Surviving Hell. -Hiatus. escrita por Devonne


Capítulo 1
Prólogo


Notas iniciais do capítulo

Ooooiiiii!!!

Entaoo, esta é minha primeira fic falando sobre CF mesmo kkk E quero saber a opiniao de voces, tudo bem?

Como voces já sabem é no ponto de vista da Enobaria (porque eu amo ela *u*) entao espero que gostem.

Esse é um lado de Enobaria que ninguém nunca conheceu.......

Enjoy *u*



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Pov’s Enobaria

Caminho a passos largos pelo vagão e quando chego ao vagão restaurante observo os tributos dessa edição, físico digno de carreiristas, expressões mortais - Enobaria, venha, sente-se conosco. –diz Kayle a acompanhante do Distrito dois desde alguns anos atrás.

Sentei-me ao lado de Brutos de frente para o tributo masculino desta edição, a 74º edição dos jogos vorazes seria interessante esse ano graças a esse garoto, isso óbvio que no meu ponto de vista.

-Enobaria, estes são Clove - apontou para a garota baixinha de cabelos negros, olhos verdes, corpo nem tão musculoso e uma expressão assassina no rosto - E Cato. –apontou para o jovem a minha frente, alto, cabelos loiros, músculos até demais, olhos azuis e o mesmo olhar assassino que a garota ao seu lado. –Garotos, essa é Enobaria a mentora de vocês.

-Bom, agora que nos conhecemos quero saber qual a habilidade de vocês, para que possamos melhorá-la nesse curto período na Capital. –digo seca, eles não precisam saber muito da minha vida, eu os conheci agora e daqui uma semana um deles irá morrer e eu não poderei sentir remorso.

-Espadas e luta corpo a corpo. –disse Cato, ele me olhou divertido como se quisesse zombar de mim, seus olhos mostravam que ele queria se gabar por suas habilidades. Segurei a faca da mesa com força e em poucos segundos a mesma voava em direção ao rosto de Cato, mas não o acertando apenas fazendo um pequeno corte em sua bochecha. –Você é louca? –gritou Cato indignado com meu ato.

-Precisamos trabalhar sua defesa também, apenas atacar não será o suficiente nos jogos. –digo sem demonstrar novamente nenhuma emoção, suspiro pesadamente me acomodando melhor na cadeira e encaro Clove que mantém seus olhos na janela do vagão - E você Clove? Qual sua habilidade?

A garota suspira pesadamente e volta seu olhar para mim - Facas. –ela diz apenas e eu assinto, acho que me darei melhor com Clove do que com o esnobe de seu companheiro de distrito Cato.

-Façam o que quiserem até a hora do jantar, depois voltaremos a conversar. –disse Brutos erguendo-se da cadeira, fiz o mesmo que ele e o segui até o vagão da sala de estar. –O que você acha deles? –questionou Brutos pegando uma bebida.

-São realmente assassinos. –digo –Mas Cato parece ser um pouco ambicioso demais, já a Clove parece ter a mente própria de um carreirista e tem mais chances de sobreviver. –sento-me no sofá e pelo canto do olho vejo Brutos fazer o mesmo, mas sentar-se em uma poltrona ao lado do sofá.

-Você diz isso porque Clove mostrou-se ser uma grande fã de facas. –Brutos solta uma leve risada e eu o encaro com um olhar mortal, não sei o que Brutos tem, mas eu gostaria de saber o que faz para manter a mente sã mesmo depois de tudo o que lhe aconteceu. –Pare com isso Enobaria, você precisa sorrir as vezes.

-Eu não sou você Brutos. –digo nervosa erguendo-me abruptamente do sofá - Não tenho mais nenhum motivo para sorrir, os jogos tiraram tudo de mim. Não pense que estou orgulhosa de matar aquelas pessoas, ou feliz por ter trocado os meus dentes normais por essas aberrações. –aponto para minha boca e mostro as presas que foram implantadas em minhas gengivas. –Eu nunca conseguirei esquecer tudo aquilo, Brutos.

