Sagas de A a Z escrita por Aldric Hunt Stuart, HttpSans


Capítulo 20
Em quanto isso, no covil do inimigo


Notas iniciais do capítulo

Bom, depois de 20 capítulos, vocês estevem estar se roendo para conhecer o Josh e sua turma. Por isso decidimos atender as suas preces. Esse capítulo será narrado pelo próprio
Espero que ele esteja cruel e que tenham gostado dele, eu criei uma ligação com o GM e sua turma depois desse capítulo
Bem, descubram quem é o Josh e quem é sua assistente
Boa leitura



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Alguns me chamam de insano, outros de cruel. Mas eu não sou uma coisa nem outra, não tenho sentimentos suficientes para ser nenhuma dessas coisas. O único sentimento que ainda invade a minha mente, é o desejo de vingança.

Mesmo que eu já tenha punido todos malditos guardiões, o desejo de vingança ainda não foi saciado. Eu precisava destruir alguém, precisava do prazer de ouvir um guardião gritar e implorar por ajuda, em quanto eu gargalho em sua presença.

–Senhor Josh?- pergunta Ezra entrando no quarto.

Ezra era uma mulher loira e de uns trinta e poucos anos, era alta e de aparência fria e calculista, coisa que realmente era. Ezra é uma guardiã, assim como eu, ela foi a única que me ouviu quando todos me ignoraram, esse foi o único motivo que me impediu de fatiá-la com lâminas bem afiadas, com cortes precisos.

Ezra que me deu a ideia da maldição na época, ela foi à única que escapou desta, tirando os dois pirralhos. Que terei o prazer de matar quando completarem dezoito anos.

Devem estar se perguntando como ela conseguiu escapar da maldição.

A única maneira de escapar da maldição era estar dentro de um livro, quando esta fosse lançada. Por isso eu esperei por um feriado, para que todos fossem mortos.

Por que eu escolhi as crianças se eu tinha a Ezra? Bem, eu não queria que soubessem que ela me apoiava, mas tem outro motivo em especial. Eu sabia que meu desejo por vingança não morreria com os guardiões, por isso decidi trazer duas crianças e deixa-las com vilões que eu mesmo escolhi. Mandei o garotinho medroso para o Valentim e tentei mandar a garota boca suja para o velho Snow, mas ela fugiu.

É bom que ela tenha fugido, assim ela vai se tornar mais forte, jogar com ela vai ser mais divertido. Quanto ao garoto medroso, fiquei sabendo recentemente que executou o próprio pai, bem o homem que le pensava que fosse seu pai.

Talvez eu possa cria-lo e ele possa tomar meu lugar no futuro. Eu tenho a Nikki, mas ela nunca vai poder saber a verdade sobre mim.

Nikki é uma garota que eu escolhi para cuidar, e como um bom pai usei magica para torna-la muda e tratei para que ela só entendesse francês. Eu não queria que ela descobrisse sobre a maldição, e nem que ela era uma personagem. Ela é pálida, pois nunca deixei que ela encontrasse a luz do sol, seus cabelos são tão escuros quanto os olhos, ela é baixa e usa óculos de armação quadrada.

Eu nunca a deixo sair de casa, ela até estuda aqui no vilarejo. Forcei minha assistente, Guerda, a ser a governanta dela. Guerda é a Rainha de Neve, do conto de Hans Christian Andersen. Ela usa o nome Guerda em homenagem á garota que foi atrás do irmão, em seu conto.

–Entre Ezra-digo com a voz firme. Ezra entra em meu escritório. Ezra, Nikki, meus criados e eu vivemos em uma espécie de vilarejo, que fica escondido perto da cidade.

–Thomas está requisitando a sua presença- diz Ezra- Alguma coisa sobre uma batalha

–Diga a ele que não estou interessado- digo com a voz firme

–Mas Josh- diz Ezra- vai ser um evento grande, com três execuções.

–Execuções- digo com um sorriso no rosto- já era hora de ter uma festinha decente por aqui.

–Talvez seja a chance de você ver os garotos em ação- diz Ezra

–Eles são muito novos- digo entediado

–Não os subestime- diz Ezra com seu rosto sem expressão- eles são mais fortes do que parecem

–Até parece- digo sem interesse- são pirralhos

– Aquele pirralhos, como você vulgarmente os chama, transformaram sua fortaleza em pó - disse Ezra com um leve tom de sarcasmo em sua voz, ri sem humor.

