O Experimento escrita por Blazeee


Capítulo 1
Capítulo 1- A Mansão


Notas iniciais do capítulo

Começando mais uma histórinha leve aqui :)



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Eu estava dirigindo fazia horas já. Revoltado com a minha vida, decidi fazer apenas um pequeno percurso que me ajudaria a respirar fundo e a tentar perceber o que deveria fazer, se continuaria depressivo ou se procuraria a ajuda de um profissional. Enquanto as lágrimas caíam no volante, em cima de minhas mãos enregeladas, eu percebi que algo estava errado: Eu não conhecia esse caminho. Pensei que tinha apenas tomado um atalho diferente e não me tinha apercebido, por estar tão angustiado. No entanto, esse atalho me levou a dirigir por ainda mais horas até perceber que estava totalmente perdido. Eventualmente, a minha gasolina acabou, e eu me vi obrigado a sair do carro e a caminhar até encontrar um abrigo, ou uma casa onde me pudesse aquecer e até pedir um pouco de gasolina para o meu carro. Aquela rua, branca e coberta de gelo, parecia durar eternamente, e não havia nenhum sinal de vida. Nem um carro passava e fazia uns minutos que eu estava andando sem encontrar nenhuma habitação.

Finalmente, chegando ao final daquela maldita rua, frio e exausto, com meus pés doendo, meus lábios completamente ressequidos e meu cabelo cheio de adoráveis flocos de neve, eu avistei um telhado de uma mansão, a aparecer pelo meio de um bosque. Parecia uma moradia onde ninguém tinha limpo, ou construído, havia décadas. No entanto, graças ao meu estado de desespero, cansaço eu entrei.

As minhas suspeitas de que o local estava abandonado confirmaram-se: Não tinha qualquer iluminação e estava coberto de nojentas teias de aranha. Eu estava realmente decepcionado por não encontrar a ajuda de que eu precisava, mas mesmo assim, eu dei um passo em frente e fechei a porta. Afinal, tudo era melhor que morrer na neve, e naquele vento que gela até os ossos.

Eu andei pela mansão, no escuro, em busca de suplimentos, até me sentir trémulo e assustado. Meus olhos não se estavam adaptando á escuridão, e eu me sentia morrendo lentamente. Eu realmente precisava de encontrar alguma lanterna. Pilhas não seriam precisas, porque eu sempre andava com uma bolsinho com pilhas, para o caso de minha máquina fotográfica ficar descarregada. Eu andei por meia hora, explorando os quartos e as salas, e até mesmo a cozinha, e descobri um velho e empoeirado lampeão numa gaveta do milésimo quarto existente naquela casa. Os antigos habitantes realmente deviam ter morrido há séculos, pois ninguém mais utilizava lampiões. Lógicamente que eu não saio por aí num percurso de carro com caixas de fósforos no bolso, mas me lembrei que na cozinha haviam algumas caixas e baús velhos.

Como eu não encontrei nada lá, eu continuei a procurar. Eu acabei por encontrar uma velha caixa de fósforos, ao lado da lareira, na sala de estar. Eu sabia que era velha pois ela era de uma marca que tinha falido fazia 46 anos. Qual é a casa abandonada que não tem caixas de fósforos pré-históricos do lado da lareira? Eu pensava que nada nessa vida tinha sentido, enquanto deixava a depressão me tomar. Tentando não desanimar, voltei para o tal quarto, acendi o lampião e peguei nele, com um misto de nojo, por ele estar completamente empoeirado, e orgulho, pois eu realmente tinha acendido a porra de um lampeão, com fósforos da idade da pedra, numa mansão abandonada e completamente escura. Eu examinei melhor o quarto e ele me pareceu diferente dos outros. Se me perguntassem porquê, eu não sabia responder. Ele apenas me pareceu diferente. Talvez seja a cama numa posição diferente. Sim, o engraçado era que todos os quartos estavam mobilados de forma igual. Os habitantes deviam ter muita falta de criatividade, realmente. (Eu me senti culpado por ter xingado pessoas mortas).

Então eu percebi.

Eu já havia estudado e lido e escrito o suficiente na minha vida para perceber que aquela coisa cheia de bíblias e porcarias de livros grossos era uma estante falsa. Eu passei as mãos nela, certamente não tentando perceber de que madeira ela era feita, mas sim á espera de encontrar uma alavanca que a movesse. Eventualmente eu encontrei uma saliência esquisita no canto inferior da estante, e eu apontei o lampeão para lá e realmente, no meio da superfície lisa, havia uma espécie de alto. Eu pousei o lampião e, remoendo a tralha dos meus bolsos, saquei o canivete suíco que meu avô me tinha oferecido quando eu tinha 14 anos, e cortei fora o alto. A madeira estava podre, então nao foi díficil. Debaixo dele realmente havia uma espécie de alavanca, e quando eu puxei ela para cima, a estante criou rodinhas e eu pude movimentá-la um pouco para dar uma olhada na parede atrás dela.

Não era parede porra nenhuma, mas sim uma pequena porta de madeira podre. (madeira de qualidade) Percebi que era um porão escondido, e perguntei-me o porquê de se esconder um porão. Tudo bem que nem um porão nem um sótão têm boa fama, mas eu não ligava. Eu girei a maçaneta e, segurando o lampião, eu entrei.


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Notas finais do capítulo

* Se encontrar algum erro ortográfico, por favor me avise por mensagem privada.* Nada de leitores fantasmas. Se não faz o seu estilo dar review, mande mensagem privada, com a sua crítica boa/má.* Acompanhe a história se estiver gostando. * Eu sou uma grande desistente das minhas histórias. Eu realmente deixo elas a meio se elas não têm nenhum favorito ou review.
Espero que esteja gostando: Amanhã haverá mais!



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