Sagas de A a Z escrita por Aldric Hunt Stuart, HttpSans


Capítulo 27
O Recomeço


Notas iniciais do capítulo

Como dizem, quem é vivo sempre aparece, então aparecemos -q /

Espero que gostem do capitulo


—Nikki Petters.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/483205/chapter/27

Acordo meio zonzo, o sol estava começando a sair, olho em volta tentando me lembrar de onde estava. Luana e Sabrina estavam caídas ao meu lado. Me sento, estávamos deitados no chão frio, estava morrendo de dor nas costas. Acho a Felix Felicis então me lembro do motivo de estar ali. As lembranças vieram repentinamente, assim como a raiva da imprudência de Sabrina.

–Acordem garotas- berro- temos que impedir a morte da Jenny- Sacudo Luana que pula imediatamente, me olhando confusa. Luana me ajuda a acordar Sabrina, sacudindo seus ombros.

–Temos que sair daqui- diz Luana aflita- antes que o Snape apareça com Gorgonoides de barriga amarelada e...

A luz que entrava no quarto diminui consideravelmente, e uma sombra com forma humana aparece em nossa frente. Fico com medo de me virar, Snape não nos deixaria sair tão fácil. Um risada fria e sinistra comprova minhas suspeitas, Snape estava na porta.

–Estavam tão perto- diz Snape- mas não vou deixar que saiam, vocês invadiram minha casa e roubaram uma de minhas poços.

–Que cara chato!- diz Sabrina- eu resolvo isso! Há-di.

A porta atrás de Snape estoura, fazendo com que ele caia no chão, furioso e com o rosto vermelho. Mais do que depressa Sabrina corre por cima dele, pisando nas costas de nosso professor. Tudo o que via era uma cascata de cabelos loiros com mechas vermelhas. A média dela de Química desse mês não vai ser muito legal. Snape apontou a varinha para mim e lançou um feitiço em forma não verbal. Uma flecha voa em minha direção. A velocidade era alta, e a flecha vinha direto para o meu coração, Luana estava chocada demais para me defender. Estendo as mãos na direção da flecha e fecho os olhos, esperando pelo pior. Escuto um grito reprimido, mas não sinto dor, quando abro os olhos não vejo sangue. Mas sim os rostos surpresos de Snape e Luana, também via uma flecha parada no ar, como se tivesse sendo segurada. Meu colar brilhava em um azul forte, indicando que eu usava minha magia. Me lembro da Gabi dizendo que guardiões mestiços podem ter qualquer poder não ligado a natureza. Acabo de perceber que tele cinese era um desse poderes. Estendo a mão na direção de Snape, e a flecha voa de volta para ele, acertando sua perna. Depois estendo minha mão para a varinha dele, então a varinha dele salta para minha mão.

–Petrificus Totalus- diz Luana apontando com a varinha para Snape, que fica petrificado. Então quebro a varinha dele e jogo no chão. Luana me puxa para fora da casa dele. Encontramos Sabrina do lado de fora, “Há-dizando” o Salgueiro lutador para que a gente pudesse passar. Luana puxa Sabrina pelos cabelos para fora do terreno de Snape. Continuamos correndo, até que nos falte o folego. Precisávamos encontrar o local do ritual, mas seria impossível fazer isso sem um exército. Em quanto eu corria, ficava mais desanimado. Até que desisto de correr e me sento no chão.

–Acabou- digo para as meninas com os olhos marejados- o dia já clareou, a Jenny não pode mais ser salva.

–Não desista agora!- diz Sabrina- Precisamos acabar logo com isso temos uma chance de chegar.

–Não podemos- digo apontando para o sol- essa luz significa nossa derrota.

–John, ainda podemos vencer. Continue correndo, ainda podemos encontrar a Jenny se for rápido.- diz Luana.

–Não dá mais! Só chegaríamos a tempo e com um desastre com muita sorte, coisa que não temos.- digo

–Seu lerdo lesado- diz Sabrina- o que viemos buscar aqui?

