A Different Dawn Treader escrita por Nymeria


Capítulo 7
Um bosque ou uma floresta?


Notas iniciais do capítulo

OI GENTEEEE
Então, eu estava de férias então não deu pra postar nada porque estava penando para terminar o livro três de asoiaf (gente vocês não têm noção que final aaaaaaa lindo chorei enfim). Mas, infelizmente, só tenho uma semana de férias restante. Isso é bom porque agora voltarei ao normal de vez (uhu bailando). Enfim, é isso. Perdoem-me por todos esses dias, ok?



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— Então você não contou a ele? — perguntou Caspian enquanto observava o mar recostado na amurada do navio.

O Peregrino da Alvorada flutuava rápido nas águas salgadas. O vento estava a favor deles naquela tarde.

— Não era certo. Não achei preciso, para falar a verdade. Você sabe muito bem disso. — Adria suspirou pesadamente.

— Eu não sei nada.

— Você estava ocupado demais tentando mostrar algum valor para Susana. — Deu uma olhada no convés repleto de marinheiros. — Não negue. — Acrescentou ao perceber que Caspian tentava protestar.

— De qualquer forma, agora você sucederá seu pai e...

— Ele não está morto, Caspian! — Adria exasperou em voz baixa e seca.

— Mas em breve estará e você sabe disso — Caspian murmurou.

Ela não respondeu, limitando-se a olhar para o lado e descobrir Edmundo observando o convés. Quando o olhar do garoto finalmente parou no seu, sorriu levemente. Edmundo retribuiu o sorriso, em seguida deslocando-se lentamente até onde a garota se encontrava.

— Parece desabitada — ouviu Caspian dizer e virou-se para encontra-lo com uma luneta observando uma longa e distante faixa de terra. — Se os fidalgos seguiram o Nevoeiro para o Leste, devem ter parado aqui.

— Pode ser uma armadilha — disse Drinian, que se encontrava ao lado de Caspian.

— Ou pode conter respostas — Edmundo parara ao lado de Adria e mirava a enorme ilha, mas logo voltou-se para o mais velho. — Caspian?

Caspian abaixou a luneta e virou-se para Drinian.

— Vamos passar a noite na praia. Percorremos a ilha pela manhã.

— Sim, majestade.

XX

O ocaso já se exibia no céu baixo quando aportaram na ilha sem-nome. Quando os tripulantes que passariam a noite na praia finalmente terminaram de montar acampamento, o luar já iluminava.

Adria conseguia ouvir os roncos suaves de algum dos marinheiros que ali dormiam. Era esquisito e engraçado, mas ela não podia rir. Remexeu-se mais uma vez, como já havia feito outras cem. A insônia não podia ser mais inconveniente naquele momento.

Eu podia acorda-lo, pensou, mas logo abjurou essa ideia. Não é certo privar os outros do sono só porque não consegue dormir. Mas ficar ali fitando as estrelas parecia ainda pior.

Inspirou o ar silenciosamente, tomando coragem para se levantar. Já era noite cerrada, talvez faltasse pouco para a alvorada, e a fogueira não passava de brasas quentes. Caminhou descalça, rodeando Lúcia e Gael, enfim chegando até ele. Edmundo dormia pesadamente, imóvel. Chegou a ter pena de acorda-lo, mas essa logo passou quando ouviu um barulho distante qualquer. Ajoelhou-se ao lado do garoto e cutucou-o na barriga. Ele apenas afastou sua mão e virou-se para o lado oposto. Adria revirou os olhos, pensando no que fazer. Podia fazer cócegas no pé... mas ele pode ter chulé.

Por fim, passou a mão em frente ao rosto do garoto e, logo em seguida, deu um leve tapa entre os olhos. Edmundo abriu os olhos com relutância, meio atordoado.

— O que foi? — perguntou numa voz sonolenta.

— Não consigo dormir — ela sussurrou.

— Então isso significa que eu também não? — ele retribuiu o sussurro.

— Exatamente.

O garoto sorriu minimamente, levantando-se.

— Me concederia a honra de fazer esta caminhada em sua companhia, bela senhora? — perguntou solenemente.

Adria sorriu, deixando que ele tomasse seu braço enquanto abriam caminho por entre os que dormiam.

Apesar de estarem se afastando das últimas brasas da fogueira, a praia estava bem iluminada. O luar estava cheio e belo. Mesmo que nenhum dos dois falasse algo, o silêncio não era completo. O som das ondas indo e vindo era tão bom quanto constante.

— Tem alguém aí? — ouviu a voz de Edmundo ao seu lado.

— Não — respondeu. — Foi dar uma volta.

— Então eu posso fazer isso.

O garoto soltou seus braços e içou-a até coloca-la no ombro esquerdo. Adria sufocou um grito, a fim de não acordar quem dormia no acampamento.

— Mas o que é que você está fazendo?! — exclamou.

— Alguns diriam que é possível ser um sequestro. Você pode ter uma teoria diferente.

— Me. Coloque. No. Chão. — Ela disse pausadamente. — Agora!

Mas ele apenas riu.

— Fique quieta.

A garota começou a tentar se desvencilhar, mas tudo o que conseguiu foi desequilibrar Edmundo, derrubando a si e ao garoto no mar.

— Argh!

— Eu disse para ficar quieta — o garoto deu de ombros, se levantando da água.

— O que você estava fazendo? — ela perguntou. — Não, deixe para lá.

Saiu do mar torcendo o cabelo, a fim de expulsar a água.

— Eu estou molhada — disse, fazendo uma careta.

— Se você tirar a roupa, ela seca mais rápido — Edmundo alvitrou.

— Não seja ridículo — Adria revirou os olhos, mas riu.

— Mas eu estava falando sério — ele replicou, também rindo.

— Que seja — ela deu de ombros. — Eu não vou tirar a roupa.

— É melhor voltar para perto da fogueira — Edmundo disse.

Adria torceu o nariz.

— Certo.

Enquanto caminhavam, o céu tornou-se cinzento, indicando o novo dia.

— Bem na hora — gracejou o garoto.

Quando chegaram perto o suficiente do acampamento, todos já acordavam. Caspian foi o primeiro a se levantar e, pelo que parecia, procurava por Edmundo.

— Oi?

O mais velho lhes mostrou enormes pegadas na areia da praia. Todas iam e voltavam a partir de um saco de dormir vazio.

— Cadê a Lúcia? — Edmundo perguntou a ninguém em especial.

Adria olhou ao redor. Não havia sinal de Lúcia em lugar algum.

— Calem a boc... — ouviram a voz de Raisha se elevar e sumir. — O que são essas coisas?

Edmundo não prestou a mínima atenção nela, gritando em seguida: — Lúcia! Lúcia!

— Todos de pé — Caspian elevou a voz para que todos o ouvissem.

Levanta! — Drinian murmurava para um e outro.

Rapidamente, todos ficaram de pé e postaram-se a seguir as pegadas. Mas Raisha deslocava-se para o limite da floresta.

— O que você está fazendo? — Adria perguntou ao alcança-la.

— Ouvi ruídos — foi só o a garota respondeu.

— E por isso vai entrar aí?

— Gosto de florestas — apoiou os braços num grosso galho que se projetava de um enorme carvalho e içou-se para cima, sentando e logo após pulando para o outro lado. — E isso parece ser só um bosque.

Adria limitou-se a se agachar para passar. Tudo o que podia fazer agora era acompanha-la.


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Notas finais do capítulo

Ei pessoas, eu estava com saudades de vocês! Sejam legais e falem o que acharam (um ultraje, provavelmente), ok?

Kisses ♥