Saio da sala sem dar ouvidos aos pedidos de desculpas vindos de Brutos e sigo em direção ao meu quarto, o lugar onde todos os meus pesadelos acontecem, onde eu guardo minhas confissões, tudo que eu sofri e vivo está trancafiado aqui comigo.

Sento-me em minha cama e fico a encarar a parede preta a minha frente, sempre escura e vazia, é assim que me sinto. Eu não permito ninguém entrar em minha vida, pois sei que se me apegar a este alguém a Capital irá tirá-lo de mim. É sempre assim que acontece...

Jogo meu corpo contra o colchão macio da cama e suspiro pesadamente, fecho os olhos e já sou abordada por flashes antigos da época em que eu fora para a Arena, como eu desejava ir para aquele lugar e dar orgulho para meu distrito e família, eu havia treinado minha vida toda para aquilo e estava preparada, mas após uma semana dentro daquela Arena eu já estava ficando louca, vendo todo aquele sangue, todas aquelas mortes e pressentindo que se eu não lutasse a próxima baixa seria a minha.

Eu matei aquela vez. Eu lutei para sair daquele lugar, mas paguei um preço por querer minha liberdade. Toda noite eu fecho os olhos e vejo os rostos dos tributos que eu matei, o sangue deles ainda marcam minhas mãos e eu sinto tanto nojo de mim mesma, porém eu tenho de me manter firme, ser fria e não demonstrar o que realmente sinto. É desse jeito que estou sobrevivendo todos esses anos fora da Arena.

Sou tirada de meus devaneios com o som de batidas frenéticas na porta, abro meus olhos lentamente e sinto uma leve tontura ao me erguer da cama e caminhar a passos pesados até a porta - O que foi? –questiono rude e observo Clove, seu olhar está vazio, mas é possível ver marcas de choro por seu rosto, estava tudo muito recente.

-Kayle está nos chamando para jantar e depois ver as reprises das colheitas. –disse ela, sua voz estava rouca provavelmente de tanto chorar em seu quarto com o rosto no travesseiro para que seus gritos fossem abafados.

-Tudo bem. –digo baixinho saindo do quarto e fechando a porta do mesmo atrás de mim. –Vamos. –Clove assente e me segue em silencio até o vagão restaurante.

Assim que cheguei ao vagão comi apenas o necessário, eu nunca como demais já estava acostumada a passar fome desde os dias que passei sem comer na Arena e acabei por pegar uma mania de comer menos.

Quando todos terminaram suas refeições seguimos em direção ao vagão da sala de estar e ficamos assistindo as reprises das colheitas - Aliem-se aos tributos do distrito 1 e vejam se conseguem atrair o garoto do distrito 11, ele parece perigoso. –disse Brutos e eu apenas assenti encarando a colheita do distrito 12, uma garota se voluntariou pela irmã, um ato heroico, mas que renderá horas ou até mesmo dias sem dormir para ambas as garotas.

-Vou para meu quarto. –digo levantando-me do sofá logo que as reprises terminaram - Boa noite. –digo baixinho e caminho a passos rápidos até meu quarto jogando-me na cama do mesmo.

Fico encarando o teto até que batidas na porta atraem minha atenção, abro a porta e encaro os olhos verdes de Clove e seu rosto inchado banhado por lágrimas. –Podemos conversar? –ela questiona sua voz quase inaudível, assinto e deixo que ela entre em meu quarto.

-O que aconteceu Clove? Por que está a chorar? -sento-me em minha cama e Clove faz o mesmo sentando-se ao meu lado, as lágrimas caem por suas bochechas levemente rosadas indo parar diretamente em seus lábios.

-Eu... –ela começa, mas é interrompida por um barulho alto vindo do quarto a frente do meu, o barulho parecia algo quebrando e caindo em um banque surdo no chão, e foi assim que eu entendi tudo. Apenas com esse barulho eu entendi que Clove não queria estar ali, muito menos Cato, pelo menos não nesse ano.


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Notas finais do capítulo

Gostaram?? Continuo ou paro??

Por favor, nao esqueça de dar a opiniao de voces nos comentários.

Izzy Lessa e Filha de Atena minhas (provávelmente) futuras co-autoras, aprovado esse começo?? Yeep ou Noop??

Beijos
D.