Newdreams escrita por Skydreamer


Capítulo 4
O rei Richard de Hefesto.




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O silêncio no salão era absoluto. Yuri estava paralisado com um pedaço de bacon cravado no garfo que por sua vez estava próximo a sua boca e seus olhos fitavam o conselheiro Alastor; Alex também fitava o homem; Elizabeth passava suavemente as mãos pelos próprios braços, como se estivesse com frio e seus olhos se perdiam em uma direção vazia, cheios do que parecia um profundo medo. As janelas estavam abertas e vez ou outra o vento passava por ali e sacudia as cortinas, talvez esse foi o único som em um prazo de quinze segundos após as últimas palavras ditas naquele local.

–Lilith... – Yuri começou a falar, deixando calmamente o garfo sobre a mesa e para o espanto de todos, subitamente começou a gargalhar escandalosamente e a espernear – Lilith, A predadora! – ofegou e tornou a gargalhar com gosto.

Alastor ficou perplexo e olhava abismado para o garoto; Alex, por outro lado, tentava entender o que havia de tão engraçado naquilo, porém antes que pudesse perguntar, Elizabeth cruzou o seu caminho e segurou Yuri pelo colarinho, chutando bruscamente a cadeira em que o mesmo estava sentado e obrigando-o a ficar de pé. Olhava furiosa para ele, seus dentes cerrando-se, a mão forte tremendo levemente e a têmpora aparecendo um pouco.

–O que tem de tão engraçado? – bradou.

Ele havia parado de rir, estava completamente surpreso em um primeiro momento, mas logo deixou surgir uma expressão sarcástica no rosto.

–Lilith é um nome engraçado, pelo menos eu acho. Predadora, imaginei uma garota da selva com vestes feitas de pele de algum animal. Um leopardo, talvez. Agora pode me soltar? Estou começando a gamar em você.

Elizabeth ficou rubra, parecia que ia pegar fogo a qualquer momento e sua mão começava a tremer com um pouco mais de intensidade. Alex olhava espantado para a cena e nem estava interessado nas provocações que o amigo fazia, mas sim na razão pela qual, pela primeira vez, estava vendo aquela mulher tão furiosa, porém entendeu que deveria aguardar assim que Alastor pousou a mão em seu ombro e assentiu lentamente com a cabeça, sereno.

–Não há nada de engraçado quando se trata de Lilith. – iniciou-se rancorosa – Você não conhece a dor daqueles sofreram com o mal que ela causou. Não conhece o seu potencial. Não conhece nem mesmo a sua origem. Não tem o direito de zombar do que passamos. Nem tem o direito de agir como tolo e transformar os meus esforços em trazê-los aqui, numa mera palhaçada!

Yuri tirou rudemente a mão da mulher do seu colarinho e a encarou, sem qualquer vestígio de sorriso e tampouco hesitação no rosto.

–Aquele idiota e eu – apontou Alex, que por sua vez sentiu-se levemente ofendido e cerrou o olhar – Viemos para esse mundo estranho porque você, uma estranha, nos pediu. Deixamos as nossas famílias, as nossas vidas, como loucos fariam. E até agora eu nem sei se é verdade que minha tia ou a mãe do Alex sabem mesmo que estamos aqui. E a escola? Tudo bem que sou um inútil – dessa vez Alex ficou bem surpreso, pois não estava acostumado a ouvi-lo admitir seus defeitos assim – Mas estava me esforçando para passar de ano em cima da média. Sabe por quê? Porque quero dar mais conforto a minha irmã. Quero que minha tia pare de se preocupar comigo e deixe a própria casa pelas metades. Não gosto muito de depender dos outros, sabe, isso torna uma pessoa preguiçosa. E abrindo mão disso, olha onde estou agora. Nessa cidade estranha, nesse castelo estranho, com pessoas malucas, cheio de dúvidas que nem sei se serão respondidas. Não preciso que me diga o que fazer ou não! Lilith? Ela está lhes causando problema? É por causa dela que nos trouxeram aqui? Então é melhor ela cair pra dentro logo porque eu já estou maluco pra arrebentar com a cara dela e voltar para ver a minha irmã.

