A Pedra do Destino escrita por Tia Julia


Capítulo 1
- Um Pedra Em Meu Caminho -


Notas iniciais do capítulo

Heey o/ To escrevendo um historia nova o/ Original tambem >.< Sabe, eu adoro escrever essa historia pq é cheia de magia, amor, comedia e tals ♥ enfim, espero que gostem o.



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Tédio.

É oque resume minha vida; Tédio.

A vida de um garoto normal no colegial, sem qualquer qualidade, notas na média, baixa qualidade física para arrumar uma namorada, sem qualquer amigo, apenas uma pessoa que vive, mas mesmo assim, não tem uma vida.

Eu me sentia como um telespectador, alguém que não era especial em nada, e não se sobrepunha sobre ninguém.

Andava pelos corredores da escola em direção a saída, passando por alguns casais grudentos e parei ao ver uma muvuca se acumular a frente. Eram pessoas parabenizando a um aluno por ter ganho o campeonato de Jiu-Jitsu, apenas ignorei e continuei andando.

Passei pelo corredor olhando para janela. O céu azul, o mesmo azul de todos os dias. Tem coisas que nunca mudam, certo?
Continuei a andar até chegar ao pátio, ouvi alguém me chamar.

- Ei! Erick! Já vai embora cara? - Disse Jonathan, o colega mais próximo que eu tinha na escola, com seus cabelos aruivados encaracolados e olhos cor de mel ele se aproximou de mim enquanto caminhávamos juntos para fora da escola.

- Sim, vou tentar comprar aquele jogo que saiu recentemente.

- Ha, impossível! Sabe a fila que vai ter que pegar pra poder comprar ?!

- Ah, eu aguento.

- Sua mãe não vai brigar com você se comprar o jogo? - ele disse, eu virei para ele não entendendo a pergunta. - Digo, você com certeza vai testa-lo logo depois de comprar e provavelmente não vai estudar para o teste de amanhã...

- ... Ela não se importa, ja estou acostumado, não importa se eu estudo ou não minhas notas estão na média. - Isso era verdade, eu podia estudar durante 8 horas, ou ficar o resto do ano sem estudar que minhas notas continuavam a mesma coisa.

Chegamos ao que parecia um parque, nos despedimos e cada um foi para o seu caminho.

Não fui diretamente para casa ou para a loja de games, na verdade, estranhamente, meus pés começaram a andar por conta própria. Quando dei por mim, estava parado na frente de um lago (ou lagoa?) no meio de um bosque não muito longe da estrada. A água de uma cor tão clara e limpída que parecia quase falsa. Não fui embora, pelo contrário, acabei sentando na terra e fiquei encarando meu reflexo na água.

Os mesmos cabelos castanhos curtos, o mesmo rosto comum sem qualquer pinta, marca ou sarda, nada que fizesse meu rosto interessante, os mesmo olhos azuis, escuros ainda por cima, nem claro eles são para chamar a atenção. Droga, porque eu tive que ser tão... comum?

Por raiva de mim mesmo ou talvez do mundo, peguei uma pedra do chão e taquei no lago com força. Que lindo, nem sei fazer uma pedra quicar na água!

De repente, quando a pedra acertou a água do lago fez um som agudo, como de dois metais se batendo.
Parei um instante e olhei para o lago, dei a volta no lago até chegar mais ou menos aonde a pedra tinha acertado. Ao olhar a água, pude ver um brilho avermelhado vindo da água. Entrei na água e andei até ela parar no meu tornozelo e ergui a mão dentro do lago.

Peguei o que quer que havia lá dentro e retirei da água. Era uma pedra.

Não aquele tipo de pedra que você vê em lagos normais, mas sim uma pedra vermelha brilhante e arrendondada, um pouco menor que meu punho fechado. A pedra era de um vermelho vibrante com pequenos brilhos laranjas que se misturavam por ela, dando uma aparência quase viva à pedra.

Enquanto eu observava com curiosidade a estranha pedra, ela começou a fazer oque parecia ser umas batidas, como se fosse um coração, parecia que ela... me chamava?

Revirei minha mochila e busquei por uma corda... Achei! (sou um cara prevenido.) Era uma cordinha bem fina e longa, amarrei num pequeno buraquinho na pedra, como se fosse feita para se por a corda ali.

Pus o colar no pescoço, pronto. Agora pelo menos tinha algo para me diferenciar. Eu era um garoto comum com uma pedra brilhante e vermelha no pescoço, ja é alguma coisa.

Sai das redondezas do lago e fui andando pela rua até chegar em casa.

Cheguei em casa, olhei o relógio da cozinha ... não eram nem 15 horas ainda.

Subi as escadas e entrei no meu quarto. Pulei na cama e dei um suspiro... Tédio.

Lembrei de repente de que tinha dito que iria comprar o novo jogo... Droga, me distrai tanto com a pedra que esqueci completamente. Não importa, vou lá amanhã.

Continuei deitado com os braços atras da cabeça. Segurei a pedra novamente e fiquei observando-a por um tempo em minha palma.
Lentamente, fui sentindo meus olhos pesarem e tudo escureceu.

'' Estava num grande salão de marmore branco, pilares se erguiam por todos os lugares, a decoração era por sua maioria com detalhes dourados. Era como se estar num castelo grego, com um pouco do atual.

Ao andar pelo salão, acabei chegando numa varanda branca que dava direto para uma vista de um belo campo verde com cachoeiras. Ao chegar mais perto, pude ver um conjunto de casas igualmente brancas, novamente em um estilo variando do grego com o atual, era um lugar incrivelmente bonito.

