Is she a Barbie girl? escrita por Lets


Capítulo 11
Capítulo 11


Notas iniciais do capítulo

E aí, galera! De boa? Eu to ótima
Eu sei, eu sei, cheguei um dia mais cedo...
Amanhã provavelmente não terá cap novo, porque eu vou no Lolla Palooza e duvido que eu tenha tempo de escrever e postar!
Sobre DDUB, se o cap não sair no fim de semana, sai na segunda, no mais tardar.
Espero que gostem



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– Nós nos beijamos. - falei com um sorriso enorme no rosto

– Ah, então já passou sua agonia?

– Quem dera. Acho que até piorou... Sabe quando você quer estar perto de alguém o tempo todo? Então.

– É o amor... - ele cantou

– Cala a boca, Gabriel.

– To mentindo?

– Pior que não... Acho que você ta certo.

– Ah, admite então?

– O quê?

– Que ta apaixonado, ué.

– É, acho que to. Sei lá, é tudo muito estranho pra mim. Não conheço esse calor esquisito na boca do estômago.

– Awn, que meigo. - ele me zoou

– Gabriel, sério. Não enche.

– Ah, velho, na moral, to feliz por você. Só espero que você não cague com tudo.

– É, eu também.

– Vai começar a namorar?

– Ainda não. Não to pronto pra isso. Mas já deixei ela avisada.

– E o que ela disse?

– Ela me beijou.

– Huuuuuuum. - ele me olhou, malicioso

– Foi só um beijo. Não transamos.

– Acredito em você. Mas vocês estão perto disso.

– Você só pensa em sexo?!

– E você? Pensa no que?

– Aff. - bufei e ele riu

Saí andando e ele me acompanhou. Estamos no parque, num domingo ensolarado.

– Ei, vamos jogar? - Gabriel me perguntou, apontando para as quadras de basquete

– Vamos.

Andamos até o cercado e pegamos uma bola das araras. Eu comecei com a posse de bola. Não quero ser esnobe, mas eu sou melhor do que o Gabriel, considerando o basquete. Ele, com certeza, ganhava de mim no futebol, mas basquete não era seu forte.

Jogamos por duas horas. Eu estou pingando de suor e meus músculos estão queimando. Gabriel está acabado também, jogado no chão, com a mão no rosto, cobrindo os olhos da luz do sol das 14h.

Sentei no chão, apoiando os braços nos joelhos e abaixei a cabeça, ofegando.

– Rafa? - ouvi uma voz feminina me chamar

Por mais cansado que eu estivesse, aquela voz me relaxou e me despertou. Minha voz preferida.

– Mari? - levantei o rosto e olhei em seus olhos verdes

Ela está bonita. E gostosa, devo dizer. Mini shorts de ginástica, regata, cabelo preso e tênis. Está casual.

– Veio se matar em pleno domingo? - ela perguntou, sarcástica

– É, por aí.

– E aí, Gabriel? - ela o cumprimentou

– Fala, Mari. - ele acenou, ainda deitado

– Veio curtir o domingo? - perguntei

– Vim me matar também.

– Hum? - foi então que eu vi uma bola de handebol em sua mão direita - Ah, você joga?

Ela assentiu. Vi que atrás dela, tinha um grupo de meninas me olhando (me secando, melhor dizendo). Todas estão vestidas da mesma maneira, mas nenhuma chama tanto a minha atenção quanto Mari. Me esforcei e consegui ficar em pé. Saí do cercado e cheguei perto dela. Realmente, ela é baixinha perto dos meus 1 metro e 86. Me inclinei para beija-la, mas ela se afastou com um sorriso no rosto.

– O quê? - perguntei

– Você está suado. - ela falou, rindo da minha cara

Bufei e dei um passo a frente, grudando nossos corpos. Ela tentou se afastar novamente, mas enlacei sua cintura, a prendendo a mim. Abaixei meu rosto até ficar na mesma altura que o seu. Seu olhar alternava entre meus olhos e minha boca. Seus dentes brancos prenderam seu lábio inferior, demonstrando desejo. Sorri, cafajeste, e juntei nossas bocas.

Suas mãos voaram para minha nuca e meu cabelo suado. Ela me puxou para mais perto e eu apertei sua cintura. Ouvi pessoas bufando, pigarreando e reclamando. Afastei um pouco nossos rostos e terminei nosso beijo com um selinho. Sorri e vi que ela sorria também.

Mari se soltou de meus braços, piscou para mim e se juntou à suas amigas. As vi se afastarem, para a quadra de handebol.

Fiquei sorrindo feito um bobo, até que ela sumiu de vista. Me virei para Gabriel, e ele estava na mesma situação.

– Cara, morreu? - perguntei, irônico

– Quase. - ele comentou e eu ri

– Vai, levanta logo. Vamos ver as meninas jogarem.

– Handebol?

– Sim.

– Garotas gostosas?

– Sim.

– Várias?

– Umas 14. Mas você só pode olhar para 13, porque uma já é minha.

– Ela não é sua oficialmente. Não vi nenhum anel no dedo dela.

– Cala a boca, hein Gabriel. Não começa. É minha e ponto.

– Ta bom, senhor possessivo. Vamos lá.