Alastor se aproximou de Elizabeth e pousou a mão em seu ombro, fazendo exatamente o mesmo gesto que fizera para Alex. Este assistia a tudo perplexo e nem o vento, que por segundos entrou forte e derrubou seu boné laranja, tiraram-lhe o foco do amigo e da mulher.

–Alastor... – tentou ela, ainda se sentindo um pouco ofendida pela zombaria de antes, mas vendo o sorriso sereno do homem, se afastou e ficou um tanto próxima de Alex, porém de costas, observando sem interesse os quadros paisagísticos.

–Desculpa, Elizabeth – Alex começou, enquanto recolhia seu boné do chão, o qual recolocou na cabeça da maneira que estava, aba pra frente, depois a olhou – Mas ele tem razão.

–É claro que tem. – concordou Alastor com aquele ar fraterno; Yuri não olhava ninguém, estava de braços cruzados e bastante chateado – Nós chamamos vocês para esse mundo sem qualquer explicação convincente. Tudo aconteceu muito rápido, é perfeitamente compreensível que reajam dessa maneira. Elizabeth reagiu dessa maneira porque tanto ela, como eu e todos da capital, assistimos a perda de onze reis em menos de dez anos. Claro que vocês pensam agora que isso é irrelevante, afinal tem suas vidas na Terra. Porém, como ela deve ter deixado claro quando os chamou para Newdreams, vocês também pertencem a esse mundo. A sua mãe, Alex Ribeiro de Hermes, é Margareth Ribeiro Marques, correto?

–Isso mesmo.

–Errado. – o garoto franziu o cenho, confuso, e Alastor seguiu adiante – Seu verdadeiro nome é Margareth de Hermes. Nada mais, nada menos. Assim como o pai de Yuri Sousa de Ares, que na Terra é chamado por Bruce Souza Aquino, na verdade se chama Bruce de Ares. Sentem-se, vou lhes explicar enquanto comemos. Você também, Elizabeth. Não me engana, sei que está faminta.

A mulher revirou os olhos e a contragosto sentou-se na mesa, embora fizesse questão de deixar cinco cadeiras separando-a de Yuri. O garoto, por outro lado, não reparou nisso e mostrou-se incrivelmente interessado no que Alastor tinha a dizer. Seu pai não era dos mais presentes, mas ainda assim era seu pai e com dinheiro os ajudava, ele e a irmã, a terem uma vida razoavelmente confortável. Alex sentou ao lado de Alastor e como todos na mesa, começou a comer, mas assim como Yuri, estava atento ao conselheiro, que por sua vez provava um pedaço pequeno de um delicioso rocambole de carne.

–Bem – engoliu com a ajuda de alguns goles de suco de uva antes de continuar – Como eu estava dizendo, Margareth e Bruce usam nomes falsos na Terra. Falsos, é claro, perante Newdreams. E vocês também, garotos. Yuri de Ares e Alex de Hermes são seus verdadeiros nomes. Todos nasceram nesse mundo e foram nomeados diante do oráculo da Capital dos Doze Reis. No caso de Margareth, ela deixou esse mundo ainda bem jovem por achar que a segurança do filho – seus olhos atrás das lentes quadradas fitaram Alex – Estaria melhor garantida se ele crescesse longe das batalhas que mesmo naquela época já estavam acontecendo. Não imagina o trabalho que Elizabeth teve para convencê-la a deixa-lo retornar para cá.

–Ela está com a mesma energia de sempre, Alastor. – comentou a mulher, olhando o conselheiro – Disse que se a vossa majestade, o rei Richard de Hefesto, não tomar conta do seu querido filho, vai voltar para cortar fora a barba dele.

O homem riu com gosto daquilo, enquanto os garotos se entreolhavam e depois olhavam o quadro no qual estava pintada a imagem do rei Richard e sua longa barba prateada.

–Isso mostra que a Terra não a mudou em nada.

–Ei! E quanto ao meu pai? – questionou Yuri, insatisfeito com a pausa no ritmo da conversa.

