E se um reencontro o destino preparasse... escrita por Eubha


Capítulo 248
Capítulo 248:


Notas iniciais do capítulo

Muito obrigado por acompanharem!!



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– Serguei bom dia, você viu a Anita por aí. – Ben correu até o garoto ao avistá-lo, agoniado para saber o paradeiro de Anita que ele procurava sem conseguir encontrar seu paradeiro desde que chegou ao colégio.

– Oh Ben, bom dia. – o ruivo respondeu simpático. – Ela estava aqui a recém, mais ela e a Julia saíram juntas, acho que foram ao banheiro, mania de mulher de ir em grupo ao banheiro. – Serguei fez graça com o fato. – Mais senta aí, daqui a pouco elas voltam. –convidou ele, apontando para a cadeira a sua frente.

– Valeu, melhor eu esperar mesmo. – concordou Ben sentando como o amigo lhe pedia.

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– Sei lá Ju, quando eu vi as colocações da minha mãe, ouvi tudo aquilo de uma pessoa que não fosse eu, sei lá eu paralisei. – admitia Anita em um olhar vago para a amiga no banheiro. - Mais eu não senti raiva dela não, juro, eu senti foi de mim, raiva e vergonha, porque toda vez que eu penso nas coisas que eu fiz, que eu fiquei perto do Antônio, me envolvi com ele, deixei aquele infeliz ficar perto, me abraçar, me beijar, me dá asco, nojo, de mim, uma repulsa que eu não sei o que fazer com ela, como eu fui idiota, como fui otária, como que eu fiz isso. – Anita se perguntou, nunca sabendo que ímpetos lhe guiaram para tais caminhos, tão longes e diferentes da pessoa sensata e com discernimento que ela sempre demostrou ser. - Eu deixei aquele garoto se achar o protetor, o maravilhoso da história, como se ele pudesse me ajudar e mais ninguém, eu tenho tanta raiva de mim Julia, porque tudo que ele fala de mim, fui eu que deixei ele falar, quando deixei me levar por ele. – ela ficou a encarar a morena a sua frente com vergonha de si mesma, talvez nunca confessasse isso a ninguém, já que até para a melhor amiga desde a infância, a tarefa parecia inundada de um dissabor que era evidente. - Como eu fui estupida, meu deus do céu, pra fazer isso, o nojo que eu tenho de mim por isso é uma coisa que eu não consigo lidar, só de lembrar, de materializar alguma frase, algum momento perto desse garoto parece que eu vou pirar Julia. – confidenciou enquanto olhava-se no espelho e encontrava o reflexo de decepção que se formava em seu rosto a cada recordação.

– Anita. – Julia murmurou firme, numa tentativa nervosa de cortar os pensamentos desajustados da garota.

– Pirar de raiva sabe, agora ele está por aí dizendo aos quatro cantos, o que a gente viveu segundo a mente doentia dele, a partir do que eu deixei as pessoas pensarem Julia, como que eu pude. – Anita completou seu desabafo, se quer parando para ouvir as apelações da morena.

– Ai amiga não fica assim, não coloca as coisas desse jeito também. – Julia se aproximou por trás tocando o ombro dela de leve, parecendo implorar que Anita não pensasse em tudo com tanta frieza e culpa dedicada a si mesma. – Mais e o Ben no final você contou ou não pra ele. – a menina indagou, quebrando o silêncio que as duas travaram, apenas somado aos olhares trocados através do reflexo da imagem uma da outra ao espelho.

– Não Julia, você acha que eu teria coragem, como você conta pro namorado, pro cara que você ama, uma coisa dessas. – exclamou Anita em um tom de lamento, se movendo para encará-la. – Pra ver vergonha Julia, como lidar com uma situação dessas, como um cara como o Ben cheio de princípios, lida com o fato de que a garota que ele diz amar, virou uma biscate, uma qualquer, aos olhos de todo mundo, porque o Antônio tá por aí falando horrores de mim, com toda falta de discernimento dele, profanando de que no fundo eu não passo de uma vagabundazinha qualquer, sendo que eu não posso falar nada, porque fui eu que causei isso tudo quando fiquei perto dele. – despejou Anita se vendo com raiva de si mesma em primeiro lugar. – Nem minha mãe acredita mais na minha dignidade quem dera os outros, aliás, não sei como o Ben ainda consegue ficar comigo, não sei Julia, o Antônio vai falar, ele vai falar sempre isso pra ele, é só ter outra oportunidade. – falou ela confusa com os rumos distorcidos de sua vida, que nem ela mesma imaginou um dia.