– Como aqueles pirralhos, podem ter transformado uma prisão de segurança extremamente reforçada em pó? - Disse em um tom frio, olhei para Ezra, que ainda se mantinha em pé - Chame Thomas imediatamente, ele me deve explicações.

–Devo lembrá-lo de que não sou sua escrava- diz Ezra com ódio na voz- se quiser falar com o Thomas, vai ter que esperar até a festa dele.

Sempre admirei a insubordinação dela, mas ás vezes isso me irritava, e eu tinha vontade de anestesia-la e eletrocutar o seu corpo magro.

–Ezra, eu preciso falar com o Thomas- digo com deixando o ódio transpassar na minha voz, eu precisava da Ezra, ela tinha ideias realmente boas, embora eu seja infinitamente mais poderoso que ela.

De repente eu escuto passos apressados vindos para o escritório. Nikki entra timidamente, com uma lousa infantil nas mãos, para poder se comunicar.

–Oque você faz aqui?- pergunto irritado

Nikki me olhava confusa, como se não tivesse me entendido. Então eu me lembro, ela só intende francês.

Ce que tu fais ici ?- pergunto novamente

Nikki um giz e escreve com força na lousa, os dedos estavam amarelos com a força. Quando ela se afasta da lousa, posso ler:

“Je viens de vous voir”. A tradução livre seria “Só vim te ver”

–Vou chamar a Guerda- diz Ezra entediada, ela nunca aprovou que eu tivesse escolhido justo a Nikki para criar- não suporto te ver bancar o bom pai, já que você não é nem uma coisa e nem outra.

Antes que eu pudesse responder, Erza saiu bufando da sala, me deixando sozinho com a garota. Eu realmente não gostava de ficar á sós com a Nikki, sou um péssimo ator. Nunca sei o que dizer para ela, ela não é minha filha de verdade, mas ela precisa pensar que sou seu pai.

Eu odiava falar francês, por isso evitava falar com a garota, embora ela vivesse me seguindo, isso me irritava mas ela não podia saber.

Où est la Guerda, mon ange ?– perguntei. A tradução livre seria ”Onde está a Guerda, meu anjo?”

Nikki deu de ombros, em quanto me observava, esperando que eu fizesse algo. Será que ela não intende que não sou o pai dela? Por que ela não vai embora?

Ezra entra acompanhada por Guerda.

Guerda era loura e pálida, como um floco de neve. Prendia seus cabelos em uma trança longa e buscava sempre vestir uma peça branca. Seus olhos eram de um azul glacial, como se pudessem congelar qualquer coisa. Sempre que ela passava por mim eu sentia o frio que ela exalava.

Guerda pega Nikki pelo braço gentilmente, em quanto sorri. Guerda sempre soube como encantar as crianças, e convence-las de algo.

As duas saem da sala, em quanto eu as sigo com o olhar.

–Por quanto tempo pretende manter essa farsa?- pergunta Ezra

–Não desvie do assunto Ezra- digo me desassociando a postura de pai de família- quero falar sobre como aqueles pirralhos invadiram a minha prisão! Eu sabia que não devia ter confiado no Thomas incompetente e em seus comedores de sal.

– Se você quer tanto falar com este Thomas, ligue para ele - Disse Ezra enquanto pegava um cigarro em sua bolsa e o acendia - tenho coisas para tratar, nos vemos mais tarde. –Ezra saí da sala apressada. Ela costumava sair frequentemente para “tratar de assuntos”. Logo depois que Ezra saíra liguei imediatamente para aquele incompetente do Thomas. Teclei o número dele com dificuldade, não existiam telefones na civilização dos guardiões.

– Alô? - pude ouvir a voz daquele energúmeno.

– Sou eu - digo rispidamente.

– A claro, G.M, tenho algumas novidades que o senhor não vai gostar de saber...

– Quais? Aquela que você e seus incompetentes capangas foram derrotados por pirralhos, que transformaram uma das prisões de mais alta segurança em pó? - do outro lado da linha a única coisa que podia ouvir era a respiração de Thomas, ele estava com medo, se eu estivesse falando com ele pessoalmente, ele já estaria decorando a minha sala com sua cabeça e seu corpo seria o alimento para os cães.

– S-sim, mas tenho mais uma coisa para lhe informar, quem destruiu sua prisão, foi a Gabriela, senhor.