–Bruce de Ares – Alastor corrigiu a posição dos óculos antes de prosseguir – Ele deixou Newdreams após sofrer uma derrota na disputa pelo trono do rei de Ares. Sim – o homem lançou um olhar significativo para Yuri – Seu pai era o rei de Ares. E como muitos que assumem esse trono, adoram batalhas e há uma lei antiga que declara a possibilidade de conquistar o trono de algum rei caso derrote-o em algum desafio. O rei em questão tem a escolha de aceitar ou não esse desafio, porém os reis do trono de Ares acham desmoralizante recusar quando se trata de uma batalha.

–Meu pai perdeu? Ah, fala sério! – queixou-se o garoto, bufando; Elizabeth revirou os olhos e Alex estava impressionado, cogitando que aquilo fazia sentido o fato do amigo ser tão brigão, herança de família, pensou.

–Seu pai era um guerreiro sensacional, Yuri. – explicou Alastor, terminando seu suco de uva – Eu presenciei a luta. Estavam no mesmo nível, mas um rápido descuido acabou colocando tudo a perder. Irônico, pois o vitorioso hoje está morto e o derrotado, vivo. Ah, não pense que estou falando mal do seu pai. Pelo contrário, ele tem uma gigantesca honra. Talvez tenha sido o mais astuto de todos os reis de Ares desde o próprio rei Ares.

–Viu só? – Yuri cutucou o tornozelo de Alex por baixo da mesa com a ponta do pé – Eu sou demais, fala aí! – deu uma piscadela, se achando a limites extraordinários; outra revirada de olhos de Elizabeth e outra gargalhada do conselheiro.

–Fala sério! Por que disse isso a ele? – indignou-se Alex à Alastor – Agora vai ficar se achando por um bom tempo.

–Eu não me acho! – pareceu ofendido e depois sorriu cinicamente – Cara, eu sou! Sou demais! Sou tão gostoso! Tá no sangue.

Alex mordeu ferozmente uma coxa de frango, seus olhos esbugalhados fuzilando o outro como se quisesse queimá-lo com um raio laser e pela primeira vez, ele e Elizabeth se entreolharam, parecendo concordar sobre o fato de que Yuri era um completo idiota.

Quando todos terminaram suas refeições, Alastor os guiou para um corredor que ia se elevando consideravelmente. Em determinados momentos, subiram escadarias e mesmo nestas estava colocado aquele mesmo tapete vermelho escuro com detalhes dourados nas extremidades. Já não haviam armaduras nos cantos, agora, Yuri observava apenas algumas espadas, escudos, adagas e maças penduradas em ambos os lados das paredes. Alex sentiu que se comesse mais um morango que fosse, não se aguentaria em pé, estava completamente satisfeito com aquela comida e somente a lasanha da sua mãe parecia ter um sabor melhor, que ela nunca saiba disso, pensou.

–Para onde está nos levando agora? – questionou Alex, colocando-se ao lado direito de Alastor.

–Para a sala dos tronos. Vocês precisam se encontrar com vossa majestade. – respondeu de bom grado.

–Acho bom você controlar os seus modos, descendente de Ares, Yuri. – advertiu Elizabeth, pela primeira vez falando com o garoto desde a discussão, ainda que não quisesse nem olhá-lo.

–O que tem de errado com os meus modos? Eu sou muito disciplinado, falou?

–“Falou”? “Falou” nada! Você é tão selvagem quanto um javali.

Alex caiu na gargalhada, porém Alastor parecia não estar escutando a conversa.

–Javali? Fala sério! Qual é o seu problema? Se fosse mesmo descendente da deusa da sabedoria, saberia que eu sou um perfeito cavalheiro.

–É rainha.

–Dá no mesmo.

Elizabeth bufou e depois levou a mão até a testa, parecendo ter dificuldades em tolerar tantas besteiras.

Quando os quatro chegaram ao fim do corredor, depararam-se com uma grandiosa sala circular muito bem detalhada. O teto era o mais alto que os garotos já tinham visto, uma cúpula, que permitia a vista do céu e do sol, este não afetava em nada na temperatura do ambiente. Nas extremidades, tronos de pedra, com acolchoados brancos para o melhor conforto de todos aqueles que se sentassem em qualquer um deles. Em cima de cada trono, haviam estátuas daqueles que provavelmente seriam os primeiros reis da Capital, visto que seus nomes estavam escritos em rochas acima dessas estátuas; Zeus, Hera, Poseidon, Atena, Ares, Deméter, Apolo, Ártemis, Afrodite, Hermes, Dionísio e o único ali que estava ocupado, Hefesto.

