Uma Geek Encantadora escrita por Chloe Waters


Capítulo 3
A dor de uma perda.


Notas iniciais do capítulo

Oi pessoal! Desculpa a demora :3
Bem, vamos ao novo capítulo *-*



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Capítulo Três - A dor de uma perda.

(Kentin)

As pessoas me irritavam. Principalmente pessoas nerd’s e idiotas.

Eu sei. Não deveria odiar pessoas assim, pois já fui como eles, a muitos anos atrás, quando ainda era mais novo e agora me tornei algo que antes tinha medo. Eu deveria tentar ser uma pessoa melhor, eu sei. Mas pra que serve ser você mesmo se as pessoas não aceitam você do jeito que realmente é? Então mudei, decidi ser alguém que eu não sou.

Ambre andava em minha direção, sendo seguida por suas “maria-vai-com-as-outras”. Eu sinceramente não entendo como consegui virar amigo dessa garota, ela era a pessoa que mais me perturbava na época do bullying e hoje, eu sou parceiro dela.

– Ken.. – ela começou, porém eu interrompi.

– Kentin. Odeio quando me chamam de Ken.

Ela suspirou, revirando os olhos.

– Kentin, que tal nós nos divertimos um pouco? – perguntou se aproximando de mim, enquanto colava seu corpo ao meu.

Era nojento o jeito como ela se jogava pra cima de qualquer cara que passasse. Revirei os olhos, afastando meu corpo do dela, consequentemente fazendo com que a mesma perdesse o equilíbrio e caísse.

– Ambre, pra que eu iria querer ficar com alguém como você? – perguntei, pegando no rosto dela e fazendo-a olhar para mim – Você é tão vadia que nem me daria prazer. – disse, olhando bem no fundo dos olhos dela.

Ela arregalou os olhos, chocada com que eu havia dito. Afastou-se bruscamente de mim, em seguida me dando um soco no peito.

– Você é um cretino. – gritou, dando mais um soco em mim.

– E você é uma vadia. Parece que estamos quites. – murmurei, saindo andando e deixando-a para trás.

Fui seguindo caminho em direção a minha casa, ela ficava a mais ou menos umas três quadras do colégio. Eu infelizmente passava em frente a casa de uma das pessoas que eu mais infernizava na vida. Abby Maddox. Essa garota.. tem algo nela que me faz querer provoca-la e protege-la ao mesmo tempo.

Quando ela se mudou para esse colégio, ela era o tipo de pessoa que eu gosto de perturbar. Ela era quietinha demais, boazinha demais, e nerd demais. Assim que a vi, soube que não iria gostar dela. E não gosto. Simplesmente me dá enjoou só de pensar em ser amigo dela.

Passei em frente a casa dela, seguindo para a minha. Eu morava em uma mansão enorme, junto com meu pai, um militar que foi uma das inspirações de me tornar forte. Assim que notei já estava parado em frente a porta de casa. Peguei as chaves no bolso e abri a porta, tirando meu sapato e o jogando para um canto qualquer da sala.

– Pai? – chamei, porém não ouve resposta. Ele provavelmente deve ter saído, ou então, deve estar dormindo no escritório.

Me joguei no sofá, de um jeito todo espaçoso, peguei o controle e liguei a televisão. Passava alguns esportes (tênis, futebol e basquete), alguns desenhos infantis, filmes adolescentes, filmes adultos e por fim, filmes de ficção cientifica. E apesar de eu não ser mas aquele nerd de antes, ainda sou apaixonado por ficção.

Os efeitos especiais do filme eram maravilhosos. Estavam tão bem colocado que me prendeu até o final. O enredo também era bom. O principal era um humano, até onde ele sabia o último humano da terra, até encontrar outros humanos que fugiam dos alienígenas que aprisionaram os humanos. E então ele conheceu uma humana que trabalhava para esses alienígenas e o mesmo gostou dela. O que na minha opinião é uma bobagem. Esse negocio de amor só serve pra atrapalhar as pessoas de seus verdadeiros caminhos.

Eu te amo... – o personagem principal sussurrava para a garota.

Eu também te amo.. Infinitamente. – ela respondeu.

Revirei os olhos. Se o filme não fosse tão bom eu com certeza já teria trocado de canal. Logo o filme chegou ao fim, onde o principal destruiu todos os aliens e fugiu feliz com a garota. Enquanto os dois seguiam ao por do sol. Revirei os olhos mais uma vez.

Caminhei até a cozinha, abrindo a geladeira e procurando algo para comer. Estava morrendo de fome. Na geladeira tinha frutas, chocolate, sorvete e alguns outros doces. É claro, tinha comidas saudáveis, mas eu não iria come-las. Peguei o chocolate, me dirigindo de volta para a sala de estar.

Ouço a porta se abrir, provavelmente meu pai havia chegado.

– Oi pai. – disse, me jogando no sofá novamente.

– Filho.. – olhei para ele, vendo que o mesmo tinha um olhar entristecido. Olhei o calendário ao lado da televisão, como não havia percebido? – Eu vou ficar no meu escritório.

Suspirei, afirmando com a cabeça.

Hoje faz quatro anos que minha mãe havia morrido. Ela faz falta tanto para mim quanto para meu pai. Só de lembrar do acidente de carro meu coração doí. Era horrível a sensação de perder alguém tão precioso para você. Principalmente quando esse alguém é sua mãe.

Me levantei, indo até meu quarto. Em cima da cômoda estava um porta retrato com uma foto minha e dela. Ela sorria de forma radiante enquanto eu estava de braços cruzados e um biquinho nos lábios, totalmente emburrado. Essa foto havia sido tirada no dia do meu aniversário, naquela época eu não gostava de tirar fotos pois meu físico não era um dos melhores, mas mesmo assim ela me obrigou a ficar ao seu lado para uma única foto em família.

Suspirei. Eu sinto falta da minha mãe. Muita falta.


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Notas finais do capítulo

Gostaram? Espero que sim!
Até em breve!