[hiatus] O começo do fim escrita por Nikki Meyers


Capítulo 9
Primeiro: Capítulo 9 - O Mapa do Maroto


Notas iniciais do capítulo

Uma pergunta para quando acabarem de ler: Vocês shippam ?? hahauushauhsuahus. Quero respostas, viu ?? Nós vemos lá embaixo ...



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Por mais que a garota tentasse se concentrar na mulher a sua frente, ela simplesmente não conseguia. Sua mente vinha tentando achar jeitos de acabar com Charlotte, mas todos eles, por mais complexos que fossem para uma garota de onze anos, sempre haveria uma falha da qual não podia consertar. Seus pais tomaram providências para que isso acontecesse, ao confiscar quase todos os itens comprados na loja dos tios antes do embarque. Com exceção da caixa de fogos que usara contra os garotos, mas essa fora muito bem camuflada em seu malão.

A sua frente, a professora Hussain dava sua longa explicação sobre como praticar algumas azarações simples. Uma explicação da qual a ruiva estava disposta a ignorar, conhecendo os feitiços falados de cor. Os primeiranistas ao seu redor pareciam ter pensado de maneira semelhante, dois garotos no lado oposto da sala se punham a trocar figurinhas, enquanto duas garotas mais ao fundo, jogavam um jogo de imitação simples, em que o objetivo era imitar uma das loucas caretas em que o oponente inventava. Mas o que mais lhe chamou a atenção foram ‘’eles’’. Will e Hugo faziam movimentos com a varinha debaixo da mesa, fazendo com que o cabelo da garota adormecida a sua frente levitasse, Lily apenas se permite dar um pequeno sorriso, que com a mesma rapidez que se formara no segundo seguinte já se evaporara.

Após esquadrinhar novamente a sala com o olhar, finalmente chegou a uma pequena conclusão. Addison Brooke era a única pessoa que dedicava sua atenção totalmente a professora. Até mesmo Heather e Gwen que se encontravam algumas carteiras a sua frente se encontravam jogando pequenos aviõezinhos nas pessoas adormecidas. E por um momento Lily se arrependeram de ter-se sentado ao lado da loira.

Apesar de tudo as amigas eram um tanto diferentes, e nas semanas que se sucederam ao repentino encontro no trem, ela pode perceber isso. Cada qual tinha uma variedade de qualidades, por quais prezava, mas também possuía infinitos defeitos. Talvez, fosse esse o motivo por se darem tão bem, elas eram completamente diferentes, mas lá no fundo podiam ser inexplicavelmente iguais.

– Você está aí, Lily? – Sussurra a loira ao se levantar, seguindo o restante da sala para um pequeno espaço vago ao final da sala, hesitando apenas um momento para chacoalhar a ruiva, que se encontrava fitando desanimadamente o chão.

– Estou. O que? – Responde, desviando sua atenção para ela, as risadas das amigas que agora se encontravam ás suas costas á despertaram completamente. – O que é que nós vamos... – Mas é interrompida aos fortes barulhos de carteiras sendo arrastadas para os cantos da sala, a professora Hussain faria uma aula prática, e era exatamente delas que os alunos mais gostavam.

– O que vocês estão esperando!? – Repreende a professora com um sorriso, apesar de suas roupas pretas e baixa iluminação da sala, seu sorriso foi como uma vela para o ambiente. Apesar de ter sido da Sonserina em seus anos no castelo, seus hábitos para com a Grifinória eram amistosos.

Quando as garotas finalmente ocupam um lugar na parede, a professora se deixa voltar ao trabalho, deixando um bom espaço no meio da sala. Aonde um por um, os alunos vão formando pequenas duplas. Essa era uma grande qualidade dela para os alunos, ela sempre os deixava tomar decisões sozinhos.

– Podem começar.Petrificus Totalus!– Continua por fim, realizando a azaração em uma garota gorducha, que momentos antes se encontrava falando com a amiga em cochichos, realizando poucos segundos depois a contra azaração. – Vão. O que é que estão esperando!?

Mas mesmo antes do término da frase, nos segundos seguintes em que a garota tropeça assustada, dezenas de gritos preenchem o ar, cada qual designado para seu oponente. Muitos erraram o alvo, mas outros poucos o acertaram em cheio.

– Isso é demais! – Exclama a ruiva, seus olhos fitavam Gwen imóvel á sua frente, desviando-se para Heather, que também fora acertada em cheio por Addison. – Simplesmente fantástico! – Completa com uma gargalhada, quando as garotas finalmente conseguem se mexer.

– Pode ter certeza que não é nada legar quando é você que está paralisada. – Reclama Gwen, atordoada, e no minuto seguinte as posições eram trocadas. Lily é quem fora atingida. Por mais que soubessem, sempre tinham muito mais a aprender.

***

Cale a boca.

Se por algum motivo óbvio a resposta não foi proferida em voz alta, o olhar mortífero destinado a outra a fez ficar quieta.

