Sagas de A a Z escrita por Aldric Hunt Stuart, HttpSans


Capítulo 11
Eugenia Figg


Notas iniciais do capítulo

Bem, espero que gostem do capítulo ;DD
Eis um capítulo revelador e surpreendente



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Gabi olha para a folha cheia de nomes e endereços pela décima vez antes de dizer.

–Não adianta,- diz Gabi jogando a folha no chão e pisando em cima com força- esse é o terceiro endereço errado que aquela mula nos passou.

Depois que Talía nos entregou a folha, corremos atrás das pessoas, mas ninguém nos atendeu em nenhuma das casas. Todos estavam irritados

Estávamos parados em um quintal com um gramado verde e bem aparado, com uma velha porta de madeira. A casa era de tijolos a vista, parecia uma casa de uma mulher bem velha, daquelas que cozinham sem parar.

Nós tentamos bater na porta e tocar a campainha, mas não adiantou.

–Não fala assim- diz Alex- eles podem ter se mudado

–Vamos encarar os fatos- digo- eles devem ter fugido!

–Só tem um jeito de saber- diz Gabi com um sorriso malicioso,então ela anda até a porta e toca a campainha novamente- se ninguém atender eu vou arrombar a porta!

Nenhum ruído saiu da casa

–Vou encarar isso como um convite para entrar- diz Gabi sorrindo- Jenny, faz aquela parada com a varinha.

Jenny caminha pelo gramado do quintal e se posiciona em frente a velha porta.

–Sai da frente- diz Jenny a Gabi, fazendo com que a garota lhe lance seu melhor olhar torto- Alohomora.

A porta se destranca com um click bem alto.

–Eu abro- diz Gabi girando maçaneta.

A porta fez um rangido alto, como aqueles de filme de terror. Mas quando a porta se abriu, a casa se revelou igual ao que tínhamos imaginado, uma casa em que se morava uma mulher idosa, fascinada por gatos, e, com cheiro de naftalina.

Se o endereço da pessoa não estivesse escrito no papel, eu nunca suspeitaria que se tratava de alguém que pudesse nos ajudar ( pelo menos não guerras).

–Tem alguém aí- grita Sam

A casa continua em silencio

– Deve ser a casa da fada do pudim- diz Luana- a fada do pudim é uma mulher que roda o mundo salvando as pessoas de atraques de leões da montanha, ela pode atirar pudins pelas mãos, e todo mundo sabe que pudim afasta os leões da montanha.

–Garrrota, acho que vou grrravarr tudo o que você fala e escrever um livrro- diz Vítor- “ Luana Lunática” serria um ótimo nome parra ele.

–Ninguém pediu para você abrir a boca Hugo- diz Gabi- além de não ajudar em nada ainda ficar ofendendo as pessoas.

–Mas parra que eu farria alguma coisa, com garrotas como você e a Jeniferrr parrra fazerrr melhorrr- diz ele

–Não sei- diz Gabi- quem sabe para ser útil? Nunca mais flerte comigo, o último teve que tomar sopa em um canudinho por semanas

–A Jenny não é escrava de ninguém!- digo revoltado- ela é a MINHA inteligência em pessoa, se você quer ficar com alguém, vá atrás da sua namorada.

–Não querrria ofenderrr vocês...- começa Vítor

–Mas que diabos?- diz uma mulher idosa magra, que se vestiva de rosa e carregava uma sacola de compras, que derruba assim que nos vê- Vocês invadiram a minha casa! Saiam imediatamente ou eu chamo a polícia.

–Desculpe senhora- diz Luana calmamente- pensamos que aqui fosse a casa de Eugenia Figg, ou a casa da fada do pudim. Se a senhora conhecer alguma das duas, poderia nos informar onde elas moram?

–Eu sou Eugenia Figg- diz a mulher pegando a sacola do chão e colocando-a em cima da mesa- devem estar querendo falar algo muito importante já que invadiram minha casa.

–A senhora é Eugenia Figg?- pergunto surpreso

–Sou sim garoto, porque essa cara de espanto?- pergunta a senhora, me encarando com as mãos pousadas na cintura fina

–É que nós estávamos esperando alguém menos...- começa Jenny

–Velha- diz Gabi sem rodeios

–Ora, mais que falta de educação, invadem a minha casa e me chamam de velha- resmunga a mulher, depois se vira para nós- Vocês querem dizer alguma outra coisa, que não seja um crime ou insulto?

–Primeiramente, nós gostaríamos que a senhora...- começa Alex

–Nos desse um comida, estamos mortos de fome, e com certeza a senhora deve ter mais comida do que fome, já que a senhora é mais magra do que sei lá oque- diz Gabi

–GABRIELA- grita Alex, furiosa

–Oque foi?- diz Gabi distraída- eu não menti.