–A poção da sorte- diz Luana arrancando a poção de mim- beba isso, a sorte vai nos trazer os nortistas.

Um choque de entendimento percorre o meu corpo, olho para o frasco dourado nas mãos de Luana, para algo que nos salvaria parecia tão pequeno! Eu gostaria de ganhar uma granada mágica ou algo assim.

–Você deve beber isso, para deter o Thomas e seu exército de Heliopatas- diz Luana me entregando o frasco.

–Heliopatas?- pergunta Sabrina

–Nem pergunte- digo, depois bebo todo o conteúdo do pequeno frasco, me sentindo sortudo. Então um instinto estranho percorreu meu corpo, me dando ordens.- meninas vamos andar até aquela esquina?

As garotas me andam confusas, mas andamos para a esquina indicada, ficava de frente para uma loja de Cds antiga na cidade, que ainda estava fechada. Então Dumplecof, Jenny, Clara e Gabi aparecem em nossa frente repentinamente. Saindo de uma aparatação.

–Jenny- digo ainda mais animado, correndo na direção dela e a envolvendo em meus braços- nunca mais me deixe, sem você eu piro.

–Vou estar sempre ao seu lado e a um grito de distância.- sussurra Jenny em meu ouvido. Eu não podia acreditar na alegria de a ter encontrado. Os outros se cumprimentam animados então eu olho novamente para todos, segurando a mão de Jenny com força, para impedir que ela se vá.

–Cadê o Gato?- pergunto olhando para a Gabi, Gabi desvia o olhar, não queria me encarar, ela apenas se vira e caminha até as portas da loja de Cds, primeiro pensei que ela arrombaria, mas ela se senta no chão e começa a chorar como uma criança. Sinto um desespero crescer em meu peito, o Gato poderia estar morto. Eu fazia ideia de onde ele estava agora. Meu pobre assistente narcisista e leal. Eu nunca mais veria ele, eu não queria ficar sem o Gato. -Onde está o Gato?- pergunto irritado, então uma raiva diferente se instalou em mim. Uma fúria avassaladora. Quanto mais irritado eu ficava, mais eu podia sentir pressão a minha volta, até que a vitrine da loja explode e Jenny encara meus olhos, ainda sem soltar minhas mãos.

–O Gato foi capturado- diz Jenny- precisamos ajuda-lo, mas não temos um exercito, portanto não poderemos agora.

–Eu sei onde encontrar um exército- digo ainda sobre o efeito da poção- mas antes preciso encontrar Eugênia, Ned, Sam Harold e Peter.

Me viro e começo a caminhar na direção da rua, aparentemente sem rumo, mas eu estava sendo guiado pela poção, portanto sabia onde ir. Meus amigo me seguiram em silêncio por meu curto trajeto, então logo um carro com Eugênia, Ned, Sam, Harold, Peter e (para minha infelicidade) o gringo maldito. Eugênia freia bruscamente pula do carro para nos abraçar. Assim como os outros, logo nosso exercito estaria completo.

–Cara- diz Peter- você não sabe o trabalho que tivemos para salvar essa paradinha. Harold e eu tivemos que lutar bastante, em quanto esse filhote de pé grande ficou petrificado, nunca vi mais inútil.- diz Peter com a capa da invisibilidade nas mãos.

–Eu ficarrr petrrrificado. Não zombe de meu sotaque- diz Victor- você não gostaria que eu zombasse do seu.

–Eu não acho certo que zombem dele- diz Jenny

–Eu apoio a Jeniferrr, além de linda é inteligente.- diz Victor

Meu leão do ciúmes rugiu alto, então decidi acabar com essa história de uma vez por todas, beijo Jenny repentinamente e ela retribui meio confusa.

–Minha Jenny linda e inteligente- digo ao garoto- vai procurar uma para você, uma que seja da sua espécie, filha do pé grande.