– E tá na cara que ninguém vai acreditar nele, não é Anita. – salientou Julia com olhar de protesto para a amiga.

– E se isso fosse verdade, se eu tivesse tido algo com o Antônio dessa forma, eu não ia aguentar viver com essa lembrança, de algo tão complexo, tão íntimo envolvendo aquele garoto, eu ia enlouquecer, de raiva, de vergonha, de nojo, de repulsa, eu acho que sei lá Julia, eu ia fazer uma bobagem, uma besteira sem volta. – disse ela tencionada agradecendo por segundo que seus devaneios e sua completa falta de foco não tivesse chegado a tanto. - Eu não iria conviver com isso, só de saber que ele fala isso, coloca as coisas dessa forma, mesmo que mentirosa, eu fico de um jeito enojado, imagina se fosse real. – declarou Anita gesticulando de um jeito histérico.

– Anita para, me escuta, me ouve, você não vai cair no jogo desse garoto, não de novo, é isso que ele quer, te ver assim e consequentemente que você afaste o Ben, que vocês se afastem, não é real, não aconteceu nada, não desse jeito. – Julia parou a segurar Anita pelos braços, como se quisesse chacoalhar a garota para que ela parasse com seus devaneios e sentimento de culpa.

– Julia você não entendeu o que eu disse não é, o que o Antônio... – Anita falou buscando uma voz que parecia não sair, tamanho era seu estado de apavoramento.

– O que, que dormiu com você, ou seja lá o nome que se dá a isso, só que isso não aconteceu não é Anita, você vai o que agora, entrar na pilha dele, ficar paranoica igual ele, não né Anita, você lutou muito pra superar isso tudo pra agora sofrer por isso. – Julia afirmou em um tom rígido cobrando uma postura menos derrotista da amiga.

– Eu nunca vou conseguir superar isso, não isso, não o fato de que eu fiz do meu carrasco, do culpado, daquele que atirou a primeira pedra montanha abaixo, pra que eu despencasse desse precipício, e de que ainda ele ficou ali, minando minha cabeça com mais ódio do mundo, do Ben, enquanto ele fingia estar do meu lado e me consolar, não vou. – Anita admitiu com suspiros que continham pura decepção com ela mesma. – A minha culpa Julia por isso, é o meu castigo por tudo de ruim que eu fiz, no momento que eu comecei a perder a confiança nas pessoas e na vida, eu acreditei no Antônio. – não mentiu ela, mesmo sendo doloroso e frustrante demais confessar tal fato.

– Por isso mesmo, você perdeu a confiança em tudo que estava a tua volta, Anita as pessoas perdem o controle mesmo, o ser humano não foi criado pra suportar tudo, nós somos vulneráveis por natureza, você não pode se crucificar por isso. – disse Julia, fitando Anita com olhares de preocupação pelos pensamentos da menina.

– Até o que fiz pro Ben eu posso esquecer, a forma como eu me senti jogada fora, pelo jeito que ele terminou nosso namoro, o envolvimento dele com a Sofia com as outras garotas... - Mais isso, isso não, vai ser meu calvário por todo o resto, porque isso não foi o destino que me causou, ou seja, lá quem. – fala ela sem conseguir avançar com as palavras, mostrando falta de coragem. - Fui eu, eu porque acreditei nele. – confessou finalmente. – É eu nunca pensei que depois de tudo que eu vivi até aqui e esqueci, o mais difícil seria justamente não saber como provar pras pessoas o que é verdade e mentira, o que eu fiz e o que esse desgraçado inventa, sentir raiva de mim mesma, até por ser e estar sendo injustiçada, e sentir vergonha porque não sei como me defender, porque eu estava lá, o Antônio realmente estava do meu lado, eu fiz questão de exibir isso. – proferiu Anita, se virando para a pia e levando as mãos e o rosto, como se pudesse fazer da água gelada, uma válvula de escape para não deixar se derrotar por seus próprios sentimentos.