Ele se levantou e nos arrastamos para a quadra de handebol. A quadra era cercada por arame, e não tinha arquibancada, então nos sentamos na grama. Mari não tinha me visto, elas estavam se alongando, conversando. Quando elas se dividiram em times, me levantei e me aproximei do arame.

– Ei, princesa. - gritei, sorrindo

Todas se viraram para me olhar, mas eu olhava somente para Mari. Ela demorou um segundo a mais para virar o rosto, mas quando o fez, sorriu para mim.

– O que você quer, Gutenberg? - ela perguntou

– Faz um gol pra mim. - falei

Ela piscou para mim e voltou a se concentrar na quadra. O jogo começou. Mari joga como armadora central. Ela é boa mesmo. É rápida, ágil, forte e tem uma mira boa. Na primeira oportunidade que teve, arremessou ao gol. E acertou. Virou para mim e me mandou um beijo. Retribuí o gesto e sorri logo depois.

Olhei ao redor e me surpreendi. Quando chegamos aqui, só tínhamos nós dois sentados na grama assistindo as meninas. Agora, está lotado. Todos homens. Meu sangue ferveu ao perceber que eles olhavam para Mari, porque, querendo ou não, ela é a que mais chama atenção. Minhas mãos se fecharam em punhos e eu respirei fundo, tentando me controlar.

– Ei, o que foi? - Gabriel me perguntou e seguiu meu olhar - Ah, entendi. Ciúmes.

– Mano, eles estão secando a Mari! Ela é minha, porra.

– Eu sei disso, mas eles não sabem.

Voltei a olhar para a quadra, tentando me acalmar. Ouvi assobios ao meu redor e sabia que a maioria era direcionado à ela. Mas, para a minha sanidade, ela não ligou. Continuou jogando, como se nada estivesse acontecendo.

O jogo está ficando mais rápido e mais competitivo. Todas as meninas tinham sede de vitória, mas o time de Mari está ganhando por uns dois pontos. A cada jogada, ela me impressionava. Se tornou mais agressiva e mais ousada. Arremessava no gol com mais frequência, acertando na maioria das vezes. Todas as garotas do outro time se concentravam nela.

Eu estou preocupado, porque handebol é um esporte de contato e as faltas cometidas no jogo estão aumentando. A cada falta que a Mari levou, meu coração se apertou um pouco. Normalmente eram faltas leves. Empurrões, puxões de braço... Nada que realmente machucasse a minha princesa. A não ser essa ultima falta.

Mari estava batendo a bola, correndo em direção ao gol. Contra-ataque. Ela é levemente mais rápida do que uma outra menina do time adversário. Mas a menina está em seu encalço e a empurrou. A bola escapou de sua mão enquanto caía. Caiu de frente, mas não bateu o rosto porque os braços seguraram o corpo.

Meu coração já estava na boca e fiquei paralisado, esperando que ela se mexesse. Nada aconteceu. Todas as meninas ficaram ao redor da Mari, falando com ela, mas ela não respondia. Todos os espectadores se levantaram e chegaram mais perto da quadra.

Quando eu consegui raciocinar, levantei correndo e entrei na quadra, não me importando com as reclamações ou xingamentos de pessoas que eu empurrei. Fui em direção à Mari e me ajoelhei a seu lado.

– Princesa? - sussurrei, mexendo em seus cabelos

Seu rosto está escondido em seu braço, que estava apoiado no chão. Ela está de bruços e eu só consigo ver que ela está ofegante.

– Mari? - chamei novamente, sacudindo levemente seus ombros

– Ai. - ela gemeu de dor e se virou, deitando de barriga para cima e me olhando nos olhos

– Onde dói? - perguntei com a aflição aparente em minha voz

– Agora? Tudo dói. Mas relaxa, eu to bem. - ela tentou dar um sorriso, mas não me acalmou

– Quer que eu te leve ao hospital?

– Rafa, relaxa. To bem mesmo, sério. Daqui a pouco passa.

– Mari... - a repreendi

– Gutenberg, acontece. To de boa. Já passei por coisas piores. - ela sorriu de verdade e se sentou, me dando um selinho

– Consegue levantar?

– Acho que sim.

Eu me levantei primeiro e estiquei minha mão para ajudá-la. Ela se levantou com a minha ajuda, mas se equilibrou e parecia normal.

– To viva, galera. - ela gritou para todos escutarem

Os caras fizeram uma festa. Começaram a berrar, a assobiar e alguns até entraram na quadra. Vieram para cima de Mari, mas eu entrei em sua frente e fuzilei todos que pensaram em toca-la.

Senti sua mão em minhas costas, me causando um arrepio gostoso. A puxei para o meu lado e passei meu braço por sua cintura, a conduzindo para fora da quadra. Todos abriram caminho para nós e andamos até o Gabriel.

– Você me deu um susto, princesa. - sussurrei em seu ouvido

Ela estremeceu e sorriu.

– Desculpe, príncipe.

Um sorriso enorme brotou em meus lábios. Parecia que eu tinha ganhado na loteria, mas na verdade, era bem melhor do que isso.


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Notas finais do capítulo

E aí??? Ficou bom? Valeu a pena esperar?? Hahahaha
Beijos, até a próxima