How To Be Popular escrita por Kiishimetae


Capítulo 26
Como 'não' impedir uma briga.


Notas iniciais do capítulo

Oie gente, desculpem a demora, meu computador está uma bosta (foi pro conserto e voltou pior ainda) e meu teclado também está HORRÍVEL e falta só um tiquinho para eles irem parar no chão embaixo de meus pés enquanto eu pulo em cima deles. Obrigada por lerem meu desabafo. Ah, queria agradecer a todas que comentaram no capítulo anterior, amei cada comentário de paixão, espero que nesse capítulo também tenha vários coments :V. Agora vamos ao cap que já começa com um lindo POV do marido de nós todas :D
Enjoy it



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POV’S NOAH

Ah, que ótimo. Eu venho aqui, na maior humildade, para convidar a Jolie para sair, aí vem o traste e estraga tudo. Bom, bom, muito bom.

– Ah, oi Josh – ela cumprimenta com seu lindo sorriso.

– Oi Jolie – ele diz, mas está olhando para mim, com os olhos semicerrados, como se eu tivesse medo desse nanico. Lhe lanço um sorriso falso e acho que isso só o faz ficar com mais raiva.

Ótimo.

– Por que veio aqui? – ela pergunta ignorando nossa troca de olhares.

– Eu vim avisar que não podemos sair sábado.

Eu não estava prestando muita atenção, mas quando ouvi que eles iriam sair, meu nível de atenção bateu no teto. Cheguei mais perto da porta, ao lado de Jolie, que estava com uma cara de pateta olhando para O pateta.

– Ah, que pena – digo, com falsa decepção – Então, tchau. – Pego a porta e tento fechá-la, mas ele não deixa.

– Eu ainda não terminei – ele diz, olhando pra mim, furioso. Logo ele se vira para Jolie – Minha mãe criou um sábado em família durante todo o tempo em que Trevor estiver aqui, ou seja, sábados em família por dois meses. Então, não vai dar pra sairmos no sábado, então que tal amanhã?

Não, não, não, não, não.

– Ah, claro, amanhã então.

Merda, eu tenho que fazer alguma coisa.

– Ér... Então, ela não vai poder ir. - digo.

– Não? – eles perguntam juntos.

– Não.

– E por que não, estagiário? – ele provoca.

– Primeiro: Eu tenho nome. Segundo: Ela não vai porque eu não quero.

No mesmo instante em que as palavras saem, eu tenho vontade de arrancar minha língua e jogá-la pela janela. Parece até que eu sou o dono dela ou pai, sei lá. Ela olha pra mim e diz:

– Ér... Noah, posso falar com você rapidinho?

– Fala – digo. Jolie me puxa para longe da porta, mas antes pede um segundo para o mauricinho. Coisa ridícula, ele não merece a educação dela e nem de ninguém.

– O que você está fazendo? - Ela pergunta quando chegamos na cozinha.

– Nada e você?

– Se não percebeu, eu estou tentando marcar um encontro com o garoto que eu gosto.

Isso me atingiu em cheio, como um soco no estômago, mas mesmo assim eu continuei:

– Jolie, vê se enxerga, ele não merece você – tento argumentar, para ver se ela abre o olho, mas tudo o que recebo é uma risada sarcástica.

– Noah, faça-me um favor, né? Aquela lista, aquela maldita lista, foi feita porque eu queria, sabe, que ele, sei lá, me percebesse, e isso está acontecendo, eu finalmente vou sair com ele e não vai ser você que vai me impedir.

Ok, essa foi forte, doeu lá no fundo da alma. Mas eu não podia deixar, mesmo vendo claramente que ela está pouco se lixando pra mim, eu não vou deixar que aquele idiota lá fora fique com ela, não mesmo. Ela estava saindo quando eu perguntei:

– Quer sair comigo?

POV’ S JOLIE

– Quer sair comigo? – Ele pergunta antes de eu deixar a cozinha.

Paro na hora. Ele ouviu o que eu disse segundos atrás? Parece que não. Parece que ele está fazendo de tudo para me fazer ficar confusa. Cara, eu tô me sentindo como no filme Crepúsculo, mas é claro que eu tenho mais expressão que a Bella. Tá, vamos lá, Josh ou Noah? Hmm... Cara, isso é mais difícil do que parece, tipo, em Crepúsculo eu sempre achava a Bella uma babaca por não saber escolher e mais ainda quando ela escolheu o vampiro, a escolha era fácil demais a vista dos outros, mas quando é você que tem que escolher, não é tão fácil assim.

Bella, me desculpe por ter te chamado de babaca.

Viro minha cabeça apenas para olhá-lo por cima do ombro, em seguida eu disse a coisa mais horrível que eu poderia ter dito:

– Não, Noah, eu não quero sair com você. – Digo e então eu saio. Josh ainda está parado na porta, esperando uma resposta, sorrio involuntariamente. Não sei por que, mais achei isso fofo.

– E aí, já decidiu? – Ele pergunta.

– Decidi o que? – Eu sei que essa pergunta foi idiota, mas é que eu estava tão avoada olhando pra ele que eu não entendi de primeira.

– Decidiu se vai seguir as ordens daquele cara.

– “Aquele cara” tem nome – Noah surge magicamente atrás de mim.

– Tem, mas eu não quero saber – Josh responde e nesse momento eu vejo que vai rolar alguma treta.

– Por que você tem que ser tão babaca? – Noah provoca.

– Noah... – Tento pará-lo, mas Josh rapidamente responde.

– Pelo mesmo motivo de você ser um imbecil. Qual é o seu motivo?

