Is she a Barbie girl? escrita por Lets


Capítulo 13
Capítulo 13


Notas iniciais do capítulo

E aí, galera?! Tudo bom?
Voltei no dia previsto hein?! Hahahaha
Vou tentar postar outro antes de sábado que vem, mas não garanto...
Espero que gostem



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Não pude deixar de beija-la. Ela cantou com tanta emoção... Foi tão bonito de se ouvir. Percebi que ela tem uma conexão com essa música, mas não sei o motivo. Bom, não sei muitas coisas sobre ela.

Nosso beijo começou calmo, mas logo foi esquentando. Minha mão que estava em seu rosto, passou para sua nuca, a segurando perto de mim. Suas mãos arranhavam minhas costas por baixo da camisa. Fui me inclinando para cima dela, a forçando a ir para trás e deitar na minha cama, com meu corpo cobrindo o seu. Não pensei exatamente no que estou fazendo, só estou me deixando levar. E ela também.

Sinto seus dentes puxarem meu lábio inferior, me fazendo gemer baixinho. Senti um sorriso se formar em seus lábios e aproveito para pedir passagem com a minha língua. Ela cede sem hesitar. Mantenho minha mão em sua nuca e escorrego a outra por sua cintura até alcançar sua coxa. A aperto e é a vez dela soltar um gemido.

Ouço um pigarro e me levanto em um pulo. Olho para a porta do meu quarto (que está aberta) e vejo Miranda parada de braços cruzados, batendo o pé, com uma expressão carrancuda.

– Miranda! Sai daqui! - grito para ela

– Você ia mesmo transar com ela aqui, Rafael? - ela pergunta, como se isso fosse algo de outro mundo

– Já mandei sair daqui, caralho!

– Você nunca comeu nenhuma das suas peguetes aqui. Vai começar a infestar a casa com o cheiro de sexo, é?!

– Velho, eu vou te matar! - gritei e saí correndo atrás dela

Ela correu de mim e percebi que estava rindo de mim. Filha da puta, só fazia aquilo para me provocar. Mas não parei de correr. Ela desceu as escadas e eu desci atrás dela.

– Ai porra! - gritei quando senti uma câimbra no meu pescoço

– Rafa, ta tudo bem? - minha mãe brotou na minha frente

– Câimbra, câimbra, câimbra. - gemi de dor e vi minha mãe se desesperar

– Ai meu Deus. Vamos já para o hospital!

Ela é exagerada. Nunca sabe o que fazer quando alguém tem câimbra na sua frente e sempre acha que a pessoa vai morrer, agonizando de dor no músculo.

– Calma, dona Camila. Eu resolvo. - ouvi a voz de Mari surgir atrás de mim

– Você sabe fazer a câimbra passar? - minha mãe perguntou, distraída da minha dor, momentaneamente

– Aham. Minha mãe costumava ter muito disso e sempre via meu pai cuidando. Acabei aprendendo. Vem, Rafa. - ela pegou minha mão e me guiou até o sofá da sala

Eu não mexia meu pescoço. Doía demais. Se você nunca teve uma câimbra no pescoço, não queira ter. É a pior sensação do mundo.

Me sentei no sofá e Mari se sentou atrás de mim, no encosto.

– Me desculpe por pisar no seu estofado, dona Camila.

– Não tem problema, querida. Só faça a dor do meu filho passar. - minha mãe realmente é a rainha do drama

Mari colocou as mãos nos meus ombros, na base do pescoço. Tremi de medo e isso piorou a dor. Gemi novamente.

– Você tem que tentar relaxar. - Mari falou

– Não consigo. Vai doer.

– Confie em mim. Não vou deixar doer por muito tempo.

Tentei fazer o que ela pediu, mas foi mais difícil do que eu imaginava. Ela viu que eu não relaxaria sozinho, então começou a massagear meus ombros. Quando eu não tensionava tanto assim, suas mãos passaram ao meu pescoço. Ela começou apertando levemente, mas logo suas mãos ficaram mais pesadas e realmente massageavam meu músculo, o fazendo relaxar.

