Is she a Barbie girl? escrita por Lets


Capítulo 29
Capítulo 29


Notas iniciais do capítulo

Meu Deus, to de volta, meus amores!
Antes de mais nada, muito obrigada, DelFolt, pela recomendação!!! Iluminou minha semana!!!
Preparem seus coraçõezinhos, porque esse capítulo ta cheeeeeeeio de tretas! Espero que vocês gostem...
Eu to com umas dúvidas sérias e preciso muito da ajuda de vocês, então, por favor, LEIAM AS NOTAS FINAIS!
Espero que gostem



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– Ai! - ouvi Mari reclamando

Talvez sua reclamação fosse de dor, por causa da força que minhas mãos apertavam sua pele nua. Mas eu não podia evitar. A raiva e a excitação tomaram conta do meu corpo de modo que não conseguia diminuir o ritmo das estocadas ou o aperto de minhas mãos.

A joguei rudemente em cima da cama e fui para cima dela. Segurei seus pulsos a cima de sua cabeça com uma mão, e com a outra, apertei seu seio. A penetrei sem mais delongas. Ouvi um grito seu. De dor? Talvez, mas não estava com cabeça para me preocupar com isso.

Continuei estocando rápido, forte e duro. Minhas mãos a apertavam por onde passavam. Ouvia seus gemidos, ora de dor, ora de prazer. Abaixei meu rosto e mordi seu pescoço, sentindo o orgasmo tomar conta de mim. Me desfaleci ao seu lado, ofegando. Ouvi seus arfares e arquejos ao meu lado e me virei para olhá-la. Passei o braço por sua cintura mas ela logo o retirou de lá.

– Não, Rafael. - ela disse e se levantou, andando com dificuldade até o banheiro

Bateu a porta atras de si e eu senti meu mundo desabar.

Eu havia sido grosso com ela. Nem me importei se ela havia gozado ou não. Só me importei comigo mesmo. A raiva que tinha de Andrew me transformou em um monstro.

Ouvi o chuveiro sendo ligado e me levantei, andando até o banheiro. Por sorte, Bárbara não estava em casa.

Bati na porta, mas ninguém respondeu. Tentei girar a maçaneta, mas estava trancada. Optei por me desculpar logo, antes que fosse tarde demais. Isto é, se ainda não for tarde demais... Não! Não posso me deixar pensar assim. Não posso perdê-la por uma falta de controle estúpida. Não depois de tudo que já passamos.

– Mari? - chamei, mas ela não respondeu - Amor, eu sei que você está me ouvindo. Por favor, abre a porta. - pedi e, em resposta, ouvi uma fungada - Ah princesa, não chora. Me desculpe. Nunca quis te machucar. - falei com a voz embargada - Mari, por favor, abra a porta. Vamos conversar. - implorei

– Conversar?! - ela gritou, escancarando a porta - Agora você quer conversar?! Agora que já gozou, já me usou e me marcou, quer conversar?!

– Princesa, me perdoe. - estiquei minha mão para tocar em seu braço, porém ela recuou

– Não me chame de "princesa". - ela respondeu entredentes - Não tem mais volta, Rafael.

– Não fala isso. Já pedi perdão. Imploro de joelhos, se você quiser. Só não me diga que não tem volta.

– Não tem, porra. Você me usou. Me machucou. E ainda quer que eu te perdoe?

– Você sabe que eu não sou assim.

– Se você não é assim, por que fez isso? - lágrimas encheram seus olhos verdes, fazendo o nó em minha garganta aumentar

– Eu só... Não sei. Andrew me irritou, acho que meu lado possessivo tomou conta de mim. Você sabe que eu te amo e não sei mais viver sem você. Sabe que sou ciumento, mas tento ser carinhoso com você. Sabe que eu nunca faria nada para te machucar.

– Mas machucou, Rafael. Machucou.

– Eu sei, e vou me culpar eternamente por isso. Mas, por mais egoísta que isso possa ser, eu te imploro para que não me deixe. - senti meus olhos marejarem

– Eu preciso pensar. - ela sussurrou, olhando para o chão

Virou, voltou a entrar no banheiro e fechou a porta atras de si. Minhas pernas fraquejaram e me levaram ao chão. Sentia minhas lágrimas escorrendo por minhas bochechas e me encostei de costas na parede ao lado da porta do banheiro, escondendo meu rosto entre as mãos.