Alastor e Elizabeth se colocaram à frente dos garotos e se abaixaram em uma respeitosíssima reverência no meio da sala. Yuri e Alex olharam um para o outro e esse último sentiu a necessidade de fazer o mesmo perante um rei, mas foi puxado pela camisa.

–Se eu vou ficar de pé, você também vai. – sussurrou.

Um estrondo teve início e os garotos sentiram como se o chão fosse desmoronar a qualquer momento. Suas barrigas estavam geladas e os ouvidos zumbiam com aquele barulho, tinham bastante dificuldade para se manterem em pé e Yuri levou as mãos até os cabelos loiros da cabeça, parecendo desesperado.

–Ah! – gritou Yuri – Terremoto! Socorro! É um tsunami! Aquela praia vai inundar esse local, vamos morrer! – balançou o corpo de um lado para o outro e isso deixou claro para Alex que o amigo só estava tirando sarro.

–Quieto! – murmurou uma Elizabeth feroz que logo voltou a cabeça para frente, deixando-a abaixada.

Na verdade, a única coisa que aconteceu naquele ambiente foi um movimento de rotação envolvendo todos os tronos, de modo que o trono do rei de Hefesto, antes no canto, agora estava bem no meio dos outros tronos. Foi quando o estrondo teve fim e Alex, mais atento, pôde ver aquele mesmo velho homem que havia visto na pintura do salão. A diferença era que agora, pensou ele, eu posso ver sua barba até o fim e, poxa, ela ultrapassa seu umbigo.

–Ei, você já estava aqui? – questionou um Yuri bastante calmo e um tanto curioso ao homem no trono; Elizabeth suspirou lentamente, inconformada – Não tinha te visto.

–Majestade, permita-nos apresentar os dois descendentes da missão dois, quatro, dois, seis, dois, oito. Alex de Hermes – disse Alastor. Alex ergueu a cabeça e assentiu levemente ao rei – E Yuri de Ares. – este, por sua vez, gesticulou um “dois” com os dedos de uma das mãos, exibido.

O rei Richard era tal como estava na pintura, inclusive suas pálpebras baixas e seu olhar penetrante eram os mesmos. Suas cicatrizes tomavam conta dos seus braços pousados nos braços do trono e algumas em sua cabeça tinham uma ligeira profundidade. Ele vestia um manto dourado por cima de um quimono preto, com uma faixa vermelha amarrada em sua cintura, calçava sandálias bem parecidas com as do conselheiro Alastor e o que Alex percebeu, não usava uma coroa como um rei deveria usar, porém não iria comentar isso, era discreto demais.

–Cadê sua coroa, tio? – Yuri, para o estado de choque de todos, exceto o rei que estava indiferente e apenas os observava.

–Não seja insolente! – repreendeu Elizabeth, constrangida.

–Cara, eu não acredito em você! – murmurou Alex, meneando a cabeça.

–Que é? Pelo que eu sei, reis usam coroas.

–Missão bem sucedida! – exclamou o rei, com uma voz rouca e bastante rígida. Todos o olharam e Yuri, mesmo esperançoso, cogitou que sua pergunta infelizmente acabaria sem uma resposta naquele momento – Alex e Yuri, nossa capital, assim como o reino dos doze reis, passa por um momento crítico que pode levar a destruição completa do nosso povo e de todas as várias cidades aliadas. Por gerações, muitas pessoas depositaram suas confianças nos doze reis que nesses tronos – sua mão se moveu lentamente, indicando os tronos vazios – Já se sentaram. Mas agora, como podem ver, os tronos estão vazios e somente eu governo nesse momento. Não espero que me vejam como o seu rei, garotos, nem deposito em vocês a minha confiança tão antecipadamente. Talvez não possam ter notado, mas os sorrisos que as pessoas dessa cidade carregam disfarçam os seus medos e angústias. Embora eles saibam que vocês, descendentes, estão aqui, não demonstraram nenhum traço de confiança, uma vez que essas mesmas pessoas sabem demonstrar quando estão agradecidas e quando esperam algo de alguém.

