Guerra Elemental escrita por Ed Henrique


Capítulo 6
Amigos por uma hora


Notas iniciais do capítulo

Obs: Coloquei a fanfic com linguagem imprópria, mas é só por causa de palavras como: Droga, merda. Eu não considero palavrão, mas é para não ter problemas com a fic.
Obs2: Capa em homenagem a floresta Amazônica S2.
E o mais importante: Quem serão esses “amigos”?



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Regra n°6: Quando uma equipe é misturada os alunos devem trabalhar juntos e qualquer tentativa de sabotagem resultará na perda de pontos da equipe.



Sala do Simulador Matheus on

Estávamos na aula do professor Guilherme, professor responsável pela aula de Simulação. Hoje já seria a primeira aula dele com as turmas misturadas. Sinceramente, esperava que cada um ficasse em um canto olhando feio para o outro, mas, na verdade, o pessoal estava interagindo. Claro, alguns ainda ficavam com seus grupos fechados mandando olhares furiosos para os outros, e outros ficavam conversando. Por exemplo: Davi e Lucas não paravam de conversar, enquanto eu dava em cima de uma usuária do fogo.

–Você é tão engraçado. – Ela riu de uma piada que contei.

–Rumrum. – Alguém coçou a garganta atrás de mim.

–Ah, você…. De novo. – Falei e Yuri deu um sorriso sínico.

–Posso falar com você em particular? – Ela perguntou.

–Já volto linda. – Falei com a usuária do fogo.

Andei com a Yuri até um canto mais afastado dos outros. Ela se escorou na parede e fiquei de frente para ela.

–Bem que dizem que a felicidade aleia incomoda! O que quer? – Perguntei.

–Você percebeu que estava no maior papo com a adversária? – Yuri perguntou de braços cruzados e eu ri. – Qual é a graça?

–Você. – Ela pareceu não entender bem. – Você está com ciúmes! – Continuei rindo e ela arqueou uma sobrancelha.

–Ciúmes? – Fiz um som com a boca concordando. – De você? – Ela soltou um riso. – Me poupe.

–Então está dizendo que não tem ciúmes de tudo isso, conversando com outra garota? – Cheguei mais perto dela.

–Claro… Que não. – Ela virou o rosto de lado.

–Então, deixe-me provar. – Fui chegando mais perto dela, até que bati em algo que me impediu de passar. – Ai. – Passei a mão onde bateu, mais especificamente, na testa. Alguns alunos que viram riram. – Você me paga, Yuri. – Ela estava com um sorriso triunfante.

–Por acaso, teria troco para dez? – Os alunos riram de novo.

–Já chega! – O professor se manifestou. – Tudo já está pronto. Se separem em duplas de elementos diferentes.

Cada um correu atrás de um parceiro e só eu fiquei sem.

–Matheus. – O professor me chamou. – Faça dupla com o Lucio que também está sem parceiro. – Praguejei mentalmente e Lucio veio na minha direção.

–Sou obrigado? – Perguntei.

–Sim! – Ele respondeu ríspido.

–Eu também não quero isso. – Lucio falou. – Mas a Sexta Regra me impede de tentar fazer qualquer coisa.

–Bem lembrado. Todos conhecem a Sexta Regra: Sabotagem resulta na perda de pontos. Espero que possam cooperar juntos! – O professor Guilherme falou.

–Se estamos juntos em duplas, quem será nosso oponente? – Davi perguntou.

–E que tipo de simulação será? – Agora foi Lucas. Ambos fizeram dupla.

–Duas ótimas perguntas! – O professor falou. – Pode entrar. – Todos olhamos para a porta e Marcos entrou pela mesma. – Eu pedi uma autorização para que ele pudesse participar conosco. A simulação será de sobrevivência. O objetivo de vocês é se esconder e não serem pegos pelo King. Caso sejam pegos, não podem deixar ele destruir o dispositivo na roupa de vocês. Se ele for destruído vocês serão teletransportados de volta!

–Onde vai ser? – Perguntei.

–Vocês já estiveram na Floresta Amazônica? – Ele perguntou retoricamente.

