Time To Let Go escrita por ChaniMoon


Capítulo 1
Lin Chega Em Tokyo


Notas iniciais do capítulo

É minha primeira fic de Velozes e Furiosos. Eu passei a semana toda inspirada pra escrever uma fic desse super filme! E porque não escrever sobre o meu favorito, Desafio em Tóquio?

Sei que não é minha área de escrita, mas eu quero diversificar um pouco em vez de escrever apenas sobre livros :)

Boa Leitura!



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Uma dor insuportável. Era isso o que Han sentia a cada dia que se passava desde a morte de Gisele, sua amada. Ele havia se mudado para Tokyo, na tentativa de refazer sua vida. E em meio a depressão, ele encontrou uma luz de esperança. Se apaixonar novamente parecia uma ideia meio impossível, mas nada o impedia de retornar ao mundo das corridas.

Durante um tempo, dois anos pra ser mais exato, ele se dedicou a reconstruir sua vida no Japão. Em várias apostas, ele ganhou vários carros e os consertou. Construiu até uma espécie de "Garagem-casa", onde morava no piso superior e guardava os carros na garagem.

Chegou até a fazer novos amigos, porém, alguns deles ainda eram do colegial. Entre eles, os que quase nunca saiam de sua garagem eram Twinkie, Earl e Reiko. Fora as marias-gasolina com quem ele andava para tentar esquecer a depressão.

Durante esse tempo, Han também se meteu a contrabandear produtos para Kamata, um membro da Yakuza (Máfia Japonesa). Porém, quem comandava tudo era Takashi, sobrinho de Kamata. Takashi era conhecido como DK pela região onde moravam. A explicação era simples: DK significava "Drifting King", ou seja, o Rei do Drift. Drift era um estilo de corrida diferente, onde os carros costumavam fazer manobras em que os pneus viram e o carro anda para frente, como se estivesse fazendo uma curva (fail tentativa de explicar o que é Drift... :P).

Han parou de correr depois de um tempo. Ele já tinha tudo o que precisava, casa, dinheiro, carros, amigos... só não tinha um amor. Ele se sentia culpado em pensar nisso, pois Gisele vinha em sua cabeça. Mas, por mais que ele estivesse com saudades de Gisele, estava na hora de continuar sua vida. Estava na hora de deixar pra lá.

Han havia parado de correr, mas isso não significava que ele não fosse mais aos rachas no estacionamento proibido. Lá, corriam Twinkie, Earl e Reiko, somente de vez em quando. Também corria DK, para manter seu título e para ganhar apostas valendo carros. Neela, a namorada de DK também corria lá, e seu carro era constantemente arrumado por Earl e Reiko.

Contudo, em uma noite, um carro diferente chegou. Ninguém nunca havia visto aquele carro ali, tampouco o motorista.

–Tem gente nova no pedaço. - Disse Twinkie, se animando. - Será que é uma gatinha?

–Dá um tempo, cara! - Disse Earl, dando um tapa no ombro de Twinkie.

Reiko estava com Neela, falando algo em japonês com ela. Reiko era a única que não sabia falar inglês fluentemente. Han, cercado de mulheres como sempre, estava recostado em seu carro, comendo outro daqueles chips que sempre comia. DK e Morimoto, seu fiel "escudeiro", estavam no carro ao lado, de olho no carro novo.

–Espero que ele corra, porque eu quero aquele carro. - Disse DK, encarando o motorista através do para-brisa.

Então, o motorista misterioso saiu do carro. E não era um homem, mas sim, uma linda e jovem mulher. Aparentava ter uns vinte e poucos anos e era japonesa, sem dúvidas. Ela vestia roupas sexy de corredora de rachas. Não estava vulgar como as marias-gasolina, mas não deixava de estar sexy. Ela jogou os cabelos para o lado e caminhou até onde estavam DK e Han.

–Qual de vocês é o DK? - Perguntou a garota.

DK deu um sorrisinho irônico e olhou novamente para a mulher.

–Você me achou, baby. - Ironizou DK.

–Ótimo, se prepare. Vamos correr. - Disse a garota, dando meia volta e indo para o seu carro.

Han a olhou maravilhado. Ela tinha o mesmo espírito selvagem e rebelde de Gisele. Era como se aquela garota fosse a própria Gisele em um corpo diferente.

–Espere aí! - Ordenou DK.

A garota parou colocou as mãos pra cima e se virou, fingindo estar surpresa.

–O que eu fiz? - Perguntou a garota, com um olhar irônico.

–O que eu ganho se te vencer? - Perguntou DK.

–Hm, o garoto gosta de apostas. - Ela colocou os dedos nos lábios. - Deixe-me pensar. Que tal o meu carro?

–Perfeito. E se você me vencer, por algum milagre, eu te dou o meu carro. - Respondeu DK.

Han ainda comia seus chips, encarando a garota. O jeito que ela era familiar chegava a ser estranho.

–Nada disso, meu bem. Se eu vencer, eu quero o título. Se eu vencer, me torno a DQ (Drifting Queen, ou rainha do Drift.). Tudo bem pra você? - Perguntou a garota.

DK riu novamente, e dessa vez, Morimoto riu junto.

–Sem chance, baby. - Respondeu DK.