– Meu motivo é o mesmo que você tem pra ser corno. – Noah retruca. Fecho os olhos por um segundo já sabendo o que vai acontecer em seguida. Eu sempre fui vizinha do Josh, teve um tempo em que nos falávamos, mesmo tendo sido um tempo pequeno, foi o suficiente para descobrir que Josh tem o pavio curto e uma mão pesada, então... Abro os olhos e vejo Noah com a mão no nariz e Josh com os punhos cerrados.

Que merda.

Noah começa a avançar em direção a Josh, mas eu entro em sua frente, sem pensar que ele é mil vezes maior e mais forte que eu. Ele me empurra para o lado e se não fosse a mesinha que fica ao lado do sofá, eu teria caído. Eu sem querer derrubei uma mini - árvore de natal que eu não sei o que faz aqui já que ainda estamos em agosto. Foi só o tempo de eu colocar a arvorezinha no lugar e me virar, eles já estavam no chão, literalmente rolando. Eu deveria parar a briga, mas (A) eu não quero me meter em briga de homem, eu posso levar um soco e (B) até que é maneiro ficar assistindo.

Fico olhando para a briga até perceber que a porta está aberta e tem gente lá fora olhando tudo, embasbacados. Corro até a porta e a fecho, eu hein, bando de fofoqueiros. Do jeito que esse bairro é, o assunto de amanhã vai ser “A briga que o caçula dos Grey arrumou na casa daquela garota cujo a mãe não sabe cozinhar.”

É, todos já sabem da falta de talento da minha mãe na cozinha.

Resolvo interromper pois eles já estão rolando demais e é capaz de quebrarem alguma coisa da sala e então minha mãe vai me esquartejar e vender minhas partes para o açougue já que ela tem mania de limpeza e TOC e ela coleciona quase todos os enfeites dessa sala, ou seja, se uma só coisinha quebrar, ela dá uma de mãe assassina.

– Hey, gente, chega, ok? - tento, mas parece que arrancaram a orelha deles – Hey... Hey... OOU! POVO, CHEGA!

Nada. Eles continuam rolando. Resolvo tomar medidas drásticas. Agora quem está por cima é Josh, dou uma olhada nos dois e vejo que Noah está com o nariz sangrando, o lábio inferior cortado e tem um olho roxo. Josh está com a bochecha direita inchada e está com um corte enorme perto da boca. Ah, perai, Noah acabou de dar um soco no nariz dele. Agora os dois tem o nariz sangrando. Aproveito que Josh caiu para o lado e pulo em cima de Noah, o impedindo de bater mais no meu marido... Quer dizer, Josh, afinal, não quero ele todo machucado no nosso encontro. Noah nem parece ligar para o fato de que eu estou grudada nele e continua avançando.

Que droga, eu devia ter aceitado ir nas aulas de Karatê com a Natalie, pelo menos assim eu seria um pouco mais forte.

– Noah, para! PARA!

– Me larga, Jolie – ele diz, então eu o faço, mas logo me posiciono na sua frente.

– Eu acho que está na hora de você ir embora – digo a ele. Ele iria responder alguma coisa, mas eu levanto a mão o impedindo de continuar – Tchau Noah.

Ele me olha fixamente, por um segundo eu penso que ele vai me matar com o olhar, mas então ele desfaz a cara furiosa e balança a cabeça vagarosa e afirmativamente. Ele parece triste, ou sei lá. Um nó se forma em minha garganta, essa cara dele é de partir o coração, sério, antes mesmo de eu dizer qualquer coisa, ele abre a porta e sai rapidamente de lá, ao olhar pela janela, vejo que ele está correndo, provavelmente querendo ficar o mais longe possível de mim. Suspiro, então me lembro de Josh, viro pra trás e vejo que ele já se levantou, seu nariz está sangrando tanto quanto um porco no abatedouro (exageros à parte). Ele murmura algo, mas eu não consigo entender, então apenas digo:

– Quer ajuda aí?

– Não – ele diz se dirigindo à porta – Mas obrigada mesmo assim, nos vemos amanhã então?

– Com certeza – respondo sorrindo. Ele sorri também, mas logo faz uma cara de dor e vai embora. A primeira coisa que me passa pela cabeça quando ele sai é pegar o telefone, ligar para Nat e contar tudo o que aconteceu, mas minha mãe desce as escadas, toda descabelada e com a cara de sono mais cômica que já vi.

– O que houve? – Ela pergunta com a voz arrastada.

– Dois garotos super gatos brigaram por mim – digo, dando de ombros. Ela me olha durante alguns segundos, mas por fim diz:

– Tudo bem, acho que foi um pesadelo, vou voltar a dormir – e então ela sobe as escadas, de volta para o quarto. Eu sabia que ela não iria acreditar. Só pra você ver o quanto minha vida é interessante, tanto que quando algo realmente maneiro acontece, ninguém acredita. Começo a andar em direção ao telefone quando, inesperadamente, a expressão de tristeza de Noah ao sair daqui invadiu minha mente, não sei por que, mas isso fez eu me escorar no sofá. Droga de consciência pesada que não me deixa em paz. Só tem um jeito disso acabar. Como ele já deve estar longe agora, não vou correr atrás dele, então vou até o telefone e disco o número de Natalie, ela atende no quinto toque com um sonoro “Alouha”, o jeito mais comum dela de atender o telefone.

– Natalie, preciso de um favor – digo, rapidamente.

– Pode falar.

– Qual é o endereço do Noah?


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Notas finais do capítulo

Qualquer erro de ortografia me avisem, ok? Okey. Espero que tenham gostado. Comentem ^-^