As duas garotas vinham seguindo Tiago Potter já fazia alguns minutos, mas tiveram que se esforçar para seguir seus passos hábeis por todo o castelo. A ideia de fazer o garoto lhe dar os itens de logros da qual possuía fora a única alternativa de Lilian até o momento, na verdade, a única da qual as garotas concordaram em seguir, por acharem a ideia, genial para a ruiva que pensara em ir a Hogsmeade, um tanto impossível.

– Fique quieta. – Sussurra a ruiva, por mais que insistisse a outra não parava de resmungar pelo longo trajeto. Apesar de ter sido a única que se voluntariara para ir com ela, a atitude da outra pelo caminho lhe vinha irritando já fazia alguns metros. - Ele só vai ceder, se nós soubermos algo sobre ele, então sugiro que fique quieta ou vão nos descobrir.

– Porque nós não podemos ir mais devagar!? – Reclama a outra em reposta, ignorando totalmente a ruiva. – Porque nós simplesmente não o paralisamos, aí nós podemos... – Mas fora interrompida pela repentina parada da outra, fitando a cena á sua frente. James Potter estava conversando com Amy Brooke. Não, conversando não seria o termo certo, na realidade eles estavam ‘’ discutindo’’. Ou pelo menos, começando o que viraria uma discussão.

– Já te disse que não. – Sussurra Amy, sua cabeça se voltando na direção das garotas, bem escondidas atrás de uma armadura, mas por incrível que pareça, não as notando. – Agora vá embora.

– Porque não!? Eu não sou tão ruim assim, não é mesmo? – Lily nunca vira seu irmão implorando por nada, àquela na certa deveria ser a primeira vez. – Só uma vez.... Não vai fazer mal nenhum se você for para Hogsmeade comigo!?

– Vá embora agora. Já te disse que ‘’não’’. – Insiste a loira, enfatizando sua última palavra. – É sério. Juro que se você não for embora agora, eu vou te dar uma detenção.

– Não vou. – Suspira por fim, sentando-se no chão com uma careta. Aquilo foi a gota d’água, as garotas que estavam em um silêncio mortífero, no minuto seguinte desatam a rir ruidosamente, fazendo a pesada armadura, em que estavam escondidas, cair com um baque no chão juntamente com seus corpos. O olhar de ódio dos dois apenas servia para aumentar ainda mais as gargalhadas das garotas, o plano já fora á muito esquecido em suas mentes.

– Eu sabia. – Grita Lily por entre uma risada. Vinha falando para o irmão no último ano, que ele estava apaixonado, mas tivera que se calar quando ele a ameaçara dedurá-la.

– Cale a boca. – Por mais que mantivesse seu olhar de ódio, suas bochechas se encontravam vermelhas. – O que é que vocês estão fazendo aqui!?

– Nós... Nós queríamos que, é... – Por mais que Gwen tentasse, as palavras simplesmente não saiam de sua boca, as antigas risadas que antes enchiam o ar , agora não passavam de uma lembrança. – Bem, nós...

– A ideia foi minha.

Três pares de olhos arregalados se voltam em direção a ruiva, após o término de sua sentença. Aquilo por mais que tentasse não poderia ser chamado de coragem, quando envolvia James Potter. Burrice seria a palavra certa, mas não coragem.

– Não interessa, não houve nada demais. – Fala Amy rapidamente, atropelando as palavras. – Eu vou embora, e sugiro que vocês façam o mesmo. – Quando a última palavra foi dita, seus cabelos apenas podiam ser vistos sumindo pelo próximo corredor.

***

– Nós já pedimos desculpas. – Argumenta Gwen, já se passara alguns minutos desde a pequena cena no corredor. Amy Brooke poderia ter se esquecido facilmente, mas não Tiago.

– Mas Lilian não pediu... – Argumenta o garoto convencido. – Afinal, o que vocês queriam comigo? – Completa irritado, seu rosto era apenas uma mistura inédita de ódio e riso. Ele não poderia perder uma oportunidade de irritar a irmã. Apesar de gostar da garota, ela era muito parecida com ele próprio desde que nascera, e desculpas não era uma coisa que os dois sabiam pedir.

– Nós queríamos que você nos ajudasse. – Fala a ruiva tomando coragem. – Contra uma Sonserina. – Completa rapidamente em repostas as sobrancelhas arqueadas do irmão.

Ele podia não ser muito amável, mas como quase todos os Potter, ele odiava a Sonserina, e simplesmente não perderia a oportunidade que tivesse para ‘’aprontar’’ com alguém.

– Eu ajudo. – Exclama prontamente, mas toda boa notícia sempre teria de vir com alguma condição, e aquela não seria uma opção. – Mas só, se vocês ficarem de bocas fechadas, sobre o que aconteceu no corredor. Não podem contar para ninguém. Ninguém.