–Qual o problema, DK? Tá com medo que ela te vença? - Perguntou Han, revelando sua voz para a garota.

A garota olhou para Han, como se estivesse dizendo "valeu, cara". A expressão de DK se tornou fria novamente.

–Então tá legal. Se eu vencer, eu fico com o carro dela. Se ela vencer, se torna a DQ. - Respondeu DK, friamente. - Mas eu acho que isso não vai acontecer!

–Experimente. - Disse a garota, retornando ao carro.

–Ei, espere. - Chamou Han. - Qual o seu nome?

Ela se virou uma última vez e respondeu com um sorriso.

–Lin. Eu me chamo Lin.

E ela seguiu para o carro. Minutos depois, DK e Lin já estavam na linha de partida. Os dois encaravam a frente como se fosse um desafio. Lin era boa no Drift. Tão boa que só lhe faltava derrotar DK para provar ser a melhor.

Um garoto japonês foi para a frente dos dois carros, ficando no espaço entre os dois. Apontou para uma garota loira que gritou"Atenção!".Depois, apontou para uma japonesa do outro lado que gritou"Preparar!".E então, ele mesmo gritou"Vão!".

DK e Lin saíram em disparada, os dois. Chegando perto da primeira curva, Lin trocou a marcha e fez um rápido deslize para o lado. Uma manobra que DK não tentou e nem nunca tentaria. Ele percebeu que Lin poderia derrotá-lo, e então, ele resolveu jogar sujo. Em cada curva, ele arremessava Lin para o lado e a fazia perder o controle do carro. Todos os espectadores subiram no elevador para verem o final da corrida, no terraço.

DK foi o primeiro a subir, ganhando a corrida. Lin subiu segundos depois, ferida na testa. Um ferimento causado pelas fortes batidas que DK deu em seu carro. Porém, o carro dele estava intacto, enquanto o dela estava destruído. DK correu para Neela e a beijou, como sempre fazia quando ganhava uma corrida. Lin saiu do carro indignada.

–Você trapaceou! - Gritou Lin, com a mão na testa, tentando estancar o sangue.

–Calminha aí, aqui não tem regras! - Ironizou DK.

–Takashi, você fez isso de novo? - Perguntou Neela, decepcionada.

Ele só havia feito isso com dois outros corredores, mas os outros dois se renderam, pois pensavam que DK era da Yakuza.Twinkie correu até lá e tentou tirar Lin de perto de DK.

–Hey, acho que já deu por hoje, não é? - Disse Twinkie, tentando levar Lin para outro lugar. - Vamos.

–Tá bem, mas ele ainda vai querer a lata amassada que ele mesmo produziu? - Perguntou Lin, provocando DK.

–Vamos logo! - Disse Twinkie. Ele sabia que DK era capaz de cometer uma loucura ali.

Twinkie a levou para longe, finalmente.

–Você enlouqueceu? - Perguntou Twinkie. - Ele é Yakuza, não brinque com ele!

–Tô nem aí! - Respondeu Lin. - Alguém tem que colocar esse mauricinho no lugar dele!

–Eu sou Twinkie. Onde você mora? Posso te dar uma carona até lá. - Ofereceu Twinkie.

–Tudo bem. Eu me viro, obrigada. - Disse Lin.

–Ok, então. - Disse Twinkie.

Lin, mesmo estando com a testa machucada, conseguiu sair dali a pé mesmo. Porém, ela apenas andou por um quilômetro quando um carro laranja e preto parou do seu lado. O vidro abaixou, revelando ser Han.

–Entra aí, eu te levo pra casa. - Disse Han.

–Se você tiver a fim de dirigir até Nagoya... - Respondeu Lin.

–Mora em Nagoya? E veio para Tokyo só para um racha? - Perguntou Han.

–Na verdade, eu fugi de casa... e por que eu tô te contando isso? - Perguntou Lin.

–Porque você não consegue resistir aos meus poderes radioativos. - Ironizou Han.

–Ótimo, outro fã de quadrinhos... - Ironizou Lin.

–Vai entrar ou não vai? - Perguntou Han.

–Espera aí, você não vai dirigir até Nagoya no meio da noite, e como eu vou saber se não é um psicopata ou um tarado? - Perguntou Lin.

Han riu dela e acenou com a cabeça.

–Eu te dou a minha palavra que não faço nada que você não queira. - Han abriu a porta do carro. - A menos que você peça.

Lin rolou os olhos, deu um sorrisinho irônico e entrou no carro. Han não lhe parecia ser um psicopata, nem um tarado. Mas mesmo se ele fosse, era melhor do que se ela voltasse pra casa. Não aguentava mais sua casa, com seus pais ditando regras antigas sobre casamento, mesmo com ela sendo maior de idade e livre pra fazer escolhas. E quanto a Han, ele tinha que parar de fantasiar que ela era Gisele, pois não era. Gisele se foi e não irá voltar. Mesmo que fosse difícil, era hora de seguir em frente.


Continua


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Notas finais do capítulo

E aí? Gostaram? Espero que sim, pois minha inspiração produziu o melhor que poderia produzir...A atriz da Lin é a Patricia Ja Lee, quem assistiu "Power Rangers No Espaço" lembra dela :)

Kisses :3