A Different Dawn Treader escrita por Nymeria
Notas iniciais do capítulo
OI GENTEEEE
Então, eu estava de férias então não deu pra postar nada porque estava penando para terminar o livro três de asoiaf (gente vocês não têm noção que final aaaaaaa lindo chorei enfim). Mas, infelizmente, só tenho uma semana de férias restante. Isso é bom porque agora voltarei ao normal de vez (uhu bailando). Enfim, é isso. Perdoem-me por todos esses dias, ok?
— Então você não contou a ele? — perguntou Caspian enquanto observava o mar recostado na amurada do navio.
O Peregrino da Alvorada flutuava rápido nas águas salgadas. O vento estava a favor deles naquela tarde.
— Não era certo. Não achei preciso, para falar a verdade. Você sabe muito bem disso. — Adria suspirou pesadamente.
— Eu não sei nada.
— Você estava ocupado demais tentando mostrar algum valor para Susana. — Deu uma olhada no convés repleto de marinheiros. — Não negue. — Acrescentou ao perceber que Caspian tentava protestar.
— De qualquer forma, agora você sucederá seu pai e...
— Ele não está morto, Caspian! — Adria exasperou em voz baixa e seca.
— Mas em breve estará e você sabe disso — Caspian murmurou.
Ela não respondeu, limitando-se a olhar para o lado e descobrir Edmundo observando o convés. Quando o olhar do garoto finalmente parou no seu, sorriu levemente. Edmundo retribuiu o sorriso, em seguida deslocando-se lentamente até onde a garota se encontrava.
— Parece desabitada — ouviu Caspian dizer e virou-se para encontra-lo com uma luneta observando uma longa e distante faixa de terra. — Se os fidalgos seguiram o Nevoeiro para o Leste, devem ter parado aqui.
— Pode ser uma armadilha — disse Drinian, que se encontrava ao lado de Caspian.
— Ou pode conter respostas — Edmundo parara ao lado de Adria e mirava a enorme ilha, mas logo voltou-se para o mais velho. — Caspian?
Caspian abaixou a luneta e virou-se para Drinian.
— Vamos passar a noite na praia. Percorremos a ilha pela manhã.
— Sim, majestade.
XX
O ocaso já se exibia no céu baixo quando aportaram na ilha sem-nome. Quando os tripulantes que passariam a noite na praia finalmente terminaram de montar acampamento, o luar já iluminava.
Adria conseguia ouvir os roncos suaves de algum dos marinheiros que ali dormiam. Era esquisito e engraçado, mas ela não podia rir. Remexeu-se mais uma vez, como já havia feito outras cem. A insônia não podia ser mais inconveniente naquele momento.
Eu podia acorda-lo, pensou, mas logo abjurou essa ideia. Não é certo privar os outros do sono só porque não consegue dormir. Mas ficar ali fitando as estrelas parecia ainda pior.
Inspirou o ar silenciosamente, tomando coragem para se levantar. Já era noite cerrada, talvez faltasse pouco para a alvorada, e a fogueira não passava de brasas quentes. Caminhou descalça, rodeando Lúcia e Gael, enfim chegando até ele. Edmundo dormia pesadamente, imóvel. Chegou a ter pena de acorda-lo, mas essa logo passou quando ouviu um barulho distante qualquer. Ajoelhou-se ao lado do garoto e cutucou-o na barriga. Ele apenas afastou sua mão e virou-se para o lado oposto. Adria revirou os olhos, pensando no que fazer. Podia fazer cócegas no pé... mas ele pode ter chulé.
Por fim, passou a mão em frente ao rosto do garoto e, logo em seguida, deu um leve tapa entre os olhos. Edmundo abriu os olhos com relutância, meio atordoado.
— O que foi? — perguntou numa voz sonolenta.
— Não consigo dormir — ela sussurrou.
— Então isso significa que eu também não? — ele retribuiu o sussurro.
— Exatamente.
O garoto sorriu minimamente, levantando-se.
— Me concederia a honra de fazer esta caminhada em sua companhia, bela senhora? — perguntou solenemente.
Adria sorriu, deixando que ele tomasse seu braço enquanto abriam caminho por entre os que dormiam.
Apesar de estarem se afastando das últimas brasas da fogueira, a praia estava bem iluminada. O luar estava cheio e belo. Mesmo que nenhum dos dois falasse algo, o silêncio não era completo. O som das ondas indo e vindo era tão bom quanto constante.
— Tem alguém aí? — ouviu a voz de Edmundo ao seu lado.
— Não — respondeu. — Foi dar uma volta.
— Então eu posso fazer isso.
O garoto soltou seus braços e içou-a até coloca-la no ombro esquerdo. Adria sufocou um grito, a fim de não acordar quem dormia no acampamento.
— Mas o que é que você está fazendo?! — exclamou.
— Alguns diriam que é possível ser um sequestro. Você pode ter uma teoria diferente.
— Me. Coloque. No. Chão. — Ela disse pausadamente. — Agora!
Mas ele apenas riu.
— Fique quieta.
A garota começou a tentar se desvencilhar, mas tudo o que conseguiu foi desequilibrar Edmundo, derrubando a si e ao garoto no mar.
— Argh!
— Eu disse para ficar quieta — o garoto deu de ombros, se levantando da água.
— O que você estava fazendo? — ela perguntou. — Não, deixe para lá.
Saiu do mar torcendo o cabelo, a fim de expulsar a água.
— Eu estou molhada — disse, fazendo uma careta.
— Se você tirar a roupa, ela seca mais rápido — Edmundo alvitrou.
— Não seja ridículo — Adria revirou os olhos, mas riu.
— Mas eu estava falando sério — ele replicou, também rindo.
— Que seja — ela deu de ombros. — Eu não vou tirar a roupa.
— É melhor voltar para perto da fogueira — Edmundo disse.
Adria torceu o nariz.
— Certo.
Enquanto caminhavam, o céu tornou-se cinzento, indicando o novo dia.
— Bem na hora — gracejou o garoto.
Quando chegaram perto o suficiente do acampamento, todos já acordavam. Caspian foi o primeiro a se levantar e, pelo que parecia, procurava por Edmundo.
— Oi?
O mais velho lhes mostrou enormes pegadas na areia da praia. Todas iam e voltavam a partir de um saco de dormir vazio.
— Cadê a Lúcia? — Edmundo perguntou a ninguém em especial.
Adria olhou ao redor. Não havia sinal de Lúcia em lugar algum.
— Calem a boc... — ouviram a voz de Raisha se elevar e sumir. — O que são essas coisas?
Edmundo não prestou a mínima atenção nela, gritando em seguida: — Lúcia! Lúcia!
— Todos de pé — Caspian elevou a voz para que todos o ouvissem.
— Levanta! — Drinian murmurava para um e outro.
Rapidamente, todos ficaram de pé e postaram-se a seguir as pegadas. Mas Raisha deslocava-se para o limite da floresta.
— O que você está fazendo? — Adria perguntou ao alcança-la.
— Ouvi ruídos — foi só o a garota respondeu.
— E por isso vai entrar aí?
— Gosto de florestas — apoiou os braços num grosso galho que se projetava de um enorme carvalho e içou-se para cima, sentando e logo após pulando para o outro lado. — E isso parece ser só um bosque.
Adria limitou-se a se agachar para passar. Tudo o que podia fazer agora era acompanha-la.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
Ei pessoas, eu estava com saudades de vocês! Sejam legais e falem o que acharam (um ultraje, provavelmente), ok?
Kisses ♥