–Está bem. – Concorda Lily, sendo apoiada com um balanço afirmativo com a cabeça da parte de Gwen. – Mas nem para as outras!? Quero dizer Addison e Heather...

– Não, principalmente para elas. – Interrompe o garoto rapidamente. – Se não, sem ajuda.

Após finalmente obter a respostas das duas garotas, ele se pôs a relaxar. Não havia nenhum problema que não poderia ser resolvido. James Potter confiava em sua irmã e se Gwen fosse amiga dela, então também poderia depositar sua confiança na garota. Ele sempre fora muito chegada em Lily desde que a mesma nascera, e ela sabia disso. Quando a ruiva possuía algum problema era com ele que falava não com Alvo, sempre tão positivo e confiante, era com ele. Os dois juntos eram ma dupla espetacular, os dois Potter, acabavam com todos. Apesar de suas várias desavenças eles sempre estariam ali, consolando um ao outro. Para Tiago, a pequena Lily sempre seria sua irmã preferida, e também sabia que ela sentia o mesmo. Quando as duas garotas finalmente se põem a afastar com a promessa de que no dia seguinte a vingança seria aplicada, ele não pode deter o grito que se seguiu, chamando Lily novamente, após se despedir da outra com um aceno de cabeça. Já estava na hora do mapa ser passado adiante, ele fora conquistado de maneira desleal, mas agora o garoto não precisava mais dele. Dawson e ele, já o haviam decorado há muito tempo, eles perderiam sim uma vantagem, mas no momento achava que a garota precisava mais dele, e talvez quando precisasse , tinha certeza de que a garota não hesitaria em ajudá-lo.

– Hoje pode ser o seu dia de sorte. – Fala com um sorriso, após perceber o verdadeiro distanciamento de Gwen. – Eu tenho um presente.

– Eu já te disse que eu não fiz por mal. – Exclama a garota andando em direção ao próximo corredor, recebendo apena uma boa gargalhada em resposta.

– Não é nada disso. – Mas pela expressão da garota, ela ainda não acreditara. Apenas ao tirar um pedaço de pergaminho em branco de suas vestes é que a garota congela em seu lugar. – Papai me deu isso. Ou talvez eu tenha pegado emprestado. Está bem, mas ele não precisava mais disso, não é mesmo!? - Corrige o garoto , com um dar de ombros para a cara de espanto da garota.

– Afinal, o que é ‘’isso’’!?

– Isso, é apenas o melhor mapa que já se existiu. - O velho pergaminho em branco estava aberto em suas mãos, mas por mais que a garota olhasse não havia nada ali. – ‘’Eu juro solenemente que não pretendo fazer nada de bom. ‘’

No momento em que as palavras acabam de ser ditas. Imediatamente linhas de tinta começam a delinear as seguintes palavras:

Os Srs. Aluado, Rabicho, Almofadinha e Pontas,

Fornecedores de recursos para feiticeiros malfeitores,

têm a honra de apresentar

O MAPA DO MAROTO

Um verdadeiro mapa, um mapa de Hogwarts.E com um virar de páginas, a garota pode notar isso, mas também um fato um tanto estranho nele, por cima das finas linhas pretas fora acrescentado grossas linha vermelhas. Ele mostrava à nova Hogwrarts, a Hogwarts reconstruída.

– Eu e Dawson demos uma ajudinha. Ele mostrava Hogwarts antes da batalha. Mas quem quer que o tenha criado, eles merecem uns verdadeiros parabéns. – Exclama o garoto com um sorriso de orelha a orelha.

– E esses pontos são ... – Pergunta a garota, passando os dedos por minúsculos pontos intitulados com nomes, quando finalmente reconhece dois nomes familiares. Addison Brooke e Heather Moore, os dois pontos no espaço em que se localizava o dormitório.

– São exatamente o que são. Eles mostram as pessoas no lugar que se encontram e em tempo real. E quando você quiser fechá-lo é só dizer. Malfeito feito. – Explica o garoto, batendo com a varinha no pergaminho ao dizer as últimas palavras. – Se não qualquer um pode ler.

– Mas isso, isso é demais. Eu não acredito.

– Pois acredite. E agora ele é seu. – Completa o garoto um pouco amargurado, ele sentiria falta do mapa. Mas esse sentimento egoísta desapareceria pouco tempo depois, quando Lily pulara para um abraço.

Na vida a garota já havia recebido milhares de presentes, mas aquele fora o de longe que mais gostara. Ela estava feliz com o acontecido, quando finalmente o pegou nas mãos sentia isso. Um mapa desonesto, achado de uma maneira ainda mais desonesta. A garota gostara disso. E quem quer que fosse os Srs. Aluado, Rabicho, Almofadinha e Pontas, Lily tinha certeza de que gostaria de tê-los conhecido.


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Notas finais do capítulo

Quero resposta para a minha pergunta >< haha Coloquei um pouquinho de romance, não sou muito boa em escrever isso, mas está aí .... Comentários ??