Podem ter se passado minutos, ou horas, eu não saberia dizer. Só sabia que Mari continuava trancada no banheiro, e eu continuava sentado do lado de fora. Ouvi seu celular tocar, recebendo uma mensagem. Não queria ler, mas a curiosidade foi mais forte do que a consciência. Levantei e voltei ao quarto, achando seu celular em cima do criado-mudo. Não precisei desbloquear a tela para ler a mensagem.

"Vamos sair hoje à noite, gata?"

Andrew. Filho da puta. Desgraçado. Quase joguei o celular na parede, mas Mari não podia saber que eu tinha mexido em suas coisas. Deixei o aparelho no lugar em que o encontrei e fui vestir uma roupa.

Melhor dar uma volta para me acalmar e dar um tempo para ela pensar. Mais tarde conversaremos. Ela não aceitaria sair com Andrew, certo? Espero que não.

Saí do prédio e comecei a andar, sem objetivo nenhum em mente. Depois de 20 minutos, percebi que tinha dado a volta no quarteirão, e que estava em frente ao prédio de Bárbara novamente. Olhei ao redor e vi uma garota loira andando imponentemente do outro lado da rua. Reconheceria aquele corpo a quilômetros de distância. Não queria bisbilhotar, mas, novamente, a curiosidade foi mais forte, e a segui, a uma distância segura.

O dia já começava a escurecer, apesar de ser verão, e o vento começava a bater mais forte.

Segui Mari por ruas iluminadas e movimentadas. De início, pensei que ela só tivesse saído de casa para espairecer. Passear um pouco, esfriar a cabeça, como eu. Notei que estava enganado quando a vi entrar em um pub.

Entrei logo atrás, sem pensar duas vezes. Meu sangue borbulhou quando a vi abraçando aquele canalha. Mantive-me ligeiramente escondido, mas ainda conseguia vê-los perfeitamente.

Mari ria de algo que Andrew falava. Ela já tinha bebido algumas cervejas, e estava alegre demais. O vi inclinar-se para frente e sussurrar algo em seu ouvido. Ela riu ainda mais alto e sacudiu a cabeça, afirmando. Ele se inclinou novamente, encostando os lábios em sua bochecha de porcelana, perto da boca. Mari riu, o empurrou delicadamente e balançou a cabeça, negando.

Mas é claro que ele foi insistente, e se inclinou novamente, passando o braço por sua cintura fina, a trazendo para mais perto de seu corpo nojento. Seus rostos estavam perigosamente perto. Me levantei e comecei a andar em direção aos dois. Podia ter sido um idiota, mas corno não seria.

– Não, Andrew, eu ainda o amo. - ouvi a voz de minha princesa

– Esqueça aquele pirralho. Você precisa de um homem de verdade. - ele afirmou e pude perceber que não estava bêbado

O desgraçado embebedou minha garota para usá-la. Filho da puta! Mas isso não ficará por isso mesmo.

– Andrew, sério. Me solta. - sua voz estava ligeiramente embargada, e seus olhos estavam desfocados, denunciando o álcool em seu sangue

– Vem aqui, gata. - ele a puxou para mais perto

Meu sangue ferveu e dei mais dois passos largos, alcançando as costas de Andrew.

– A moça pediu para larga-la. - falei, puxando seu ombro

Ele se virou e me olhou, incrédulo.

– E quem vai me obrigar a soltá-la? - ele respondeu, tirando os braços de minha namorada e se levantando, ficando mais alto do que eu

– Olha, cara, na moral. Tanta garota pra você. Eu só quero essa daqui. - apontei para Mari

– Tarde demais, garanhão. A garota já é minha.

– Andrew, sério.

– Dá o fora, pirralho. Vai brincar de carrinho.

Fechei minhas mãos em punhos e acertei um soco de direita em seu olho. Ele me olhou, boquiaberto, enquanto passava a ponta dos dedos em cima de seu mais novo hematoma.

– Atitude errada, garoto.

Previ sua ação um segundo antes de realmente acontecer. Quando percebi, já estava jogado no chão, com o maxilar dolorido. Me levantei o mais rápido que pude e fui para cima dele.

Rolamos no chão, trocando socos e xingamentos. Não podia dizer que a situação estava de igual para igual, sendo que eu me sentia perdendo mais energia do que ele. Estava dolorido em tantos lugares que já nem podia dizer onde ou quantos hematomas teria.

Ouvia gritos ao nosso redor também. Alguns incentivando nosso desentendimento, outros chamando os seguranças e uma voz em especial me chamou a atenção. Esta gritava para que parássemos. Gritava meu nome com pesar. Gritava o nome de meu oponente com fúria.

