P.O.V KATHERINE POTTER.

Fiquei sem reação alguma ao ver aquela cena completamente horrível. A única reação que eu tive foi puxar os cabelos de Pansy e separa-la rapidamente do Draco.

– Me solta sua idiota! -Pansy falou se debatendo.

– CALA A BOCA, vadia. -Sussurrei em seu ouvido.

Soltei seus cabelos e lhe dei um tapa na cara, que, ela revidou com um murro na minha barriga.

– Olha bem como fala de mim! -Pansy falou dando um tapa em minha cara.

– Eu chamo como quiser. -Falei e subi em cima dela, e lhe dando tapas em sua cara, e arranhando seu braço.

– Katherine! Pare! -Draco gritou me separando dela.

– Me solta. -Ele me soltou.- Vai defender essa dai agora? Tudo bem.

Sai dali andando calmamente e Draco não fez nada, permaneceu imóvel. Enquanto Pansy parecia desacordada no chão.

Andei em passos lentos e com a palma da mão tapando um ferimento que sangrava (caso não saibam, mas já faz um tempo que eu tirei o gesso). Pansy é uma idiota, vadia, puta, e tudo mais...

Assim que cheguei a enfermaria, Madame Pomfrey me olhou com os olhos arregalados, deixou um aluno que estava passando mal de lado, e foi procurar uma poção para mim.

Me olhei em um espelho que havia ao lado da cama em que eu me deitaria depois, e, eu percebi que, eu estava horrível, Pansy meio que acabou comigo, e eu apenas lhe dei o troco.

Minha camisa estava completamente rasgada no braço esquerdo (eu estava com roupas normais, Ok?), e apenas um pouco rasgado a manga do braço esquerdo. Meu short estava bagunçado, mas ainda assim, não rasgado. Meu cabelo extremamente bagunçado, e minha maquiagem borrada, pelas lágrimas que agora escorriam sobre meu rosto.

Madame Pomfrey voltou com uma poção e com a roupa da enfermaria, por quê a minha, estava totalmente recusável (isso existi?). Fui ao banheiro e pus a roupa, que era apenas um vestido solto banco, sem nenhum detalhe, e não era manga comprida.

Me deitei na minha (não exatamente minha, mas Ok!) cama, e Madame Pomfrey me deu a poção.

– Ela vai fazer você dormir, não sei exatamente por quanto tempo. E enquanto você dorme, irei cuidar dos seus arranhões, certo? -Madame Pomfrey falou calmamente e eu apenas acenei a cabeça como um "sim".

Meus olhos foram se fechando lentamente, e a escuridão se aproximou, apenas fechei meus olhos, e me permiti sonhar.

Xxx

Abri meus olhos lentamente e vi que ainda estava na enfermaria.

– Até que enfim acordou, se não acordasse até amanhã, algo ruim poderia acontecer. -Madame Pomfrey falou e logo após me deu uma colherada de alguma coisa que fez minha garganta arder. Pus tudo pra fora, e ela devolveu.

– Isso é ruim. -Falei após engolir a contragosto.

– Claro que é, todos os remédios são ruins. -Ela falou.

– Quanto tempo eu dormi? -Perguntei me sentando na cama.

– Três semanas. -Falou ela.

– OQUÊ? Como assim eu dormi três semanas? Isso é possível? Eu to mesmo bem? Meu Merlin, eu virei um alienígena! -Falei com ar sonhadora.

– Que alienígena oquê! -Falou Madame Pomfrey brincando.- Isso é possível sim. Você estava sob uma poção.

– Ah, sim. Alguém já sabe que eu estou aqui?

– Bem, apenas eu, Dumbledore, e Minerva. Eles não quiseram contar a ninguém que você estava aqui. Acharam melhor não. -Ela falou.

– Oh, Merlin. E o Harry? -Perguntei preocupada, ele deve estar quase se matando!

– Ah, Harry está ficando louco! -Madame Pomfrey falou.- Você se sente bem?

– Sim, muito bem, obrigada. -Falei sorrindo docemente para ela.

– Sendo assim, você está liberada. -Vi que ainda era de madrugada, o dia já estava amanhecendo.

– Obrigada. -Falei me levantando da cama.- Que horas são?

– São 06h45min.

Sai da enfermaria e fui pro meu quarto, onde, surpreendentemente, não tinha ninguém. Vou fazer uma surpresa para eles no café da manhã.

Tomei um banho, e pus minhas vestes da grifinória. E, por fim, minha linda e esvoaçante (só que não) capa da Grifinória. Pus uma make básica e deixei meu cabelo solto, e natural.

– Espero que gostem da minha surpresa. -Falei saindo do meu quarto e caminhando rumo o Salão Principal.

Ao chegar no Salão Principal, todas as atenções voltaram para mim, e eu corei rapidamente. Que foi? Só por quê eu cheguei atrasada para o café da manhã? Qualé!

Me sentei à mesa e comecei a comer meu café da manhã, enquanto o trio de ouro, me olhava com cara de "não vai falar nada?" não, eu não vou.

– Oque foi? Vão ficar me olhando? -Perguntei. Hoje, certamente, eu acordei de TPM.

– KATHERINE EVANS POTTER! -Mattew chegou no Salão Principal gritando.

– Meu nome! -Falei irônica e recebi algumas gargalhadas da mesa ao lado. Todos nos olhavam.

– AONDE VOCÊ ESTAVA?

– Sabe, não lhe interessa. -Falei tomando um pouco de meu suco de abobora.

– Ah, interessa sim! -Falou abaixando o tom de voz. - Sério, Kath, aonde você estava?

– Quer mesmo saber aonde eu estava? -Perguntei me levantando da mesa já irritada com tudo aquilo, e com todos me olhando.- EU ESTAVA NA ENFERMARIA, TA LEGAL? -Falei e sai dali correndo assim que comecei a ouvir comentários e murmúrios das mesas.

– Olha, nem venha perguntar oque eu estou fazendo aqui, ta legal? -Falei assim que vi que a Murta vinha falar comigo.

– Eu não ia perguntar isso. Ia vim avisar que alguém quer lhe ver. -Falou e deu espaço para mostrar ela. A minha mãe.

– Oi, mãe. -Falei assim que ela se sentou ao meu lado. No chão.

– Quer falar o porquê de você ter ficado na enfermaria por três semanas? Olha, o James ficou te procurando feito louco pelo colégio. Não conseguia nem dormir direito. Tinha pesadelos. E, por incrível que pareça, isso também aconteceu comigo.

– Draco me traiu. -Falei com o resto de voz que me restava.- Pansy... na verdade. Ela o beijou.

Lhe contei toda história, do começo ao fim. Ela me ouviu, e por fim, deu-me alguns conselhos, e motivações.

– Pensei que nós ficaríamos juntos para sempre. -Falei sorrindo só imaginando a cena.- Eu estou parecendo uma adolescente de 15 anos.

– Mas, querida, você tem 15 anos. -Minha mãe falou rindo.- E lembre-se: O pra sempre, sempre acaba.