– Já deu isso, não é, vamos pra aula, vamos sei lá pra qualquer lugar, mais amiga não entra nessa de reviver essa culpa como se não houvesse amanhã, como se não houvesse outro caminho, você tem, e você não pode agora abrir mão dele, de ser feliz, por coisas que já foram, a tia Vera tá decepcionada ok, uma hora vocês vão ter que falar disso, agora, por favor, para de remoer isso. – aconselhou Julia implorando com o olhar que ela lhe escutasse.

– Valeu, eu vou tentar juro. – Anita esboçou um sorriso, dessa vez sem tantos conflitos a rondando.

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– Até que enfim voltaram, achei que as duas tinham sido abduzidas. – Serguei brincou quanto viu as duas amigas chegarem até a mesa.

– Nossa que esperto ele. – Julia devolveu a brincadeira com um sorriso debochado sentando na cadeira vazia ao lado do amigo.

– E você tá aí há muito tempo? – Anita perguntou numa voz serena, se aproximando de Ben e o abraçando por trás já que ele continuava mudo.

– Não, cheguei a recém. – afirmou Ben, virando rosto para encará-la.

– Acho que eu é que cheguei cedo não é. – falou Anita, depositando um beijo carinhoso no rosto dele.

– Pois eu queria muito que hoje fosse feriado. – Serguei disse se vendo sonolento.

– É né e eu diria que se a Flaviana não voltar já pra cá, você não aguenta essa jornada de internet toda noite. – Julia fez questão de lembrá-lo.

– Porque durante o dia ele não faz isso. – Anita reforçou o zoando, mas na verdade preocupada com a rotina exaustiva do amigo.

– Ai vocês querem parar. – Serguei retrucou com um sorriso forçado. – Semana que vem isso acaba, eu vou poder ver a Flaviana de perto. – ele disse aliviado por poder sanar as saudades da namorada.

– A gente pode falar um instante. – Ben indagou para a namorada.

– Tá pode. – Anita concordou estranhando olhar tenso com que Ben o olhava.

– Depois a gente volta aí. – informou Ben, antes de sair de mãos dadas com Anita.

– Eu preciso te dizer uma coisa. – afirmou Ben receoso ao chegar ao pátio com Anita.

– E o que seria. – indagou Anita sentando em um dos bancos vazios que tinha do lado de fora do colégio.

– Eu deixei o casarão. – Ben afirmou tão atrapalhado e baixinho, que Anita se quer entendeu a frase por completo.

– Você fez o que, eu entendi errado né. – Anita rebateu em um tom desesperado com a notícia.

– Não, eu deixei o casarão, não tem porque eu continuar lá, conversei com o Omar e durante meu horário de almoço busco o resto da minhas coisas hoje mesmo. – Ben anunciou dessa vez calmamente.

– Mais Ben, você ficou doido não é, e o Ronaldo, todo mundo o que acharam disso. – Anita arregalou os olhos não esperando ouvir o que ele lhe revelava.

– Resumindo, ficaram com a mesma cara que você deixou eles ontem. – disse ele como se fosse óbvio.

– Mais tua mãe Ben, ela está morando lá não é, como você vai fazer até porque pra quem juntava dinheiro pra pagar um cursinho pré vestibular, ter que pagar aluguel não é tão sensato. – Anita se preocupou com os planos anteriores dele.

– Bom segundo ela, semana que vem ela deixa o Brasil, no fundo as coisas deram mais certas pra ela do que ela imaginava quando resolveu me procurar, a doença dela, não era tão grave quanto os médicos de lá anunciaram a um primeiro momento, ela pode se tratar e ficar bem, e ela jamais vai largar o emprego dela lá, que com certeza é melhor de anos que ela conseguiu, e nem eu vou voltar, só vejo essa solução que ela deu. – revelou Ben. - Minha mãe ainda acha que vai ficar rica vê se pode. – ele caçoou por segundo os devaneios de grandeza da mãe.

– Você não devia de ter feito isso. – Anita o fitou apreensiva.

– Porque não, você não saiu, não tenho mais nada que me prenda naquela casa. – ele respondeu nada paciente.

– Para com a criancice. – ela reclamou suspirando para evitar perder a calma. - E depois você já ouviu aquele ditado, faça o que eu digo, mais não faça o que eu faço. – Anita afirma sem conseguir encontrar argumentos para repreendê-lo por mais que os procurasse. - Não quero nem pensar, o casarão vai cair. – Anita proferiu, tentando materializar a cara perplexa de todos quando Ben resolveu dar a notícia, mais só ficou apavorada de pensar.