–Ora, que pessoinhas abusadas- diz ela- eu dou comida a vocês, se prometerem que aquela lá- diz apontando para Gabi- vai ficar quietinha

–Nós prometemos- diz Jenny sorrindo

Então Luana levanta a mão. Atordoada, Eugenia Figg aponta para ela

–Pode perguntar, querida?- diz a velha senhora

–A senhora é mesmo a fada do pudim? –Diz Luana ansiosa- Vai dar pudim para nós?

–Ela é sempre assim?- sussurra a velha para Jenny, com quem a velha tinha simpatizado mais.

–Sim- diz Jenny sorrindo

–Não essa fada não garota- diz Eugenia Figg- mas tem pudim na geladeira, se você quiser

–Ah, tudo bem- diz Luana, com um leve desapontamento na voz.

Então Eugenia faz um gesto nos encorajando a sentar, oque fazemos quase instantaneamente. Depois a senhora se dirige até a cozinha e começa a preparar macarronada e um bolo de cenora.

Luana, Sam e Alex se levantam e vão atrás de Eugenia, para ajudá-la, então eu tento me levantar, mas minha cabeça começa a latejar de dor e me dá tontura. Por isso eu me jogo no banco.

–Eu gostaria mesmo de saber oque umas crianças como vocês iriam querer de uma velha como eu- diz Eugenia da cozinha, que ficava a poucos passos da sala de jantar.

–E bota velha nisso- diz Gabi

–Isso não foi educado!- diz Alex- trate de ficar quieta, se não a Eugenia vai nos botar para fora.

–Que bando de gente sem humor- diz Gabi, fazendo um gesto como se puxasse um zíper pela boca, trancando com um cadeado e jogando a chave fora.

Jace dá uma risada fraca, em quanto Alex olhava ,furiosa, para Gabi.

–A gente queria a sua ajuda para... –começo a dizer, mas minha cabeça lateja de novo e a minha visão fuça turva por alguns instantes.

–John, está tudo bem?- pergunta Jenny com um olhar preocupado.

–Sim, é só um pouco de enxaqueca- digo massageando minha cabeça.

–Por favor garoto, não desmaie na minha cozinha- diz Eugenia

–Não, eu estou bem- digo- eu só estava tentado dizer que precisamos da sua ajuda para matar Voldemort

–Olha a boca, garoto- diz Eugenia irritada- por favor não repita esse nome na minha frente.

– Eu sabia que você era uma bruxa- diz Jenny

–Quase isso- diz Eugenia tristemente- eu sou um aborto.

–Mas como ela pode ter sido abortada se está aqui na nossa frente?- pergunta Jace

–Não esse tipo de aborto, idiota- diz Gabi- é do tipo que tem pais bruxos mas não tem magia.

–Isso mesmo- diz Eugenia

–A senhora não é aquela velha que era babá do Harry e tinha tipo, um zilhão de gatos?- pergunta Gabi

Eugenia sai da cozinha e anda até a sala de jantar, com um avental azul e velho, sujo de farinha de trigo.

–Menina, estou te avisando...- diz Eugenia

–Tá bom, parei- diz Gabi sorrindo

–Voltando ao assunto- diz Jenny- Você-sabe-quem voltou, e agora se chama Thomas, e tem uns 15 anos. E se não fosse por nós ele já teria dominado a cidade.

–Espera- digo levantando a mão direita, fazendo sinal para parar- como foi que você se lembrou de sua vida nos livros?

–Ora garoto- diz ela com um olhar sonhador- eu li um dos livros do Harry Potter.

–A senhora sabe ler?- pergunta Gabi- eu pensei que no seu tempo não existia escola.

– Chega garota- diz Eugenia- se não eu arranco a sua cabeça com um abridor de latas!

Gabi repete o gesto do zíper.

–Continuem garotos- diz Eugenia- como eu poderia ser útil?

–Bem pensamos que a senhora conhecesse alguém- diz Jenny- como Dumbledore

–Ou como a fada do pudim- diz Luana

–Ou como a fada do pudim- concorda Jenny ironicamente.

–Receio que não conheça a fada do pudim- diz Eugenia voltando para a cozinha- mas já Dumbledore é outra história.

–A senhora conhece Dumbledore?- pergunto alegre.

–Mas é claro, com essa idade ela deve conhecer todo mundo- diz Gabi sorrindo.

Eugenia volta correndo para a sala de jantar e joga um punhado de farinha de trigo na Gabi.

–Isso é para você aprender- diz Eugenia satisfeita, limpando as mãos no avental e voltando para a cozinha.

–Mas não era para tanto- diz Gabi sorrindo, em quanto tira o Maximo de farinha que consegue com as mãos- um simples, pare por favor adiantaria, sabe?

A minha dor de cabeça volta com mais força, então eu reprimo um grito de dor mordendo a minha mão. Minha visão fica turva e a tontura volta também.Mas dessa vez não passou.

– John, oque está acontecendo?- pergunta Jenny- Você está pálido.