Não percebi o tempo passar. Talvez tivessem se passado minutos, ou até mesmo, uma hora, desde o início de nossa briga. Até que senti braços me puxando para longe dele. Olhei ao redor e percebi que os seguranças do pub nos levavam para fora do lugar. Fomos jogados na calçada de qualquer jeito.

Cuspi sangue enquanto me levantava, preparado para continuar de onde tínhamos parado. Andrew também já estava de pé e ajeitava suas mãos em punhos, na frente de seu rosto, tanto para se defender como para me atacar.

Me preparei para sentir seu soco em meu rosto e fechei os olhos, ainda não recuperado o suficiente para me defender. Senti um corpo se chocar contra o meu e o segurei pela cintura, por causa do cheiro de laranja que invadiu minhas narinas.

– Chega, Andrew. Vá embora.

– Mariana, isso não tem nada a ver com você. Saia da minha frente.

– Já mandei você embora.

– Mariana, você tem 5 segundos para sair por vontade própria, se não, te arranco daí.

Senti sua mão apertar minha coxa e fechei os braços em sua cintura.

– Cinco.

Inclinei a cabeça e encostei meus lábios em seus cabelos, ganhando forças por sentir seu cheiro.

– Quatro.

– Me perdoe. - sussurrei baixo o suficiente para que somente ela ouvisse

– Três.

– Eu te amo, princesa. - murmurei em seu ouvido e me preparei para tirá-la dali

– Dois.

Usei meus braços que estavam em volta de sua cintura e a empurrei para o lado. Parti para cima de Andrew antes que ele tivesse uma chance de reação. Meu chute em seu estômago o fez ofegar e inclinar para frente, baixando sua guarda. O segurei pela gola da camisa levantando o joelho em direção ao seu rosto, sentindo seu nariz quebrar no choque. Ele caiu de lado no chão, gemendo de dor.

– Pense melhor antes de mexer com a minha garota. - falei, ao abaixar ao seu lado

Me levantei e chutei novamente sua barriga, antes de dar as costas e ir embora, enlaçando a cintura de Mari no caminho. Eu podia até ter saído vitorioso na briga, mas as consequências eram claras.

Minha perna esquerda doía, me fazendo mancar; meu maxilar ardia e estava inchado; meus olhos lacrimejavam e minha visão estava turva; não conseguia respirar direito; meus braços latejavam; minhas mãos ficariam calejadas; minhas costas estavam acabadas. Além de tudo, ainda tinha o medo estampado no rosto de Mari. Esse fez meu coração se apertar. Ela não devia ter me visto desse jeito.

Senti seus braços em minha cintura, me apoiando. Nosso caminho foi dolorosamente silencioso. Seu silêncio doía mais do que todos os socos e chutes que levei de Andrew.

– Fala alguma coisa. - pedi, baixinho

– O que você quer que eu fale? Que você é um estúpido? Disso você já sabe. Que eu estou decepcionada com a sua atitude? Você também já deve saber.

– Você me perdoa?

– Pelo que, Rafael? Porque você fez tanta merda que eu nem sei mais pelo que você quer que eu perdoe.

– Pelo que eu fiz com você mais cedo.

– Quer dizer me usar como um objeto sexual?

– Não te usei, Mari. Eu perdi o controle depois de ter visto Andrew te comendo com os olhos. Aí junta isso com as três semanas sem te tocar. Deu nisso. Não que minha atitude tenha justificativa, mas... - suspirei, não sabendo mais como explicar algo sem explicação - Entendo se você não quiser mais olhar na minha cara.

– Não é assim também. Eu odiei o que você fez e estou com muita raiva. Mas eu te amo. Só preciso de um tempo para me acalmar. - ela respirou fundo, parecendo livrar um peso de suas costas

Estreitei meus braços ao redor de seu corpo, sentindo um pequeno sorriso brotar em meus lábios. Beijei seus cabelos.

– Eu te amo. - sussurrei em seu ouvido, sentindo-a estremecer em meus braços - Devo me desculpar por ter brigado com Andrew?

– Sim.

– Por quê?

– Porque foi uma atitude irracional, desnecessária e estúpida. Você já viu o tamanho dele?! Considere-se com sorte por ter saído inteiro de lá.

– Ei! Está dizendo que eu sou fraco?

– De jeito nenhum. Só estou dizendo que ele tem o dobro da sua força, e o dobro da sua experiência. Sei o que ele pode fazer.

