Podre até o âmago escrita por Nina


Capítulo 1
Prólogo


Notas iniciais do capítulo

Oi quem quer que esteja lendo isso, eu sou a Carol. Então essa é minha primeira fanfic, ainda não acredito que finalmente criei coragem de postar alguma coisa. Esse é mais um prólogo pra vocês entenderem um pouco sobre a situação em que o reino se encontra no começo da história. É um universo alternativo e já adianto que, embora vá trabalhar com a mitologia das bruxas, não pretendo pôr vampiros, híbridos, lobisomens, etc na história. Vou tentar deixar a parte histórica bonitinha, mas também tomarei algumas liberdades já que é uma Europa alternativa. Outra coisa, as famílias são diferentes na história, coisa que vai dar pra ver melhor nos primeiros capítulos, que vou postar logo. Termino as explicações depois, boa leitura :)



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"Inglaterra, 25 de Abril de 1486,

A luz dos recentes eventos ocorridos durante aquilo chamado de A Desolação, cujo os responsáveis estão sendo caçados e punidos, para garantir a segurança e harmonia da Inglaterra, a partir deste abençoado documento o Rei Mikael V, representação de Deus na Terra, e sua esposa, a Rainha Esther, escolhidos únicos e inquestionáveis do Senhor, iniciam O Expurgo. Estão doravante proibidas toda e qualquer forma de magia, sendo o uso desta traição das mais graves. Tal prática deve ser relegada e extinta, sem exceções. Qualquer um que acreditar, apoiar e/ou encobrir qualquer forma de magia será igualmente punido. Está autorizado o uso de tortura em interrogatórios de possíveis traidores e nas punições dos culpados, das quais o povo poderá participar se desejar. É criada a partir deste a Unidade da Purificação e Conversão da Inglaterra, que funcionará durante O Expurgo sob o comando dos escolhidos do Rei, Isaquiel Young e John Pierce. Todos que estiverem na Inglaterra durante O Expurgo deverão submeter-se à Unidade, ajuda-la e respeita-la, tendo sua figura como a mais importante após apenas a da família real. A Unidade reunirá fiéis que se dedicarão a tarefa de caçar e punir qualquer um que pratique e/ou seja conivente com a pratica de bruxaria. Todos os suspeitos devem ser trazidos à cidadela para que sejam julgados e se descobertos culpados de tais crimes punidos da maneira que o Rei acreditar adequada. A religião católica passa a ser a única aceita no reino e deve ser praticada e respeitada por todos. Qualquer um que se opor a qualquer palavra deste documento será considerado traidor e queimado na fogueira em praça pública. Que seja feita Sua vontade, amém."

O vento uivava na praça, cortando as faces dos desprotegidos. Era o início da manhã, mas o céu estava escuro como estivera há semanas. Havia uma junção de espectros na praça que era na verdade o agrupamento dos sobreviventes daquilo que ficara conhecido como A Desolação. Ao seu redor havia principalmente destruição, antigas construções feias reduzidas a entulhos sujos. Ao longe encontrava-se o imponente castelo, a única coisa que permanecia inteira além da grande catedral da cidade. Mesmo as casas mais bonitas e fortes não estavam em boas condições. Foram 31 dias. 7 dias de vento incessante, furacões que destruíram as casas dos pobres levando os moradores juntos. 7 dias de seca e calor tão fortes que os velhos e as plantações pereceram. 7 dias de tempestade, que inundaram as vilas e por fim 7 dias de fogo inextinguível que veio para destruir o que ainda restava. No último dia o chão se abriu e engoliu parte do entulho e dos desavisados. Além das doenças que se alastraram nas pessoas matando-as antes que pudessem perceber. Quase toda a população tinha morrido e mesmo aqueles que viviam pareciam mortos. O reino ia lentamente sendo reconstruído e os culpados sendo punidos. Não se sabia com exatidão quem era responsável por tudo aquilo, mas o Rei apressara-se a culpar as 12 bruxas que formavam aquilo conhecido como Circulo e o povo, desesperado por vingança e cego pelo ódio, aceitou essa explicação. A única coisa que os tirava da sofreguidão e do trabalho eram as execuções e hoje, prometera o Rei, seria a última. A última e principal culpada seria queimada em praça pública quando o Sol nascesse. Embora fosse difícil dizer com a escuridão o povo sabia que a qualquer momento a bruxa estaria a sua frente. Aquele era o dia em que O Expurgo começava oficialmente e nada mais apropriado para comemora-lo do que matar a grande culpada pela Desolação. A partir daquele dia todo e cada bruxo, bruxa e simpatizante seria capturado e punido. Não demorou muito e a corte começou a chegar. Pareciam os mesmos de sempre, belos, sorridentes e elegantes, alheios ao sofrimento do povo. Após todos estarem confortavelmente arrumados ao redor da pira, dentro de carruagens, em cima de seus cavalos ou de seus servos, a família real chegou montados em cavalos sendo presididos pela recém formada Unidade de Conversão e Purificação da Inglaterra. O Rei Mikael vinha a frente seguido por Elijah, Klaus e por fim a pequena Rebekah. Apenas a Rainha Esther tinha ficado no castelo. Diziam as más línguas que A Desolação enlouquecera a mulher. O fato era que, havia semanas que ninguém ouvia falar da Rainha, antes tão presente. Por último vinha uma jaula carregada por servos que continha uma mulher negra, amarrada, suja e machucada conhecida e até pouco tempo atrás respeitada por quase todos os presentes. A mulher foi retirada da jaula e agressivamente amarrada contra o poste de madeira. A lenha foi amontoada ao seu redor. A bruxa Ayanna, como era chamada, lançou aos presentes um olhar do mais puro ódio e repulsa. Os empregados do Rei acederam uma tocha, mas antes que pudessem atear fogo na mulher ela berrou:

-Eu amaldiçoo todos vocês! Amaldiçoo suas família, seus animais, suas plantações! - os presentes encolheram-se com medo. Alguns poucos vaiaram a mulher, mas a maioria se afastou. Ela sorriu e continuou. -Que A Desolação seja só o começo do sofrimento desse reino hipócrita e corrupto. Que a purificação ocorra, mas que ela puna aqueles cuja a alma escura governa esse reino. Que a escuridão caia e não sobre nada deste chiqueiro que vocês chamam de lar! E quanto a você... - ela se virou para o Rei, cerrando os dentes e lançando um sorriso doentio para ele - Que você se sufoque com suas mentiras. Sua ambição resultará na sua morte Mikael e a podridão presente no antro da tua família destruirá esse reino. Você selou o seu destino agora carregue esse fardo!

-MATEM-NA! - ordenou Mikael. Os servos atearam fogo na pira e mesmo enquanto as chamas a engoliam Ayanna ria, uma risada vitoriosa e louca.

-É tarde de mais para os Mikaelson. Você condenou a você e sua família, Mikael e não importa quantas bruxas queime e quantas guerras trave, nada poderá salva-los!

A mulher riu até que as chamas a engoliram completamente e só restou o silêncio na praça.


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Notas finais do capítulo

Comentem! Sério é a primeira vez que posto algo assim na internet e gostaria muito de receber pelo menos 1 comentário e responderei todos que receber. Eu sei que dá preguiça de comentar, mas pelo menos deixa um "gostei", "vou acompanhar", "precisa melhorar tal coisa". Se gostou fala prazamiga. Se não gostou fala prazinimiga então. Enfim já tenho os dois primeiros capítulos prontos e vou postá-los nos próximos dias. Obrigada por ter lido!
Bjs,
Carol.



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