– Rachel, você tem certeza que vai ficar bem sozinha? – Puck perguntou para a irmã pela vigésima vez.

– Noah, eu vou ficar bem, vou tomar meu remédio e dormir – ela disse calma.

– Ok, eu vou estar na Sant, vou dormir lá, o papai volta 19h00min para se arrumar e já sai para ir buscar a mamãe no aeroporto – ele disse e ela foi o empurrando ate a porta.

– Tudo bem, cuidado – ela disse e ele lhe deu um beijo na testa antes de sair – Rachel, que merda você esta fazendo? E se algo acontecer, você não pode voltar a se aproximar dele – ela dizia a si mesma andando pra lá e pra cá – eu vou ligar desmarcando – ela disse pegou o telefone que estava na mesinha do hall de entrada – mas o que eu digo? – ela perguntou desesperada apertando o telefone – e se ele ficar chateado? E se... – ela foi interrompida pela campainha tocando – deve ter esquecido algo – ela disse caminhando até a porta - Noah, o que você... – ela se interrompeu ao ver quem era – Finn? – ela perguntou com os olhos arregalados.

– Oi Rach – ele disse sorridente, com a bolsa em um braço e segurando um buquê com a outra mão, o que fez Rachel sorrir – isso é pra você – ele disse lhe entregando.

– Não precisa Finn, elas são lindas – ela disse e aproximou o rosto das flores, sentindo o cheiro – e muito cheirosas também – ela disse sorrindo e ele sorriu de canto, ficaram se olhando por um tempo, hipnotizados um pelo outro, até Rachel acordar pra vida – Entra – ela disse dando passagem para ele.

– Sua casa é muito bonita – ele disse olhando em volta.

– Obrigado, trabalho da minha mãe – ela disse e ele sorriu.

– Seus pais estão em casa? – ele perguntou com a esperança que não estivessem.

– Não, meu pai esta trabalhando, minha mãe esta viajando e meu irmão esta na casa da namorada – ela disse tudo muito rápido e depois percebeu a merda que tinha feito ao falar do irmão.

– Você tem irmão? – ele perguntou curioso.

– Sim, ele é mais velho – ela disse meio nervosa – vamos começar a fazer o trabalho? – ela disse mudando o assunto.

– Vamos – ele disse e os dois foram para a sala de estar, Rachel colocou as flores em um vaso com agua e deixou no hall de entrada, se sentaram na grande mesa da sala e começaram a fazer o trabalho em silencio, Finn começou a olhar para Rachel disfarçadamente, aquela garota havia mexido de uma forma com ele, nem com Quinn tinha sido assim, o jeito que ela mexia no cabelo, o jeito que ela mordia o lábio enquanto lia algo, ele sentia que conhecia aqueles movimentos, ele sentia que já a conhecia antes, mas quando esse pensamento vinha, ele se sentia um homem louco. Mas aquela sensação de que já tinha sentindo aqueles lábios nos deles, era maior do que ele pensava.

– Finn? – ele ouviu Rachel chamar e saiu do mundo da lua.

– Oi – ele disse ainda assustado, será que ela tinha percebido que ele a olhava?

– Você tá bem? – ela perguntou.

– Sim, porque a pergunta? – ele perguntou.

– Nada, é que você estava me olhando de um jeito estranho – ela disse, mas sabia que olhar era aquele.

– Não, é só que eu não consigo para de olhar pra você – ele disse e ela corou o que foi extremamente fofo na opinião dele.

– Como assim? – ela perguntou e ele se aproximou, deixando seus rostos próximos.

– Eu não consigo para de olhar pra você, eu não consigo deixar de reparar o quão linda você é – ele disse e levou a mão ao rosto dela acariciando o mesmo, ela fechou os olhos por alguns segundos, sentindo a caricia que ela tanto sentia falta – você é tão perfeita – ele disse e ela abriu os olhos – você tem me puxado com um imã, eu não sei o que é isso, mas eu sinto algo por você desde o momento que te derrubei no corredor – ele disse e seus olhares se encontraram nada mais precisou ser dito, Finn aproximou seus lábios de Rachel e os encostou, começando um beijo calmo, Rachel levou a mão ate a nuca do rapaz aprofundando o beijo, Rachel gemeu baixo ao sentir a língua do rapaz começar uma guerra com a sua Finn levou as mãos até a cintura de Rachel a trazendo para seu colo, Finn soltou um gemido ao sentir Rachel sentar sobre seu membro já ereto, ela sorriu entre o beijo ao sentir sua ereção. O beijo ficava cada vez mais profundo, mas ela o parou.

– Eu não posso... – ela disse ofegante se afastando dele, porém continuando sentada em seu colo.

– Não pode que? – ele perguntou também ofegante.

– Continuar com isso – ela disse e se levantou ficando de costas para ele. Ela não poderia fazer isso com ela mesma, nem com ele, sabia que a saúde dele poderia ser prejudicada se ela voltasse a se aproximar novamente – você tem namorada – ela disse inventando aquilo de desculpa, ela queria continuar aquilo, sentia falta dele, mas não poderia fazer aquilo, só pioraria as coisas.

– Me desculpa... – ele disse se sentindo mal por aquilo.

– Tudo bem – ela disse e se virou – acho melhor eu terminar o trabalho, já que já fizemos boa parte e agora falta pouco – ela disse cruzando os braços em cima do peito.

– Eu posso fazer – ele disse.

– Não tudo bem eu faço – ela disse e eles mergulharam naquele silencio.

– Eu acho melhor eu ir embora – ele disse pegando a mochila.

– Tudo bem – ela disse triste e o acompanhou até a porta.

– Tchau Rach – ele disse e deu um beijo em seu rosto.

– Tchau – ela disse e fechou a porta ao ver ele se virar e sair andando, se se encostou à porta e fechou os olhos – porque que foi acontecer esse acidente? – ela perguntou a si mesma sentindo as lagrimas rolarem por seu rosto – nós poderíamos estar felizes, juntos – ela disse chorando mais, olhou para a mesa do corredor e sorriu entre as lagrimas ao ver o buquê, se aproximou pegando o vaso e o olhou sentindo aquela aperto no coração – eu sinto tanto a sua falta – ela disse – nós parecíamos ser uma boa ideia – ela apertou sobre o peito e subiu as escadas.