–A pirralha da Gabriela?- berro ao telefone- aquela que você jurou que tinha capturado?

–Nós tínhamos a capturado- diz Thomas- na verdade, Umbridge a tinha capturado.

–E onde está essa besta?- pergunto

–Bem... é meio difícil de explicar- diz Thomas- Houve um incidente com um gato falante, a Gabriela e o garoto John Stark.

–John Stark?- assim que escuto esse nome, meu rosto perde a cor. Não podia ser... esse garoto estava morto!

–Sim- diz Thomas- o garoto guardião, o seu nome é John Stark.

–Não, o nome do garoto era Jake Harrison- digo

Claramente, se aquilo fosse uma piada do Thomas, ele sentiria o toque delicado da minha lamina. Se aquilo fosse a ideia que ele tinha de uma piada, ele e seus capangas não viveriam para comer sal!

–O Garoto se chama John Stark- diz Thomas- Não havia nenhum Jake Harrison naquela escolinha nojenta.

Memórias me vêm, anos atrás eu pedi a Valentim que criasse Jake como se fosse seu filho. Mas também pedi que matasse John Stark, aquele garoto tinha habilidade para sobreviver.

–John Stark é só um personagem- grito

Sinto o chão sacudir levemente, quando me irrito perco o controle dos meus poderes. Sempre acabavam acontecendo leves terremotos ou tornados fracos quando eu me irritava demais.

–Mas ele tem aquele colar e um gato que fala- diz Thomas

–Um gato que fala?- Pergunto

Um animal falante só pode significar uma coisa! Valentim me sacaneou, ele matou o garoto Jake, e injetou o sangue do garoto em John.

De sangue eu entendo, principalmente de sangue de guardiões, se ele for injetado em um personagem, ele pode se tornar um guardião.

Se o Valentim não estivesse morto eu drenava todo o sangue do corpo dele e incinerava seu corpo frio.

–Thomas- grito- se vocês não capturarem John Stark, vão se arrepender do dia em que nasceram.

Bato o telefone com força, e corro para fora do escritório. Precisava falar com Ezra, ela não acreditaria na audácia daquele maldito

Eu a encontro antes que ela cruzasse as fronteiras do vilarejo e a chamo para conversar.

–O que houve?- pergunta Ezra entediada, jogando um cigarro no chão.

Eu levo um tempo para dar uma explicação coerente, mas quando finalmente consigo, recebo uma reação estranha de Ezra.

– Vai me dizer que você achava que o Valentim iria lamber seus pés igual o tolo do Thomas, por favor Josh, essa coisa de ter que cuidar daquela fedelha esta te deixando muito ingênuo - Disse Ezra em seu quinto cigarro, ela estava me desafiando, o ultimo que me desafiou, teve a pele arrancada.

– Eu não estou ficando ingênuo, Ezra - disse controlando minha fúria, que crescia a cada vez mais em segundos. - Você não esta entendendo esta situação, minha cara, este John Stark, é algo que pode destruir meus planos!

–Isso é fácil de resolver- diz Ezra entre tragadas longas- você precisa caçar e matar o garoto.

–Não- berro- ainda não.

–Então prenda ele- diz Ezra

–Ele destruiu a última prisão- digo me irritando, fazendo com que o chão sacuda levemente.

–Acalme-se- diz Ezra- ele só consegue fugir coma ajuda da menina de boca suja. Se você destruir o colar dela, nenhum dos dois será ameaça para você.

–Mas como vou encontrar a garota?- digo cerrando os dentes

–Não é obvio?- pergunta Ezra jogando o cigarro no chão novamente, como uma espécie de provocação- A festinha que Thomas vai dar vai estar cheia de penetras. Quem melhor para penetrar uma festa do que um bando de adolescentes?

–Você tem razão- digo- Ezra confirme minha presença nessa festinha para o Thomas!

–Você e sua mania constante de esquecer que não sou sua escrava- diz Ezra- muito menos sua secretária.

–Mas eu sou uma pessoa que pode te transformar em pó- digo andando até ela

–Você está me ameaçando, Josh Petters?- diz Ezra serrando os olhos- eu sinceramente espero que tenha entendido errado.

–Interprete da maneira que quiser, Ezra Campbell- digo com um meio sorriso se formando no canto de minha boca.

Ezra camina até mim e me encara, depois se vira e caminha de volta para o escritório.

