ver se acalmava a nossa revolta.

– Não! - Quase gritei.

– Sim! - Quase gritou Clove, eu a olhei indignada. - Nós vamos. Vem Kat. - Eu fiz não com a cabeça e ela me lançou um olhar mortal. Achei melhor não arriscar justo agora. - Assim está melhor.

– Vem cá ficou louca? O que pensa que está fazendo se misturando com essas pessoas que vão nos odiar? Eu não quero nem olhar para a cara desses filhos de éguas... E ao julgar por esse lugar, deve ter uns mesmo. - Sussurrei. Ela deu uma longa risada macabra.

– Não pretendo fazer amizade, quero apenas passar na biblioteca para arquitetar um plano. Fala sério, Kat! Não acha que faríamos eles em casa? Prim e Rue podem ouvir e contariam para a mamãe antes da gente pensar em uma boa mentira. E parece que essa é a base de nossa família: Mentiras. Fala sério! Ela nem nos contou e fez Prim e Rue mentirem para nós, que mãe adorável! - Clove é um pouco nerd, assim por dizer. Ela está chateada com nossa mãe, segundo Clove, foi ótimo para Prim e Rue não nascerem com a honra Everdeen feminina, e mamãe estava querendo estragar o que foi um presente.

– Tá e ai, o que faremos?

– Você vai ver... - E ela deu um sorriso maligno. Um sorriso Everdeen.

****

Nove horas. QUEM FICA NOVE HORAS LENDO O ANUÁRIO DE UM COLÉGIO QUE NEM CONHECE EM UMA BIBLIOTECA? Essa pessoa é Clove Everdeen. E ela estará morta se não sair desse lugar agora!

– Cloveeeeeeeeeeeeee por mim!

– Não, Kat!

– Clove, por Prim!

– Não Kat!

– Cloveeeeeeeeeee, por Rue!

– KATNISS EVERDEEN, EU DISSE NÃO! CALE ESSA BOCA LOGO!

– AH, SUA INSENSÍVEL!

– Sou mesmo... ei, veja isto.

– O quê?

– Parece que há arruaceiros de carteirinha...

– Mais que nós? HAHAHA!

– É o que tá escrito aqui. Parece que esses alunos bateram o recorde de detenção em 69 anos!

– E quem são el...

– Tem alguém ai? - Uma voz idosa perguntou e nos calamos.

– Você disse que essa porra tava aberta, Clove! - Sussurei.

– Você não viria se estivesse fechada, vamos, por aqui. - E saímos rindo pela porta que dava de frente para um campus estranho, corremos um monte, nem dava pra ver onde iríamos.

– Ai! - Berrei quando senti meu corpo entrar em choque com alguém - vem cá idiota, não tem educação não? - E assim que eu levantei os olhos para a pessoa, eu vi... Eu vi um deus grego.

Acho que eu corei.

– A única idiota que tem aqui é você! - Retrucou, ríspido.

– Escuta aqui, garoto! Você fala assim com qualquer um, menos comigo, tá me entendendo? - Falei ameaçadoramente. Ele me olhou sem expressão nenhuma, apenas com seus olhos azuis escuros brilhantes e de alguma forma... Queimando de ódio.

– Ah, princesinha, sinto muito. Quer que eu me ajoelhe diante a você?

– Se quiser! - Retruquei e ele me olhou, agora com a expressão de ódio.

– Aff, que menina chata e fútil. - PERA, PERA... ELE NÃO DISSE ISSO!

– FÚTIL É O TAPA QUE EU VOU DAR NESSA SUA CARA SE VOCÊ NÃO PARAR DE SER TÃO ARROGANTE! SEU MENINO BURRO!

– BURRA É A SUA MÃE.

– MINHA MÃE É BURRA, A SUA É UMA ÉGUA!

– O QUE VOCÊ DISSE?

– VOCÊ OUVIU! Agora sai da frente que eu tenho mais o que fazer, caipira! - Empurrei o garoto lindo e disse - Vem, Clove.

E saímos andando e reclamando.

– Cacete - Ela disse.

– Eu sei.

– Não, não é isso. É ele Kat.

– Ele quem?.

– Ele é um dos garotos que bateu o recorde de detenção.

– Tinha foto da cara dele naquele anuário? Só por isso! Puft. Que lugar sem classe.

– Você acabou de arranjar uma briga com ele.

– QUE FOI, VIROU FÃ DELE SÓ POR ELE TER BATIDO ESSE RECORDIZINHO DE MERDA? QUERO VER SE ELE JÁ TACOU FOGO NA SALA DO DIRETOR!

– Pelo visto, não. Ele ainda estuda aqui.

– EI, não me afronte Clove, não estou com humor.

E naquele momento, a vida do caipira arrogante do parque estava para ser acabada por mim. Eu nunca desisto enquanto não vencer.


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