–John, isso é...- diz Jenny tentando me dar uma bronca, mas lhe dou selinho antes que termine a frase.

–Eu te amo, vou estar sempre ao seu lado, Jennifer Jean.- digo fixando meus olhos nos dela.

–Vou estar sempre a um grito de distância, também te amo, John Stark- diz Jenny. Victor desvia o olhar irritado. “Ganhei” pensei rindo mentalmente “acho que preciso mais dessa poção”. Victor anda até Clara e pisca para ela.

–Nem vem bola de pelos, tenho spray de pimenta- diz Clara. Furioso, Victor anda até o lado de Sabrina, e tanta iniciar uma conversa, a partir daí, aquele garoto não era mais uma ameaça para mim, então não prestei mais atenção. Minha atenção era toda para a Jenny, e para a luta é claro.

–Ainda precisamos de um exército- diz Gabi soluçando

– Ainda posso arrumar um, sigam...- tento dizer, mas sou interrompido por um grito de dor, olho para o lado e observo Victor rolando no chão com as mãos no meio das pernas. Obviamente, foi atingido por um dos coturnos de Sabrina.

–Não sou para o seu bico- diz Sabrina- pode ir John.

Sigo por algumas quadras, até que encontro os Nortistas e Improváveis marchando para fora da escola, na frente deles, estavam, Jace, Ana e Raquel. Assim que vê Peter, Ana corre para seus braços, assim como Clara faz com Jace. Quando Gabi vê Clara e Jace juntos desvia olhar, então sinto pena dela. Sussurro no ouvido de Jenny, pedindo para que dê força para a Gabi, Jenny sempre foi boa com sentimentos. Jenny concorda com a cabeça e reduz o passo ficando para trás e conversando com a garota.

–Ana- diz Clara- descobrimos a localização do esconderijo do Josh, a cerimônia será lá. Precisamos ser rápidos, se eles não estão conosco, podem matar qualquer um, inclusive o Gato, não queremos que o Thomas divida sua alma.

–Vocês tem razão- diz Ana- qual seria o meio mais rápido de chegar lá?

–Uma chave de portal- diz Dumplecof

–Ok, diz Ana- vamos em um grupo pequeno para resgatar o Gato, o resto fica e vai com a chave de portal.

Todo o nosso exercito concorda. Logo sussurros começam, eles queriam ser selecionados para salvar o Gato. Todo o herói que conheço gostaria da glória de ser o salvador. Mas eu conheço as pessoas que não fariam isso pela glória.

–Vamos com nosso grupo original, mas incluindo a Gabi- diz Ana- Peter, eu, Harold, Jenny, John, Katarina e Gabi.

–Katarina? onde está ela?- pergunto procurando no meio da multidão.

–Aqui- diz uma voz feminina.

Logo observo a figura familiar de uma trança negra e olhar frio, ao seu lado se encontrava Paulo, com seu cabelo claro e olhos azuis, sorrindo imensamente para a garota ao seu lado.

–Isso não é justo- diz Sabrina revoltada- eu quero ir também.

–Eu também- diz Luana com um olhar triste, como se nos abandonar significasse nossa morte

–Eu poderia ser muito útil- diz Sam tentando parecer prestativo.

–Escutem o oráculo de vocês- diz Raquel- a Ana escolheu certo, esse é o grupo que começou tudo isso, esse deve ser também o grupo que vai arrancar o mal pela raiz. Mas acalmem-se, tem muita coisa pela frente. Todos se calam repentinamente. Ana caminha até Peter e dá a mão para ele, então todo o nosso grupo dá as mãos, em forma de círculo, mas antes que a gente parta, Eugenia coloca uma mão em meu ombro e outro no de Gabi.

–Vocês dois- diz Eugenia tentando se manter firme- já tem onde morar depois que tudo isso acabar?

Gabi e eu balançamos a cabeça negativamente, eu sabia que logo deveria sair da casa de Jenny, se quisesse ingressar em um namoro com ela. Mas não sabia para onde poderia ir, sou um órfão sem teto.