– Anita eu não vou desistir de você e nem você de mim, vai ser melhor assim, quem sabe eles não se acostumam com a ideia com o tempo. – Ben afirmou mantendo firme sua decisão inicial.

– Qual a que nós piramos, ou que tá tudo errado. – Anita retrucou dispersa e com semblante perplexo.

– Mesmo eu achando que você deveria repensar tua decisão. – ele aproveitou para dizer.

– Eu? - Anita apontou para si séria. – Pois repense a sua. – ela esbravejou desconte.

– Você não vai mesmo me falar o que te fez sair de lá né. – o rapaz maneou a cabeça impaciente com a reclusa dela.

– Já disse que não foi nada de novo. – Anita o fuzilou em um olhar impaciente. – E chega disso, duas cabeças teimosas nunca chegam a uma decisão final mesmo, não é. – a garota levantou atrapalhada desistindo da conversa e preferindo voltar à companhia dos amigos.

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Anita prendia seus pensamentos em um labirinto do qual ela parecia nunca sair, enquanto pensava em tudo que estava acontecendo a sua volta, e direcionava suas ações para tirar suas roupas da mala e as colocar no guarda roupa, mas ela só conseguia ter sua cabeça invadida por fleches com momentos de confusões passadas. E Antônio, e principalmente Vera e Ben pareciam ser os grandes protagonistas de tais lembranças assombradas pela culpa e indecisões por escolhas mal feitas.

– “Eu já te disse que eu não tive nada a ver com nada disso, não fui eu que gravei e postei aquele vídeo”... – Ben sempre lhe disse com veemência.

– “Você pode dizer mil vezes que eu não vou acreditar nunca”... – Anita só conseguia se perguntar por que não acreditou, tinha sido um caminho tão fácil.

– “Eu nunca vou mentir pra você, nós vamos ser felizes e juntos”... – Antônio dizia com tamanho cinismo.

– “Eu só quero fugir, sumir daqui pra longe”... - Anita só soube jogar os cabides retirados do armário para pendurar as roupas com agressividade, ela só conseguiu sentir raiva por lembrar da forma como Antônio dissimulava para conseguir o que queria, e por burrice ou ingenuidade ela ainda o deu ouvidos e cogitou ir para longe com ele ao lado.

– “Eu não reconheço minha própria filha”... – talvez tal frase da mãe fosse a que mais definisse como a própria Anita se sentia, contraditória e totalmente desapontada consigo.

Eram vozes e mais vozes que se misturavam em seus pensamentos, a fazendo ter vontade de correr apenas, poder de fato alojar-se em um lugar do mundo onde nada daquilo existisse, onde suas falhas e sua culpa fosse esquecidas principalmente por ela.

– Ai Anita, o que você tá fazendo você vai pirar garota, já deu isso. – ela ergueu-se raivosa consigo mesma, andando impaciente por alguns segundos desistindo de organizar suas roupas ao guarda roupa. – Fica aqui pensando e pensando não, já chega. – decidiu ela desarrumando o resto das roupas que estavam dobradas enquanto procurava o que vestir, no instante que o celular tocava, como se o soar do telefone fosse o toque que a ordenava a voltar a realidade.

– Oi Julia, não, não tava fazendo nada por que. – argumentou ela com a amiga parando para atender a ligação. – Tá bom eu durmo aí hoje, to precisando de companhia mesmo, só vou passar pra ver o Ben antes, sete horas eu chego aí tá. – aceitava ela os planos que a garota lhe sugeria, talvez ninguém melhor do que Julia no momento soubesse o tamanho da confusão que e encontrava os pensamentos de Anita. – Vou só tomar um banho, trocar de roupa antes de sair.

Ela desligou o celular o deixando sob a cama, pegando em seguida uma regata colorida e um short e os pondo dentro da bolsa, e jogando uma blusa azul e uma saia jeans para vestir em cima da cama, organizando com rapidez a bagunça dentro da mala a fechando e a deixando perto do guarda roupa, e caminhando com pressa até o banheiro no intuito de tomar um banho e se arrumar para ir ao Grajaú, ficar a sós no apartamento de Bernadete enquanto ela trabalhava, e Meg e Soraia também cuidavam de suas vidas, não era algo que ela devia fazer mesmo, não com tantas confusões regando seus pensamentos.