Dentro do simulador – Davi on

Infelizmente não haviam muitos lugares para se esconder, fora que os animais selvagens daqui estão tentando nos devorar. Cheguei em um lago junto de Lucas e após assegurar que esse lago era seguro, sem nenhum animal venenoso ou perigoso, entramos na água, colocamos canudos na boca que usamos para respirar. Tudo bem que não poderíamos ficar aqui a aula inteira, mas por enquanto já era o bastante!

Yuri on

Não gosto muito desse fato de misturar as turmas, não por ter um ódio mortal com a outra equipe, mas se é uma Batalha, Guerra, chame do que quiser, não deveríamos nos misturar! E ainda tem a minha parceira. Meu Deus do céu, ela tá com medo desde que a gente entrou e não faz nem cinco minutos.

–Tudo bem aí? – Perguntei me virando para trás.

–Tu-tudo. – Ela respondeu.

Eu não sou uma pessoa ruim. Sério, não sou mesmo! Tô tentando até ser gentil. Mas quando eu quero posso ser terrível, e juro que se essa menina me atrapalhar eu vou fazer questão de lutar contra ela!

–Ali. – Corremos até a entrada de uma caverna. – Podemos ficar aqui! – Ela concordou com a cabeça.

–A-a-atrás de vo-você! – Me virei e tinha um urso parado ali. Ele fez o som que todo o urso faz e minha parceira caiu sentada, mas eu continuei em pé o fitando. Criei uma bola de gelo e arremessei na cara do urso, fazendo com que ele caísse no chão desmaiado.

–Vamos!

Matheus on

Droga de simulador. Tantas pessoas em uma turma e eu tenho que ficar logo com o Lucio, com o Lucio!

–Calem a boca! – Lucio gritou com os macacos que não paravam de “falar”.

–São apenas ilusões! – Afirmei.

–Problema, são irritantes! – Ele retrucou.

–Uma caverna. – Disse correndo até a entrada dela.

(N/A: Perceberam que vai dar ruim?)

–Tem alguém aí? – Lucio gritou e recebeu uma bola de fogo como resposta. Ele conseguiu desviar e atirou uma bola de fogo lá para dentro, porém foi contra-atacada com gelo.

–Vão embora. – Ouvimos uma voz feminina de dentro da caverna.

–Marcele? – Lucio perguntou. – Quem está com você?

–Eu! – Yuri respondeu. – Agora vão embora. Achamos esse lugar primeiro!

–A caverna não tem dono! – Retruquei e ela lançou uma bola de gelo na minha direção, mas parei usando fogo. – Quer guerra?

–Não sou eu quem estou ao ar livre onde o King pode me achar.

–Escuta...

–Já mandei calarem a boca! – Lucio arremessou uma bola de fogo para trás tentando acertar um macaco. – Um pilar de fogo?

–Pilar? – Me virei e pude ver o mesmo. – Quem... Ah, claro. – Revirei os olhos.

–Se eu fosse vocês, fugiria o mais rápido possível. – Yuri nos aconselhou.

–Deixa a gente entrar! – Pera, por que eu to pedindo? Tentei entrar na caverna, mas bati em uma barreira. – Já estou criando ódio dessas barreiras.

–Matheus. – Lucio me chamou e virei para trás. Os macacos da floresta começavam a fugir junto de outros animais. – Ele pretende queimar a floresta inteira?

–Precisamos fugir! – Puxei Lucio que até então estava “concentrado” na floresta. Corremos o máximo que conseguimos para poder sair da floresta, quando conseguimos chegamos até o rio. – Affs. – Reclamei.

–Congela o rio. – Lucio falou.

–É mais fácil falar! – Abaixei e pus as mãos na água liberando o meu poder que começou a congelar a água. Porém o máximo que consegui fazer foi congelar em linha reta, fazendo uma ponte.

–Só isso?! – Lucio falou começando a correr por cima dela.

–N-Não é tão fácil. – Disse cansado. Eu nunca congelei nada, e já descobri que liberar tanto poder de uma vez não é tão fácil! Caí ofegante apoiado em uma perna. Lucio parou de correr quando percebeu que eu não estava o seguindo.

