Essa é uma história de possibilidades e fatos.

Não espere por nada excepcional. Não espere por heróis, não espere por romance, não espere por um protagonista que ajude os outros e, acima de tudo, não espere que isso tudo realmente tenha acontecido.

Recomendo também, pra que não acredite no que é dito aqui, nessa história. As opiniões são coisas preciosas, mas extremamente frágeis. Por favor, não mude suas opiniões e crenças pelo o que nossos odiados personagens dizem aqui.

Pensando bem, as crenças e opiniões de uma pessoa são o que constitui a verdade. Se crenças e opiniões são relativas, então a verdade também é relativa. Sendo a verdade relativa, a verdade é falsa, de acordo com o bom senso, onde a verdade é absoluta.

Não que eu realmente queira me meter com algo problemático como descobrir o que a verdade é. Não que eu queira saber o que ela é, muito menos que eu queria mudar o que ela é. Até porque, eu nem sei o que é a verdade como conceito, ideal ou prática.

E nada disso me interessa.

Sim, eu pouco me interesso sobre a natureza das coisas. Eu pouco me interesso pelo mundo. Falando a verdade, não é como se eu realmente existisse, é mais como se eu fosse uma parte da personalidade de algum cara egoísta que não liga pros sentimentos dos outros.

Afinal de contas, esse aqui é o único lugar em que ele pode expressar o que pensa, de diferentes formas. Tudo aqui se move como ele quer, tudo aqui é só um meio pro verdadeiro fim: a destruição dos conceitos esdrúxulos que as pessoas têm sobre as mais variadas coisas.

Às vezes, nós fechamos nossos olhos pra verdade em prol de negar as “anormalidades” que nos cercam, tal como fantasmas ou algo do tipo. Vê quem quer, não vê quem não quer. O que lhe for mais conveniente é o que se faz, creio eu. Não que deva ser feito. Agora, o que é anormal e o que é normal, em realidade? O que é o que não é? Isso é algo que eu não sei e me recuso a saber. A ignorância é uma benção. A partir do momento em que se saiba de algo, deve-se fazer algo em relação a esse algo. Ovos saem do orifício anal das galinhas, isso é nojento, logo, eu não como mais ovos.

Simples e complicado assim.

Mesmo assim, eu não ligo pro que acontece ou deixa de acontecer aqui. Depois que isso tudo acabar, eu vou desvanecer entre as linhas desse texto e, eventualmente, perecerei junto com os ideias aqui emitidos (e omitidos).

Continuando na destruição do seu conceito de verdade... A verdade é algo inconsistente, variável, parcial e passível de interpretações diferentes, pois ninguém é igual, ninguém passou pelas mesmas experiências. Em suma, a verdade é a interpretação que uma pessoa tem da realidade. A verdade é sua opinião, a verdade é a minha opinião.

Mas então, o que é a realidade?

Não, eu não vou responder isso. Até porque, eu não tenho um conceito com o qual eu me sinta satisfeito. Provavelmente seria algo como “A realidade é o que faz parte de nós como um todo, é o que nos influencia e o que sustenta nossas mentes em um lugar longe da loucura”, e isso não me deixa satisfeito. É vago demais e eu não tenho um motivo pra pensar mais do que isso. Hora ou outra, eu vou esquecer a insatisfação. Até porque, uma hora ou outra eu vou sumir.

De qualquer forma, essa não é a minha história.

Essa é a história de um garoto chamado Kuraragi Shion, de uma garota chamada Ayame Asuka e de outra garota chamada Hiyori Harumi. Também tem os amigos deles, mas creio que o nível de importância deles aqui é quase nulo.

Como eu disse antes, é melhor não esperar por nada dessa história. Não espere por romance ou felicidade, porque tudo o que eu quero ver aqui é o desespero de quem lê isso.

Se você leu isso aqui sem me xingar, eu lhe parabenizo. Um dia eu ainda te compro uma lata de refri.

Duvide de tudo.

Inclusive de tudo que eu falei aqui.