– O que quer dizer?

– Namorei 6 meses com ele, Rafa. Ele se meteu em mais brigas do que disse que me amava. Vi pessoas indo direto para o hospital com ossos quebrados, hematomas maiores do que os meus punhos, e hemorragias, tanto externas quanto internas. Perdi as contas de quantas vezes tive que tirá-lo da cadeia, por causa de brigas que ele se metia.

– E seus pais deixavam vocês namorarem? Vitor deixava?

– Eu nunca precisei da aprovação de ninguém. Mas sim, no início eles permitiram. Até que eu passei a mentir constantemente para eles, dizendo que ia dormir na casa de uma amiga, quando, na verdade, ia pagar a fiança dele na cadeia. Vitor foi o primeiro a descobrir e me confrontou, antes de contar para meus pais. Quando eles souberam, restringiram minhas saídas misteriosas e controlavam meu telefone e computador. Minha mãe, mesmo estando longe, tinha um grande domínio sobre minha vida. - ela deu uma risada triste - Nosso namoro se tornou cada vez mais impossível de dar certo. Até que ele se cansou de tentar, terminou comigo e, menos de 24h depois, já estava namorando outra. Não duvido que ele tenha me traído, mas sempre que perguntei, ele negou. Enfim. É passado.

– Ele já te bateu? - perguntei, temendo a resposta

– Não. - suspirei, aliviado - Mas sei de mulheres que foram agredidas por ele. Lógico que nunca foi provado nada, nenhuma delas testemunhou contra ele, então a polícia não teve como prendê-lo por isso.

– E mesmo sabendo de tudo que você sabe, vendo tudo o que viu, você ainda confia nele? Ainda é amiga dele?

– Eu sei que é idiota e, honestamente, não tem uma explicação plausível pra isso. Mas ele é uma boa pessoa, por baixo disso tudo. Além de ter sido meu primeiro amor.

– E o que isso tem a ver?

– A gente nunca esquece o primeiro amor, Rafa.

Suspirei, chateado. Ela ainda era ligada a ele, de alguma forma. "A gente nunca esquece o primeiro amor". Nunca mesmo? Nem mesmo quando se acha o segundo amor?

– Não to dizendo que o amo. Mas tenho um carinho por ele.

– E esse carinho nunca vai passar?

– Você teve um primeiro amor?

– Você.

– Antes de mim.

– Você sabe que não.

– Imagine que eu fosse o maior problema da sua vida. Conseguiria me odiar?

– Não tem como te odiar.

– Exatamente. Não posso odiá-lo. Por mais que ele me dê motivos para isso, não posso. Mas me manterei longe. Por consideração a você.

– Obrigado... Eu acho.

Ela deu uma risada triste e apertou os braços em minha cintura, ainda me ajudando a andar. Meu corpo inteiro doía, mas acho que não quebrei nada, o que é um bom sinal.

Chegamos ao prédio de Bárbara e subimos, passando direto pelo porteiro, que não fez questão de perguntar nada.

– Oh meu Deus, honey, o que aconteceu com você? - Bárbara gritou assim que me viu, correndo até mim

– Andrew. - Mari respondeu, simplesmente

– Mariana Zannini Leite, o que você aprontou?

– Longa história, mãe. Mas preciso ajudar o Rafa primeiro. Depois te explico.

– Leve-o até o balcão da cozinha. Vou pegar a caixa de first aid. ela saiu correndo, enquanto Mari me levava até a cozinha, e me ajudava a sentar no banco

Minha namorada se afastou de mim, andando até a geladeira, pegando alguns cubos de gelo e os enrolando em uma toalha. Voltou até mim e, muito delicadamente, colocou a toalha em meu olho esquerdo. Xinguei baixinho, mas tenho certeza que ela ouviu, porque afastou um pouco o gelo.

– Desculpe. Vai doer um pouco, mas é melhor isso do que inchar depois.

Assenti e tentei relaxar no banco. Mantive os olhos abertos, atento a qualquer movimento seu. Como alguém poderia ser tão perfeita? Mesmo depois do meu descontrole hoje de manhã, depois da briga que eu arranjei, ela ainda cuidava de mim como se eu fosse seu bem mais precioso.

Bárbara chegou onde estávamos com uma caixa de primeiros-socorros na mão. Deixou-a em cima da bancada ao meu lado e a abriu, procurando alguma coisa.

– Pode deixar, mãe. Eu cuido dele.

