Guerra Elemental escrita por Ed Henrique


Capítulo 2
Primeira batalha e primeira vitória


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem.



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Regra n°1: É proibido usar magia para ferir outros alunos.

Matheus on

Eu estava dormindo tranquilamente. Eu já mencionei que eu tenho sonhos estranhos? – Não estranhos do tipo pervertidos, estranhos do tipo malucos. – Aí você está dormindo e é acordado por um Davi maluco te balançando.

–Matheus, já são oito e meia.

–E? – Me virei para o lado me cobrindo com o cobertor.

–Está na hora do café! – Ele me balançou novamente. – Você tem que comer, porque ainda tem a luta as dez.

Não quero levantar! Mas, infelizmente, hoje é necessário.

–Eu até tinha esquecido da luta. – Falei levantando da cama e indo até o armário para poder pegar uma toalha. Contra a minha vontade, porque se eu pudesse ficaria dormindo até mais tarde. – Mas, hoje não terá aula? – Coloquei a mão em frente a boca enquanto bocejava.

–Elas só começam amanhã! E ainda assim tem o feriado. Então pode-se dizer que esse mês não tem muita aula. – Davi falou enquanto eu entrava no banheiro.

–Cinco minutos e eu já saio. – Fechei a porta e fiz todas as minhas necessidades. Cinco minutos que eu havia falado, viraram meia hora. Até porquê, dente, shampoo, sabonete e pentear o cabelo, não posso fazer isso em cinco minutos. – Pronto. O que você está lendo? – Cheguei mais perto do Davi que estava sentado na cama com um livro.

–Como transformar seu colega de quarto em um picolé. – Ele me olhou sinistramente.

–Fiz você esperar muito, né?! – Perguntei com um pouco de vergonha. – Foi mau.

–Hunf. – Ele suspirou. – Se corrermos, ainda conseguimos pegar o resto do café.

Saímos do quarto e fomos direto para o refeitório que ficava no segundo andar. Ele não estava tão vazio assim. Provavelmente os novos alunos se atrasaram.

–Ei. – O chamei. – Você está sentindo um clima meio... Pesado. – Falei baixo.

O refeitório era grande. Possuía uma grande mesa de um lado e do outro, uma outra mesa em cima de um pequeno palco, e uma porta que devia dar para a cozinha.

–Infelizmente é sempre assim: uma guerra/batalha. Quando eu digo: “Você se acostuma”, é, porque realmente se você não se acostumar, acaba se desconcentrando! É só ignorar.

Continuamos andando e fomos até a porta da possível cozinha. Não havia percebido antes, mas ali tinha uma bancada.

–Tia. – Davi chamou e uma senhora que devia ter uns cinquenta e poucos anos apareceu. – Qual é o café de hoje?

–Pão com queijo, suco de laranja e se quiser uma maça. – A senhora respondeu.

–A comida é feita com magia? – Perguntei inocentemente, mas a senhora soltou uma risada.

–Nem tudo aqui é magia. – Ela falou.

–Eu vou querer, por favor. E você? – Davi me olhou.

–Vou querer também, fazendo o favor. – A senhora entrou pegou duas bandejas e nos entregou. – Obrigado. – Eu e ele respondemos e fomos nos sentar. – Que café sem graça! Pão com queijo.

–O café da manhã é sempre assim, uma coisa leve. O verdadeiro banquete vai ser hoje a noite. – Ele explicou tomando o suco.

–Banquete? – Perguntei com brilho nos olhos. – Conte-me mais.

–Você parece até um esfomeado falando assim. – Ele soltou uma risada. – Quando ela disse que nem tudo é magia, na verdade usamos magia para várias coisas, tipo: Para ligar o fogão. Elas usam magia de fogo, invés de fósforo.

–Isso não é grande coisa! – Falei mordendo meu pão.

–O quê? Você devia ter visto o jornal quando os usuários de terra fizeram uma manifestação! Cada caixa pequena de fósforo vem com 40 unidades o que acaba com uma árvore.

–Só uma? Então vocês tiveram que começar a usar magia de fogo ao invés do fósforo. Isso, porque eles queriam preservar algumas árvores!