–Agora, vocês tem- diz Eugenia com um brilho nos olhos- se quiserem, é claro. Eu não tenho filhos mas adoraria ter, vocês são como meus filhos. Vocês dois principalmente. Me vejo muito em você garota, você tem um futuro brilhante pela frente. E você John,é um garoto de ouro.

Dessa vez, a Gabi não a chama de velha, ou diz que não se veria na Eugenia por ela ser feia, ou que não seria filha dela em um bilhão de anos. Gabi abraça Eugenia com força e agradecida, e começa a chorar, depois me junto ao abraço, logo começo a chorar também. Finalmente temos uma família.

–Vão- diz Eugenia nos soltando delicadamente- vocês precisam salvar o gatinho irritante.

Voltamos a dar as mãos para todos, com uma animação a mais. Então aparatamos para a vila do Josh, caindo em cima da fonte de água salgada.

–Cara- diz Peter pegando um pouco de água com as mãos- isso é água do mar, eu sei disso. -Estranho- diz Ana- isso me lembra da fonte que Poseidon ofereceu a Atenas. Mas não entendo o que isso faz aqui?

–Não sei e nem quero saber- diz Kat- vamos entrar na porcaria da mansão e salvar o pulguento.

A aldeia estava toda decorada e vários comensais zanzavam pela pequena praça sem nos notar, procurando alguém importante, que estava prestes a subir no palco.

–Onde encontramos um animal sequestrado?- pergunta Harold

–Acho que naquele lugar ali- diz Peter apontando para a construção mais luxuosa do lugar- eu esconderia um gato falante lá.

–Deixa de ser cínico Peter- diz Ana revirando os olhos- você só quer entrar lá pela comida.

–Também- diz Peter- um Cheesebuguer azul com uma Coca cola azul caiam bem agora. -Cabeça de Alga- diz Ana rindo.

–Acho que devemos ir para lá mesmo, o Josh falou alguma coisa sobre “filha” quando sequestrou o Gato- diz Jenny

–Isso é impossível- diz Gabi- até onde eu sei, ele não tem filha.

–Só tem uma maneira de saber- digo andando na direção da construção sem ser notado ou reconhecido por ninguém.

–Espera- diz Ana- como você sabe que devemos ir para lá.

–Eu tomei uma poção da sorte, que amplia minha intuição, me levando a fazer as coisas que me dão sorte. Isso soa tão ridículo quando dito em voz alta- digo rindo

–Para mim é tudo uma viajem sem fim- diz Kat- lá em Panem não tinha nada de sobrenatural, quer dizer, tinham os bestantes, mas nada tão surreal quanto vocês estão acostumados.

–Enfim- digo- acho que devemos ir para lá- digo- eu sei que vamos encontrar meu amigo peludo ali.

– Agora me diz como vamos entrar dentro dessa casa, gênio? - Diz Gabi.

– Apenas me sigam - digo andando em direção dos fundos da casa, todos os comensais que transitavam por ali, pareciam ocupados demais para notar a nossa presença, quando chegamos na parte dos fundos da casa, vejo uma porta aberta, olho para todos.

– Vamos nos separar, vasculhem a casa, se encontrarem o Gato, sei lá... Gritem - Digo andando em direção a porta, antes que eu passe pela mesma, Ana segura meu braço.

– Mas se for uma armadilha?- Diz Ana, ouço os outros murmurarem em concordância. - Você acha que o Josh ia largar a sua casa desprotegida? John, tente raciocinar um pouco!

Talvez Ana estivesse certa, Josh não deixaria sua casa, o local onde teria a resposta para tudo que está acontecendo, mas eu precisava salvar o gato, custe o que custar.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Eai? Sera que eles vão ser pegos? Sera que eles vão conseguir salvar gato?

Tudo isso no próximo capitulo de SAAZ ;)



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Sagas de A a Z" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.