– Não quer ajuda?

– Não precisa. Obrigada.

Bárbara assentiu e saiu da cozinha, me deixando a sós com Mari, que prestava atenção demais no que estava fazendo, evitando me olhar nos olhos. Ela pegou uma pomada de dentro da caixa e passou ao redor de meus olhos, causando uma sensação refrescante. Depois pegou uma gaze e a embebeu com soro fisiológico, passando em cima de minha sobrancelha esquerda e em meu lábio inferior.

– Ai. - reclamei - Cortou? - ela só assentiu, ainda não me olhando nos olhos

Mari continuou limpando meus ferimentos e passando pomada em meus hematomas. Seus dedos eram tão leves que eu quase não os sentia. Depois de um tempo, suspirou, se afastou de mim, jogando as gazes usadas fora e fechando a caixa.

– Vem. - ela ainda não tinha me olhado nos olhos, mas pegou minha mão e me puxou para seu quarto, lentamente

Fechou a porta atrás de nós e me empurrou para sua cama. Eu ainda mancava, mas a dor em minha perna já era menor. Me sentei na ponta de sua cama, e ela se sentou ao meu lado, tirando os próprios sapatos e depois, os meus.

– Deite de barriga para baixo.

Fiz o que ela pediu, não entendendo qual era o seu objetivo. Tomei cuidado ao encostar meu rosto em seu travesseiro, optando por deixar minha bochecha apoiada somente. Senti o colchão se mover um pouco, enquanto Mari se ajeitava e então senti suas mãos em minhas costas, massageando.

– Hum... - gemi baixinho, sentindo seus dedos trabalharem

– Está bom? - ela perguntou e eu assenti, com um sorriso no rosto, fechando os olhos

Passamos alguns minutos assim e senti a dor de minhas costas se esvaindo, enquanto o prazer tomava conta. Suspirei, me sentindo bem melhor. Ouvi uma fungada vinda de trás de mim. Abri os olhos imediatamente, dando de cara com Mari chorando.

– Ei, ei. O que foi? - perguntei, me sentando ao seu lado enquanto ela secava as bochechas com o dorso da mão

– Minha mãe tem razão. A culpa é minha. Eu nunca deveria ter saído com Andrew. - mais lágrimas escaparam de seus olhos

– Você acha que é culpa sua de nós termos brigado?! - perguntei, precisando ter certeza desse pensamento absurdo

– É claro que é. Se eu não tivesse saído com ele, você não estaria machucado.

– Ah, não, meu amor. Lógico que não. - a abracei, encaixando seu rosto em meu pescoço - Se alguém é culpado, esse alguém sou eu. Afinal de contas, eu que te maltratei hoje de manhã e, se você não estivesse brava comigo, não teria saído com ele.

– Como você sabe?

– Eu não teria deixado. Pelo menos, não sem eu ir junto. - pensei um pouco - Viu só? De qualquer maneira, teríamos brigado. Coisa do destino. - falei, tentando amenizar o clima

Deu certo até certo ponto. Ela riu. Mas seus olhos ainda estavam marejados. A abracei mais forte e beijei seus cabelos, nunca mais querendo me afastar.

– Eu te amo, Mari. Não importa o que aconteça, mantenha isso em mente, ok? - ela assentiu, ainda com o rosto enfiado em meu pescoço

Passamos o resto da noite abraçados, deitados em sua cama. Não pregamos os olhos, mas também não conversamos muito. Somente aproveitamos um ao outro, em silêncio.


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Notas finais do capítulo

E aí? Opiniões?
Bom, como eu disse nas notas iniciais to com muitas dúvidas... E essas dúvidas são sobre a continuação da história...

Vocês querem uma segunda temporada? Ou preferem que eu deixe essa temporada mais longa mesmo?
Tive várias ideias para o futuro deles, mas eu preciso da opinião de vocês! Devo escrever sobre a vida deles quando adultos? Ou vocês preferem que eu pare por aqui, deixando o resto com a imaginação de cada um?
Por favor, me digam! Juro que to perdida nesse aspecto...

MAIS UMA DÚVIDA MINHA: vocês não tem me seguido no Twitter, me fazendo pensar que talvez não seja a rede social mais apropriada pra conversar com vocês... O que vocês preferem? Um grupo no facebook? No WhatsApp? Me digam como eu posso ficar mais perto de vocês!

Twitter: @le_prior
Fic nova: Forbidden Angels
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Beijos, até a próxima