–Sério? – Ele perguntou irônico. – Argh. – Ele voltou, jogou meu braço pelo pescoço dele e me ajudou a andar.

–Eu não preciso da sua ajuda!

–Quer que eu te largue aqui? – Me calei. Infelizmente eu fiquei cansado, e nesse estado perderia fácil para o Marcos.

Quando terminamos de atravessar Lucio virou para trás e King estava parado do outro lado. Ele criou uma bola de fogo e atirou no meio da ponte a destruindo, e nos prendendo do outro lado. King entrou novamente na floresta que agora estava meio queimada.

–Pode me largar. – Falei e Lucio me soltou. Sentei no chão e encostei na árvore mais próxima.

Fora do simulador – Autor on

–Como eles estão indo?

–Diretor? – O professor se levantou da cadeira em respeito. – Como pode ver dentro da sala, metade dos alunos já voltaram.

–E aqueles dois ali? – O diretor e o professor voltaram sua atenção para as mini-televisões, e viram Lucio e Matheus conversando algo.

–Vamos atrás dele? – Lucio perguntou para Matheus.

–Por que está me perguntando? – Perguntou Matheus. – O exercício é de sobrevivência, – ele se levantou – então é isso que faremos. Sobreviver! – Ele levou um soco do Lucio e caiu no chão. – Ficou...

–Eu não acredito que perdi para você! – Ele falou com o punho fechado. – Você não é irmão do King? Não é o Híbrido? E não é o idiota que conseguiu me vencer? Então haja como tal e mostre aquela coragem que você mostrou no dia em que me desafiou!

Os “espectadores” viram um sorriso no rosto de Matheus.

–Não vai ficar? – O professor perguntou ao diretor.

–Eu já sei como isso vai terminar!

Voltando – Matheus on

–Se fosse em outra ocasião, poderíamos ser amigos! – Falei.

–Acho que não! – Lucio discordou.

–É, né. – Ri.– Amigos? – Estendi a mão.

–Só por quarenta minutos. – Ele retribuiu.

–Pode atrair o King? – Perguntei.

–Tem um plano?

–Tenho!

Lucio atravessou o rio nadando mesmo e, foi atrás do King. Andei até o rio e liberei meus poderes novamente. Agora seria diferente, já tenho uma ideia de como fazer sem gastar tanta energia.

–A água é só o gelo na forma líquida. – Comecei a congelar a água aos poucos. – Eu só preciso visualizá-la como uma grande geleira. – Fechei os olhos e pensei em lugares frios como os polos. Abri meus olhos novamente e tinha congelado uma grande parte do rio. – Agora só falta...

–Está vindo! – Lucio apareceu correndo atirando bolas de fogo para trás. Ele atravessou o rio, agora congelado, e ficou do meu lado. – Bom trabalho.

–Você também.

–Você conseguiu. – King falou saindo do meio do mato. – Mas, o que me impede de descongelar o rio? – Ele fez uma bola de fogo com a mão.

–Eu! – Lucio arremessou uma bola de fogo que foi contra-atacada.

Ambos corremos na direção de King. Lucio tentava acertá-lo e eu destruía o contra-ataque. Tenho que admitir que o Lucio é bom e talvez consigamos vencer.

Minutos depois – Autor on

O tempo do simulador acabou e um sinal ecoou por toda floresta. Todos os alunos restantes saíram de seus esconderijos e os garotos que antes estavam lutando tiveram que parar.

–Parabéns a todos que conseguiram ficar até o final. Aqueles que não conseguiram, espero que se esforcem para poder melhorar e na próxima vez conseguirem sobreviver até o final. – O professor Guilherme falou. – E aos alunos Lucio e Matheus, parabéns por terem deixado as diferenças de lado e trabalhado em equipe. Mas vocês sabem que o objetivo era sobreviver e não ganhar, não é?

–B-bem... Sim. – Respondeu Matheus coçando a cabeça.

–Na próxima, sigam o que foi pedido!

–Sim senhor! – Lucio e Matheus responderam juntos.

Na sala secreta – Matheus on

–Foi muito cansativo. – Falei entrando na sala com o Lucas. Sim, viemos juntos.

–Demoraram! – Marcos afirmou. Olhei para a mesa e ele estava sentado na cadeira.