A dor passou, e o prazer tomou seu lugar. Sorri e fechei os olhos, aproveitando a sensação de ter suas mãos em mim.

– Melhorou? - Mari me perguntou e eu assenti

– Ah querida! Você é mágica! - minha mãe exclamou

– O que é isso... Eu só aprendi a lidar com a tensão muscular. - Mari respondeu e abri os olhos bem a tempo de vê-la corar

Suas mãos pararam de me massagear e eu olhei para ela, querendo que ela continuasse. A mesma riu da minha cara de cachorro-que-caiu-do-caminhão-de-mudança e saiu de trás de mim, descendo do sofá.

– Aliás, não sabia que você viria hoje, querida. - minha mãe comentou

– É, estamos fazendo um trabalho para a escola. - respondi e vi Mari corar novamente, provavelmente porque o nosso "trabalho" até agora não tinha nada a ver com a escola

– Aham, claro. Escola, né Rafael?! - Miranda brotou atrás da minha mãe

– Ah, apareceu pirralha?! Ótimo. - ia começar a correr atrás dela de novo, mas uma mão macia segurou meu braço

– Rafa, temos que fazer o trabalho. - Mari me repreendeu e eu concordei

Subimos para o meu quarto e fechei a porta, para o caso de voltarmos a "trabalhar" do jeito que estávamos fazendo antes.

– Obrigado. - falei

– Pelo quê?

– Pela massagem, pelos beijos... - sorri quando a vi corar

– De nada. - ela sorriu de volta

Dei um passo a frente e puxei seu rosto para o meu, roçando nossos narizes. Encostei minha testa na dela, segurando seu queixo. Senti sua respiração ofegante bater em minha bochecha e um sorriso plantou em meus lábios.

– Eu acho que... - comecei, mas não tive coragem de continuar

– O que você acha? - ela perguntou, curiosa, me olhando nos olhos

– Eu acho que estou me apaixonando por você. - sussurrei com os olhos fechados

A próxima coisa que senti, foram seus lábios esmagando os meus, num beijo furioso. Sua língua invadiu minha boca e suas mãos puxaram meu cabelo e arranharam minha nuca. Começamos a ofegar, então passei meus lábios para sua bochecha, seu maxilar e seu pescoço.

– Ai Rafa... - ela gemeu - Eu... Eu acho que...

Esperei ansioso para que ela completasse a frase. Estava certo de que ela diria que está apaixonada por mim também. Me afastei um pouco, a ponto de olhá-la nos olhos. Ela ainda está ofegante.

– Ãhn, eu acho que... Devíamos começar a pesquisar sobre o autor. - ela disse, sem mais nem menos, se desvencilhando dos meus braços

Fiquei estático. Como assim? O que tinha acontecido com aquele clima todo de dois segundos atrás? Ela está me dando um fora?

Puta que pariu, eu sou um idiota mesmo. Me declarando assim, do nada, para a única garota que não queria nada comigo.

A observei se sentar na minha escrivaninha, ligar meu notebook e começar a pesquisar. Continuei parado no mesmo lugar.

– Ah, ãhn... Ta bom. Já venho. - falei e saí do quarto, fechando a porta atrás de mim

Senti como se tivesse levado um soco no estômago. Estou sem ar e desci as escadas, encontrando minha mãe na cozinha.

– Filho? O que foi? Câimbra de novo?

Arquejei e me sentei à mesa, respirando fundo e tentando retomar o controle do meu corpo.

– Rafa? O que está acontecendo?

– Ai, mãe. Eu me fudi. Pela primeira vez na vida, me fudi por amor. Puta que pariu.

– Rafa, calma. Respira fundo e começa a me contar direitinho o que aconteceu.

– Mãe, eu... Ah, eu não sei.

