Novo ano novos alunos

Após a luta contra Light e descobrir que o diretor não havia sido libertado da magia, mais um ano começou na Escola Elemental. Os alunos que se formaram literalmente vazaram e novos alunos chegaram para aprenderem a dominar seus poderes. Novas surpresas aguardam Matheus e seus amigos, como um king que deixou de ser king, uma aluna nova com vários mistérios ao seu redor, a solução para o caso do antigo diretor e um segredo que pode mudar a vida de um deles.

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A escola Elemental é uma escola onde os jovens que tem poderes vão para aprender a controlá-lo. Mas, isso vocês já sabiam né. E se eu dissesse que ela é dividida em duas categorias: Fogo e Gelo. Cada jovem com uma habilidade vai para seu determinado grupo. Nunca havia nascido alguém como ele! Um jovem híbrido que controla o fogo e o gelo. De uma vida normal, a vida desse jovem muda quando descobre seus poderes, pois é obrigado a ir para uma escola onde não conhece nada nem ninguém. Por ter ambos os poderes, vai precisar ter o dobro de esforço para controlá-los. E lidar com os inimigos, invejosos e outros problemáticos. A Guerra Elemental está prestes a começar! De qual lado ele ficará? Fogo ou gelo?

Acho que essa pergunta já foi respondida a algum tempo. Matheus escolheu se tornar um usuário de gelo – e se meter em problemas. As boas notícias do ano são: Ele e seus amigos Davi, Lucas, Yuri, junto do “arque inimigo” Lucio, passaram de ano e estão agora no segundo ano da Escola Elemental. Todos estão bem e com saúde. As más são: Ambas as antigas turmas do quarto ano não tiveram uma formatura. De acordo com o atual diretor, Felipe, seria muito gasto e agora, mas do que nunca, precisavam economizar. E a segunda má notícia, é que, infelizmente, ainda não conseguiram libertar o diretor. Mesmo com a antiga teoria, de que só precisariam de mais usuários de fogo, não conseguiram.

Mas vamos falar sobre o que está acontecendo agora, né. O que Matheus e os outros estão fazendo nesse momento. Como estão aproveitando a vida.

–Que, tédio! – Matheus sussurrou. – Só porque está chegando gente nova ele nos pôs para trabalhar. – Ele estava em cima do muro da escola. Sua função era ficar de guarda. – Coitado do Davi. – Matheus olhou para trás e viu o amigo e uma outra menina, que pelo uniforme era uma usuária de fogo, tentando falar com uma multidão. Tentem imaginar, dois alunos tentando conter e instruir um grupo de novatos. Com certeza seria uma bagunça. Claro, existiam aqueles que, como o Davi, viam de uma família de magos, então já conheciam o básico e não faziam perguntas “idiotas”. E como sempre tem que existir, haviam aqueles que se achavam melhores do que os que perguntavam. Mas acho que gente assim é normal em todo lugar.

–Ei, ei, nós podemos voar? – Um garoto da multidão perguntou.

–Não, isso é talvez com... – Tentou explicar mais foi cortado.

–Quais poderes temos? – Agora foi uma menina.

–Isso pode depender da sua família ou... – A menina que o acompanhava, também tentou explicar, e também foi cortada.

–E... – Antes de alguém formular a pergunta, uma explosão de elementos aconteceu acima da cabeça deles.

–ESCUTEM AQUI. – Matheus, que largou sua posição, e agora estava ao lado do seu amigo, gritou para chamar a atenção. – Vocês devem pensar nas coisas a partir de agora como o desenho Avatar. Vocês tem o poder de fogo ou gelo, só. E devem pensar também que eu sou como o Aang. Eu controlo fogo e gelo, e sou também o mais forte da Escola. Então um conselho de um calouro para novatos: – Matheus falou com um sorriso amigável, que se formou numa cara sinistra – Fiquem quietos e obedeçam esses dois. – Os novatos não falaram mais um piu. – Assim é melhor. – Ele adquiriu o sorriso novamente.

–Obrigado. Mas não acha que se declarar o aluno mais forte, vai fazer o quarto ano ir atrás de você? – Davi perguntou em um tom em que só Matheus ouvisse.

–De nada. É um risco que vai ser divertido de correr. Assim vou ter um motivo para enfrentar os mais fortes. E mais uma coisa.

–Hã?

–Desde quando, vocês ficaram tão íntimos, Davi e Maria? – Ambos coraram.

–N-não estamos íntimos desse jeito. – Davi falou.

–Só foi mandado ficarmos juntos e apresentarmos o prédio principal, e depois entregarmos os alunos para os representantes do segundo ano. – Maria explicou.

–Então não estão gostando nem um pouco? – Maria e Davi se olharam, e coraram mais, enquanto Matheus soltava uma risada. Matheus olhou para os alunos novos, só por olhar mesmo sabe, e acabou percebendo um dos garotos que implicavam com ele. Um sorriso se formou na sua mente. – Então ele veio, interessante. – Pensou. O sorriso começou a crescer e a quase ser amostrado, porém Davi o chamou.

–Tá pensando no quê?

–Hã, nada não. – Disfarçou. – Estava pensando, no que o seu irmão estava pensando quando nos chamou antes de ontem.

Matheus poff's on

Nós quatro estávamos na sala secreta. Eu sentado no sofá, Yuri deitada no mesmo com a cabeça no meu colo, Davi e Lucas sentados nas cadeiras, dividindo uma pipoca.

