O amanhã - ou hoje - tinha chegado. Logo que acordou, começaram os xingamentos e provocações de sempre. Ainda se perguntava por que era da Sonserina. As "colegas" rapidamente se arrumaram e saíram, o que foi um alívio. Assim que saíram de sua vista, Riley suspirou.

– Cada dia eu tenho mais certeza do porque da Pansy não estar na Corvinal. - Riley fez uma pausa - Mas eu tinha que ir para a Sonserina?

Riley falava consigo mesma, já que não tinha amigos, apenas falava com alguns alunos. Entre eles estava Rudy, que não saía de sua cabeça. Ele era um dos mais desejados entre as meninas, e foi falar com ela? Deve ter sido por pena, Riley convencera-se disso.

A primeira aula era Poções, isso fez Riley ficar um pouco mais triste. Antes da batalha, Snape dava essa aula, ele era um sonserino bom - de certa forma - e não brigava com ela.

Riley se arrumou o mais apresentável possível e foi tomar café.

Descendo as escadas, Riley encontrou com Rudy de novo. Era coincidência demais.

– Ei! Riley! - gritou Rudy.

– Oi, Rudy. - disse Riley, com indiferença.

Ele ficou ao lado dela.

– Onde estão todas as suas fãs? - perguntou Riley cinicamente.

– Fãs? Elas são minhas amigas.

– Que babam por você. - falou Riley.

A escada começou a mover-se e empurrou Riley, que acabou caindo levemente em Rudy.

– Acho que eu virei seu fã. - disse Rudy, sorrindo.

Riley se afastou de Rudy e endireitou-se.

– Você não tem que fazer isso. - disse Riley e saiu descendo a escada.

– Não tenho que fazer o que? - indagou Rudy.

– Falar comigo porque não tenho amigos. - respondeu Riley afastando-se mais. Não precisava ficar mais triste.

– Você não tem amigos?

Rudy desceu correndo para se aproximar de Riley.

– A questão é - Riley fez uma pausa - Você tem suas amiguinhas, não precisa ficar aqui. - Riley quase gritou. Saiu andando pelos degraus, sem olhar para trás.

– Mas e se eu quiser? - indagou Rudy.

Riley gelou, e subitamente virou para Rudy. Estava prestes a perguntar se era sério, quando foi interrompida.

– Você não precisa se fechar tanto, Riley.

Ele foi devagar até ela.

– Me considere seu amigo, a partir de agora.

Os dois sorriram.