Refazemos o caminho de volta todo, mas dessa vez de maneira bem mais rápida, passamos pelas mesmas coisas até chegarmos à área verde. Os olhares estão voltados para a fonte, algumas pessoas estão sussurrando, agora Marvel é a coisa que ele menos quer ser: O centro das atenções. Ele se levanta da fonte tossindo e encharcado, Shirley logo vai ao seu encontro, o pega pelo braço e o retira da fonte.

_Oh coitadinho do menino gente, ficou todo ensopado. Ele sai da fonte e quase leva um tombo, está com uma cara de assustado muito clara em seu rosto.

_Você está bem?Perguntam as meninas que pararam com sua brincadeira, ele precisa repetir diversas vezes para elas ouvirem que sim. Ele tenta levantar a gola da jaqueta pra cobrir o rosto mais é inútil. Haymitch chega com um copo de bebida na mão e diz a ele:

_Você está precisando de um pouquinho disso daqui filho, faz bem pra garganta, pra abrir a respiração, dores, unha encravada e. Ele já ia fazer Marvel beber aquilo mas Yúnis chega e interfere.

_Pai não precisamos de mais um maluquinho aqui, já falei pra largar essa coisa, quer a mamãe use o cinto também?No mesmo instante ele joga o drink fora é finge que isso nunca aconteceu.

_Eu... Acho que eu vou pro meu quarto... Diz ele numa tentativa de escapar.

_Mas Marvel fica só mais um pouquinho amigo. Diz Cato, eles se tornaram muito próximos, pelo que eu sei são como eu e Glimmer, mas deu certo ele pede desculpas por não poder ficar e sai, Glimmer fica completamente arrasada. Ela vai atrás dele mas ele diz que não é pra deixar um motivo bobo como sua ida atrapalhar a festa,se ele soubesse o quanto a presença dele significava pra ela.

_Droga porque logo agora? Esbraveja, senta no banco e se encolhe.

_Ele deve estar me odiando agora!

_Com certeza não está querida, diz Shirley acariciando seus cabelos, ela leva Glimmer pra tomar um pouco de água e nos deixa. Percebo que Katniss está um pouco desconfortável,com certeza ela viu o aparelho que Marvel usa,é um tubo no pescoço, como é o nome mesmo?Cateter, isso. Ela viu.

_Foi eu que fiz isso?Respondo com a cabeça que sim, Cato pega a mão dela e leva ao seu peito pra que ela sinta o seu aparelho. Ela tira rapidamente assustada, engole seco e pede desculpas, bom o importante é que ele está vivo então dane-se tudo o que aconteceu O tempo passa e ficamos conversando até que as pessoas começam a ir embora, inclusive eles, me despeço de todos e vou pra o meu quarto, sinto algo me puxar pra trás: _Clove, sobre essa noite,eu gostaria que se repetisse,digo de a gente se ver. Começo a sentir minhas bochechas ficares quentes, eu concordo com ele e tento ir embora, mas ele me puxa pelo braço.

_Vai embora sem me dar boa noite?

_Boa noite Cato. Ele solta minha mão e me dá boa noite também. Enquanto vou para o meu quarto acabo encontrando Shirley.

_Por favor, por favor, nada de comentários sobre Marylu a galinha. Ela apenas sorri e vai embora, entro no quarto e retiro toda a minha produção e ponho minha camisola branca favorita. Mal posso esperar para sair daqui e voltar pra casa, tomara que Glimmer e Marvel se mudem para o mesmo distrito que eu e Cato também afinal tanto ele quanto eu queremos que haja mais noites como essas, começo a ficar ansiosa e vagar de um lado pro outro no quarto como uma criança que não estudou pra um prova que vale 30 pontos. Resolvo ligar a televisão, mas não tem nada que me agrade nela, então vou pra minha janela e fico olhando as estrelas, não é a mesma coisa que a visão do telescópio da sacada, mas são as mesmas estrelas, mas de um jeito menos especial, tento formar as mesmas constelações que vi com Cato, fico pensado que daqui da Terra parece que até podemos tocá-las, mas na verdade estão a trilhões de quilômetros de distancia e queimam como fogo, são inúmeras galáxias, bilhões de sistemas, vários planetas, incontáveis estrelas, cometas e asteróides, perto disso nós não chegamos perto de um tamanho de um grão de areia.Percebo já são mais de meia noite e decido que vou tentar dormir já que estou mais calma.Começo a me lembrar da musica que minha mãe cantava pra mim quando eu era pequena,quer dizer menor,é uma canção de encorajamento,era preciso coragem pra viver no 2,os dias são difíceis lá,a pressão sobre as crianças é imensa e a violência dos pacificadores também,acho que ela foi criada por nossos antepassados era usada pra acalmar as crianças em tempos de grandes dificuldades.

Chove como um pranto de nuvens peritas e a escuridão continua a reinar como prosseguir sem saber se ainda vai o sol outra vez brilhar cai um temporal sem medidas nem prazos raios e trovões que do medo olhar como prosseguir sem saber se a caso vai o sol outra vez brilhar

a chuva se alimenta do meu choro e os trovões do meu lamento a luz some por causa do vento a nuvens escurecem o meu pensamento os raios tentam me atingir vai o sol outra vez se colorir

e se essa chuva imensa nunca parar de cair e se esse céu cinzento não vai se colorir pode ser que em breve amanheça outro dia e que aprovação logo vai terminar como prosseguir sem saber se ainda vai o sol outra vez aparecer

a chuva se alimenta do meu choro e os trovões do meu lamento a luz some por causa do vento a nuvens escurecem o meu pensamento os raios tentam me atingir vai o sol outra vez se colorir

vai o sol outra vez aparecer quando será não sei dizer mas quanto tempo ainda esperar vai o sol outra vez brilhar Essa musica pode parecer triste mas nos ajuda a refletir e a ter esperança,a musica diz que não sabe quando o sol vai voltar a aparecer mas eu sei e é em muito pouco tempo.