– Olá Pequena sereia, é uma honra conhecê-lo, que tal uma conversa?

– Oi?. – Talvez esse não fosse o melhor jeito de receber um invasor, mas Percy ficou tão confuso com o apelido que esse foi o melhor que conseguiu falar. O garoto riu.

– Sua reputação o precede, Jackson.

O garoto tinha olhos castanhos escuros e cabelos pretos, usava roupas no estilo medieval com uma capa por traz, tudo na cor preta. Ele não devia ter mais que 15 anos, mas seus olhos brilhavam com astúcia. Minha mão foi institivamente ao meu bolso onde estava minha caneta-espada contracorrente, logo atrás, Jason e Piper já estavam armados, definitivamente esse garoto não era do acampamento e muito menos confiável.

– Acalmem-se, eu não vou matar vocês, mas eu não quero conversar com espadas apontadas para mim – Ele fez um movimento com a mão e nossas espada voaram para o teto e lá ficaram. Sem espadas, Percy não sabia quais eram as chances numa luta.

– Bem melhor!

– Quem é você? O que você quer? – Jason perguntou.

– Tantas perguntas, mas respondendo a primeira. – Ele fez uma reverência. – Meu nome é Pain, quanta à segunda pergunta, bom eu quero tudo!

– Você é algum tipo de deus, titã ou é só um palhaço mesmo? – Piper perguntou. Percy pensou que o ar havia ficado mais frio.

– Hum...não tenho uma definição, na verdade, você pode me chamar de deus se quiser.

– Não, prefiro chamá-lo de palhaço. – Piper Pontuou.

– Não viemos discutir sobre mim, eu tenho algo, ou melhor, alguém que vocês querem – Um arrepio passou pela nuca de Percy. Mas é claro, poque ele não tinha percebido isso antes, Pain havia sequestrado Annabeth. Raiva começou a arder em Percy, no segundo seguinte, Percy avançou em Pain, mesmo sem nenhuma espada. Foi simplesmente seu maior erro, aconteceu rápido em um minuto ele estava correndo na direção de Pain e no outro ele havia sido jogado na parede do chalé com tanta força que ele sentiu suas costelas quebrando. Percy nunca sentiu tanta dor, olhou para os lados e viu Jason e Piper desmaiados no chão. Pain se agachou perto de Percy.

– Me escute com bastante atenção, quero que busque uma coisa para mim, pra se mais exato uma pedra, a Pedra Filosofal, você tem cinco dias para achá-la, se não achar, Annabeth morre – A palavra morte e Annabeth não combinavam na mesma palavra. – Boa sorte Jackson, eu não vou facilitar pra você.

Com isso, Percy desmaiou. Percy não estava mas no chalé 6, agora estava no Argo II, na sala de máquinas. Ele viu um garoto no centro da sala, ele tinha cabelos encaracolados e pele bronzeada, Percy o reconheceu, era Leo Valdez. Leo estava trabalhando em algum tipo de esfera de bronze, cheia de fios e outras coisas mecânicas.

– Como eu vou usar essa estúpida esfera? – Leo Murmurou.

– Eu posso ajudar Valdez! – Um garoto de cabelos pretos havia surgido na sala, percy não podia esquecer aquele rosto, era Pain – Eu te ajudo, se fizer um favor pra mim.

– Quem é você e como entrou aqui? – Leo havia largado a esfera e dado dois passos para longe de Pain.

– Meu nome é Pain e eu entro onde eu quero – Pain deu um sorriso irônico para Leo. Percy queria pode dizer pra Leo parar de falar com ele e fugir – Não vim brigar Valdez, vim te ajudar.

– Como? Isso simplesmente parece não querer funcionar e por que eu deveria confiar você?

– Não é como se houvesse muitas opções Valdez, você precisa da minha ajuda – Leo olhou para a esfera, e pareceu ponderar a proposta.

– Garanto que você não irá fazer isso me acha bonito, ou vai?

– Você tem muitas qualidades Valdez, lhe garanto que beleza não é uma delas, mas sim, eu quero um favor.

– Que tipo de favor?

– Quero que guarde algo para mim, algo que servirá para seus amigos no futuro – Pain entregou à ele um mapa – Isso é um mapa, como pode ver, esconda-o.

– Só isso?

– Sim, agora vamos trabalhar na esfera de Arquimedes e ajudar a tirar seus amigos do tártaro.

O sonho mudou, agora Percy estava num interior de uma caverna, ou pelo menos ele pensava que era uma caverna, no fundo havia uma espécie de sela com grades de ferro, no chão havia alguém caído, com um solavanco no coração, Percy percebeu que era Annabeth, ele correu até ela.

– Ela não pode te ouvir – Pain apareceu bem a frente de Percy – Agora você não pode dizer que eu nunca te dei nada, lhe dei uma pista sobre a pedra e uma visão da sua namorada, agora, ACORDE!

Percy acordou na enfermaria do Acampamento Meio-Sangue, ele sentiu sua mão suada, não sabia quanto tempo passou desacordado, esperava que não fosse tanto tempo. Olhou ao redor e viu que o local estava vazio, tentou se levantar, mas rapidamente sentiu uma dor enorme em suas costa. Ótimo, ele pensou, agora não posso nem me levantar. Alguém entrou na enfermaria, e ele percebeu que era Quíron, seu centauro favorito, era diretor de atividades do Acampamento Meio-Sangue.

– Você acordou!

– Claro! Achou que eu ficaria desmaido pra sempre que nem o Jason – Quíron riu.

– Não acho que esteja em condições de fazer piadas sobre Jason – Quíron tinha alguns machucados espalhados no seu rosto – Percy, como você tá se sentido? Tá melhor?

– Acho que sim, só com baita dor nas costas, mas nada que um pouco de néctar não resolva. Como Jason e Piper estão?

– Eles acordaram há duas horas, estão bem melhores.

– Há quanto tempo eu estou desarcodado?

– dois dias – Percy se deseperou, o prazo de Pain era de 5 dias, ele havia queimado dois dias, agora só restava três.

– Eu preciso ir...Eu tenho que ir – Percy tentou se levantar, mas a dor na suas costas voltou.

– Percy, se acalme, o que está havendo? – Quíron perguntou.

– Ele falou que se eu não conseguisse a pedra, ela iria morrer, eu só tenho três dias – Desespero começou a tomar conta de Percy.

– Do que você está falando?

– Annabeth, ele vai matá-la!

– Percy, Quem é Annabeth? Não existe nenhuma Annabeth.