–Sua tonta, não está vendo que foi armação daquela invejosa? Ele não quis fazer isso! – Yuri “falou” com a personagem do filme.

–Que bom que pensa assim! – Lhe dei um beijo.

–Até que foi uma boa ideia pôr um projetor aqui. – Lucas falou.

–Claro, foi minha. – Yuri falou e rimos.

–O que estão fazendo? – Marcos perguntou entrando.

–Vendo filme. Você não deveria estar em casa, ou fazendo outra coisa. Já se formou! – Falei.

–Vim resolver umas coisas pendentes.

–Por que escondeu isso por tanto tempo, irmão? Achou que eu não precisava saber, ou que eu era uma criança ainda? – Um dos personagens perguntou com lágrimas nos olhos.

–Não é isso! Eu só queria te proteger. Não queria que se machucasse ainda mais! – O irmão respondeu.

–Mais me machuquei… Me machuquei, irmão.

–Que drama. Eu nunca vou dizer algo tão dramático assim! – Disse e Marcos deu um sorriso meio nervoso.

– Uma voz veio na minha, ou melhor nossa cabeça.

–Ahh. – Davi reclamou.

–Como ele sabe sobre essa sala? – Yuri perguntou se levantando e indo desligar o aparelho.

A contragosto fomos até a sala dele. Paramos em frente a porta e batemos na mesma. Após ouvir um “entrem” o fizemos. Ao entrar meus olhos logo foram para a estátua do diretor. O olhei por mais um tempo até perceber que não estávamos sozinhos. Os professores, conselheiros e Lucio se encontravam presentes, sendo que os primeiros, estavam sentados à mesa.

–Para que nos chamou? – Davi perguntou.

–Não acham mesmo que me esqueci que fugiram no ano passado, né? Além de quebrarem o toque de recolher, se puseram em perigo indo atrás de uma inimiga. Por acaso pensaram que a responsabilidade recairia sobre nós? – Ele perguntou.

–Maldito. – Davi sussurrou.

–Você, digo, o senhor, nos deixou ir! – Lucio falou.

–Não me lembro disso, senhor Lucio.

–E que punição irá me dar?

–Muito bonito da sua parte, Matheus, mas todos os seus amigos participaram e também serão punidos. – Disse Felipe. – A partir de amanhã, novos alunos de todo o mundo chegarão para estudar aqui, e vocês serão responsáveis por eles. – Começamos a protestar, mas fomos interrompidos. – Eu não quero ouvir protestos. É a função dos representantes fazerem isso, e vocês no caso, serão um auxilio. Isso me lembra, vocês dois. – Ele se referia a Yuri e Lucio. – Quero que depois de apresentarem a escola, se reúnam com os novos representantes do primeiro ano e passem tudo para eles.

–Sim, senhor. – Disseram em uni som.

–Não acaba por aqui.

–Não?

–Não, não. Eu serei muito bonzinho se for só isso. – Nisso ele está certo. – Olhem para isso. – Apontou para um atlas pendurado na parede, atrás da mesa do diretor. – Esse mapa mostra os usuários que descobrem o seu poder ao redor do mundo.

–Tantos assim? – Perguntei.

–Pode-se dizer que de cada cem crianças que nascem, quarenta a quarenta e cinco são magos. Não temos condições para manter tantos alunos, por isso faremos um novo “programa”. Avisaremos a todos sobre seus poderes, e os cuidados que devem ter. No meio do ano traremos os alunos que não chamarmos no inicio, para podermos treiná-los com o básico. Quando vermos que estão prontos para sobreviverem sem causar nenhum acidente, os liberamos. E é no meio disso tudo que vocês entram. Terão que apresentar a escola para eles também. Alguma pergunta? – Levantei a mão.

–Como sabia onde estávamos?

–Eu já estudei aqui. Sendo assim, aquela sala já foi minha uma vez! – Explicou. – Mais alguma pergunta? Ótimo, então podem voltar para o filme de vocês e se preparem para amanhã. Os alunos começam a chegar as 12h.

Matheus poff's off

–E tudo acabou assim. – Matheus se dirigiu a Davi. – Hunf.

–Ei, Matheus. – Um garoto o chamou. – Tem alguém na sua área! – O trabalho de Matheus não era simplesmente ficar parado olhando. Com “sua área” o menino queria dizer que alguém, onde Matheus era responsável, estava com problemas.

–JÁ VOU. – Gritou. – Te vejo depois.

–Tá.

Se despediram rapidamente e Matheus foi até a entrada. Olhou bem e viu uma menina com um manto cobrindo o corpo, ou nem tanto, pois o mesmo estava rasgado em várias partes. Correu na direção dela e viu a mesma cair, o fazendo apressar o passo.

–Ei, menina. – Ajoelhou e a pôs no braço. – Você está bem? Fala comigo. É nessas horas que um médico, como o Davi, é útil.

–Aidez moi (Me ajude). – Matheus não conseguiu entender pelo sussurro e pelo idioma.

–Ótimo, outro idioma. O quê? – Chegou mais perto para ouvi-la. – Eu não te entendo. – Para a surpresa de Matheus, e de quem vigiava também, a menina o beijou.

–Me a-jude. – Ela desmaiou de vez.

De longe, Yuri estava estática, enquanto via a cena. Sem o seu consentimento, sua aura começou a emanar, mas antes dela fazer qualquer coisa, uma mão foi no seu ombro.

Continua...