–É. Mas, na verdade foi até inteligente, mesmo que tenham sido poucas, pelo menos algumas árvores sobrevivem. – Ele fez uma pequena pausa. – Outro exemplo é a roupa. Ela não se lava sozinha tá. Eu vi você colocando a roupa em um saco, aqui nós a lavamos. E não é com magia!

–Mas eu não vi nenhuma lavanderia aqui. – Falei me levantando.

–Estava fechada. – Ele fez o mesmo e andamos até a bancada para deixarmos a bandeja. – Mas é rápido, leva só uns cinco minutos na máquina.

–Deixa eu ver, enchemos com magia.

–Claro que não! Nem tudo é magia. – Rimos. – Agora vamos.

–Para onde?

–São dez para as nove. Temos exatamente dez minutos para escovarmos os dentes e depois irmos treinar. – Fomos em direção a saída. – Ou você já se esqueceu que não sabe usa seus poderes direito?

–Com você me lembrando eu não esqueço! – Ele deu um sorriso de lado meio sádico, mas eu pude perceber.

Davi on

Eu vou me divertir. Quer saber o porquê? Todo mundo tem um lado sádico, eu escondo muito, mais muito mesmo, o meu. Hoje vai ser divertido, ainda não posso dizer o porquê, mas logo, logo verão.

–Por que me trouxe para cá? – Estávamos atrás da escola perto da quadra. Não havia mais ninguém ali, só eu, Matheus, dois copos, um com gelo e um sem, uma garrafa de água e uma mesa.

–Porque além de não ter ninguém, vai ser perfeito para treinarmos! – Coloquei um pouco de água no copo. – Tente queimar.

–Tá. – Matheus fechou os olhos e se concentrou fazendo uma cara engraçada. – Nada.

–Entendo. – Falei. – Vai ser mais difícil que pensei. – Falei mais para dentro do que para fora.

Enquanto pensava no que aconteceria a seguir, fui tirado dos meus pensamentos, pelo som do Matheus arfando cansado. – Ainda devia tentar derreter o gelo no copo.

–Matheus. – Chamei a atenção dele para mim. – Vamos tentar outra coisa.

–Tipo o quê? – Ele perguntou já respirando melhor.

–Existem duas maneiras de se aprender a controlar o gelo de uma forma rápido: A mais rápida, porém a mais difícil e a mais lenta, só que chata e menos eficaz. Qual você prefere? – Ele fez uma cara pensativa.

–As duas parecem ruins. – Matheus pensou mais um pouco. – Então vou ficar com a primeira. Eu aguento qualquer coisa!

Suspirei aliviado.

–Que bom. – Falei e dei um rápido tapa na cara dele.

–Ai. – Matheus reclamou. – O que foi isso?

–Isso o que? – Me fiz de sínico.

–Esse tapa que vo- – O interrompi com outro tapa. – De novo? – Ele falou obviamente zangado. – Nem pense nisso. – Matheus segurou minha mão e gelo começou a cair. – E agora?

–Você conseguiu! Foi o contrário do que deveria, mas... Parabéns

–Essa foi a maneira mais rápida? Ou foi só vingança?

Um pouco dos dois!

–Para a primeira pergunta: Sim e não. E a segunda é: Não. – Vi que ele ficou um pouco confuso. – O segredo da magia de gelo é se manter calmo. Por isso os tapas! Se você conseguisse manter a calma, conseguiria usar o poder naturalmente! Com você surtiu o efeito oposto.

–Deixa eu tentar. – Matheus pegou o copo de água, entretanto não conseguiu. – Hã? Por que eu não consegui?

–Eu não tenho a resposta para tudo!

Matheus me olhou com uma cara de poker face.

–Eu vou arrumar um novo professor. – Ele virou e começou a caminhar. Mas congelei os pés dele. – Me solta. – Tentou, mas sem sucesso. – Se não me soltar...

–Vai fazer o que? – O provoquei. Talvez ele consiga usar os poderes.

Infelizmente não foi assim.

–Affs. – Ele começou a ficar quente e a emanar uma aura vermelha. – Consegui. – Matheus falou quando conseguiu derreter o gelo.

–Se você puder manter esse poder, vai conseguir vencer o Lucio.