–Estou... bem- digo arfando- só preciso de um copo de água

Jenny anda até a cozinha e enche um copo de água. Mas minha dor de cabeça fica mais intensa e eu caio no chão, gemendo de dor.

–JOHN- grita Jenny correndo até mim com o copo de água nas mãos.

Depois disso eu perco a consciência.

Como eu já esperava, os flash começam a aparecer, nele meus amigos sofriam torturas terríveis, mas dessa vez Luana, Ned e Sam também eram torturados. Os flashes passavam correndo, mas eu não podia desviar os olhos daquela cena maldita.

Ora, se a tortura fosse com o Vítor Hugo eu até me juntaria ao flash, pegaria um pedaço de madeira com um prego na ponta ou um martelo, quem sabe uma marreta? Mas não, tinham que ser os meus amigos!

Então a intensidade dos flashes diminui e o ultimo e mais doloroso aparece.

Jenny caída morta em uma casa em que eu nunca havia estado antes, esse de lonje era o flash mais apavorante traumático de todos.

Eu me abaixo e acaricio a cabeça do corpo sem vida de Jenny, fazendo com que lagrimas escorram por meu rosto.

Eu queria ser como a Tris de Divergente, dizer “Isso não é real”, e manipular aquele flash. Mas isso não é Divergente, e, obviamente, eu não sou a Tris.

Então, o flash da Jenny passa, levando a minha angustia junto com ele.

O pequeno gato, que parecia uma miniatura de tigre aparece parado em minha frente, apoiado nas patas traseiras.

–Me siga John- diz o gato, com seu sotaque espanhol e uma voz ronronada.

–Como você sabe o meu nome?- pergunto

–E isso interessa?- pergunta o Gato

–Eu estou morto?- pergunto confuso

–Ainda não- diz o gato- mas se continuar a me fazer essas perguntas idiotas vai estar em breve.

–Quem é você?- pergunto

–Meu nome é Julio Ricardo Antonio de La Noche- diz o Gato- mas pode me chamar de Gato.

–Você é o Gato de Botas?- pergunto

– Lá vamos nós de novo- diz o gato colocando a pata dianteira direita sobre a pequena testa- porque todos me chamam de Gato de Botas? Sim, eu gosto de Botas, mas eu não chamo de humano de roupa, não é mesmo? Me chame de Gato

–Ok, Gato- digo confuso- porque eu estou aqui?

–Porque você precisa de mim!-diz o Gato- você precisa me libertar.

Eu achei estranho que um pequeno Gato diga que eu preciso de sua ajuda, mas não disse isso a ele, pois aquele Gato podia fazer algo sinistro comigo.

–Mas como eu posso fazer isso?- pergunto

–Eu sei lá- diz o Gato- descubra você! E chega de perguntas, você parece um periquito ambulante! Se não fosse um humano eu te devorava para você parar de falar!

–Bem, eu vou perguntar para a Gabi!- digo- ela pode saber.

–Coitada da garota! Ter que aturar as suas perguntas deve ser difícil- diz o gato- E lembre-se...

Eu nunca soube do que precisava me lembrar, porque havia acabado de acordar.

Eu me levanto de um salto, minhas roupas estavam encharcadas e Gabi segurava um copo de água vazio, com um sorriso triunfante.

–Você está bem?- pergunta Jenny

–Sim- digo

Jenny me dá um abraço apertado, que quase quebrou os meus ossos

–Nunca mais me assuste assim- ela diz

–Ok- digo sorrindo para ela, depois eu me viro para a Gabi- O Gato de Botas mandou eu te perguntar uma coisa!

–Para mim?- pergunta Gabi- Gato de Botas? Do que você está falando?

Eu narro minha visão para todos, que escutam atentos e em silêncio.

–Eu já tive uma visão também- diz Luana- eu vi que o pudim de todo o mundo acabou os leões da montanha atacaram os pobres bufadores de chifre enrugado , eu chorei por semanas. Coitadinhos deles.

–Gabi- diz Alex ignorando o comentário de Luana- você tem noção de que o John pode ser um...

–Não- diz Gabi- isso é impossível.

–Ei, eu ainda estou aqui- digo ansioso- e por que eu não posso ser oque a Alex pensa que eu sou?

–Porque estão todos mortos- diz Gabi

–Mas pode ter sobrado um- diz Alex

–Não pode!- afirma Gabi

–Alguém pode me explicar oque está acontecendo?-pergunto

–Só há uma maneira de saber- diz Alex me ignorando

–Concordo, o John precisa invocar o assistente dele- diz Gabi

–Oque vocês não querem que eu seja?- pergunto ansioso

–Um Mestiço- Diz Alex com uma voz sombria.

Da maneira como ela falou, ser um mestiço me pareceu algo realmente assustador.


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Notas finais do capítulo

Será John um mestiço? Eles conseguirão libertar o Gato e seus outros amigos?