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– Amor! - Ben abriu um largo sorriso, quando escancarou a porta do quartinho de Omar, após alguém bater e avistar a figura de Anita parada. - Até que enfim, não é você lembrou que eu existo. - choramingou ele, a recebendo com um beijo.

– Nossa até parece que a gente não se vê há um século. - Anita riu das alegações dele.

– Não é isso, só que você não me ligou toda tarde, e agora você está tão longe, aliás, nós estamos longe um do outro. - explicou o garoto risonho.

– O que? – riu ela entrando. - Tipo naquela música... - recordou-se Anita soltando a bolsa sobre a cama de Ben.

Tão Longe

Nesta hora, neste lugar

Desperdícios, erros

Tanto tempo, tão tarde

Quem era eu para te fazer esperar?

Apenas mais uma chance, apenas mais um suspiro.

Caso reste apenas um

Porque você sabe, você sabe...

Que eu te amo

Eu te amei o tempo todo

E eu sinto sua falta

Estive tão longe por muito tempo

Eu continuo sonhando que você estará comigo

E você nunca irá embora

Paro de respirar se eu não te ver mais

Recitou ela em um tom sereno, ao tempo que ele só o olhava ainda parado com a mão a porta para fechá-la, enquanto Anita se comprometia também em sentar aos pés da cama.

– É eu diria que sim. - Ben concordou sob o som da porta se fechando vindo até ela com um sorriso empolgado no rosto. - Diria mais, aliás. - ele disse caminhando até ela e se abaixando a sua frente. – Que como diz o resto da música. – alegou ele, Anita apenas o fitou apaixonada.

De joelhos, eu pedirei uma última chance para uma última dança

Porque com você, eu resistiria à

Todo o inferno pra segurar sua mão

Eu daria tudo

Eu daria tudo por nós

Dou qualquer coisa, mas eu não vou desistir.

Porque você sabe, você sabe,

Que eu te amo

Eu te amei o tempo todo

E eu sinto sua falta

Estive tão longe por muito tempo

Eu continuo sonhando que você estará comigo

E você nunca irá embora

Paro de respirar se eu não te ver mais

Tão longe (tão longe)

Estive tão longe por muito tempo

– A música é linda mesmo. - reforçou ela sorrindo desconcertada. - E vai ver eu estou precisando ouvir a última parte que fala de perdão, aceitar que eu preciso no fundo que as pessoas me perdoem por tudo. - Anita expressou cabisbaixa, em meio um olhar abalado ainda sob feito dos últimos acontecimentos.

– Hei me diz, pra que se torturar desse jeito. - Ben questionou sério, erguendo o queixo dela, como forma de a fazer levantar o olhar novamente para encará-lo.

– Tá bom, eu to com a cabeça meio ruim mesmo. - Anita não escondeu, talvez nem estivesse conseguindo imaginou desatenta.

– É né e falar o que tá se passando aí. - Ben afirmou fazendo um carinho nos cabelos dela. - Tá mais difícil do que fazer chover, não é, pra que ficar pensando em coisa ruim, e depois na vida ou como a música diz, eu vou continuar do teu lado, lembra. – ele cobrou, e Anita só assentiu que sim. – Não é isso que o final diz. – o garoto ponderou acabando de recitar a última estrofe da canção.

Você sabe

Eu queria

Eu queria que você ficasse

Porque eu precisava

Eu preciso ouvir você dizer

Que eu te amo

Eu te amei o tempo todo

E eu te perdoo

Por ter ficado tão longe por muito tempo

Então continue respirando

Porque eu não vou mais te deixar

Acredite e se segure-se em mim e nunca me deixe ir

Mantenha a respiração

Porque eu não vou mais te deixar

– Ok, e depois além do mais, eu não vim aqui pra me lamentar. – ela entrelaçou os braços em volta do pescoço dele se convencendo. - Mesmo que eu esteja um pouco atordoada e confusa com tudo vem se sucedendo. – admitiu. - Eu vim ficar com você até achar que eu posso realmente ter perdido a noção do tempo, do espaço, do mundo inteiro se der. – Anita sorriu brincalhona, enquanto o encarava como se quisesse dizer que ele tinha razão.

– O que eu não posso negar que é uma proposta, bem tentadora. - Falou ele, se erguendo com a ação de empurrar Anita devagar a cama, iniciando um beijo calmo enquanto se debruçava sobre ela.

Continua...


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Notas finais do capítulo

Até mais tarde!!



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