–Uma pergunta. – Ele levantou a mão. – Por que o Lucio e a Yuri são representantes? O ano começou agora.

–Antes do inicio de cada ano ocorre uma prova. São duas provas: Prática e teórica. Os alunos de cada equipe que tiram as melhores notas ficam como os representantes do ano que estão cursando! – Expliquei. – Todo ano ocorre essa prova. Você só não participou, pois a prova foi em Janeiro, e já estamos em Fevereiro.

–Você tirou que nota?

–Tirei... – Não pude terminar de falar, porque fomos interrompidos.

–Davi, Matheus, a luta vai começar! – Yuri nos chamou.

–Ela vai ir? – Matheus perguntou.

–Sim! Durante uma luta o representante da turma tem que comparecer, assim como o conselheiro.

–Conselheiro?

–É o líder da equipe de gelo. – Yuri chegou mais perto de nós e explicou. – Faltam dez minutos e só faltam vocês.

–Obrigado, já estamos indo. – Nós três fomos em direção a quadra.

Matheus on

Davi já havia ido para a plateia e, no pequeno espaço para a equipe de gelo só ficou eu e a Yuri.

O que eu pensava que seria uma simples briga de adolescentes se tornou um evento de inicio de ano. Por vários motivos, um deles é: Não somos simples adolescentes. E o segundo: Está lotada. Eu poderia dizer que toda a escola está aqui!

–Está pronto, campeão?

–Com certeza. – Disse convicto me virando para poder ver a origem da voz. – O senhor é...

–Jin. Líder dos Valentes de Gelo!

Jin aparentava ter 40 anos, alto, magro, cabelo azul meio bagunçada, olhos azuis e segurava um livro fechado.

–É um pouco tarde para falar, mas você arrumou um baita problema, em.

Cocei a cabeça um pouco envergonhado.

–Sinto muito por causar problemas já no inicio do ano!

–Geralmente as lutas programadas valem pontos para as equipes, mas como você é novato eu pedi ao diretor que não valesse.

–Ou seja, ganhando ou perdendo, ninguém ganha nada.

–Você vai ter o prazer da vitória. – Yuri falou. – Porque se perder, lutará contra mim! – Ela me encarou sinistramente e juro que vi uma aura saindo dela.

–Competidores, dirijam-se a arena. – Uma voz no microfone falou.

–Está na hora. – Falei.

–Boa sorte. – Yuri jogou o cabelo para o alto e saiu pela segunda saída.

–Então vamos. – O conselheiro Jin falou comigo e fui andando em direção da arena, sendo acompanhado por ele.

–Vamos. – Pensei.

Como disse, a arena estava cheia. Havia um homem no centro, que deveria ser o juiz, e o Lucio vinha com o seu conselheiro.

Ele aparentava ser mais velho do que Jin. Alto, forte, cabelo estilo exército, olhos azuis e tem uma cicatriz no lado direito do rosto. – De certa forma, eles até se parecem um pouco.

–Juan. – Jin cumprimentou o outro conselheiro.

–Jin. – O homem respondeu.

–Conselheiros e alunos, apertem as mãos. – O homem com o microfone falou e assim o fizemos.

–Eu vou te trucidar. – Lucio falou.

–Se eu fosse você tomaria cuidado, dizem que o gelo machuca! – Todos desfizemos o aperto de mão e os conselheiros saíram.

–Meu nome é Natan, e serei o professor de Educação Física de vocês. Hoje gostaria de pedir que todos prestem atenção nessa luta, pois ela mostrará um pouco de como será as nossas aulas. Senhor diretor, gostaria de dizer algumas palavras?

O mesmo se levantou do meio da plateia e sem microfone começou a falar.

–Bom dia a todos. Primeiramente gostaria de dar os parabéns a todos que chegaram aqui! Começamos esse ano com uma disputa interessante, Lucio, o representante dos Guerreiros do Fogo. – Os usuários de fogo começaram a gritar. – E o novo aluno com poderes de fogo e gelo, Matheus. – Agora foi a vez dos usuários de gelo gritarem. – Espero que façam uma boa luta e boa sorte aos dois. – Ele se sentou novamente.