– Rafael, pára agora com esse cu doce e me fala o que aconteceu.

– Eu admiti pra ela. Admiti que to apaixonado.

– Isso é ótimo! Qual é o problema?

– O problema é que ela não correspondeu. Eu admiti, ela me beijou e depois me cortou falando que era melhor a gente fazer o trabalho.

– Ah, Rafa, ela ainda deve estar confusa. Não pressiona a menina. Olha, quer um conselho? - assenti e ela continuou - Volta lá pra cima, finge que nada aconteceu e mais tarde, nós conversamos melhor.

– Como vou fingir que-

– Rafael, chega né?! Desde quando meu filho é viado?!

– Ai, grossa. Mas ta certo. Vou lá então, mãe. Obrigado.

Respirei fundo e subi para o meu quarto. Entrei sem falar nada e Mariana também não se pronunciou. Acabamos o trabalho três horas depois de começar.

– Então, acho que já vou... - ela falou

– Aham. - respondi, sem olhá-la

– Até amanhã, Rafa.

– Tchau.

Ela saiu do meu quarto e fechou a porta. Me joguei na cama, de barriga para baixo, afundando meu rosto em meu travesseiro.

– Cara, qual foi a merda que você fez agora?! - ouvi a voz de Gabriel atrás de mim

– Oi pra você também. O que faz aqui?

– Oi o caralho, e eu to aqui porque tava afim de vir. Por quê? Ta me expulsando?

– Não, mas-

– Foda-se. Fala aí, que merda você fez agora?

– Em relação ao que?

– Mariana, né idiota.

– Por que você acha que eu fiz merda?

– Eu tava entrando na tua casa quando ela saiu de cabeça baixa. Quando eu a cumprimentei, ela me olhou por uma fração de segundo, mas vi que tava chorando. Então eu repito a minha pergunta: que merda tu fez agora?

– Cara, eu não fiz porra nenhuma.

– Larga a mão de ser mentiroso.

– Juro que não fiz nada que fudesse com tudo! Pelo menos, na minha concepção, não deveria fuder...

– Rafael, o que você fez?

– Eu admiti que estou apaixonado por ela.

– O quê?

– Exatamente. Eu falei na cara dela: "eu acho que estou me apaixonando por você". Aí ela me beijou. E de repente me afastou e disse que era melhor nós fazermos o trabalho. E foi isso. O clima ficou estranho, não conversamos mais, aí ela foi embora.

Gabriel está boquiaberto, me olhando como se eu fosse de outro planeta.

– Dá pra parar com isso? Parece até que nunca me viu na vida. - resmunguei

– Velho, desculpa o meu choque, mas ouvi meu amigo admitir que ta apaixonado por uma menina. E o melhor: provavelmente, a única menina que ta pouco se fudendo pra ele.

– Porra, valeu mano. Grande ajuda a tua.

– Olha, Rafael, na moral, não tem muito o que fazer nesse caso. O que você quer que eu fale?

– Eu sei lá... Nada, eu acho.

Ouvi um celular tocar e Gabriel atendeu.

– Alô? - pausa - Oi. Fala. - pausa - Sei, to com ele agora. - pausa - Aham, ele disse. O que ela falou? - pausa - Ah, qual é Cintia. Me ajuda nessa! - pausa - Como assim?! - pausa - Mas... - interrupção - Ta bom, ta bom. Eu entendo. - pausa - Beijos.

– E aí? O que ela falou? - perguntei, desesperado

– Desculpa, cara. Mas a patroa mandou eu não te falar nada.

– O quê?! Ah, velho, não me fode mais!

– Foi mal, mas não posso.

– E o que você quer que eu faça?!

– Conversa com a Mari. Na moral, isso é entre vocês dois e eu não posso me meter.


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Notas finais do capítulo

E aí, povo? Gostaram?
Não se esqueçam de comentar!!
Beijos, até a próxima