Ouvi passos apresados, ao me virar pude ver uma garota descalça , usando um vestido curto branco com detalhes dourados, correndo em direção a varanda. Ela tinha cabelos curtos atras, mas com a parte da frente mais longa, de um loiro bem claro quase esbranquiçado. Não consegui enxergar seu rosto. Ela parou diante da varanda, colocou as mão sobre o marmore e olhou para o céu. Sua boca se mexeu dizendo palavras que não pude ouvir.''

Acordei num pulo, arfando e suando. Quando comecei a lembrar de quem eu era e de onde estava, relaxei. Não entendi o porque de acordar tão estranho, foi apenas um sonho idiota... um sonho idiota bem real.

Olhei para o relógio : 19 horas.

-Putz, dormi por 5 horas! A loja de games vai fechar daqui a pouco, melhor eu ir comprar logo! - Eu disse para mim mesmo, enquanto levantava da cama.

Desci as escadas e fui em direção a porta, até ouvir uma voz falando comigo.

- Erick? Aonde vai? - Era minha mãe. Ela estava usando um avental que não servia direito dela. - Você tem um teste amanhã trate de estudar!

- Não se preocupe mãe, só vou buscar um caderno que eu esqueci com Jonathan. - Uma mentirinha ou outra não faz mal a ninguém.

- ...Tudo bem, mas volte logo.

Sai de casa e peguei minha bicicleta.

Quando cheguei a loja, de fato, tinha uma fila gigante para pegar o jogo. Entrei na fila , e atrás de mim dois caras conversavam.

- Cara , tu ja jogou The Lord of Shadow?

-Ah! Sim! Mas achei a etapa The Master of Flames bem mais épica!

- Não importa! A versão para PSP vai ser lançada quando... - O cara mais alto esbarrou em mim e quase me derrubou. - Ah, sito muito, não tinha te visto.

Mas é claro que você não me viu - eu pensei. - Ningué nunca me vê.

Algum tempo depois ( acho que uns 40 minutos) eu finalmente era o primeiro da fila. Assim que comprei o jogo e voltei para casa.

Quando entrei em casa, corri para a cozinha, peguei um copo d'água depois corri para o quarto para que minha mãe não visse o jogo ( e percebesse que eu tinha mentido para ela). Deitei na cama e tirei o jogo da sacola e observei a capa:

Mostrava um cavalheiro de armadura que lutava com espada contra um cavalheiro negro coberto por sombras. Não sei o porque, mas aquela imagem me incomodou e tive um calafrio.
Pus o jogo de lado, estranhamente, não estava com vontade de jogar.

'' Estava dessa vez num quarto menor e fechado, igualmente branco e dourado. Com enormes quadros ilustrando pessoas que eu não conhecia, pintores que eu não sabia que existiam.
Fui andando e explorando o quarto , ele era ligeiramente escuro. Abri uma porta cor de bronze e me deparei com um quarto vermelho e dourado. No meio do quarto havia um tipo de altar com velas. No altar, havia uma menina de cabelos aloirados ajoelhada. Aquela garota.

-Quem é você? - Eu perguntei, mas ela pareceu não me ouvir.
Me aproximei dela e percebi que ela segurava uma coroa dourada encrustada de pedras.

Ela acariciava a coroa e seus lábios mexeram e disse uma palavra que eu pude ouvir.

-Papai... ''

-AHHH! - Eu gritei , suando e sem fôlego. Percebi que estava em minha cama.

Droga, acabei dormindo de novo sem perceber ontem!

Peguei o copo d'agua que estava em cima da escrivaninha, estava quente (afinal, eu tinha posto a água ontem mas dormi antes de beber.) mas me ajudou a recuperar o fôlego.

- Se eu continuar a ter sonhos assim não irei aguentar... Mas o estranho é que eu só comecei a ter esses sonhos depois de pegar a pedra ontem... - Eu disse olhando novamente para a pedra. - Esquece, não é hora para ficar pensando nisso.

Eu tomei um banho e vesti minha roupa ( uma blusa azul comum e uma calça jeans clara e claro , o colar ). Desci as escadas e sai de casa sem tomar café da manhã.

Comecei a andar pela rua , tentando me concentrar em lembrar da matéria da prova (que pra variar eu não tinha estudado ontem.) mas só oque vinha na minha mente era a imagem daquela garota.

Droga, o que isso deveria significar??

Não conheço nenhuma garota assim... só posso estar ficando louco.

De repente, senti as batidas no meu coração ficarem muito fortes, como se saissem da pele. Logo percebi que não era meu coração, mas sim a pedra que estava pulsando.
Toquei na pedra, que começou a brilhar com mais intensidade.
De repente, a pedra começou a se mover sozinha , para frente, puxando meu pescoço.

- O-O QUE..??

Eu tentava puxar a pedra de volta, mas ela era muito forte, voou para frente, me puxando junto.

Fui sendo puxado aos tropeços, e percebi que estava subindo uma ladeira.

Quando chegamos ao topo da ladeira, pude ver que havia um penhasco ( não sabia exatamente a altura).

- O-QUE É?! VO-VOCÊ QUER ME MATAR?! - Eu gritei para o colar, esperando qualquer tipo de resposta ( se o colar podia voar, quem garante que não podia falar?)

Quando chegamos na ponta do penhasco, pude ver também que abaixo dele havia um lago. O lago... o mesmo lago limpo onde achei a pedra.

O colar continuava a me puxar e eu fazia força para tras para não ser puxado, mas a força da pedra era muita, acabei ficando cansado e sedi ao colar.

Me senti caindo , meus cabelos balançando loucamente, e o colar que agora não me puxava mais, em meu pescoço.

Senti o impácto na água.

O mundo ficou negro.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado *-* nos vemos no proximo capitulo >.



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