–Agora explicarei as regras. – Natan falou. – Ambos tem três alvos no corpo, aquele que perder os alvos, primeiro perde. Nessa luta, vocês podem invadir a área um do outro. Estão prontos? – Ele me olhou e depois olhou para o Lucio.

–Estamos. – Respondi o encarando.

–Então... Comecem. – Natan deu um salto para trás e de inicio meu oponente lançou uma bola de fogo em mim, porém consegui desviar. Ele deu um sorriso um pouco sinistro.

–Tente não morrer queimado!

Tentei concentrar o meu poder e lançar nele, mas nada saiu.

–Não consegue, é? – Ele lançou outro ataque, e desviei novamente. Olhei para o Davi.E estava na plateia, esperando alguma explicação.

Autor on

–Vocês não treinaram? – O diretor perguntou para Davi.

–Treinamos. – Ele se levantou. – Lembre-se do seu treinamento e use a sua mão dominante! – Matheus desviu de outro ataque, olhou na direção do Davi e fez um sinal de legal com as mãos.

Matheus on

Me concentrar? Vai ser um pouco difícil, mas eu posso tentar. Fiquei em pé e tentei ficar o mais calmo o possível, mas um ataque veio na minha direção acertando de raspão o meu alvo.

–Não vai lutar? – Lucio perguntou brincando de jogar uma bola de fogo para o alto. – Se você não ataca, – ele jogou a bola novamente para o alto – eu ataco! – Antes da bola descer ele levantou a mão e arremessou na minha direção. Mas claro que desviei.

Me espreguicei para poder irritá-lo e funcionou. Lucio atirou uma bola de fogo em mim, fui na direção do ataque. Parecia que os membros da equipe de gelo ficaram um pouco assustados com a atitude, mas pareceram mais calmos quando eu desviei.

Continuei correndo até chegar perto do meu oponente. Ele não esperava por isso, o que me deu uma vantagem para poder atacá-lo. Mirei em seu rosto para poder acertar um soco, porém ele conseguiu desviar. Porém eu fui mais rápido e coloquei a mão sobre o seu alvo. – Ao todo eram três: Um pequeno no braço esquerdo, um médio na barriga e um grande nas costas. Tirando o do braço, só sobram dois. – O congelei com o tocar, mas parece que ele não percebeu ainda. Lucio fez uma pequena bola de fogo e acertou o alvo do meu braço, o destruindo. Pulei para trás pelo impacto.

–Menos um! – Ele falou.

–Droga. – Tenho que me aproximar dele sem ser acertado pelo fogo. Eu tenho a vantagem de ele não ter percebido o meu ataque.

–Parece que eu te superestimei! – Ele começou a andar na minha direção. – Mas, parece que você não é lá grande coisa! – Lucio lançou outro ataque mais desviei.

–Eu também te superestimei. – Dei um sorriso. – Eu pensei que como representante você seria um desafio maior!

Ele ficou irritado e começou a criar e lançar vários ataques, enquanto eu comecei a correr em volta dele. Se houvesse uma chance para eu poder acertá-lo, era essa! Continuei correndo, mas dessa vez reduzindo a distância entre nós. Quando cheguei perto o suficiente dele acertei um soco no seu braço, fazendo com que ele se virasse um pouco, o que foi suficiente para poder acertar o alvo das costas, o congelando. Infelizmente quando ia me afastar ele me acertou na barriga.

–Um a um. – Falei com um sorriso triunfante no rosto.

–Eu vou acabar com você! – Seu olhar estava diferente. O que antes parecia o de um valentão, agora parece o de um maluco.

Uma aura vermelha se formou ao redor dele e o mesmo começou a lançar várias bolas de fogo em sequencia. Deu muito trabalho desviar delas e algumas conseguiram me acertar, entretanto, eu protegi meu último alvo e cai no chão.

–Seu professor deve ser muito ruim, para não te ensinar a usar seus poderes direito! – Ele preparou outra bola de fogo, só que maior que as outras. – Você não é híbrido coisa nenhum. É só mais um mago fraco!

–Agora é pessoal. Acaba com ele! – Davi havia se levantado e gritado da plateia.