–Não vai ser o mais forte para sempre- grita Ezra em quanto caminha

–Isso é o que veremos- grito de volta

Ando em direção ao colégio do vilarejo, talvez isto seja pura besteira, mas eu precisava de Guerda para executar meu novo plano, ao chegar na escola, mando chama-la imediatamente, odiava esperar, alguns minutos depois Guerda aparece.

– O que o Sr. Tem de tão urgente para me falar ? - Pergunta Guerda.

– Seus poderes minha cara Guerda, serão de grande utilidade para mim, preciso que você se infiltre na Escola de Sunville- digo com meu tom de exigência.

–Mas Josh, tenho que cuidar da Nikki- diz Guerda me olhando com seus olhos azuis glaciais

–Isso não é problema- digo rapidamente- qualquer um pode cuidar da garota. Mas só você vai poder executar meu plano.

–Josh, não posso sair agora- diz Guerda

–Mas não preciso que se infiltre na escola agora- digo apressado

–Com assim?- pergunta Guerda confusa.

–Minha cara Guerda- digo com um sorriso maligno no rosto- eu convivi com personagens e guardiões pelo minha vida inteira. Nas histórias, os adolescentes sempre tem chance de deter o vilão. Thomas é só mais um peão, logo ele vai cair.

–Mas então por que você não captura as crianças na escola?- pergunta Guerda.

Ando em volta dela, tentando manter certa distância. Sua pele é mais fria do que a neve. Mas seus poderes foram muito úteis no passado, você não acreditaria no quanto o frio pode ser mortal, principalmente a neve e o gelo

–Essas crianças fugiram de uma prisão de segurança máxima- digo- John Stark está entre eles, digamos que esse garoto é o mestre da fuga. Quero vê-los em ação. Digamos que isso será um teste.

–Como sabe que eles vão vencer?- pergunta Guerda

–Porque eu vou deixar que ganhem- diz Josh- quero que mantenham a guarda baixa, para poder eletrocutá-los jogar seus corpos frios e sem vida no mar.

–Mas o que eu preciso fazer na escola?- pergunta

–Precisa ganhar a confiança deles- digo- depois que eles estejam bem ligados á você. Quero que os traga para mim.

–E como você acha que eu faria isso?- pergunta Guerda

–Sei lá, construa monstros de neve ou gelo, prenda-os em uma cadeia de gelo, faça uma nevasca poderosa ou use a magia do “Let it go”. Você só precisa conseguir.

–Odeio quando você me compara com a maldita Elsa do Frozen! Aquela foi de longe a adaptação mais infiel do meu conto que já existiu!- diz Guerda- eu juro que nunca cantei “Let it go” na minha vida.

–Pois use um Olaf no plano, adoro aqueles bonecos de neve – digo, adoro irritar as pessoas.

–Você sabe que eu nunca fiz um boneco de neve chamado Olaf- diz Guerda

–Pois trate de fazer, quem sabe assim você não arrecada milhões de dólares, como o filme Frozen- digo

Guerda me encara por um longo período de tempo, posso sentir a pressão baixar e flocos de neve começam cair a nossa volta, sempre acontecia quando Guerda perdia o controle de suas emoções.

–Por que você quer tanto pega-los?- pergunta Guerda depois de um longo período de tempo.

–Os Olafs? Não quero pega-los, só acho que eles arrecadam muito dinheiro. Não sei por que não aceitaram ele no elenco de Once Upon a Time...

–Você sabe- diz Guerda- que estou falando dos adolescentes.

–Bem, pelo simples prazer de vê-los sofrer, gritando por ajuda, mesmo que não possam ouvi-los, chamarem por suas mães, mesmo que estejam mortas- digo com os olhos brilhando- para saciar a minha sede de vingança.

–Não que eu queira te insultar Josh- diz Guerda- você é o GM, o todo poderoso...

–Nem termine, sei que vai me lembrar de que são crianças- grito- mas você não fez diferente com aquele garotinho. Minha cara Guerda, eu pensava que eram pirralhos sem importância, até descobrir que destruíram a minha prisão. Vou fazê-los pagar, vou saciar a minha sede. Então prepare os seus melhores “Let it go’s”, vamos usá-los para caçar umas crianças.


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Notas finais do capítulo

Será que os Improváveis podem contra esses vilões?
Quem será o assistente de Ezra?
Será que Guerda vai se infiltrar na escola?
Será que eles vão vencer o Thomas? Quem vai morrer no processo?
Continua...



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