O rei se levantou do trono e com a mão direita gesticulou para que Alastor e Elizabeth se levantassem, que por sua vez, o fizeram e ficaram ao lado dos garotos. Yuri e Alex encaravam o rei, e este fazia o mesmo, até ficar há uns dois metros de distância deles, com um olhar penetrante e severo – Alex sentia uma extrema necessidade de respeitar aquele homem, tamanha a autoridade que somente seu olhar emitia.

–Os inimigos são extremamente poderosos. Vocês, assim como a descendente de Atena, Elizabeth – esta assentiu levemente com a cabeça – Carregam em suas veias os sangues dos reis. Não há nenhum outro descendente apto para assumir os tronos além de vocês três – Alex olhou Elizabeth por instantes – Cientes de tudo isso, eu lhes pergunto: Estão dispostos a se tornarem reis e lutarem pelo bem do nosso povo?

Houve um momento de silêncio, onde até mesmo Yuri estava refletindo sobre tudo o que aconteceu agora, em todas as palavras ditas. Elizabeth era a única, entre aqueles que deviam uma resposta ao rei, que parecia não estar pensando em uma resposta, mas sim aguardando pelas dos garotos antes que pudesse dar a sua própria. Alex olhava em uma direção vazia, sentia como se o seu estômago estivesse congelando e a cabeça formigava, não tinha a menor noção do que enfrentaria se aceitasse, mas tinha absoluta certeza que fosse o que fosse, não seria nada fácil. Mas Yuri não estava preocupado com as dificuldades e sim em como sua irmã ficaria caso algo de ruim acontecesse. Eles tinham certeza que tudo aquilo era verdade, inclusive sobre os seus pais, logo sentiam que pertenciam mais aquele mundo do que a própria Terra. Se tudo ficasse bem, poderiam trazer suas famílias de volta a Newdreams; Yuri cogitava dar um sopapo no pai caso ele fosse orgulhoso demais para aceitar retornar ao mundo no qual foi derrotado. Teriam condições de manter uma vida muito melhor do que a que possuíam na Terra, com todas aquelas limitações, isso sem falar que não conheciam nem dois por cento de Newdreams, era uma ótima oportunidade para isso; ou talvez fosse melhor voltar à escola e olhar para a cara daquela professora com uma voz tão irritante, nem pensar, reprimiu Yuri.

–Eu aceito, tio! – respondeu primeiro; Elizabeth cerrou os dentes – Mas fica sabendo que eu não sou forte como pensam e esse daqui - apontou o polegar para o amigo - Menos ainda.

–Vocês serão devidamente treinados. Já adverti que não será uma tarefa fácil e que suas vidas correrão perigo, mesmo com todos os nossos esforços. Tudo dependerá de como irão agir. A responsabilidade de assumir um desses tronos é incomensurável.

–Eu também aceito! – dessa vez Alex, que ao contrário da voz determinada de Yuri, tinha isso mais estampado no olhar – Minha mãe confiou em mim quando me deixou vir para esse mundo. Devo corresponder a essa confiança!

–É, o meu pai também. - parou para pensar melhor -Apesar de que talvez ele só quer que eu me ferre mesmo. - era uma possibilidade, mas deu de ombros. -Tanto faz, não quero que minha irmã tenha um irmão covarde.

–Majestade – chamou Elizabeth e quando o olhar do rei foi de Yuri para ela, respondeu – Eu também aceito.

–Excelente! – exclamou Alastor com um sorriso labial e um olhar que brilhava de satisfação.

–Bem vindos, reis e rainha, descendentes de Ares, Hermes e Atena. Sentem-se em seus tronos! – o rei deu as costas e com o seu manto dourado arrastando centímetros no chão, assim como sua careca na parte detrás revelando mais algumas cicatrizes, retornou ao trono e os olhou com aquela mesma severidade que, Alex já começava a perceber, era comum a ele – Há coisas que preciso lhes falar.


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Notas finais do capítulo

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