–Você nunca mais... Fale mal do meu melhor amigo! – Senti meu corpo ferver e me concentrei nesse poder. Pensei nele na minha mão e o mesmo formou uma grande bola de fogo. – Fogo, fogo. – Taquei a bola de uma mão a outra.

–Atira. – Ouvi a voz do Davi novamente e taquei a bola para cima.

–Acaba de jogar a sua chance para longe, literalmente. – Lucio atirou a bola de fogo na minha direção e a mesma me acertou com tudo. Voei um pouco longe e caí no chão atordoado. – Você perdeu! – Ele deu um sorriso e se virou. – Hã? – Ele olhou para o alto e viu a bola de fogo. – Mas... Ele errou. – A bola de fogo que estava no alto começou a cair igual a uma chuva de meteoros em todas as direções.

Levantei com dificuldade.

Você perdeu! – Dei um sorriso quando uma das bolas acertou ele e todos os alvos dele explodiram.

–Fim da luta. – Natan anunciou. – O vencedor é, Matheus, membro da equipe de gelo.

Todos da equipe gritaram, mas eu estava muito cansado.

–Eu só quero... Dormir um pouco. – Sussurrei caindo.

–Pode dormir. – Vi Davi me segurando e impedindo que eu caísse no chão. Depois disso simplesmente apaguei.

Outro lugar

–Que macio. – Falei me ajustando naquele espaço fofo.

–Bem-vindo de volta. – Ouvi uma voz familiar e sentei. Ele estava sentando em uma cadeira do meu lado. – “Eu só quero dormir um pouco”.

–Eu estava cansando, tá. – Cruzei os braços e virei o rosto para o lado, enquanto ele soltava um riso. – Ei, Davi.

–Sim?

–Por quanto tempo eu apaguei?

–Umas duas horas!

–Então está na hora do almoço.

–Essa é a sua preocupação? – Davi falou baixo, mas pude ouvir. Tentei levantar, porém a dor impediu. – A roupa que você usou impediu a magia de surtir efeito, ou seja, você não torrou, mas ainda dói! – Desisti de levantar e deitei novamente. – Aquilo que você falou sobre seu amigo, é verdade?

Fiquei um pouco surpreso por ele ter prestado atenção.

–Então... Eu tinha que dizer algo do tipo heroico. – Disse um pouco sem graça. – Por falar nisso, você não me falou quanto você tirou na prova!

–Ah, é. Eu tirei nove! – Ele falou como se não fosse nada.

–Nove?

–É. A Yuri gabaritou!

–Se eu tivesse tirado cinco, acho que seria muito! – Falei. – A família dela deve saber muito sobre magia!

–Na verdade, ela não vem de uma família de magos. Igual a você! O meu caso é diferente. Eu venho de uma GRANDE linhagem de magos. – Ele falou o grande usando a mão.

–Vejo que melhorou! – Uma moça, que deduzi ser a médica, falou. – Eu já vou te liberar. Só vou curar alguns machucados. – Davi levantou e afastou a cadeira para dar espaço para a médica.

–Por que eu desmaiei?

–É o seu primeiro ano, certo? – Fiz um som com a boca confirmando. – Você usou muito poder de uma vez! E aquela magia de fogo, é de nível dois, ou seja, você só aprende no segundo ano.

–Ah.

Vi ela pegando uma bacia com água e controlando o líquido.

–Isso é magia de cura? – Perguntei.

–Não! – Davi me respondeu enquanto a médica passava a água em alguns lugares machucados. – No terceiro ano, os usuários de gelo, podem fazer um curso de medicina. Ela constitui de você usar a água para poder curar alguém, mas não funciona com a água que nós fazemos com magia! Eu nunca havia visto de perto, só lido em alguns livros.

–Bem informado como sempre. – A médica falou. – Prontinho. Já pode ir!

–Obrigado. – Me levantei, joguei meu braço no ombro do Davi e começamos a caminhar. – Próxima parada, refeitório.



Continua...


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Notas finais do capítulo

O que acharam da luta? Não sou muito experiente, mas tento.
Se tiverem alguma dúvida, provavelmente ela vai ser esclarecida no próximo capítulo. Mas, deixa nos comentários!



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