–O que faz aqui? Como descobriu sobre esse lugar? – Perguntei.

–Eu estudo aqui a quatro anos, claro que eu conheço cada ponto desse lugar! – Marcos respondeu. – É mesmo, vocês não tem uma geladeira aqui não?

–Estamos vendo um trabalho para podermos comprar uma mini. – Respondi me sentando no sofá.

–Quem mais sabe sobre esse lugar? – Meu irmão perguntou.

–Nós e o Davi. – Respondi.

–Ah, tem falado com a vovó? – Ele cerrou os olhos na minha direção.

–Se eu dizer que esqueci, você brigaria comigo?

–Depende, você esqueceu?

–Sim! – Respondi.

–Então tem dez minutos para escrever uma carta antes que eu faça o papel de irmão certinho! – Levantei de presa do sofá, o tirei da cadeira da mesa, puxei papel e caneta, e comecei a escrever.

–Che-guei. King? – Davi perguntou. – O que faz aqui?

–Pode me chamar só de Marcos. E senta, porque é uma história engraçada. – Davi se sentou no sofá ao lado de Marcos. – Você também Lucas.

Depois de escrever uma super carta, pedindo desculpa por não ter escrito antes, contando sobre os novos amigos, que eu vim parar no mesmo colégio que o meu irmão e um monte de outras coisas, só faltava enviar.

–Do que vocês tanto riem? – Perguntei vendo que os três estavam rindo desde que comecei a escrever.

–De você! – Davi respondeu.

–Estamos contando os nossos momentos mais engraçados com você! – Lucas falou.

–Eu aqui escrevendo uma carta e vocês rindo nas minhas costas.

–Não é assim. – Meu irmão falou. – Você estava ali, – ele apontou para mesa – e nós aqui, então era na sua cara.

–Háhá.

–Gente, vocês poderiam deixar eu e o Matheus conversarmos um pouco? Sabe, colocar a conversa em dia. Não precisa sair daqui, só ficar um pouco longe. – Marcos pediu com as mãos juntas.

–Tudo bem, eu vou ler um pouco. – Davi saiu do sofá e foi até a prateleira de livros.

–E eu vou jogar. – Lucas pegou o celular e foi para um canto.

–E então, o que quer conversar? – Perguntei sentando no sofá ao lado do meu irmão.

–Sobre o que tem feito depois que eu vim para cá. – Ele respondeu. – Se fez novos amigos, cuidou da nossa avó, arrumou confusão na escola.

–Bem, novos amigos? – Pensei um pouco. – Não, nenhum até esse ano. Sim, cuide bem da vovó. E uma confusão ou outra na escola.

–E namorada? Arrumou alguma? – Ele perguntou e fiquei um pouco envergonhado.

–N-não.

–E a Yuri?

–O que tem ela? – Perguntei.

–É sua amiga, namorada ou só uma colega de equipe?

–Humm, eu não sei dizer bem, digo, ela as vezes é legal, outras vezes é mais séria, isso dificulta!

–Então você gosta dela? – Ele perguntou com um sorriso no rosto.

–Se eu fosse definir ela, seria oposta.

–Não dizem que os opostos se atraem? – Ele riu.

–E você, senhor aluno mais forte? – Perguntei.

–O que tem eu?

–Não se faça de bobo. Fez novos amigos? Arrumou alguma namorada? – A última pergunta fiz com um sorriso malicio.

–Eu fiz alguns amigos sim, seguidores também. – Rimos. – E já namorei, senhor curioso.

–Por que me deu “aula” durante a nossa luta?

–Eu queria ver o quanto você havia evoluído durante esse tempo! – Ele me respondeu. – E eu gostei do resultado.

–E como virou o aluno mais forte?

–Quer mesmo saber? – Perguntou.

–Quero. – Me ajeitei no sofá.

–Mas não vai. – Ele sorriu. – Essa aula só amanhã!

–As vezes penso que moro com um sádico, e não com um irmão mais velho! – Afirmei.

–É mesmo. – Marcos riu.


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Notas finais do capítulo

Acho que posso contar um pouco do próximo capítulo! O casal que eu falei, vai...



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